O perfume
 

Escrito por Carola Richardson
Baseado na novela "Anjos das Trevas", de Cat Blue.

  Kevin encostou a janela e voltou a sua cama. Tirou a pouca roupa que cobria seu voluptoso corpo e deitou. Com um fino lençol, cobriu o corpo e dormiu...
 
  Egito. O reino dos deuses que caminhavam entre humanos. Reino de riquezas e belezas. O avião que os trazia de Kentucky, desembarcou em terras egípcias. Kevin segurou fortemente a pouca bagagem que carregava. Ele não pensava em nada, a não ser no pedido de Lestat: em Hamunaptra, acharam o livro dos Mortos. Porque Lestat pediria tal coisa? Seria verdade que ele deseja ser humano novamente? Kevin tinha suas dúvidas, mas nunca as comentou com ninguém, eles não entenderiam.
  Ele olhou para as pessoas. Turbantes coloridos por todos os lados. Mulheres escondidas atrás de véus. Desenhos incompreessíveis por todas as paredes. Um deles lhe chamou a atenção, parecia ser um mulher sentada e um escravo a seus pés.
  - Kev?- Camila tocou-lhe o ombro.- Você está bem?
  - Ah... sim...- mentiu. Aquele lugar parecia deixa-lo num estado nunca antes sentido. Ele não sabia explicar o que era. Eram muitas belezas em um único lugar. Belezas que Kevin notou na garota que foi recepcionar o grupo no aeroporto. Belezas em uma única pessoa...
  Os cabelos claros estavam soltos sobre as costas. Os olhos azuis brilhantes e enigmáticos. A roupa curta e justa, valorizando suas belas curvas. Nas delicadas mãos, um chapéu marrom "a la Indianas Jones", na qual ela segurava pelas abas firmes. Uma bota até a metade da batata da perna, lhe dava a impressão que Kevin tanto desejava numa mulher... sexy, provocante e...
  - Sou Ani Carolina.- se apresentou a jovem que tirou o folêgo de Kevin. Seu inglês carregava um forte sotaque local. Mas era compreensível.- Esta é minha irmã, Satet.- apresentou a garota que estava a seu lado.
  - Sim.- disse AJ.- Você é nossa guia?
  Ela acenou com a cabeça. E apertou fortemente a aba, ao notar que Kevin a olhava profundamente. Ela voltou seu olhar a AJ.
  - Certamente.- respondeu.- Me acompanhem, os levarei até o hotel.- disse, virando-se e caminhando firmemente pelo corredor. Colocou o chapéu, e sumiu na multidão colorida.
  - Desculpem os atos da minha irmã.- desculpou-se Satet.- Vou acompanhá-los.- disse amavelmente.

  Naquela noite, Kevin estava no jardim do hotel. Aquela sensação permanecia em seu corpo. Parecia estar entrando em uma deliciosa sensação. O perfume das flores o invadiu.
  Ele sentou na grama fresca, sentindo-se em extase. A lua brilhava intensamente no céu, o fazendo sentir uma energia sexual envolve-lo.
  Não sabia o que estava acontecendo... só sabia que era maravilhoso. Deitou-se na grama olhando para o céu. O perfume pairava sobre ele.
  Permitiu-se ficar ali por alguns minutos, não pensando em absolutamente nada. Quando ouviu algo em meio a algumas árvores a seu lado. Olhou, notando uma sombra, que logo surgiu, mostrando-se ser Ani.
  Kevin sentou, enquanto ela caminhava em sua direção. Com um pano aveludado roxo, cobrindo seu corpo. O olhar intenso dela. Mostrou seu desejo, então ela tirou o pano. Deixando ele cair lentamente no chão. Estava nua.
  Se aproximou de Kevin, e abaixou junto dele. Beijou-o ardentemente, sentando o mais perto possível do corpo dele. Quando se afastaram, Kevin a olhou com o maior desejo possível. Beijou-a desesperadamente, como se precisa-se do contato com sua língua.
