- Recomendações de 1999
-
- 28-12-99 - Comprar Warrants
Sonae Indústria a 1.8 - 2.5
- Parece-me que a compra de Warrants
Sonae Indústria entre os 1.8 e os 2.5 euros é um bom
negócio. As acções da empresa revelam um poderoso
sinal de compra a partir de 23-12, com subidas de 5%
sucessivas e volumes muito bons. Lembremo-nos de que a
empresa tem um accionista forte, está presente em muitos
países e é líder mundial no sector de aglomerados.
- Os warrants dão direito a
subscrever 4 acções a 1924$ (cerca de 9.5 euros)
durante mais 1 ano e meio. A cotação da acção vai nos
8 euros. Pode facilmente ultrapassar os 9.5 e, nesse
caso, cada warrant passará a valer, em princípio, 4
vezes a diferença entre a cotação da acção e 9.5.
Vejamos este caso, nada improvável: a acção sobe a
12.5 euros (subida de 50%). Os warrants valerão 4 *
(12.5 - 9.5) = 12 euros. Para quem comprar a 2 euros isto
significa um lucro de 500%. Claro que os riscos do
investimento são grandes (a acção nunca ultrapassar os
9.5) mas quem não arrisca não petisca e o potencial de
lucro parece compensar largamente o risco, devido ao
baixo valor em que estão os warrants.
- Num mercado desenvolvido, com um
público com experiência de opções (muito semelhantes
logicamente a estes warrants) a cotação destes warrants
estaria bem mais alta, talvez nos 4 euros, mesmo com as
acções abaixo de 9.5. É a falta de conhecimentos nesta
área do público português que mantém os warrants tão
baixos.
- 21-12-99 - Manter Lisnave
- Nos últimos dias têm-se acumulado
rumores de uma possível nova falência da Lisnave. Os
resultados deste ano
- vão ser tão negativos que a
situação líquida da empresa poderá ficar no vermelho.
Apesar disto, não aconselho a
- venda da acção agora, na casa dos
2,9 - 3 euros, por achar que nunca se deve vender nada ao
desbarato durante
- a publicação de más notícias. A
situação da empresa é realmente muito má, muito pior
do que podia ser antecipado
- aquando da minha última
recomendação. No entanto, para além de ser mau vender
a acção agora a um preço tão
- baixo (estão a mudar de mãos 12 a
14 mil por dia, o que mostra que não falta apetite
comprador a estes preços,
- mesmo com as más notícias), a
própria situação da empresa não é clara e há
potencial de recuperação. São possíveis
- novas intervenções estatais, a
todos os níveis, para salvar a empresa. Pina Moura
conhece bem o dossier Lisnave
- pois tratou dele quando ainda não
era ministro, e foi o arquitecto do projecto de
reestruturação de 1997. O grupo
- Mello manifestou que queria sair da
empresa. E então? Dada a sua manifesta incompetência
durante décadas à
- frente daquele negócio, a sua
saída não pode ser assim tão má, desde que fique
algum accionista de referência
- com capacidade de gestão. O
negócio dos submarinos poderá ainda dar um fôlego à
empresa e os consórcios
- que os vão construir concordam em
dar esse trabalho à Lisnave. Finalmente ainda há a
possibilidade de, com toda
- esta situação, o Governo
finalmente reconhecer que tem que se flexibilizar mais o
factor trabalho na Lisnave,
- assumindo menos trabalhadores,
horários flexíveis, menos regalias laborais, tal como
acontece nos outros estaleiros.
- Se isso acontecer e a empresa for
para a frente com essa estrutura laboral mais leve, há
um estudo que prevê uma
- alta rentabilidade em 2001 (segundo
artigo em O Independente), pelo que ainda se poderiam
obter ganhos
- elevados na Bolsa. Portanto, até
se compreende as tomadas de posição no capital a 3
euros: são racionais,
- embora muito arriscadas. Sem chegar
a tanto como recomendar a compra, pelo menos rejeito
claramente a
- ideia de vender a este preço.
