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Conceitos de A a Z
Nas próximas
páginas você encontrará uma seleção dos conceitos e dos
gurus da gestão que
deverá conhecer para saber lidar com a mudança e se manter
atualizado.
1 Activity
Based Costing - O método ABC (activity based
costing) é uma técnica de contabilidade analítica nascida no
final dos anos 80. Permite determinar quais os custos indiretos a imputar a um produto ou serviço consoante o tipo de
atividade a que se referem. Os sistemas tradicionais de contabilidade
analítica repartem proporcionalmente os custos indiretos segundo critérios como o número de horas de trabalho manual, o
número de horas por máquina ou a área ocupada por cada centro
de custo. Segundo o método ABC os critérios de repartição
destes custos diferem consoante o tipo de atividade.
Bibliografia: Comptabilité
Analytique et de Gestion, Anne-Marie Reiser (Eska, 1994); e
Implementing Activity Based Costing, de Robin Cooper e Robert
Kaplan (Harvard Business School Press, 1992).
2 Alianças Estratégicas
- São uma associação entre várias empresas que juntam
recursos, competência e meios para desenvolver uma atividade específica ou criar sinergias de grupo. Para conquistar um novo
mercado (geográfico ou setorial), adquirir novas competências
ou ganhar dimensão crítica, as empresas têm, em regra, três
opções: a fusão ou a aquisição; a internacionalização; e a
celebração de alianças estratégicas com um ou vários
parceiros. As alianças tanto podem efetuar-se entre empresas
que atuam em ramos de atividade diferentes como entre
concorrentes. Distinguem-se das joint-ventures, em que os
parceiros partilham a propriedade de uma nova empresa.
Bibliografia: Getting
Partnering Right, de N. Rackham, L. Friedman e R. Ruff
(McGraw-Hill, 1996); Managing Mergers, Acquisitions and Strategic
Alliances, de S. Cartwright e C. Cooper (Heinemann, 1995); e
Collaborating to Compete, de J. Bleek e D. Ernst (Wiley &
Sons, 1993).
3 Análise estrutural de
indústrias - Michael Porter propõe um modelo de
análise de indústrias baseado na identificação de cinco
forças. Eis uma breve descrição das questões a que deverá
responder em cada uma delas:
(a) Ameaça de novas entradas - Existem barreiras à entrada de
novos competidores?
(b) Rivalidade entre os concorrentes - Há guerras de preços, de
publicidade ou de produtos?
(c) Existência de produtos substitutos - Há uma ameaça de
substituição por produtos ou serviços que satisfaçam as
mesmas necessidades?
(d) Poder de negociação dos clientes - Qual o seu poder para
influenciar as variações de preço dos produtos ou serviços?
(e) Poder de negociação dos fornecedores - Qual o seu poder
negocial para elevar os preços ou reduzir o nível de qualidade
oferecido?
Bibliografia: Competitive
Strategy - Techniques for Analysing Industries and Competitor, de
Michael Porter (The Free Press, 1990).
4 Análise SWOT
- Criada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois
professores da Harvard Business School, e posteriormente aplicada
por numerosos acadêmicos a SWOT Analysis estuda a
competitividade de uma organização segundo quatro variáveis:
strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities
(oportunidades) e threats (ameaças). Através desta metodologia
poderá fazer-se a inventariação das forças e fraquezas da
empresa; das oportunidades e ameaças do meio envolvente; e do
grau de adequação entre elas. Quando os pontos fortes de uma
organização estão de acordo com os fatores críticos de
sucesso para satisfazer as oportunidades de mercado a empresa
será, por certo, competitiva no longo prazo.
Bibliografia: Field Guide to
Strategy - A Glossary of Essencial Tools and Concepts of Today
Managers, de Tim Hindle e Margaret Lawrence (Harvard Business
School Press, 1994); e The Concept of Corporate Strategy, de
Kenneth Andrews (Irwin,1971).
5 Análise de Valor -
É uma metodologia de gestão criada nos anos 50 pelo americano
Lawrence Miles. Consiste em decompor um produto ou serviço nas
suas funções principais e, em seguida, delinear as soluções
organizacionais mais apropriadas para reduzir os custos de
produção. Implica uma análise detalhada do valor criado pela
empresa através da distribuição dos custos totais de um
produto ou serviço pelas suas diferentes etapas: concepção,
fabrico, venda, distribuição e serviço aos clientes. Este
conceito deu origem às noções de cadeia de valor, de valor
acrescentado do produto ou serviço e de shareholder value (valor
para o acionista) cuja autoria pertence a Alfred Rappaport.
Bibliografia: Valuation:
Measuring and Managing the Value of Companies, de Tom Copeland,
Tim Koller e J. Murrin (John Wiley & Sons, 1995); The Search
for Value, de Michael Ehrhardt (HBS Press, 1994); Creating
Shareholder Value, de Alfred Rappaport (The Free Press, 1986); e
Analyse de la Valeur, de Bernard Adam (ESF, 1990).
6 Benchmarking
- Segundo International Benchmarking Clearinghouse (IBC), o
benchmarking é um processo sistemático e contínuo de medida e
comparação das práticas de uma organização com as das
líderes mundiais, no sentido de obter informações que a possam
ajudar a melhorar o seu nível de desempenho. Ou seja, é uma
técnica de observação e adaptação das melhores práticas das
melhores empresas, que, no entanto, não deve ser confundida com
a espionagem industrial. A Rank Xerox é considerada a empresa
pioneira na aplicação do benchmarking.
Bibliografia: The
Benchmarking Implementation Guide, de James Harrington
(McGraw-Hill, 1996); Benchmarking for Best Pratices, de
Christopher Bogan e Michael English (McGraw-Hill, 1994);
Strategic Benchmarking, de Gregory Watson (John Wiley & Sons,
1993); Benchmarking - A Signpost to Excellence in Quality and
Productivity, de Bengt Karlof e Svante Ostblom (Wiley, 1993); e
The Benchmarking Book, de Michael Spendolini (Amacom, 1992).