  Quando abriu os olhos novamente, ela tinha seus olhos fechados. Kevin a segurou de forma que pudesse toca-la lentamente. Beijou o pescoço dela, depois o ombro. Sua mão livre apertava delicadamente o seio esquerdo dela. Um gemido escapou dos lábios dela.
  Logo Kevin beijou os seios delas, mordendo o mamilo enrijecido. Logo deslizou a língua por entre eles e beijou toda a barriga.
  Estavam deitados na grama. Ani sentia o corpo de Kevin sobre o seu. Ele beijava sua boca novamente. Habilmente, tirou a camiseta que vestia. Ani deslizava as mãos pelas costas dele, o puxando para perto. Queria senti-lo perto.
  Com um esforço que não permitia que seus corpos desgrudassem, Kevin tirava o que lhe faltava da roupa, afim de ter um prazer pleno com aquela misteriosa mulher.
  Suas mãos apertavam as coxas, forçando as senti-las as suas. Ani deixou o corpo seu corpo as mercês daquele maravilhoso homem.
  Kevin estava pronto para proporcionar o prazer maior a ela, quando ela sumiu...

  - Kevin? Kevin?- Cat chacoalhou Kev. Ele abriu os olhos lentamente.- Você está bem?
  - O que...- quando Kevin olhou, estava deiatdo no meio do jardim, dormindo.
  - Você dormiu aqui fora.- explicou Cat.- Está com uma cara horrível. Melhor ir tomar um banho.
  Kevin levantou-se tonto. O perfume ainda estava forte. Cambaleando, seguiu até o quarto.
  Lá, ele tirou suas roupas lentamente, e entrou no banheiro. Tomaria uma ducha rápida. Ligou o chuveiro. A água fria caia sobre o corpo de Kevin.
  Um barulho na porta. Ele abriu o box para ver quem era. A porta do banheiro estava aberta, mas a da porta estava trancada. Uma sombra surgiu no chão, e se aproximou do banheiro.
  O perfume tomou conta do banheiro, Kevin voltou a sentir aquela sensação da noite anterior... mas aquilo não passava de um sonho. A  sensação tornou-se forte quando Kevin viu Ani na porta do banheiro. Seu olhar estava fixo nele. Caminhou lentamente até ele.
  Vestia um robe de seda tranparente. Ela tocou o rosto de Kevin e depois o beijou. Kevin a abraçou, trazendo para debaixo do chuveiro. O perfume continuava no ar, com sua doce frangância, aumentando o desejo de Kevin.
  O robe de seda ficou molhado, e logo Kevin desmarrou a faixa e o tirou, beijando o ombro de Ani. Ela estava acariciando com o pé, a perna de Kevin, de modo que ele soubesse o que ela queria. Mas ele tinha que beijar ela inteira primeiro, para depois, penetra-la. É isso era algo que ele faria lentamente.
  Logo a beijou novamente, sentindo o calor que enamava da boca quente dela. Enquanto uma das suas mãos acariciava o seio dela delicadamente.
  Ani gemia cada vez que Kevin sugava seus seios com força e desejo. Encravava a ponta dos dedos nas costas fortes.
  A água fria caia sobre ambos, como esperasse apagar o fogo que inflamava o corpo de ambos. Kevin nem a sentia mais... e nem Ani. Ela havia sumido novamente.

  Ele saiu do banheiro, secando o cabelo com a toalha amarela do hotel. Estava confuso, muito confuso. Como era possível ela aparecer e sumir desse jeito? Será que ela realmente estava ali? Ou Kevin só imaginara tudo isso? Parecia tão real, tão vivo... ele nunca poderia imaginar algo com aquela profundidade.
  Bateram na porta, despertando-o de seus pensamentos. Ele foi atender a porta. Era Brian.
  - Ei cara... que cara é essa?- perguntou Brian entrando no quarto do primo.
  - Do que você está falando?- perguntou Kevin.
  - Como assim? Você tá com cara de quem não comeu o que queria... você não almoçou???