Vamos pagar para ver.
- 4-10-99 - Comprar blue-chips em
geral
- As subidas dos últimos dias,
principalmente sexta e hoje (1.5% e 2.1% respectivamente)
dos índices bolsistas nacionais constituem um acentuado
sinal de compra, que recomenda a entrada em força no
mercado. As razões técnicas que sustentam esta
afirmação são:
- 1) O índice BVL 30 (se analisarmos
pelo PSI 20 as conclusões são as mesmas) está há
vários meses a oscilar entre os 4200 e os 4400; hoje
ultrapassou os 4500, vencendo assim um nível de
resistência técnico. Poderá comprovar isso traçando
uma recta horizontal num gráfico MetaStock.
- 2) Duas subidas seguidas de mais de
1.5% já não aconteciam desde o ano passado; isso só
por si é significativo.
- 3) São discerníveis neste momento
certas "acções locomotiva", que começaram a
subir já há muitos dias e atingem valorizações de
mais de 10%: Sonae, BESCL, BPA, BM, Telecel, Cimpor, e
muitas outras. Um grande número de papéis a subir muito
fortemente e com bons volumes costuma ser típico dos
inícios de lanços de subida. Estes papéis poderão ser
os que vão subir mais nas próximas semanas.
- 4) A maioria das instituições
analistas considera o nosso mercado barato e promissor,
produzindo expectativas de price targets de 20 a 40%
acima dos actuais valores.
- 5) O aumento da frequência de OPAs
mostra que os capitalistas consideram os preços das
acções atractivas.
- Sendo assim, parece aconselhável
comprar ou "acções locomotiva" (as que
começaram a mexer com subidas e bons volumes desde há
15 dias) ou algumas blue chips que ainda subiram pouco
(como a EDP, PT e BCP). Não parece aconselhável a
compra de empresas de pouca liquidez neste momento, já
que essas jogam outro campeonato (o das notícias
intrínsecas da própria empresa) nem acções sobre as
quais pairem OPAs (como as do grupo Champalimaud,
Cel-Cat, etc), pois essas têm horizontes de
valorização limitados pelos preços oferecidos nas
OPAs. Aconselhável cancelar todas as posições de venda
nos futuros, se se tiver alguma, e passá-las para o lado
da compra ou ficar sem nenhuma.
- 30-8-99 - Comprar Lisnave a 4.8
ou outro valor entre os 4 e os 5.5
- Recomendo a compra de acções da
Lisnave-PSV a 4.8 euros ou a qualquer valor entre os 4 e
os 5.5 euros. A minha recomendação baseia-se na
Análise Fundamental (ver abaixo). Ao dar este conselho
estou, naturalmente, a ter em conta o meu erro de ter
aconselhado a compra meses atrás a um preço bastante
superior a este. Esse conselho foi um erro que assumo com
clareza, mas que não tira valor ao conselho dado agora;
pelo contrário, a compra de acções de uma empresa
rentável a 4.8 é, em princípio, muito mais promissora
do que a compra das mesmíssimas acções a 8. Mas vamos
às razões, mais detalhadas, por que eu penso que essa
decisão, tomada agora, poderá dar um grande retorno aos
investidores a longo prazo.