7 Brainstorming
- É uma técnica para reuniões de grupo que visa ajudar os
participantes a vencer as suas limitações em termos de
inovação e criatividade. Criada por Osborn em 1963, uma sessão
de brainstorming pode durar desde alguns minutos até várias
horas, consoante as pessoas e a dificuldade do tema. Em regra, as
reuniões não costumam ultrapassar os 30 minutos. O
brainstorming tem quatro regras de ouro: nunca critique uma
sugestão; encoraje as idéias bizarras; prefira a quantidade à
qualidade; e não respeite a propriedade intelectual. Além de
zelar para que todos os participantes (geralmente entre 6 e 12
pessoas) cumpram as regras, o líder da sessão deve manter um
ambiente relaxante e propício à geração de novas idéias.
Bibliografia: Apllied
Imagination, de A. F. Osborn (Scribner's, 1963).
8 Brand Management
- O conceito de brand management (gestão de marcas) significa o
desenvolvimento sistemático do valor de uma marca. Longe vão os
tempos em que era apenas uma função de ligação entre o
departamento de produção e as agências de publicidade. A
partir dos anos 80, as empresas começaram a considerar a imagem
de marca como um ativo estratégico das empresas (algumas
atribuem-lhe um valor nas suas demonstrações financeiras). O objetivo da gestão de marcas é criar uma identidade largamente
reconhecida pelo mercado-alvo a atingir. A atribuição de um
nome ou uma marca a um produto designa-se branding.
Bibliografia: Brand
Chartering, de Chris Macrae (Addison-Wesley, 1996); Building
Brands Directly, de Stewart Pearson (Macmillan, 1996); Building
Brand Identity, de Lynn Upshaw (John Wiley & Sons, 1995);
Brand Power, de Paul Stobart (Macmillan, 1994); e Brand
Management, de David Arnold (Pitman, 1992).
9 Break-Even
- É um modo simples e eficaz de medir a rentabilidade (ou
prejuízo) de uma empresa ou de uma operação financeira.
Permite igualmente fazer simulações alterando as variáveis de
cálculo. O objetivo desta análise é a determinação do
break-even point (ponto morto das vendas), no qual o valor das
receitas da empresa (lucro de vendas) é igual aos seus custos
totais (somatório dos custos fixos e variáveis). Logo, este
será o ponto de equilíbrio em que a empresa nem perde nem ganha
dinheiro. Acima do break-even point a empresa terá lucros, e
abaixo dele terá prejuízos. Outro conceito relevante é o da
margem de contribuição (ponto em que as receitas igualam os
custos variáveis).
Bibliografia: Break-Even
Analysis - Basic Models, Variants, Extensions, de Marcell
Schweitzer, Ernst Trossmann e Gerald Lawson (John Wiley &
Sons, 1992); e Principles of Corporate Finance, de Richard
Brealey e Stewart Myers (McGraw-Hill, 1988).
10 Cadeia de Valor
- Designa a série de atividades relacionadas e desenvolvidas
pela empresa para satisfazer as necessidades dos clientes, desde
as relações com os fornecedores e ciclos de produção e venda
até à fase da distribuição para o consumidor final. Cada elo
dessa cadeia de atividades está ligada ao seguinte. Esta é uma
metodologia usada pela consultora McKinsey, sistematizada e
popularizada por Michael Porter, que permite decompor as atividades (divididas em primárias e de suporte) que formam a
cadeia de valor. Segundo Porter, existem dois tipos possíveis de
vantagem competitiva (liderança de custos ou diferenciação) em
cada etapa da cadeia de valor.
Bibliografia: Competitive
Strategy - Techniques for Analysing Industries and Competitor, de
Michael Porter (The Free Press, 1990).
11 Ciclo de vida do
produto - O ciclo de vida de um produto no
mercado pode ser dividido em quatro fases:
(1) Introdução - O produto foi lançado no mercado e o
crescimento das vendas é lento;
(2) Crescimento - Há uma explosão da procura, uma melhoria dos
lucros e o produto tende a massificar-se. Chegam novos
competidores;
(3) Maturidade - O ritmo de crescimento das vendas dá sinais de
abrandamento. É uma fase em que as empresas tendem a entrar em
guerras de preço e publicidade;
(4) Declínio - A procura entra em derrapagem, os lucros sofrem
uma rápida erosão em direção ao ponto zero. Grande parte dos
competidores começa a abandonar o mercado.
Bibliografia: Principles of
Marketing, de Philip Kotler (Prentice-Hall, 1983); e Marketing
Management, de Philip Kotler (Prentice-Hall, 1966).
12 Core Competence
- O conceito surgiu em 1990, na Harvard Business Review, em
artigo intitulado "The Core Competence of the
Corporation", da autoria de Gary Hamel e C. K. Prahalad. O
primeiro é professor na London Business School e o segundo leciona na Universidade de Michigan. Core competence designa as
competências estratégicas, únicas e distintivas de uma
organização. Poderá ser, por exemplo, um conhecimento técnico
ou uma tecnologia específica que é susceptível de oferecer um
valor único para os clientes e que distingue a empresa das
rivais. É o caso da competência da Sony em técnicas de miniaturização, ou da Honda na criação de motores. Para os
autores, poucas companhias poderão ser líderes mundiais, em
mais de cinco ou seis competências estratégicas.
Bibliografia: Competing for
the Future, de Gary Hamel e C. K. Prahalad (HBS Press, 1994).
13 Cultura Organizacional -
As empresas, tal como os países, têm uma cultura única. É,
por isso, crucial que as empresas divulguem de forma explícita
quais são os valores que valorizam. Quando o fazem por escrito,
o documento chama-se declaração de missão. Para James Collins
e Jeremy Porras, autores do livro Built to Last, a razão por que
algumas empresas têm sucesso a longo prazo, enquanto outras
acabam por desaparecer está na cultura organizacional. Nesta era
de incerteza tudo deve ser posto em causa, à exceção dos
valores. Esses têm de ser imutáveis.