  - Que horas são?
  - São extamemente- Brian olhou para seu relógio- três horas da tarde.
  - Três horas???
  - É. Não quer comer algo?
  - Acho que sim...- murmurou descontente.
  Brian se aproximou dele, e tocou seu ombro. Kevin o olhou.
  - Você está bem?- perguntou Brian seriamente.
  - Estou... quero dizer... não sei.- respondeu Kevin confuso.
  - É melhor você descançar. Não parece estar com uma cara boa.
  - Acho que vou sair... quero conhecer o Cairo.
  - Talvez seja uma boa idéia.- falou Brian indo em direção a porta.- Hoje fomos no museu do Cairo com a Ani. Nossa...- Brian seguiu falando mas Kevin não o ouviu mais. Ficou perdido em seus pensamentos, com o nome de Ani rodando em sua mente.
  Porque isso? Estaria apaixonado por ela? Impossível. Kevin afastou esse pensamento de sua mente. Não queria isso. Não mesmo!
  - Kevin, você está ouvindo?- perguntou Brian o despertando.
  - Ahnn...- respondeu Kevin.
  - Desisto... - murmurou Brian. Ele abriu a porta e olhou para ele.- Ani vai estar livre de tarde, não quer ir passear com ela?
  Kevin o olhou. Meditando sobre o que ele disse.
  - Acho que sim...
  Brian saiu, deixando Kevin perdido em seus pensamentos.
  Ele se trocou, tentando tira-la de seus pensamentos. Talvez se saisse com ela, lhe provaria que estava errado.
  Kevin saiu do quarto e viu AJ e Ani rindo. AJ estava a encostando na parede, como se fosse beija-la. Mas pareciam muito a vontade. Ele sentiu uma pontada de ciúmes, e se aproximou deles. Ani o olhou.
  Estava divina. Com uma saia branca e um top, valorizando os seios que Kevin imaginou ter beijado. Ele a olhou com desejo novamente. Aquela saia quase tranparente, contornava as pernas de Ani, de modo provocante. Os cabelos estavam presos por uma trança, e na cabeça, seu chapéu.
  - Hey, Train!- falou AJ.- Onde você esteve o dia todo?
  - Aqui.- respondeu, olhando para Ani.- Sempre estive aqui.
  - Cara... você tá bem?
  - Estou.- ele o olhou.- Muito bem.
  - Brian me disse que queria ir passear por Cairo.- falou Ani. Kevin voltou a olha-la e sorriu.- Me pediu para acompanha-lo.
  - Cadê a Satet?- perguntou AJ.
  - Saiu com Brian.- ela respondeu olhando para AJ.
  - Vamos?- perguntou Kevin. Ele não estava gostando de ver como AJ se aproximava de Ani. Estava com ciúmes, e muito.
  - Sim.- ela respondeu. Beijou AJ no rosto e sorriu.- Vamos sair à noite?
  - Claro.- AJ sorriu e se afastou.
  Kevin e Ani seguiram pelo corredor até as ruas. Andaram, e Ani lhe levou as pontos turisticos. Depois de algum tempo, sentaram em um bar para tomar algo.
  - Amanhã, poderemos ver as pirâmides.- começou Ani.
  - Eu adoraria ir.- falou Kevin. Estava tão fascinado e a desejava tanto, que seria capaz de agarra-la a força ali para satisfazer seu desejo.- Você é mesmo daqui?
  Ani riu ao ouvir isso. Sua risada era linda...
  - Claro. Porque acha que não?
  - Só perguntei por perguntar.
  - Estava brincando.- ela sorriu.- Sou de Tebas, ao norte daqui. E você?
  - Sou americano. De Kentucky.
  - Nunca ouvi falar...- ela disse.- Acho que nunca ouviu falar de Tebas, não é mesmo?
  - Sim.- ele sorriu.- Há muito tempo trabalha nisso?
  - Não muito. Minha irmã é que o faz. Eu só estou ajudando. Na verdade, sou arqueóloga. E não guia. Meu irmão...