- A Lisnave é, neste momento, um
grupo sólido e rentável. Os lucros de 1998 foram de 448
mil contos, o que dá 126$ por acção. Nesse exercício
foi pago um dividendo de 50$ (41$ líquidos). As
explicações para a baixa da cotação são múltiplas:
- 1) O exercício de 1999 está a ser
pior em termos de reparação naval, o que deverá levar
a empresa a ter prejuízo no fim do mesmo; a empresa
apresentou 1.9 milhões de prejuízo no
- fim do ano, mas poderá recuperar
com lucros positivos no segundo semestre;
- 2) A Lisnave perdeu os contratos
com a R & B Falcon para a conversão de dois navios
drilling; se bem que não tenha perdido dinheiro com a
desistência da Falcon, é mau perder um cliente tão
bom, que poderia trazer muito mais obras no futuro para a
empresa;
- 3) A segunda plataforma da
Petrobrás foi também embora (mas por razões internas
da economia brasileira e da Petrobrás);
- 4) Pouca informação dos
investidores sobre a empresa, medo que volte a situação
de anos atrás de quase falência, e um certo
desinteresse actual dos meios bolsistas pelas acções
ditas de segunda linha.
- Apesar destas razões, considero a
descida excessiva e penso que, sobretudo devido ao ponto
4), a baixa cotação actual será corrigida para cima,
pois o espectro da falência já não paira sobre a
empresa, e está no valor mais baixo de sempre. O baixo
valor tem a ver com medo e falta de informação, causas
essas que, geralmente, acabam por ser corrigidas.
- Vou apresentar aqui uma
"bateria" de factores favoráveis à compra da
acção a este preço.
- 1) O dividendo de 50$ é
*obrigatório*, qualquer que seja o lucro da empresa
(mesmo que negativo), sob pena de as acções passarem a
ter voto, o que a administração não deseja; à
cotação de 4.8 euros, o div.yield é de 5.2%, dos mais
altos do mercado e bem melhor do que os juros fixos; a
empresa deverá ter lucro zero este ano, mas pagará o
dividendo em 2000 na mesma; e igualmente nos anos
seguintes;
- 2) A empresa não corre qualquer
risco de falência; compare-se a situação actual, em
que um mau (péssimo) ano do mercado de reparação,
mesmo com desistências de dois grandes clientes, produz
lucro ligeiramente negativo, com a situação do período
1982-1996, em que a empresa tinha prejuízos de 10 a 16
milhões de contos por ano (nos maus e nos bons), numa
trajectória de falência certa (só evitada pelo
Governo); agora, graças ao pequeno passivo, nos anos
piores, ela não perde dinheiro ou perde pouco; e os anos
bons acabarão por vir;
- 3) Para além disso, a empresa já
demonstrou que os governos não a deixam cair facilmente,
intervindo para a recuperar, devido ao emprego que gera;
essas protecções foram decididas tanto na época
cavaquista como na guterrista;
- 4) Os grandes trabalhos de
reparação podem voltar, mesmo a curto prazo; a
Petrobrás continua num ambicioso plano de expansão, que
poderá produzir conversões para a Lisnave, há a
perspectiva de a Lisnave, juntamente com os Estaleiros de
Viana do Castelo, ganharem a concessão dos submarinos
para a Armada (só uma notícia dessas, ao nível em que
as cotações estão, poderá fazer subir o papel 100 a
200% de repente);
- 5) Outro factor que poderá
contribuir para a melhoria dos negócios é a recente
subida do petróleo (dos 12 para os 20 dólares / barril)
que produziu subidas de 50 a 150% nas principais acções
petrolíferas americanas e internacionais (como a
própria Falcon, a Esso, a Texaco, etc); estas subidas,
caso não tenha reparado, deram-se num ápice, há cerca
de 3 meses; é certo que estas acções tinham descido
muito com a baixa do petróleo, mas esse argumento
também se aplica à Lisnave...