Bibliografia: Corporate
Culture and Performance, de John Kotter e James Heskett (The Free
Press, 1992); Organizational Culture and Leadership, de Edgar
Schein (Jossey-Bass, 1985); The Art of Japonese Management, de
Pascale e Athos (Simon & Schuster, 1981); e Management -
Tasks, Responsibilities, Pratices, de Peter Drucker (Harper &
Row,1973).
14 Downsizing -
Nos anos 80, as grandes empresas cresceram de forma desordenada
através da diversificação para novos negócios. Criaram
estruturas gigantescas para competir numa era em que a velocidade
e a flexibilidade são os dois requisitos-chave. Por isso, nos
anos 90 foram forçadas a reestruturar-se, um processo designado
downsizing (um termo importado da informática). Aplicado à
gestão significa a redução radical do tamanho da empresa,
geralmente através do delayering (redução dos níveis
hierárquicos) ou da venda de negócios não estratégicos. As
empresas ganham flexibilidade e perdem burocracia e ficam mais
próximas do mercado e dos clientes.
Bibliografia: Rethinking the
Corporation, de Robert Tomasko (Amacom,1993); The Rightsizing
Remedy, de C. F. Hendricks (Irwin, 1992); Downsizing - Reshaping
the Corporation for the Future (Amacom, 1990); e Surviving
Corporate Downsizing, de J. Allen (Wiley,1988).
15 Ecogestão -
A ideia de uma empresa responsável perante o ambiente e a
sociedade era apenas um sonho dos ecologistas. Hoje, os governos
investem em programas de apoio, criam legislação mais eficaz e
controlam a eficácia dessas medidas. Em muitos países há um
sistema de atribuição do selo ecológico aos produtos amigos do
ambiente. Mas a mudança decisiva teve origem na crescente
preocupação ecológica dos consumidores, cujos hábitos de
compra passaram a premiar as empresas e os produtos respeitadores
do ambiente. Também a maioria das multinacionais está a apostar
nos produtos verdes. Quem ganha somos todos nós.
Bibliografia: Ecomanagement,
de Callenbach, Capra, Goldman e Marburg (Berrett-Koelher, 1993);
The Ecology of Commerce, de Paul Hawken (Harper Collins, 1993);
The E Factor, de Joel Makower (Times Books, 1993); e Corporate
Realities and Environmental Truths, de Bennett, Freierman e
George (Wiley, 1993).
16 Ética negocial -
Podem os negócios ser éticos? Este é um dilema que tem
apaixonado muitas gerações de gestores e acadêmicos. É um
caso típico em que existe uma grande diferença entre a teoria
(o que se deve fazer) e a prática (o que se faz na realidade).
Embora a maioria das empresas se autoproclame ética e
socialmente responsável, poucas têm um comportamento que o
justifique. O conceito de ética negocial (business ethics)
resume o conjunto de princípios e códigos de comportamento
moralmente aceitáveis nos negócios. Hoje é uma disciplina que
passou a ser ensinada nas melhores universidades mundiais.
Bibliografia: Can Ethics be
Taught, de Thomas Piper, Mary Gentile e Sharon Parks (HBS Press,
1993); Good Intentions Aside, de Laura Nash (HBS Press, 1993); e
The Power of Ethical Management, de Kenneth Blanchard
(Morrow,1988).
17 Excelência
- Nasceu em 1982 com a publicação de In Search of Excellence,
de Peters e Waterman, o livro de gestão mais vendido de sempre.
Para os autores, as empresas excelentes têm oito
características distintivas: inclinação para a ação;
proximidade do cliente; autonomia individual; apostar nas
pessoas; criação de valores; manter-se no que se domina;
simplicidade formal; e existência em simultâneo de rigidez e
flexibilidade. Mais importante do que a seleção das empresas
excelentes (a maioria deixou de o ser alguns anos depois) e dos
seus oito atributos (parte deles deixaram de ser respeitados por
essas mesmas empresas), a obra foi o símbolo da nova forma de
encarar a gestão.
Bibliografia: In Search of
Excellence, de Tom Peters e Robert Waterman (Harper & Row,
1982); e The Art of Japonese Management, de Pascale e Athos
(Simon & Schuster, 1981).
18 Empowerment
- É um conceito de gestão associado ao trabalho de Rosabeth
Moss Kanter, professora em Harvard e ex-editora da Harvard
Business Review. Segundo a autora, as empresas que dão mais
poder e autonomia aos seus trabalhadores são as que estão
melhor posicionadas para competir a longo prazo. O meio
empresarial parece começar a levar a sério esta recomendação.
O caso clássico da aplicação radical do empowerment é o da
empresa brasileira Semco, liderada por Ricardo Semler, o autor do
livro Maverick e de um polêmico artigo publicado na Harvard
Business Review intitulado "Managing Without Managers".
Bibliografia: Managing
Empowerment, de Davis Jenkins (Century, 1996); The Pratice of
Empowerment, de Dennis Kinlaw (Gower, 1995), Maverick, de Ricardo
Semler (Arrow, 1993); Zapp! The Lightning of Empowerment, de
William Byhnam (Fawcett, 1992); e When Giants Learn to Dance, de
Rosabeth Moss Kanter (Routledge, 1989).
19 Equipes Autogeridas
- As self management teams (equipes autogeridas) são compostas
por um pequeno número de pessoas que tem a responsabilidade por
um processo operacional e os seus resultados. Elas têm os meios
para resolver problemas relativos à execução do trabalho e
gerem a divisão e o planejamento das tarefas do grupo. Foi um
conceito na moda nos anos 70, mas cujo entusiasmo decresceu na
última década, visto que os resultados da aplicação nem
sempre foram os desejados. Hoje tem novamente mais adeptos,
devido à crescente qualificação dos recursos humanos.
