Análise em 14-6-2000
Até agora, as empresas apuradas para investimento são:
Caima, Tertir, Pararede, Jerónimo Martins, EDP, PT, Telecel, Sonae
SGPS, F.Ramada, Central BI, BES, BPI, BCP,
SAG, Brisa, Sonae Imobiliária, Sonae Indústria, Corticeira Amorim, Portucel, Soporcel,
Semapa, Cimpor, CIN,
Sonae.com, PTM.com, Impresa, Continente, Cofina, Lisnave, Somague, Engil, Mota &
Companhia, Ibersol, Sumolis, Salvador Caetano
Vamos agora atribuir 1 estrela àquelas que têm perspectivas menos boas do que as
restantes, continuando no entanto, a ser interessantes como investimento.
Sonae.com *
Apesar do grande potencial desta empresa, o risco parece muito elevado também, dado que
os analistas fundamentais raramente apuram um valor futuro superior a 7 euros, mesmo com
pressupostos muito optimistas para as várias vertentes do negócio. O Público
dificilmente será rentabilizado, mesmo com o site na Internet. O Clix está atrasado nos
conteúdos, apesar da liderança atingida, além de nunca ir ser rentável. A Optimus
deverá alcançar rentabilidade, mas mais reduzida do que as da TMN e Telecel. A Novis,
logo se verá do que é capaz, por enquanto tem muito poucos clientes e dá prejuízo.
Impresa *
Aqui o risco parece algo menor do que na Sonae.com, uma vez que a Impresa detém marcas
muito implantadas no mercado. Mas os preços da OPV foram puxados, é possível que a
acção demore a ultrapassá-los significativamente. A situação é excelente com a
empresa, os lucros deverão aumentar, só o preço também parece algo caro.
Lisnave *
O altíssimo risco desta empresa praticamente falida obriga-nos a atribuir-lhe também só
uma estrela. No entanto não é razão para a rejeitar, pois nestes casos de quase
falência as rentabilidades obtidas são, por vezes, das mais altas que existem na
Bolsa (leia André Kostolany). O valor desta acção dependerá do valor que for pago pela
Keppel nas negociações para aquisição da Lisnave, e do maior ou menor respeito pelos
interesses dos pequenos accionistas que o Estado conseguir impor às partes envolvidas
(grupo Mello e Keppel). Se estes pagarem 30 milhões de contos assistir-se-á a uma
valorização forte da Lisnave. Se se obrigar os pequenos accionistas a vender por tuta e
meia, as acções pouco valerão mais que os actuais 2.5 euros ou valerão mesmo menos.
Somague *
O risco parece igualmente muito elevado, embora haja potencial. A empresa está nos
prejuízos e precisa de uma longa e penosa reestruturação para se tornar rentável. Este
processo poderá durar anos. Mas também não rejeitamos a empresa, pois as cotações
poderão disparar quando se antevir essa recuperação.
Pararede *
Uma excelente empresa, com know how nas tecnologias de informação, mas a acção poderá
já estar a incorporar grandes resultados futuros. Além disso, ela vive de relações
privilegiadas com grandes empresas como a PT. Chegou mais tarde ao negócio da Internet.
Parece mais arriscada do que a Cofina. O potencial, no entanto, é grande.
Salvador Caetano *
Tudo bom, mesmo muito bom, economicamente falando, com esta empresa. Está, além disso,
subavaliada em relação aos seus fundamentais. A razão de lhe atribuirmos só uma
estrela está na reduzida liquidez.
F.Ramada *
Podemos tecer um comentário semelhante ao da S.Caetano. Óptimos fundamentais, um
dividend yield de 7%, e é controlada pelo grupo Cofina. Mas a liquidez é baixa e quanto
tempo teremos que esperar até uma boa arrancada da acção? Talvez anos e há outras
oportunidades de investimento.
Sonae Indústria *
Alto risco nesta empresa, apesar de ser uma multinacional. A rentabilidade nunca foi
brilhante, agora está ainda mais comprometida com as más situações na Alemanha e
França. A Glunz está a revelar-se um grande buraco. Tem, no entanto, algum potencial,
pelo que não a rejeitámos.
Resumindo, depois destas atribuições de 1 estrela, ficámos com as seguintes empresas,
para classificação posterior:
Caima, Tertir, Jerónimo Martins, EDP, PT, Telecel, Sonae
SGPS, Central BI, BES, BPI, BCP, SAG, Brisa, Sonae Imobiliária, Corticeira Amorim,
Portucel, Soporcel, Semapa, Cimpor, CIN, PTM.com, Continente, Cofina, Engil, Mota &
Companhia, Ibersol, Sumolis
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