6) A recuperação das economias asiáticas, encetada
este ano, fará aumentar as trocas mundiais
- e, consequentemente, os preços dos
fretes marítimos; os fretes altos conduzirão de novo a
- mais procura de reparação;
- 7) Em caso de OPA do Grupo Mello
(bem provável dada a baixa cotação e reduzida
liquidez) ela poder-se-ia reger pelos seguintes valores:
2000$ (valor real das acções segundo um relatório da
própria empresa publicado em 1998, valor que poderá ter
mesmo algumas consequências jurídicas) ou, na pior das
hipóteses, próximo do valor contabilístico, que é de
1165$ e, no fim do ano, poderá ser mais; mesmo a 1165$,
essa OPA (ela seria escandalosa, claro, por o valor da
acção a longo prazo ser muito maior) daria um retorno
de 25% em relação à cotação actual; eu ficaria bem
indignado se a OPA fosse a um preço tão baixo mas,
mesmo assim, o retorno de 25% seria bom para quem
comprasse a acção agora;
- 8) Veja a comparação com 1996:
nesse ano a empresa estava falida, não se sabia se
haveria uma reestruturação ou não, dava 13 milhões de
prejuízo anual, e a cotação estava no equivalente a
4000$ (10 acções antigas = 1 acção actual); hoje a
empresa está recuperada, sem passivo, dá lucros (embora
pequenos ou nulos nos anos piores), paga dividendos, tem
perspectivas de negócio, e está a 900$, menos de 1/4
desse valor!!! E a Bolsa, no mesmo período, subiu
130%!!! A incongruência destes números é gritante;
- 9) O simples critério da
capitalização bolsista: quando observamos a Bolsa de
hoje, já praticamente não vemos CB's abaixo das dezenas
de milhões de contos, mesmo para as empresas médias,
como cervejeiras, fábricas de tintas, de porcelanas,
etc; a CB da Lisnave é, neste momento, de 3 milhões...
Claro que vemos pequenas empresas com capitalizações
dessas, mas isso são mesmo empresas *pequeninas*, com
facturações de 1 milhão, por exemplo; a Lisnave é um
importante estaleiro naval, com aspirações a líder
mundial (como o actual administrador disse), com milhares
de empregados, facturação de 45 milhões, apoios
estatais nas fases difíceis; em termos de importância
para a economia, não se percebe qual a diferença da
Lisnave para uma Unicer, Centralcer, Soporcel, Tintas
Cin, etc; se houver diferença ela é favorável à
Lisnave; e a sua CB está 10 a 20 vezes mais baixa do que
a destas empresas!!
- 10) Este argumento da
capitalização bolsista pode enquadrar-se também com os
investimentos feitos; só na Mitrena o grupo já investiu
15 milhões de contos; esses investimentos tornaram o
estaleiro de Setúbal um dos mais modernos do mundo, com
estruturas variáveis, adaptadas às necessidades do
momento, minimizadores dos custos; não parece
inteligente investir 15 milhões numa empresa que só
vale 3 milhões na Bolsa... E o Grupo Mello não costuma
deitar dinheiro à rua;
- 11) A Lisnave tem um potencial
especulativo muito forte; nos últimos 2 anos houve 3
escaladas especulativas: em Fevereiro de 1997, subiu dos
3500$ aos 7000$ (100%) com a notícia da
reestruturação; em Julho de 1997 subiu até aos 5500$,
com a notícia dos novos contratos; em Fevereiro de 1998
subiu dos 1800$ para os 5000$ (200%); uma escalada dessas
pode acontecer agora, mesmo a curto prazo; ela só
deverá acontecer se surgir uma notícia muito boa; mas
notícias dessas poderão aparecer (ver pontos 4 e 5);
claro que um acontecimento destes é incerto;
- Uma outra possibilidade mais remota
prende-se, precisamente, com os E.N.Viana do Castelo.
São uma empresa próspera e estatal. A sua
privatização é possível. Há muitos cenários para
ela, mas quase todos beneficiariam, directa ou
indirectamente a acção Lisnave: se o Grupo Mello
comprasse os ENVC, haveria sinergias económicas com a
Lisnave; se os ENVC aparecessem na Bolsa, a sua alta
cotação tornaria a comparação com a Lisnave
favorável à subida desta; finalmente o Grupo Mello
poderia mesmo atribuir ao accionista Lisnave direitos de
subscrição de acções dos ENVC (já que persistem
certos ressentimentos dos pequenos accionistas da Lisnave
a respeito do processo de reestruturação); claro que
estes cenários são ainda muito distantes.