  - Irmão?
  - Sim, Set. Bem, meu irmão é que a ajuda nessa coisas, mas ele não apareceu mais.
  - Que coisa, não?
  Ani o olhou. Não sabia como encarar aquela frase dita por Kevin.
  - Talvez. Sei que querem ir para a cidade dos mortos.- sussurrou Ani.
  - Sim.
  - O melhor disso, é que eu poderei guiá-los.
  - Você sabe onde é?
  - Se vou guiá-los...
  Kevin sorriu. Ela iria com eles. Por um momento, Kevin achou que só veria Satet e Set na sua frente. Mas ela iria.
  - Bone...- ela continuou.
  - Bone? Já tá com essa intimidade?- perguntou Kevin, a interrompendo, visivelmente irritado.
  - Você... o que tem eu chamá-lo de Bone? É o apelido dele, não é?
  - É. Mas é que...- ele ficou sem jeito, e não terminou de falar.
  - Bem, ele me disse que eram cantores. Pedi pra ele cantar uma música, mas ficou envergonhado.
  - O AJ envergonhado???- Kevin desviou o olhar pensando nisso.
  - Sim.- ela tomou um gole do suco, que havia sido posto pelo garçon.
  - Isso é estranho. Ele não é tímido. Na primeira oportunidade, ele iria cantar.
  Ani o olhou. Estava perdido em seus pensamentos. Até que ele não era feio. "Tá" pensou "ele é lindo!"
  - Mas somos cantores sim.- ele continuou.- Não nos conhece?
  Ela fez um aceno negativo com a cabeça. E depois sorriu.
  - Você tem um sorriso muito bonito, sabia?- ele sorriu.
  Ani sorriu. Mas não agradeçeu. Via intenções contrárias no olhar dele.
  - Acho que está na hora de voltarmos.
  Voltaram. À noite, todos foram a um restaurante local, e típico.
  Quando Kevin adentrou ao recinto, viu algumas garotas dançando, muita luzes. Sentou-se numa mesa junto com os outros. Após algum tempo, Bone entrou abraçado com Ani, e ela sentou-se ao lado de Kevin. Ele sorriu, e a olhou.
  - Ani, querida... vai ter a dança da fertilização hoje?- perguntou AJ, segurando as mãos dela.
  - Fertilidade. Fertilidade, AJ!- ela sorriu.- Vai sim.
  Kevin os observou, pareciam um casal apaixonado. E por algum motivo ele não gostou disso. Onde estaria Joana nesta hora???
  O garçon surgiu e eles pediram. Kevin ficou de costas pra eles, observando a dança do ventre. O perfume voltou instantaneamente no ar. Kevin colocou a mão na cabeça.
  - Vou pegar um cocktail naquele bar e já volto.- disse Ani. Ela passou na frente de Kevin e sumiu.
  As garotas vieram dançar perto deles. Muitos panos coloridos. Dançarinas de várias cores. Entrelaçavam-se de forma exitante, provocando Kevin... e aquele perfume...
  Uma das dançarinas se aproximou dele, e quando Kevin a viu, era Ani. Estava vestida com um véu rosa. Dançou na sua frente, de maneira provocante e muito. Até sentar em seu colo, e mexer na calça dele.
  Kevin a beijou, enquanto ela começava a dançar sobre ele. O que estava deixando-o muito exitado. Ela sorriu e ele a beijou novamente, deslizando suas mãos pelos seios dela, barriga, coxas... e entre as pernas dela.
  Ani gemeu quando ele a tocou daquela forma, e depois o beijou. Kevin já estava pra tirar suas calças... e Ani tiraria a calcinha que usava. Mas ambos se provocaram de maneiras sutis, só aumentando o desejo deles.
  Por fim, quando Kevin decidiu que ia arrancar a roupa dela, para possui-la ali mesmo, ela sumiu.
  O garçon havia acabado de trazer as bebidas, e quando Kevin olhou para eles, Ani conversava com sua irmã em egipcio. Ele olhou para si, e viu o volume que havia se formado na calça. Com medo que alguém visse, ele virou e escondeu-se na mesa.