Bibliografia: Competitive
Advantage Through People, de Jeffrey Pfeffer (HBS Press, 1994);
Inside Teams, de Richard Wellins, William Byham e George Dixon
(Jossey-Bass, 1994); The Wisdom of Teams, de Jon Katzenbach e
Douglas Smith (HBS Press, 1993); e Effective Leadership, de John
Adair (Gower, 1983).
20 Franchising -
Um método popular para uma empresa alargar a sua base de
clientes sem necessitar de investir capital e para um candidato a
empresário criar um negócio sem constituir uma empresa de raiz.
Há dois parceiros envolvidos: o franchisador, que desenvolveu o
negócio e lhe deu o nome; e o franchisado, que compra o direito
de operar sob esse nome. Um negócio torna-se franchising quando
o franchisado paga direitos de entrada e royalties (geralmente
uma percentagem fixa do volume de negócios) pela utilização da
marca, produto ou serviço. Em contrapartida, recebe apoio do
franchisador e o direito a distribuir o produto ou serviço numa
área determinada.
Bibliografia: Franchising for
Free, de Dennis Foster (Wiley, 1988); Blueprint for Franchising a
Business, de Steven Raab e Gregory Matusky (Wiley, 1987); e
Comment Réussir en Franchise, de Max de Mendez e Jean-Paul
Lehnisch (Dunod, 1989).
21 Fidelização de
Clientes - Engloba as técnicas destinadas a
conservar e atrair os melhores clientes de modo a aumentar a sua
fidelização à empresa. Vários estudos já demonstraram que
recrutar novos clientes é três a cinco vezes mais caro do que
conservar os existentes e encorajá-los a consumir mais. Aumentar
a fidelidade exige detectar as principais causas de
insatisfação dos consumidores, nomeadamente as razões que os
levaram a recusar um produto ou serviço ou a preferir o de um
rival. Em seguida, as empresas devem corrigir esses pontos e
melhorar a qualidade oferecida aos clientes em todas as áreas. A
meta final é criar uma organização totalmente orientada para o
cliente (customer-driven company).
Bibliografia: The One-to-One
Future, de Don Peppers e Martha Rodgers (Piatkus, 1994); e The
Customer-Driven Company, de Richard Whitely (Addison-Wesley,
1991).
22 Globalização
- As tecnologias de informação deram origem a uma verdadeira
aldeia global. Para os gestores, o termo significa a integração
mundial das actividades de uma organização. É uma etapa mais
avançada da internacionalização, em que os processos são
organizadas à escala global, como se o mundo fosse um único
país. A globalização diz respeito a todas as funções da
empresa, mas muitas vezes é apenas limitada ao marketing. Nesta
área, Theodore Levitt foi o primeiro guru a alertar para a
homogeneidade global das preferências dos consumidores.
Bibliografia: World Class, de
Rosabeth Moss Kanter (Simon & Schuster, 1995); The Evolving
Global Economy, de Kenichi Ohmae (HBS Press, 1995); The
Borderless World, de Kenichi Ohmae (Harper & Row, 1990);
Managing Across Borders, de Christopher Bartlett e Sumantra
Goshal (HBS Press, 1989); e The Multinacional Mission, de C. K.
Prahalad e Yves Doz (The Free Press, 1987).
23 Gestão da Mudança
- A ideia não é propriamente nova. O que mudou foi a própria
natureza da mudança, que de incremental e passível de previsão
passou a descontínua, veloz e imprevisível. Segundo o livro
Fast Forward, tema de capa desta edição, as três forças
geradoras da mudança são as tecnologias, a desregulamentação
e a globalização. Os gestores devem preparar-se para a mudança
através da resposta a três perguntas fundamentais: como será a
organização do futuro? Qual o processo de mudança ideal? Qual
o tipo de competências que é necessário?
Bibliografia: Fast Forward,
de James Champy e Nithin Nohria (HBS Press, 1996); Managing in a
Time of Great Change, de Peter Drucker (Heinemann, 1995); Crazy
Times Calls for Crazy Organizations, Tom Peters (Alfred Knopf,
1995); Liberation Management (Alfred Knopf, 1990); e A Force for
Change, de John Kotter (The Free Press, 1990).
24 Gestão por Objectivos
- Criada por Peter Drucker nos anos 50, a gestão por objectivos
(management by objectives - MBO) descreve um sistema de gestão
em que os trabalhadores e os gestores de topo definem em conjunto
qual é o objectivo final do seu trabalho, como o realizar, de
que forma será avaliado e qual o tempo necessário à
concretização. É uma técnica popular em todo o mundo. Há, no
entanto, três críticas clássicas à sua aplicação: os
gestores tendem a definir metas pouco ambiciosas ou irrealistas;
os objectivos raramente resultam de um processo participativo e
descentralizado; e não promove o trabalho de equipe.
Bibliografia: Management -
Task, Responsabilities, Pratices, de Peter Drucker (Harper &
Row, 1973); Managing for Results, de Peter Drucker (Heinemann,
1964); The Pratice of Management, de Peter Drucker (Harper &
Row, 1954); e Concept of the Corporation, de Peter Drucker (John
Day, 1946).
25 Horizontal Organization
- Uma organização horizontal (horizontal organization) ou
achatada (flat organization) é a que minimiza o número de
níveis hierárquicos de modo a estar mais perto dos clientes e
em que os traba lhadores estão também mais próximos dos
níveis de decisão. É um conceito que propõe acabar com a
pirâmide hierárquica das organizações tradicionais. A sua
vantagem principal é tornar os circuitos de decisão mais
curtos, logo mais rápidos. Os empregados, sentindo-se menos
vigiados, revelam maior empenhamento e criatividade. Este tipo de
organização favorece a criação de estruturas matriciais, mais
leves e flexíveis, em que existe uma maior descentralização
das responsabilidades.
Bibliografia: Global
Strategies, de Percy Barnevik e Rosabeth Moss Kanter (HBS Press,
1994).