- Poder-se-ia objectar que a liquidez
é pequena. Mas nós não comenos da liquidez. Comemos do
dinheiro. Qualquer um pode comprar vários milhares de
acções da Lisnave em 3 ou 4 dias, com a liquidez actual
(há dias em que se fazem 8000).
- O argumento da liquidez faz-me
lembrar as acções da Marconi em 1982-1983: havia dias
em que se transaccionavam só algumas dezenas de
acções; a cotação continuava nuns míseros 200 a
300$, perto do valor nominal; e nos anos que se seguiram
(1983-1987) as acções Marconi centuplicaram a sua
cotação, vindo a tornar-se as grandes estrelas da
Bolsa. Isto não é nenhum milagre. Apenas a empresa
desenvolveu os seus negócios e tinha um valor muito
maior do que aquele que a Bolsa lhe atribuia na fase
baixista. É perfeitamente típico dessas situações a
liquidez estar baixa. Aqueles que, sem ter medo da baixa
liquidez e da baixa cotação, arrecadam grandes
quantidades de acções de empresas com potencial,
aproveitando as más opiniões e falta de informação do
grande público, são os que fazem as grandes fortunas.
Foi assim que Warren Buffet ganhou biliões a partir do
nada. Nos Estados Unidos até há bancos que não hesitam
em emprestar dinheiro para investimentos deste tipo.
Conheço pessoalmente vários investidores portugueses
que fizeram fortunas consideráveis na Bolsa nos últimos
30 anos. A perseverança, a compra nos momentos baixos, e
o não embarcarem constantemente nas acções "da
moda" são as notas comuns das histórias deles.
- Apesar da minha recomendação, sei
que é possível a Lisnave baixar mais, por ausência de
notícias. Poderá ir até aos 3.5, mas também poderá
nunca lá ir e só subir a partir de agora. Não me
parece correcto esperar uma descida maior da acção
antes de comprar. Ela já desceu imenso nos últimos 17
meses (dos 5000$ para os 900$!) e não está em risco de
falir.
- Vejamos os 5 cenários mais
prováveis:
- 1) Ausência de notícias; o
desânimo dos investidores, a falta de liquidez, e uma
descida da Bolsa, empurram a cotação para os 3.5 (perda
de 30%); no entanto, e devido à quase impossibilidade de
falência, dificilmente a cotação baixará desse valor,
já que teria um div.yield garantido de 7.1%;
- 2) Ausência de notícias
relevantes; mas a Bolsa anima um pouco, os papéis de
segunda linha sobem, e os investidores apercebem-se de
que a Lisnave vale mais; a cotação sobe devagar até
aos 6 a 6.5; ganho de cerca de 35%;
- 3) OPA do Grupo Mello; como o
próprio grupo recomendou a cotação de 2000$ e defendeu
que o valor real era esse, a OPA poderá ser a esse
valor; ganho de 120%;
- 4) OPA, mas o GM quer pagar o
mínimo; nesse caso deverá ser pelo menos ao valor
contabilístico, 1165$; ganho de 25%; e há a hipótese,
muito plausível, de o mercado não engolir uma proposta
tão injusta e a cotação subir bem acima dos 1165$;
- 5) Uma grande notícia sai:
contrato dos submarinos ganho, aliança com os E.N.Viana
do Castelo, novos contratos do drilling; subida até 10
euros, por exemplo (ganho de 120%, mas poderá ser bem
maior).
- Dados estes cenários, parece
melhor comprar já, correndo deliberadamente o risco do
cenário 1). Não esquecer que o dividendo de 50$
obrigatório confere segurança ao investimento. Se todos
os investidores pensarem isto e tomarem esta decisão,
deverá verificar-se o cenário 2) e aumentar a liquidez.