  O perfume não estava mais no ar. Kevin pensou que estava ficando louco e estava. Tomou sua bebida rapidamente, tentando esquecer as cenas que vinham em sua mente... porque???
 

  Passou-se aa visitas as pirâmides, e a ida a Hamunaptra. Assim que voltaram, AJ resolveu dar uma festa pra comemorar todos terem saído com vida de lá.
  - Ani, você viu o Kevin?- perguntou AJ, a garota fantasiada de Jasmin, do Alladin.
  - Não almirante!- respondeu brincando, e fazendo continência. AJ estava fantasiado de Almirante da marinha. Na verdade, estava ótimo.
  - Não vi ele até agora.- disse preocupado.
  - Ora, fique aqui que eu vou ver se ele está no quarto dele.
  - Está bem. Mas é pra você voltar.
  - Claro. Porque acha que eu ficaria lá?- perguntou inocentemente.
  - Porque... esquece. Apenas volte.- ele a acompanhou até o elevador.
  Ani foi até o quarto de Kevin. Estava tudo muito silênciosos ali. Ela só ouvia seus passos. Provavelmente todos estão na festa do AJ.
  Ao chegar no quarto de Kevin, bateu na porta. Logo, Kevin a atendeu. Estava com um colete e com uma calça larga. Na verdade, ele era o Alladin.
  - Entre.- ele falou para Ani. Ela entrou e ficou perto da porta. Kevin sorriu e trancou a porta.
  - AJ me pediu para buscá-lo para a festa. Mas vejo que já está de saída.- ela disse.
  Kevin a olhou. Aqueles trajes transparentes estavam o provocando. Ele foi até a janela e olhou. Estava no sétimo andar, ela não poderia pular lá para fora.
  - Podemos ir?
  - Bem...- ele disse, tirando o turbante e jogando no chão.
  - Posso te fazer uma pergunta?
  - Uma? Pode fazer várias.
  - Pra que vocês querem o Livro dos Mortos?
  - Porque pergunta?
  - Ora... é muito estranho vocês quererem o livro, e não saberem o motivo.
  - Na verdade, não podemos falar.
  Ani sentou-se no sofá. E esperou Kevin lhe dar mais pistas. Foi então que ela sentiu o perfume.
  - Que perfume é esse, que você está usando?- ela perguntou.
  - Perfume?- Kevin se aproximou dela e sentiu o doce aroma que o embriagava, fazendo-o imaginar todas aquelas coisas.- Esse perfume...- ele murmurou... e depois a olhou.- Seu perfume.
  - Meu?- ela perguntou suspresa.
  Kevin acenou com a cabeça e sentou-se no chão, apoiando sua cabeça nos joelhos dela. Ani ficou sem reação, vendo aquilo.
  Um facho de luz passou através das nuvens, e se formou a sombra na parede do desenho que Kevin viu no aeroporto. Uma rainha e um escravo a seus pés. Kevin sorriu e depois a olhou.
  Ani fez cara de quem não estava entendendo. Kevin começou a acariciar as pernas dela lentamente, sobre a fina seda que usava. Começava do joelho e seguia quase até a cintura.
  - Porque está fazendo isso?- perguntou Ani.
  - Porque?- ele riu.- Porque eu tenho imaginado isso todos os dias, várias vezes por dia...- ele explicou.- Tudo graças a seu perfume.
  - Meu perfume?- logo Ani o reconheceu, quando o ar se carregou dele.- Esse perfume deve ser afrodísiaco.
  - Pode ser.- disse Kevin, continuando a carícia, que estava se tornando mais ousada.
  - Bem... eu não pretendo participar das suas loucuras. Provavelmente, isso vai nós fazer esquecer de algo que fizermos.- disse Ani se levantando, e escapando dos braços de Kevin. Logo foi em direção a porta. Tentou abri-la mas estava trancada.