26 Internet e Intranet
- A Internet é uma ferramenta ao alcance dos gestores que lhes
permite mudar radicalmente a forma como executam o trabalho e
gerem empresas. Se a Internet já provou ser crucial para
comunicar e dar acesso à informação, as intranets (redes
internas) são cada vez mais populares para a difusão da
informação no interior da empresa entre os seus funcionários.
Outras das facilidades das intranets são a criação de grupos
de discussão internos (newsgroup) que visam partilhar
informação e recolher ideias ou sugestões, bem como o correio
electrónico (interno e externo), que está a assumir-se em todo
o mundo como uma alternativa ao envio de mensagens por fax.
Bibliografia: Global
Advantage on the Internet, de Mary Cronin (VNR, 1996); Marketing
Internet, de Jill e Matthew Ellsworth (Wiley, 1995); e Being
Digital, de Nicholas Negroponte (Alfred Knopf, 1995).
27 Just-in-time
- É uma técnica de gestão e controle de mercadorias que
procura minimizar o nível de stocks nos armazéns das empresas
industriais. Criada em 1960 pela nipônica Toyota, foi
considerada como uma das ferramentas de gestão que mais
contribuíram para o milagre industrial japonês. A ideia base é
bastante simples: cada etapa do ciclo de produção só deve
solicitar novas encomendas à etapa anterior na medida que
precisar delas. Implica igualmente uma redução do número de
fornecedores. Richard Schonberger foi o primeiro autor a divulgar
a metodologia just-in-time nos Estados Unidos.
Bibliografia: JIT II, de
Lance Dixon e Anne Millen Porter (Purchasing Magazine, 1994);
Building a Chain of Customers, de Schonberger (The Free Press,
1990); Total Quality Control, de Feigenbaum (McGraw-Hill, 1983);
e Japonese Manufacturing Techniques, de Schonberger (The Free
Press, 1982).
28 Lean Prodution
- Engloba o conjunto de técnicas desenvolvidas nos anos 70 por
fabricantes japoneses, como a Toyota e a Matsushita, para reduzir
os custos de produção e aumentar a competitividade. Foi
popularizado através do estudo sobre a indústria automóvel do
MIT, designado "The Machine that Change the World", que
investigou as causas associadas à superiodade dos nipónicos nos
domínios da produtividade, flexibilidade, rapidez e qualidade. O
conceito de lean prodution é baseado em quatro princípios:
trabalho de equipe; comunicação; uso eficiente de recursos e
eliminação de desperdícios; e melhoria contínua (a que os
japoneses chamam kaisen).
Bibliografia: The Machine
That Change the World - The Story of Lean Prodution, de James
Womack, Daniel Jones e Daniel Ross (Harper Collins, 1990).
29 Learning Organization
- Criado por Chris Argyris, professor em Harvard, designa por
learning organizations (organização em constante aprendizagem)
as empresas que aprendem à medida que os seus trabalhadores vão
ganhando novos conhecimentos. O conceito é baseado na ideia de
Argyris, chamada double-loop learning (quando os erros são
corrigidos através da alteração das normas empresariais que o
causaram). Em 1990, Peter Senge, professor do MIT, popularizou o
conceito através do best-seller The Fifht Discipline - The Art
and Pratice of a Learning Organization.
Bibliografia: Organizational
Learning II, de Chrys Argyris e Donald Schon (Addison-Wesley,
1996), The Fifth Discipline Fieldbook, de Peter Senge, Art
Kleiner, Charlotte Roberts, Richard Ross e Bryan Smith (Nicholas
Brealey, 1994); The Learning Organization, de Bob Garrat (Harper
Collins, 1994); e The Fifth Discipline - The Art and Pratice of a
Learning Organization, de Peter Senge (Century Business, 1990).
30 Liderança
- Existem características básicas para que um indivíduo possa
tornar-se um líder, tais como visão, integridade
(conhecimentos, autoconfiança e maturidade) e vontade de assumir
riscos. Os líderes são, em regra, pessoas muito persistentes,
com grande carisma e motivadas pelo seu instinto. Segundo Warren
Bennis, "um bom gestor faz as coisas bem, enquanto um bom
líder faz as coisas certas". Enquanto para o britânico
John Adair as capacidades de liderança podem ser adquiridas
através do treino, para o norte-americano John Kotter, elas são
inatas, embora todas as pessoas devam ser encorajadas a ser
líderes.
Bibliografia: Maximum
Leadership, de Philippe de Backer e Allen Sheppard (Orion, 1995),
Real Change Leaders, de Jon Katzenbach (Nicholas Brealey, 1996);
Reinventing Leadership, de Warren Bennis e Robert Townsend
(Piatkus, 1996); On Becoming a Leader, de Warren Bennis
(Hutchingson, 1989); e Leadership an Art, de Max de Pree
(Doubleday, 1989).
31 Matriz BCG
- Da autoria da consultora Boston Consulting Group é um
instrumento analítico de apoio à tomada de decisões
estratégicas, caso das relativas ao portfólio (carteira) de
negócios ou produtos. O modelo BCG é um dos pioneiros e sem
dúvida o mais popular devido à sua simplicidade. Para o aplicar
será necessário construir uma matriz, cujo eixo horizontal é
representado pela variável quota de mercado relativa (alta à
esquerda e baixa à direita) e no eixo vertical está a taxa de
crescimento do mercado (elevada em cima e reduzida em baixo). A
matriz dá origem a quatro quadrantes: interrogações
(question-marks); estrelas (stars); vacas leiteiras (cash-cows);
e cães (dogs).
Bibliografia: The Logic of
Business Strategy, de Bruce Henderson (Ballinger, 1984); e
Strategic Market Planning, de Abel e Hammond (Prentice-Hall,
1979).