- Se desejar, envie-me o seu feedback
sobre esta recomendação.
- 22-6-99 - Vender Mundial
Confiança a 40.0
- Já ganhámos 33% em 4 meses, numa Bolsa a descer. Muito
bom. É certo que, se a OPT do
- BCP fosse avante, ganharíamos ainda mais, mas
Champalimaud não está com vontade de vender
- e a operação, sem ele vender, fica sem efeito.
Parece-me melhor consolidar o lucro de 33%.
22-6-99 - Comprar Sonae
Investimentos a 34.8
- As condições da troca na futura fusão da Sonae são
favoráveis para os detentores destas
- acções. A futura Sonae SGPS vai ser uma grande blue
chip, com um capital muito elevado.
- Poderá ser admitida à cotação em Bolsas estrangeiras
e tornar-se-á, gradualmente, numa
- ex-libris nacional, como a PT ou a EDP, com o favor de
todos os governos, controlo dos
- hipermercados em Portugal e Brasil e inúmeros outros
negócios. Só o Continente é uma
- máquina de fazer dinheiro para o grupo, gerando
cash-flows que permitem a expansão para
- outras empresas sem necessitar de crédito. Os
investidores tenderão a atribuir-lhe mais valor do que
às sub-holdings actuais. Os lucros deverão subir para
30 milhões anuais rapidamente (a
- Sonae Investimentos teve 14 milhões, e a Inparsa 6
milhões, em 1998). Um estudo do BPI
- aponta para um valor real de cada acção de 48.5 euros.
Além disso a acção já foi aos 37
- ontem.
-
- 18-6-99 - Comprar PT na
subscrição, em ambas as tranches, pelo máximo
- Estas acções não deverão ser muito rentáveis, já
que serão oferecidas a um preço quase
- igual à cotação na Bolsa. No entanto, terão a
vantagem de contribuir para um desconto no
- IRS que é sempre bem vindo.
- 13-5-99 - Comprar Robbialac na
OPV pelo máximo
- Vale a pena subscrever Robbialac na OPV porque os
fundamentais da empresa são bons
- (segundo um estudo conservador da Espírito Santo Dealer
as acções valem 2900$ e a
- subscrição será entre 2100$ e 2600$), existem
notícias de que a procura já é 3 vezes
- superior à oferta e ainda vai aumentar mais amanhã, o
que garante o esgotamento da oferta.
- Trata-se de uma primeira emissão de acções, o que,
estatisticamente, costuma dar lucro mais vezes do que
prejuízo. Atenção que o último dia é amanhã, 14-5.
- 13-5-99 - Comprar Brisa na
operação de pequenos subscritores pelo máximo
- Os fundamentais da Brisa são os melhores de entre as
blue chips, a cotação já esteve acima dos
- 10 contos e está agora a 8, o preço para pequenos
subscritores tem um bom desconto, a
- procura é muito maior que a oferta (mais de 10 vezes) e
a Bolsa está a começar a subir...
- Razões mais do que suficientes.
- 31-3-99 - Comprar Sonae
Investimentos a 36.0
- As cotações da empresa estão relativamente baratas, em
comparação com outras empresas
- do grupo Sonae. O PER é de 18, os lucros foram de 16
milhões de contos, numa clara subida.
- A crise do Brasil não afecta muito a Sonae porque ela
vende produtos de grande consumo.
- A vertente imobiliária está a desenvolver-se muito e
vai gerar mais-valias espectaculares.
- Incorporando na Sonae a mais-valia potencial da sua
participação no Continente, o valor
- contabilístico da acção deverá ser de cerca de 4
contos. Finalmente, a fusão que vai haver com
- a Inparsa far-se-á certamente com um aumento do número
de acções e da liquidez, já que o
- capital da Sonae é ainda de apenas 40 milhões, muito
menos que o Continente, Sonae Indústria
- e Inparsa.