  - Você não vai sair daqui. Não vai sumir como sempre faz. Será minha...- disse Kevin se aproximando. Ani se encostou na parede, tentando fugir ou algo asim.
  Inútil. Kevin segurou seu queixo e depois a beijou. Ficaram sem folêgo. Kevin encostou seu corpo no dela, e acariciou os cabelos dela.
  - Agora eu sinto que é de verdade.- mumuruou, sentindo o cheiro dos cabelos dela.
  - Oh, Kevin... não...- ela pediu em dialeto egípcio.
  Ele a beijou novamente, tirando as forças que ela tinha para tentar escapar dele. Abraçou tão forte, que parecia que ela tinha como fugir. Claro, não tinha. Não mesmo.
  Ani o abraçou, e deslizou suas mãos por dentro do colete que ele usava. Satisfazendo seus desejos de tocar naquele homem, que ela pensou que nunca a desejaria. Mas estava enganada. Ou estavam comentendo um engano. Um delicioso engano. O culpado era aquele perfume.
  Do que adiantava ser desejada por ele, se ele talvez nunca se lembrasse disso. Se a desejava apenas por um afrodísiaco.
  Kevin apertou as coxas dela, enquanto continuava a beija-la. Logo Ani pulou em cima dele, e enroscou suas pernas no corpo dele. Ela sentiu algo rijo contra seu corpo e adorou a sensação.
  Continuaram se beijando, enquanto Kevin apertava contra si. Logo, ele procurou a cama, com ela ainda enroscada a seu corpo.
  Assim que Kevin entrou no quarto, cairam na cama, se beijando loucamente. Quando se separaram, Ani começou a ir de costas até os travesseiros, e Kevin a seguiu sorrindo.
  Enfim a teria. E para que ela não fugisse, tinha um plano ideal. Sorriu maliciosamente, quando ela encostou sua cabeça os travesseiros.
  - Darlin'- ele mumurou- tenho uma surpresa pra você.- um brilho passou sobre seus olhos de gato.
  Ani não se moveu, praticamente paralisada com o olhar dele. Então Kevin começou a desabotoar a blusa que ela vestia, e depois apertou lhe os seios com força, lhe provocando um gemido. Ani fechou os olhos, enquanto Kevin os beijava e sugava. Ela encravou suas unhas nas costas dele.
  Logo ela tirou aquele colete, e o arremessou longe. Com extrema habilidade, ela rolou na cama com ele, ficando em cima dele. Ela deslizou suas mãos por todo o peito dele, contornando tudo. Depois o olhou e sorriu. Em seguida começou a beijar tudo com extrema cautela.
  Kevin sorriu, recebendo o carinho dela. Sentindo cada beijo, cada mordida. Sabia que ela realmente estava ali, e que não era mais uma imaginação sua. Mas tinha que se precaver, não a deixaria sumir. Não desta vez.
  Ani estava sentada sobre as pernas de Kevin, enquanto desmarrava o cordão da calça dele. Ele sorriu, quando ela passou a mão sobre seu sexo de maneira provocante. Depois, tirou-lhe a calça arremessando longe. Começou a beijar em volta, e depois as pernas.
  Kevin segurou os braços dela e a puxou para cima. A beijou tão docemente, que Ani nem acreditou. Parecia um beijo de um amante, mas não só na cama, que a amava de verdade. Com aquele beijo, seguido por um na testa, Ani viu que estava perdidamente apaixonada por ele. Um lágrima caiu de seus olhos, não queria isso. Ele nunca gostaria dela..
  Ele rolou para cima dela, e sorriu. Aquele sorriso apagou todos os pensamentos dela. Kevin acaricou os braços dela e depois acariciou apenas o esquerdo. Rapidamente, ele o colocou para trás e o amarrou contra a cama, com uma fita que ele tinha deixado ali. E depois fez o mesmo com o outro.
  - Kevin... por que fez isso?- perguntou ela gemendo com o contato de seus peito em seu seio.
