Por vezes um papel faz sucessivas incursões a um certo valor mínimo sem nunca descer abaixo dele. Geralmente isso indica uma forte pressão compradora a esse nível baixo e, logo, que ele dificilmente será ultrapassado em baixa. Um investimento que tem mais hipóteses de dar lucro do que prejuízo é música para os nossos ouvidos de investidores. Diz-se que há um nível de suporte nesse valor. Veja-se o exemplo da Jerónimo Martins em 1997:
 

 
As cotações bateram no nível de suporte dos 4500$ em Julho e início de Setembro e,
em ambos os casos, recuperaram desse valor. A interpretação correcta e atempada do
nível de suporte e a entrada no papel a 5 de Setembro a 4900$ produziu um imediato
ganho de 20% em 1 mês. No mini-crash de Outubro as cotações caem muito, abaixo
do nível de suporte anterior, mas isso não deve ser apontado como um problema para o
método, por duas razões: primeiro porque em Análise Técnica não há receitas infalíveis, apenas
receitas que têm alguma probabilidade de resultar. As excepções são frequentes. Segundo
porque, neste caso, a queda não durou mais do que um dia e correspondeu a um pânico
extremo na Bolsa. Poucos dias depois a cotação retomou a tendência ascendente.
 
Tal como os níveis de suporte indicam sustentação do preço, os níveis de resistência
indicam um patamar difícil de ultrapassar. Se as cotações batem várias vezes num certo
nível máximo e recuam, isso indica que muitos capitalistas aproveitam esse preço para
vender, sendo a sua ultrapassagem difícil. Veja-se o seguinte gráfico da Cel-Cat.
 

 
Um nível de resistência a 2250$ é perfeitamente visível. Quem o interpretou a tempo e
vendeu, investindo em outros papéis, fez um óptimo negócio, pois, como se vê no gráfico,
o comportamento da Cel-Cat de Agosto de 97 até Março de 98 foi francamente mau,
isto num período em que a maioria das acções cotadas registou ganhos de 50% ou mais.
 

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