32 Marketing-Mix
- Representa o conjunto de variáveis controláveis pela empresa
para influenciar as respostas dos consumidores. Nos anos 60,
Jerome McCarthy divulgou o conceito, dividindo-o em "4
pês": produto (product), preço (price), promoção
(promotion) e ponto de venda (point of sale). A variável
promoção inclui publicidade, promoção de vendas, publicity
(comunicação noticiosa), relações públicas, sponsoring
(patrocínio), marketing directo (direct-mail e telemarketing). A
variável ponto de venda requer a análise de factores como
estrutura de canais de distribuição, tipo de distribuição,
merchandising (acções de marketing no ponto de venda),
logística de distribuição e de stocks e gestão da força de
vendas.
Bibliografia: Marketing
Management, de Philip Kotler (Prentice-Hall, 1971, 7.ª
edição); Basic Marketing - A Managerial Approach, de Jerome
McCarthy (Irwin, 1960).
33 Motivação
- Nasceu no final dos anos 20 através das experiências do
australiano Elton Mayo. O fundador da escola de relações
humanas (uma filosofia oposta aos princípios científicos do
trabalho de Taylor) pretendia provar que os trabalhadores não
eram motivados apenas pela remuneração, mas também por outros
factores como as condições de trabalho e o apreço das chefias.
Nos anos 50, dois autores deram uma contribuição decisiva para
esta corrente: Abraham Maslow (pirâmide das necessidades) e
Frederick Herzberg (teoria dos dois factores).
Bibliografia: Marie Parker
Follet - Prophet of Management (HBS Press, 1995); Organizational
Psichology, de E. Schein (Prentice-Hall, 1980); The Human Side of
the Enterprise, de D. McGregor (McGraw-Hill, 1960); Motivation
and Personality, de A. Maslow (Harper & Row, 1954); e The
Human Problems of an Industrial Civilisation, de E. Mayo (HBS
Press, 1933).
34 Networking -
Um termo importado da informática relativo à ligação entre
terminais de computador para que o acesso aos dados possa ser
partilhado por diversos utilizadores. O melhor exemplo de
networking à escala global é o da Internet, que permite a
ligação em rede e on line (em tempo real) entre um ou vários
indivíduos localizados em qualquer ponto do mundo. É uma
expressão que pode igualmente designar a forma como as grandes
companhias de serviços (auditoras, consultoras, agências de
publicidade, ou firmas de advogados) se podem internacionalizar
sem recorrer à abertura de novas delegações regionais.
Bibliografia: The Road Ahead,
de Bill Gates (Penguin, 1995); The Age of Paradox, de Charles
Handy (Hutchisom, 1993); Networks and Organizations, de Nitin
Nohria e Robert Eccles (HBS Press, 1993); e Telecommuting, de
Joel Kugelmass (The Free Press, 1995).
35 Outplacement -
Os grupos empresariais têm passado por reestruturações
associadas a despedimentos maciços. Neste contexto há um novo
negócio a florescer, o outplacement. É uma técnica de gestão
de recursos humanos que visa apoiar os trabalhadores dispensados
rumo à sua reinserção profissional. As consultoras em
outplacement fornecem aconselhamento financeiro e formação em
recrutamento e selecção. Há quem prefira criar centros de
outplacement internos, que prestam auxílio aos trabalhadores
dispensados e aos que são recolocados em novas funções.
Bibliografia: The Frontiers
of Excellence, de Robert Waterman (Nicholas Brealey, 1994); The
International Relocation, de Coyle e Shortland (Heinemann, 1992);
The Middle Management Challenge, de Frohmann e Leonard
(McGraw-Hill, 1993); Winning Carreer Moves, de Geraldine Henze
(Irwin, 1992); e The Outplacement Solution, de Wolfer e Wong
(Wiley, 1988).
36 Outsourcing -
Trata-se de contratar uma entidade exterior à empresa para
executar serviços não estratégicos (que não produzem valor
acrescentado para os clientes), em vez de os produzir
internamente. A grande vantagem reside na redução de custos que
tal opção implica. Talvez ainda seja mais importante o facto de
o outsourcing libertar mais tempo os executivos para se dedicarem
mais às core competence (competências estratégicas) da
empresa. O conceito nasceu na área das tecnologias de
informação. Tem maior potencial de aplicação em indústrias
dinâmicas, em que as pressões para cortes nos custos são mais
intensas, nomeadamente nos grupos empresariais que pretendem
seguir uma estratégia de integração vertical das suas
actividades.
Bibliografia: Information
Systems Outsourcing, de Mary Lacity e Rudy Hirschheim (Wiley,
1995).
37 Princípios de humor e
bom senso - Eis três desses princípios:
(1) Análise de Pareto - Criada no século XIX pelo economista
italiano Vilfredo Pareto, defende que cerca de 80% dos lucros de
uma empresa são derivados de 20% dos seus produtos;
(2) A lei de Parkinson - Foi o primeiro livro humorístico sobre
gestão. Eis duas das suas leis: "O trabalho expande-se na
exacta medida do tempo disponível para ser feito";
"Quanto menor o interesse do assunto, maior é a
discussão";
(3) Princípio de Peter - Defende que qualquer trabalhador
acabará por ser promovido até ao limite máximo do seu nível
de incompetência. Foi criado em 1969 por Laurence J. Peter.
Bibliografia: Parkinson's Law
or the Pursuit of Progress, de Northcote Parkinson (Penguin,
1957); e The Complete Murphy's Law, de Arthur Block (Price Sloan,
1977).
38 Pensamento Estratégico
- As décadas de 70 e 80 foram a época áurea o planeamento
estratégico. Na prática, a maioria desses planos acabou por
fracassar. Henry Mintzberg diagnosticou os motivos. Segundo o
canadiano, o excesso de análise cria uma espécie de paralisia.
Por outro lado, considera que não se deve separar o planeamento
da acção. Enquanto planear é um exercício analítico, a
estratégia baseia-se na criatividade, intuição e capacidade de
síntese. Para designar esta última atitude propõe, em
alternativa, o termo "pensamento estratégico".
