Você já pensou que um dia você vai ter que ter uma para estar empregado na área? CERTIFICAÇÃO X EXPERIÊNCIA Você sabe qual é a diferença entre cursos, treinamentos e certificações? Este conceito é, muitas vezes, confundidos pelos profissionais Treinamento: O próprio substantivo já expressa seu sentido, que vem da palavra treinar, ou seja, é a ação de exercitar a mente afim de apurar suas habilidades. Significa conhecer melhor algum assunto e aprender mais sobre ele. O treinamento está sempre vinculado a um produto específico que será necessário ao profissional desempenhar suas tarefas, nada mais do que isto. Cursos: Uma das definições encontradas para curso é: "Série de lições sobre determinada matéria". Quando um profissional procura um curso, ele busca um aprendizado sobre determinado produto/tecnologia que ele não conhece ou conhece pouco. Muitas vezes o profissioanal também busca novidades, atualizações necessárias para o andamento de sua carreira, principalmente em um mercado como o de Tecnologia, no qual as novidades crescem a cada minuto. Os cursos ajudam-o a se manter atualizado no mercado e a estar em contato sempre com as mais modernas tecnologias disponíveis no mercado. Certificações: A certificação é o processo de aprovação em um exame escrito ou oral. Ao ser aprovado neste exame, o candidato se tornará um Profissional Certificado pelo fabricante do produto ao qual ele prestou o exame e terá em mãos um documento para provar sua capacidade e qualificação, que lhe garante um diferencial e confiança no mercado. A certificação corresponde a um Aval do fabricante para ele trabalhar, gerenciar e desenvolver em cima de seus produtos com garantia de capacidade e conhecimentos reconhecidos internacionalmente e de acordo com os padrões de desenvolvimentos estabelecidos pelo referido fabricante. O exame de certificação de qualquer empresa, atesta que o usuário tem as habilidades necessárias e embasamento teórico suficiente para desenhar soluções, implementar e administrar uma determinada tecnologia dentro do ambiente da empresa. No caso Microsoft, existem várias modalidades de certificação, sendo a mais comum, a Microsoft Certified Professional (MCP) que qualifica O PROFISSIONAL naquele produto sob o qual ele se certificou. Isto quer dizer que quem pretende tirar um MCP, está na verdade, querendo se especializar naquela ferramenta, seja a nível de usuário avançado, de gerente ou de administrador. Mas no nosso caso, que é de desenvolvimento, esta certificação não nos é interessante. Para o nosso caso, temos duas opções de certificação: a MCSD (Microsoft Certified Solution Developer) para desenvolvedores e a MCSE (Microsoft Certified Systems Engineer) para Engenheiros de software (Analistas, Projetistas de sistemas, etc..). Mas deja qual for o certificado, o profissional terá em mãos um documento oficalmente reconhecido pela Microsoft, em qualquer lugar do mundo. A Microsoft estabelece também um critério para você se certificar. Por exemplo, Você não pode chegar lá e querer de cara tirar um MCSE. Para você obter esta certificação, você precisa ter outros certificados anteriores e que atendam à um critério estabelecido pela Microsoft. Como vê, a coisa não é tão simples como se especula por aí. Em um mercado cada vez mais competitivo, o profissional de informática deve ter um diferencial em seu curriculum. O mercado exige, cada vez mais, profissionais que possam projetar, desenvolver e dar suporte as novas técnologias. Nos últimos tempos, muitos individuos provindos de outras áreas (administrativa, financeira, etc) entraram de cabeça no processo de certificação imaginando o mercado de profissionais como promissor e lucrativo. Para estas pessoas, obter uma certificação de MCP, por exemplo, seria a grande chance de entrar no mercado e fazer carreira. Se a certificação é a coroação da "expertise" do profissional em um determinado produto, então, presupõe-se que o mesmo tenha experiência com este produto, vivenciando os problemas do dia a dia e encontrando soluções para as mesmas. O MCP Brasil.com, site voltado a informações sobre certificação profissional Microsoft, recebe diariamente mensagens de seus usuários com um mesmo perfil: "Estou iniciando minha carreira agora, fiz alguns cursos passei em algumas provas tirei uma Certificação e agora não consigo emprego na área". As empresas de uma maneira geral tem se preocupado com isto no momento da contratação de um profissional. Não há interesse em alocar um profissional certificado para o gerenciamento de um sistema crítico, se no momento em que por ventura o mesmo venha a falhar este