- Me desculpe... eu... eu... Kev parecia
desconcertado
- Desculpá-lo? Pelo que? Eu não entendo...
Beta sorriu
- Olha... eu... nós... não devíamos
Ter feito isso... eu vou me casar... e... Kev não conseguia olhar
para Beta.
- Você... tem razão... nós...
não devíamos... Beta começava a se sentir mal com
a situação.
- Acho melhor você ir embora... Depois eu te
ligo... nós conversamos... suas palavras pareciam como bofetadas.
- Tudo... bem... é... me liga então. Beta
olhou para Kev pela última vez foi para a sala, vestiu-se e saiu.
Sua cabeça doía.
Ele me amou se depois achou que cometeu um erro? Não posso acreditar
que esse homem só quis Ter uma noite por Ter comigo.
Já eram três e
meia da manhã... Logo teria que acordar...
Ele não ligou, não
é? Por que você achou que ele iria ligar pra você? Você
realmente acreditou que ele fosse largar a bela noiva por você? Como
você pode Ter sido tão idiota? Era muito difícil para
Beta acreditar que tinha sido usada. Não entrava na cabeça
dela esse ato de seu amigo.
Como doía-lhe a idéia
de que perderia o grande amor da sua vida.
Às vezes chegava a pensar
que tudo não teria passado de um sonho, e que na verdade, não
tinha sentido Kev dentro dela, não tinham se amado. Se tudo tivesse
sido um sonho, faria muito mais sentido.
Mas... Como esquecer aquele
toque? Suas mãos a acariciando? Os suspiros suaves do amado que
se entregavam ao seu toque? Nunca poderia esquecer ou fingir que não
aconteceram.
A essa hora ele já deveria
estar nos braços da outra. É inútil perder meu
tempo pensando nessa história. Mas... Pelo menos o tive por uma
noite. Beta não agüentava mais. Queria encontrá-lo e
dizer que o amava como nunca amou ninguém antes. Mas... Não
conseguia. Seu peito doía e ela teria que suportar essa dor como
suportou muitas antes.
O pior é que ela havia sido escolhida para madrinha
do casamento. Que bela madrinha eu sou, um mês antes do casamento,
eu durmo com o noivo! A sensação de que havia traído
alguém também a machucava.
A noite estava sendo longa e ela não
poderia fazer nada.
Resolveu beber um copo de leite quente
para ver se deixava de lado as preocupações e voltava a dormir.
Ao descer, escutou um barulho. Parecia um carro.
De repente começou a escutar o
som de uma buzina.
Beta correu pra janela da sala, afastou um pouco as
cortinas e viu um carro parado em frente a casa dela.
Ela não conseguia enxergar quem era, estava muito
escuro, mas viu o vulto se aproximando de sua porta.
Em seguida ela começou a escutar o som da campainha
que tocava freneticamente.
Beta correu para a porta e perguntou quem era.
- Sou eu, Kev! Kev gritava do lado de fora
- Kev?! Beta abriu a porta rápido
Kev entrou com um buquê de flores e uma garrafa de vinho tinto.
- O que é isso? Beta sorria
- Pra celebrar... O nosso amor... Kev sorriu e em seguida
correu para a Beta para abraçá-la.
- Nosso amor?! Beta estava surpresa, mas abraçou
Kev com força
- Sim minha querida... Kev estendeu o buquê de flores
do campo.
- Oh... são lindas! Obrigada! Beta deu a ele um
beijo apaixonado de agradecimento.
- Você é a minha flor! Kev murmurou em seu
ouvido
- Mas... Ainda não entendo... Beta parecia confusa
ainda.
- Bem... Kath esteve lá em casa hoje. Não consegui
encará-la... Pedi para que ela fosse embora dando a desculpa de
que estava com dor de cabeça. Kev olhou para baixo envergonhado
- E aí? Beta estava curiosa com a revelação.
- Daí, percebi... Que... Por tanto tempo, o amor verdadeiro
esteve a minha frente. Nós nos tornamos amigos, eu sempre te contei
meus segredos, mas só depois do que aconteceu eu percebi o quanto
te amava e que você é a mulher da minha vida. Kev sorria.
- Ãh? Que? Repete... Eu não consigo acreditar.
Beta tinha começado a chorar
- Meu amor... É claro que é verdade...
Kev sorriu enquanto passava seus dedos pelo rosto de Beta limpando suas
lágrimas.
- Eu acredito em você... Beta murmurou
- E... eu sempre vou te amar... sempre vou estar ao seu
lado... a menos que... Kev pareceu um pouco triste
- A menos que o que? Beta estava assustada
- A menos que você me diga pra partir... aí
eu irei... Kev olhava para baixo
Beta começou a rir
- Hey, do que você tá rindo? Kev estava
indignado
- É que você é muito bobo... Beta continuava
a rir
- Ãh? Por que? Kev ainda estava indignado
- Será que você ainda não percebeu que
o meu lugar será sempre ao seu lado? Beta sorriu
Kev aproximou seu rosto e em seguida a beijou e a abraçou fortemente. Beta, deixou-se envolver por aqueles braços musculosos.
- Então o que você acha de pegar duas taças
de vinho para que brindemos ao nosso amor? Kev sorriu
- Já vou pegar então.
Beta foi até a cozinha
enquanto Kev foi até a lareira acendê-la. A noite estava fria.
Beta sentou se ao lado de
Kev em frente a lareira, e entregou as taças a Kev, para que ele
servisse o vinho.
Kev, encheu as taças
e, com os braços entrelaçados aos de Beta falou:
- Ao nosso eterno amor!
- Ao nosso eterno amor! repetiu Beta