Bibliografia: The Strategy
Process, de Henry Mintzberg, James Brian Quinn e Sumantra Goshal
(Prentice-Hall, 1995); Strategy, de Cynthia Montgomery e Michael
Porter (HBS Press, 1991); The Mind of the Strategist, de Kenichi
Ohmae (McGraw-Hill, 1992); The Rise and Fall of Strategic
Planning, de Henry Mintzberg (The Free Press, 1994); e Mintzberg
on Management, de Henry Mintzberg (The Free Press, 1989).
39 Pensamento Lateral
- Criado por Edward de Bono, o conceito de pensamento lateral
consiste na geração de novas ideias e no abandono das
obsoletas. Aplicado às empresas é uma técnica para aumentar a
criatividade e um recurso estratégico da organização. Na sua
opinião é necessário estimular o cérebro através da atitude
de quebrar os princípios estabelecidos e passar a encarar a
realidade de um modo diferente. De Bono distingue o pensamento
lateral (descontínuo e destinado à geração de ideias) do
vertical (contínuo e orientado para as desenvolver). Enquanto o
pensamento lateral dá ideias, o vertical desenvolve-as.
Bibliografia: Teach Yourself
to Think, de Edward de Bono (Viking, 1995); NLP At Work, de Sue
Knight (Nicholas Brealey, 1995); I Am Right, You Are Wrong, de
Edward de Bono (Viking, 1990); Lateral Thinking for Management,
de Edward de Bono (McGraw-Hill, 1971), e The Use of Late-ral
Thinking, de Edward de Bono (McGraw-Hill, 1967).
40 Planejamento por
Cenários - A velocidade da mudança obriga os
gestores a encarar uma dura realidade: é cada vez mais díficil
(senão impossível) prever as ocorrências no meio envolvente a
longo prazo. Peter Schwartz popularizou a técnica que permite
resolver o problema: o planejamento por cenários. Através dela
a Shell foi a única empresa do sector preparada para a crise do
petróleo de 1973. Os cenários não são previsões.
Construídos a partir da geração de hipóteses alternativas
sobre o futuro, permitem às empresas estar preparadas para a
ocorrência de cada uma dessas hipóteses e exercitam os gestores
a reflectir sobre as estratégias de longo prazo.
Bibliografia: The Art of the
Long View, de Peter Schwartz (Doubleday, 1991).
41 Project Management
- A gestão de projectos (project management) é baseada na
formação de equipas temporárias e pluridisciplinares. Trata-se
de um grupo de trabalho constituído por empregados provenientes
de diferentes sectores da empresa que tem um projecto a
desenvolver e que é validado pela direcção-geral. Os membros
devem ter especializações e competências diversas. A equipa
deve ser colocada sob a responsabilidade de um chefe de projecto
que depende directamente da direcção-geral. Os membros são
desligados, total ou parcialmente, mas apenas de uma forma
temporária, do seu serviço de origem.
Bibliografia: Project
Management Demystified, de Geoff Reiss (E&FN Spon, 1996);
Project Management, de Dennis Lock (Gower, 1996); Project
Management and Project Network Techniques, de Keith Lockyer e
James Gordon (Pitmann, 1995); e Successful Project Managers, de
Milton Rosenau (VNR,1991).
42 Qualidade Total
- Segundo o European Foundation for Quality Management (EFQM) os
esforços para a qualidade total (TQM - Total Quality Management)
são caracterizados pelos seguintes factores: excelência nos
processos; cultura de melhoria contínua; criação de um melhor
relacionamento com os clientes e fornecedores; envolvimento de
todos os trabalhadores; e clara orientação para o mercado. Os
melhores exemplos da aplicação da gestão da qualidade total
são as empresas japonesas, que ironicamente foram ensinadas nos
anos 40 e 50 pelos mestres americanos Deming e Juran.
Bibliografia: Quality is
Still Free, de Philip Crosby (McGraw-Hill, 1996); Managerial
Breakthrough, de Juran (McGraw-Hill, 1995); Quality is Free, de
Philip Crosby (McGraw-Hill, 1979); Out of the Crisis, de Edwards
Deming (Cambridge University Press, 1986); Juran on Planning for
Quality, de Juran (The Free Press, 1988); e Total Quality
Control, de Feigenbaum (McGraw-Hill, 1983).
43 Reengenharia -
Michael Hammer, ex-professor do MIT, é considerado o pai desta
teoria inovadora e radical. Referiu-se pela primeira vez ao tema
no artigo publicado em 1990 pela Harvard Business Review. Mas a
consagração só chegaria três anos depois com o livro
Reengineering the Corporation, escrito em parceria com James
Champy. Para os autores, a reengenharia significa um redesenho
radical dos processos de negócio com o objectivo de obter
melhorias drásticas em três áreas: nos custos; nos serviços;
e no tempo.
Bibliografia: The
Reengineering Revolution, de Michael Hammer (Harper
Collins,1995); Reengineering Management, de James Champy (Harper
Collins, 1995); The Reengineering Handbook, de Raymond Manganelli
e Mark Klein (Amacom, 1994); Reengineering the Corporation, de
Hammer e Champy (Harper Collins, 1993); e Process Innovation, de
Thomas Davenport (Harvard Business School Press, 1992).
44 Risk Management
- Ou gestão do risco, significa fazer a análise, controlo e
seguro ideal dos riscos de uma empresa. Visa antecipar, analisar
e valorizar os riscos de funcionamento da empresa de modo a
minimizá-los. Implica optimizar o rácio qualidade/custo dos
diferentes seguros da companhia. O método inclui todos os tipos
de riscos clássicos (caso da segurança de pessoas e bens) e
também alguns cuja frequência ou amplitude cresceu nos últimos
anos, tais como riscos de cópias, os ligados ao meio ambiente ou
as despesas médicas dos empregados).