profissional não saiba como agir. Em muitos casos, um profissional que não tenha a certificação no produto, pode solucionar o problema baseado em sua experiência. Ou seja, a certificação não é solução e muito menos sinônimo de contrato de trabalho assinado, mas sim um diferencial a mais em seu curriculo. A solução mesmo é a eterna combinação de fatores essenciais ao profissional na área de TI: Conheçimento + Experiência + Graduação + Prática + Certificação. Veja que a combinação está na sequência lógica que deve ser adquirida. O OUTRO LADO DA MOEDA Por outro lado, é conveniente citar que nem todos os profissionais no mercado sem certificação teriam esta habilidade. Vamos analisar um caso de uma ferramenta Microsoft: A interface do Windows torna muito simples a instalação de um produto e a administração intuitiva do mesmo, mas nem sempre isto está sendo feito da melhor maneira, tornando estes sistemas instáveis e falhos. O ´Next, Next, Next, Finish´ infelizmente é uma realiadade. Um exemplo claro do que pode acontecer neste tipo de implementação: O profissional faz a instalação do Microsoft Proxy Server 2.0 em uma rede para acesso a Internet e segue a estratégia de aceitar as opções padrão de cada tela do Wizard de instalação. O produto será instalado, mas um dos passos da instalação se refere a definição do que é a rede interna e o que é não é a rede interna. Aceitando as opções padrão, a rede pode ter sido aberta a usuários mal intencionados. ENTÃO QUANDO VALE A CERTIFICAÇÃO? A certificação é realmente um grande diferencial no mercado, tornando muito mais o ingresso de profissionais em grandes empresas, aumentando não só o potencial de salário de um profissional mas também as oportunidades de trabalho. Mas a certificação deve ser encarada como uma consequência de seu trabalho e não a solução de seus problemas profissionais, deve refletir sua experiência e não ser a perspectiva de altos cargos e salários. A Microsoft, em seus guias de como se tornar um MCP, traz a seguinte sequência: Faça um curso oficial, adquira experiência e então passe no exame. Eu também acho que este seja o melhor caminho. Muita gente embarca nesta achando que a certificação é algo como um bilhete premiado da Mega-Sena. Aí escolhe uma ferramenta, preferencialmente a que "está na moda", já que eles são profissionais, na maioria das vezes de outras áreas, e que não fazem a mínima ideia do que estão querendo e nem aonde querem chegar. Mas fazem pensando que estarão milionários em breve com os supersalários de 10, 20 mil mensais supostamente pagos a um MCP. Não sei se vai doer mais o tombo ou a queda, quando descobrirem primeiro que certificação não é pra qualquer um e muito menos que o mercado não está pagando esta fortuna que "ouviram falar" ou que o "Chegado que entende do assunto" disse pra eles. Vale também observar que a certificação não é importante apenas para o profissional, como também para a empresa. Com técnicos e gerentes certificados, ela mostra para o mercado que trabalha com pessoal altamente qualificado, o que gera um reconhecimento diferenciado e uma maior captação de novos clientes e serviços. Não é atoa que hoje, é maior a disposição das empresas em contribuir nesse processo de formação. Na maioria dos casos, são as empresas que bancam as provas de certificação pois é uma necessidade vitalícia investir cada vez mais na formação de seus profissionais e de novas tecnologias. Mas aqui vale revelar uma realidade constante no mercado de trabalho: Empresas que bancam certificações a seus profissionais, não estão com isto, oferecendo salários astronomicos ou promoções executivas a eles. Isto é uma estratégia, adotada por elas, para demonstrar reconhecer o profissional mas não estar em condições (leia-se dispostas) a dar-lhe um aumento de salário. Elas bancam o exame e se o profissional for aprovado ambos ganham a nível intelectual mas nunca financeiro. Há! E tem mais, não pense você que será facil dar o tumé em uma empresa destas após a certificação, porque você provavelmente será obrigado a assinar um documento que lhe exige que permaneça na empresa, por um determinado período, para cobrir o investimento feito. Se você pedir demissão dentro deste período, vai rolar uma restituíção estabelecida por eles no documento. E não pense que será barata... Ninguem falou pra você que empresário algum tem o coração de mãe para com seus funcionários. A Microsoft desenvolveu um Programa de Treinamento e Certificação para profissionais da área de informática que desejam se tornar especialistas nos produtos e no ambiente Microsoft. Após a participação em um curso ou um estudo através de materias aprovados, o aluno estará apto a realizar os exames que irão comprovar suas habilidades. Microsoft Certified Professional é o título que o profissional recebe ao ser aprovado nos exames de uma das categorias de certificação Microsoft. Existem Existem atualmente 8 categorias de especialização: MCP - Microsoft Certified Professional - 1 exame