22-2-99 - Comprar F.Ramada a
12.0
- Esta empresa já desceu mais de 50% desde Abril e as
perspectivas do negócio continuam
- boas. Desde que a cotação se aproximou dos 12 euros que
os volumes transaccionados
- aumentaram muito, o que poderá indicar que as acções
estão a passar das mãos fracas
- para as fortes.
- 8-2-99 - Comprar Lisnave a 8.50
- 8.60
- Esta empresa está de novo bem barata e apetecível. O
aspecto negativo é a fraca liquidez
- que deve ser devida a muitos pequenos investidores não
terem trocado as suas acções da
- Gestnave. Mas como aspectos positivos saliente-se que a
empresa foi demasiado penalizada
- no segundo semestre de 1998 pela retirada das encomendas
de navios da Falcon Drilling.
- Será que os investidores andam a dormir? Em 1996, a
caminho da falência, a empresa valia
- o equivalente a 20 euros por acção. Agora está
recuperada, dá lucro, passaram 3 anos, e
- só vale 8.5 euros, uma capitalização de 6 milhões de
contos para o maior estaleiro europeu...
- A retirada da Falcon não tem importância nenhuma por
várias razões: primeiro porque a Lisnave
- foi indemnizada, pelo que o lucro obtido com os navios,
mesmo sem ter concluído
- as obras, foi positivo; segundo porque a retirada dos
navios foi devida apenas à má conjuntura
- do mercado petrolífero (o petróleo desceu 50%), que
prejudicou os planos de expansão da
- Texaco e, por tabela, da Falcon Drilling; terceiro porque
os navios poderão voltar logo que
- a situação da Texaco melhore.
- Mais factores positivos: a empresa avança decididamente
no seu plano de recuperação e vai
- apresentar em 1998 meio milhão de contos de lucro, muito
provavelmente. Aos preços actuais,
- isso significa um PER de 12, excepcionalmente baixo. Os
dividendos deverão ser de 50$ por
- acção pelo menos, ou 2.9% de taxa de rentabilidade.
Finalmente as reparações das plataformas
- da Petrobrás decorrem a bom ritmo e são mais rentáveis
do que as dos navios da Falcon.
Existem perspectivas de a Lisnave, juntamente com os
Estaleiros de Viana, conseguir a adjudicação
- de obras para a Marinha Portuguesa, nomeadamente três
submarinos orçados em 150 milhões
- de contos. Além disso, mesmo no mercado do drilling, há
a perspectiva de novos clientes, para
- além de um eventual regresso da Falcon.
-
5-2-99 - Comprar Mundial
Confiança a 30.3
- Apesar da grande subida ainda há boas hipóteses de se
ganhar dinheiro com a Mundial. Ela
- é a cabeça de todo o grupo Champalimaud que deverá
vender o grupo a todo o momento
- (as negociações podem estar quase concluídas). Ele já
avisou que só venderia caro, o que
- significa um preço de mais de 4 contos por acção do
BPSM, talvez 5 contos. Se isso acontecer,
- e atendendo a que a MC detém 94.4 milhões de acções
do BPSM avaliadas no seu balanço a
- 1524$, isso significa uma mais-valia de 94.4 * (5000 -
1524) = 328 milhões de contos. Isso
- deverá somar-se à situação líquida consolidada da
MC, que é de 78 milhões, para dar 406
- milhões de contos. Nesse caso a empresa valerá 8350$
por acção. Ou o grupo comprador
- paga esse preço pela MC e tem que lançar uma OPA geral,
ou paga o preço pelo grupo BPSM,
- o que faria a MC encaixar a mais-valia e posicionar-se
para comprar a Cimpor, por exemplo.
Em qualquer caso, a MC subiria muito.
- Vender Warrants Inparsa a 18.95
- Estes Warrants saíram-nos bastante baratos, já
ganhámos 10% em mês e meio, pelo que a venda
- é uma boa hipótese.
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