Bibliografia: The Complete
Guide to Business Risk Management, de Kit Sadgrove (Gower, 1995);
Finantial Innovation and Risk Sharing, de Franklin Allen e
Douglas Gale (MIT Press, 1994); Des Primes d'Assurance au
Financement des Risques, Ives Maquet (Bruylant, 1991); e Risk
Managment and Insurance, de C. Williams e R. Heins (McGraw-Hill,
1985).
45 Sinergia -
Refere-se à convicção de que dois mais dois podem ser cinco.
Esta é uma não evidência que serviu para justificar as
injustificáveis operações de fusão e aquisição que
caracterizaram o mundo dos negócios nos anos 80. O conceito de
sinergia, introduzido por Igor Ansoff no livro Corporate
Startegy, procura provar que duas empresas juntas valem mais do
que a soma das duas separadas. Se não existir sinergia (ou se
for negativa) não valerá a pena concretizar-se uma fusão ou
aquisição. O conceito pode ser aplicado em outras áreas, como
alianças estratégicas, joint-ventures, acordos de cooperação,
relações das empresas com fornecedores ou clientes e equipas de
trabalho pluridisciplinares.
Bibliografia: Implementing
Strategic Management, de Igor Ansoff (Pentice-Hall, 1984); e
Corporate Strategy, de Igor Ansoff (MCGraw-Hill, 1965).
46 Trade Marketing
- Significa a optimização da relação entre o produtor e o
distribuidor. O conceito surgiu no início dos anos 90 devido à
importância crescente dos intermediários (grossistas e
retalhistas) na distribuição. A relação entre produtores e
distribuidores é, em regra, conflituosa. O objectivo do trade
marketing é encontrar formas para que ambos tirem o máximo
partido de um acordo de colaboração. Propõe a criação de uma
parceria de longo prazo entre produtores e distribuidores em
áreas como trocas de informação, oferta do produto com a marca
do distribuidor e publicidade ou promoções conjuntas.
Bibliografia: Concurrent
Marketing, de Frank Cespedes (HBS Press, 1996); Le Trade
Marketing Mix, de Bruno Chevot e Emmanuel Pouet (Presses du
Management, 1995); e Le Trade Marketing, de Claude Chinardet
(Éditions d´Organizations, 1994).
47 Time Based Competition
- Consiste na redução do tempo de resposta às evoluções do
mercado. Hoje as empresas devem fornecer ao cliente o que ele
quer, no momento em que o deseja e não mais tarde, senão será
a concorrência a fazê-lo. Segundo os autores do conceito, os
norte-americanos George Stalk e Thomas Hout, do Boston Consulting
Group, o controle do tempo é a chave para um bom desempenho da
empresa. Na actual conjuntura de mudança só as empresas capazes
de adaptar-se rapidamente podem conquistar quotas de mercado. O
poder de reacção da companhia deve ser estimulado em todos os
campos: produtos; produção; distribuição; e serviço.
Bibliografia: Competing
Against Time, de George Stalk e Thomas Hout (The Free Press,
1990); The Product Development Challenge, de Kim Clark e Steven
Wheelwright (HBS Press,1995); e Producy Juggernauts, de
Jean-Philippe Deschamps (HBS Press, 1995).
48 Urgente versus
Importante - Existe um fosso entre as actividades
que nos consomem tempo e aquelas que são realmente importantes.
Os métodos de gestão do tempo tradicionais ensinam a fazer mais
coisas em menos tempo, ou seja, a ser mais eficiente em áreas
como os compromissos, reuniões, horários, objectivos e
actividades. Os nossos maiores desafios não são, no entanto,
resolvidos com a velocidade ou a quantidade de tarefas
preenchidas. São problemas de eficácia (satisfação dos nossas
metas prioritárias) e de ordem qualitativa. Enquanto os
primeiros dizem respeito ao modo como gerimos o tempo, os
segundos referem-se à gestão das nossas vidas.
Bibliografia: First Thing
First, de Steven Covey (Simon & Schuster, 1994); Seven Habits
of Highly Effective People, de S. Covey (Simon & Schuster,
1992); Time Trap, de Alec Mackenzie (Amacom, 1990); e
Principle-Centered Leadership, S.Covey (Simon & Schuster,
1990).
49 Vantagem Competitiva
- Michael Porter demonstrou que as empresas bem sucedidas
obedecem a padrões definidos de comportamento que podem ser
resumidas em três estratégias genéricas (as fontes de vantagem
competitiva sobre os concorrentes):
(1) Liderança baseada no factor custo - Possuir custos mais
baixos do que os rivais;
(2) Diferenciação - Criar um produto ou serviço que é visto
na indústria como único;
(3) Focalização - Combinar as duas estratégias
direccionando-as para um alvo específico.
Bibliografia: Strategy -
Seeking and Securing Competitive Advantage, de Michael Porter
(HBS Press, 1991); Competitive Advantage - Creating and
Sustaining Superior Performance, de Michael Porter (The Free
Press, 1985); e Competitive Strategy - Tecniques for Analyzing
Industries and Competitors, de Michael Porter (The Free Press,
1980).
50 X, Y, Z -
Nascidas no final dos anos 50, as teorias X e Y são duas visões
opostas sobre a natureza humana e a forma de gerir a força de
trabalho. Foram criadas pelo psicologo Douglas McGregor, do MIT.
A teoria X assume que os indivíduos não gostam de trabalhar, a
menos que sejam obrigados coercivamente a fazê-lo. A teoria Y
defende que as pessoas têm auto-realização no trabalho e que
cumprem melhor as suas tarefas se não forem vigiadas por
terceiros. A teoria Z, de William Ouchi, é uma variante da
teoria Y. Defende que os trabalhadores têm um grau de
envolvimento similar ao dos gestores quando existe um sistema de
recompensas e incentivos eficaz.
Bibliografia: Theory Z, de William Ouchi
(Addison-Wesley,1981); The Professional Manager, de D. McGregor
(McGraw-Hill, 1967); e The Human Side of the Entreprise, de
Douglas McGregor (McGraw-Hill, 1960).
fonte: www.calidad.org
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