OK, VOCÊ FALOU MUITO DE MICROSOFT, MAS E O DELPHI? Este artigo não trata específicamente de certificação Microsoft, ele trata da importância da certificação para o mercado de trabalho. Usei o exemplo "Microsoft" por ser uma certificação mais demandada no mercado e obsecada pelos empresários de TI, que nós sabemos, na maioria das vezes não entendem nada de TI. Infelizmente o mercado é hipnotizado e dominado pelo Mr. Gates e não sou eu que vou querer bater de frente com isto como o Saddan Husseim está fazendo com o Bush. Através dos Programas de Certificação Borland, a Borland tem estabelecido padrões de indústria, que asseguram ao mercado, consistência e alta qualidade nos serviços prestados pelos profissionais certificados por ela. Os exames de Certificação Borland são focadas para profissionais de Desenvolvimento de sistemas e testam os seus conhecimentos nas facilidades avançadas da linguagem, ambiente de desenvolvimento integrado, componentes visuais, técnicas de debug, e ferramentas de distribuição. Passando no exame com uma média igual ou superior a 80 %, indica o conhecimento necessário dessas facilidades para a criação, debug, e distribuição com sucesso de aplicações. Portanto não existe certificação Borland para Profissionais a nível de usuário ou operador avançado como é o caso do MCP. Para Delphi, a Borland oferece 2 tipos de exames de certificação. Borland Delphi 6 Product Certification.
Os aprovados no exame "Borland Delphi 6 Product Certification" recebem o certificado de "Borland Delphi 6 Developer". E, os aprovados no exame "Borland Delphi 6 Web Development Certification" recebem o certificado de "Borland Delphi 6 Web Development". A CERTIFICAÇÃO ORACLE Os Programas de Certificação Profissional Oracle foram desenvolvidos para dar reconhecimento e destaque aos profissionais que podem demonstrar em profundidade o conhecimento e a experiência prática necessários para utilizar os produtos Oracle conforme padrões de excelência estabelecidos. Atualmente são as seguintes certificações na ferramenta: Oracle 8 DBA - Oracle 8 Database Administrator
CONCLUSÃO A certificação nos dias de hoje torna-se uma necessidade cada vez maior, por ser uma forma de reciclagem e de valorização do profissional. Hoje, é cada vez mais comum encontrar anúncios de jornal exigindo certificação de um grande fabricante como a Oracle ou a Microsoft. Um título desse nível oferece mais credibilidade que muitos diplomas, transmitindo uma idéia do tipo: "se ele passou, não é um Zé Ninguém". Isso, além de deixar claro que os currículos dos cursos universitários não acompanham o ritmo da tecnologia, mostra que a difusão de Faculdades atualmente está fazendo com que o diploma de curso superior deixe de ser um diferencial no mercado. A culpa nem é tanto do meio acadêmico, mas da velocidade das mudanças, da proliferação de novas tecnologias, ferramentas, técnicas e conceitos e da burocracia para se atualizar as ementas dos cursos, muitas vezes totalmente obsoletas e caducas. A realidade é que, em segmentos como o de desenvolvimento, mesmo um diploma de universidades como PUC ou grandes federais não diz muita coisa dá embasamento acadêmico e visionário mas não prático e objetivo que é o que mais falta faz dentro de um CPD. Além do mais, todo grande fabricante na área de TI adota esta estratégia como uma forma de "Repassar" tarefas do seu departamento de suporte para terceiros e toda empresa, que está focada na área de TI, quer ter em seu quadro de profissionais, pelo menos um ou dois funcionários certificados em uma ferramenta usada pela empresa. Os interesses são mútuos, reciprocos e comuns de ambos os lados: Quanto mais profissionais o fabricante certificar, maior será a incidência e a difusão de seu produto no mercado. Nenhum profissional Certificado Oracle irá propor a implantação de uma solução Firebird ou SQL Server na empresa vai? Da mesma forma que uma empresa que pretende ganhar uma concorrência para oferecer um ERP para um cliente poderá mostrar a ele que seus profissionais são certificados portanto reconhecidos e com o aval para desenvolverem tal sistema com o máximo de qualidade e padrões e com o mínimo de erros, pelo menos em tese. |
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