Análise em 25-5-2000

Esta página, tal como outras anteriores, pretende definir que empresas do nosso mercado NÃO deverão ser adquiridas numa estratégia fundamental de longo prazo. O objectivo é ir acrescentando aqui empresas que deverão ser evitadas, com vista a seleccionar um conjunto mais restrito das que são boas para investir, numa óptica de longo prazo, e com base em dados fundamentais. Note-se que a decisão de rejeição não invalida que façamos compras especulativas de curto prazo de vez em quando, se se justificar, apenas rejeitamos a estratégia buy and hold de longo prazo. As rejeições ou classificações de empresas devem ser entendidas como baseadas na situação económica destas empresas, na situação da economia em geral e da Bolsa em particular, no período em que estas linhas são escritas: Maio / Junho de 2000.

Aqui apresentamos mais uma série de rejeições de empresas, com razões menos fortes do que a série anterior. São algumas das chamadas tech stocks.


PTM - A grande coqueluche do nosso mercado. Achamos uma subida de cotação agora (25-5-2000, está a 55.9 euros) provável, dada a grande descida que tiveram, ao charme, e às muitas recomendações positivas sobre este título. No entanto, a longo prazo, não nos parece ainda aconselhável, não por que a empresa seja má em si, nem por estar a ter prejuízos de momento, mas apenas porque não nos parece que os lucros dela, mesmo num futuro distante, venham a justificar esta cotação. Esta ideia poderá ser revista depois de uma análise mais detalhada das receitas e despesas futuras da empresa. Rejeitamos após alguma hesitação (pois a cotação da acção já foi muito penalizada) mas, mesmo assim, rejeitamos.

Reditus - Esta empresa nunca teve uma estratégia e-businness credível, acordou para este sector mesmo no fim, quando o Nasdaq e o PSI-20 estavam no máximo, fez uma rápida operação de capital, anunciou que ia montar um e-commerce (uma coisa banal, que qualquer loja de quinquilharias do futuro terá) e as acções subiram muito. Consta que alguns dos accionistas de referência venderam então muitas acções. Depois foi o que se viu. Ainda por cima a empresa esteve anos nos prejuízos e ainda deve ter grandes problemas. E são os capitães que abandonam o barco. Rejeitamos.

Compta - Uma excelente empresa, bem gerida e rentável durante anos. Esteve anos a fio com uma cotação muito baixa, próxima dos 10 euros. Merecia subir. Especializou-se em áreas das tecnologias de informação e foi partner do grupo Sonae. O único problema é que as cotações já triplicaram este ano, o que foi até justo neste caso, mas agora já não se pode dizer que a cotação esteja subavaliada. A baixa liquidez do título, a cotação já relativamente alta e a instabilidade do sector levam-nos a rejeitar.


                                                                      
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