  - Aproveite, Ani, querida...- ele beijou mais uma vez, e depois o queixo e depois o pescoço.
  A pele morena de sol, tremia ao contato da hábil língua de Kevin. Com habilidade, ele tirou a calça que ela vestia, para enfim, ficarem nus. Ele percorreu entre os seios, a barriga, lambeu a virilha e depois seguiu pelas coxas.
  Ani gemia a cada beijo. Enquanto Kevin a beijava, acariciava as coxas dela. Depois voltou-se aos seios dela e os mordeu, morrendo de desejo. Ele gemia de maneira tão sensual que provocava Ani. Ela tentou se libertar, mas não conseguiu.
  - Tomei as providências para que não escapasse.- explicou Kevin, ao ouvido dela.- Será minha de qualquer jeito.- ele terminou com um sussurro.
  Ani o olhou assustada. Ele estava ficando louco.
  - Vou fazer coisas com você, que nunca fiz com garota nenhuma. Nada de dor. Apenas prazer. E essa será a primeira de cem maneiras de amar alguém.
  - Kevin...- ela pediu, temendo o que ele fosse fazer.
  - Não se preocupe. Nada mirabolante, Darlin'- ele disse passando a mão no rosto dela- apenas aproveite.
  - Aproveitar? Ora... me tire daqui.- ela gritou em árabe.
  - Calma. Eu não entendo sua língua... mas você vai adorar o que vou fazer. Estava tão empolgada agora pouco.- ele a provocou.- Além do mais, não pedi para você vir me chamar. Só vai sair daqui quando ambos estivermos satisfeitos.
  - Você não é disso. Vai me estuprar por acaso?- voltou a falar em tom normal e no seu inglês.
  Kevin gargalhou ao ouvir aquilo. Ani ficou perdida, era tão maravilhoso ouví-lo gargalhar.
  - Não, darlin'. Não vou te estuprar. Da onde tirou isso?- e voltou a gargalhar.
  - Então porque não me solta?
  Kevin passou a mão na barriga dela e a olhou deitada. Depois voltou a encará-la.
  - Porque você pode sumir, e eu não quero isso.- ele ainda estava louco de desejo. E a beijou novamente, tentando acalmá-la.
  Ani se sentiu desprotegida com aquele beijo. Como ele poderia fazê-la ficar assim? Estava querendo fazer tudo o que Kevin queria, para satisfazê-lo e para se satisfazer. Mas tinha medo, de que amarrada, ele a machucasse.
  - Escute Ani- ele começou beijando o queixo dela- não vou machucá-la, se é isso que está pensando. Não é minha especialidade, e não gosto de ferir belas garotas.
  - Kevin... quando tudo isso terminar... talvez você nem se lembre de mim. E se esse perfume dat anmésia?
  - Oh, darlin', não se preocupe. Eu farei questão de lembrar. Porque vai se inesquecível.- ele voltou a beijá-la com a mesma paixão de antes. Depois voltou a beijar o corpo dela com o desejo que Ani sentia voltar a seu corpo.
  Após aquele banho de língua de Kevin, Ani ainda gemia, quando ele a tocava-a da maneira certa. Ela apenas sorria, ao vê-la gemer daquele jeito. Estava tão abandonada na cama, que Kevin sabia que ela se entregaria a ele, sem mais reservas. Alcnçou-lhe os lábios e os beijou, seguido de uma leve mordida no lábio inferior de Ani.
  Ele acariciou a coxa dela, e percebeu como seus corpos de contornavam perfeitamente. Então, ele levou sua mão aos lábios dela, e Ani os mordeu de desejo. Kevin os desceu vagarosamente pelo rosto, pescoço, contornando o mamilo enrijecido, as costelas, a barriga, o ventre, e logo parou a mão no sexo dela.
  - O que vai fazer?- ela perguntou num gemido.
  - Nada que a machuque. Primeiro seu prazer e depois o meu.- ele sorriu e a acariciou. A sensação era tão maravilhosa, que Ani nunca havia sentido. Foi então que um prazer começou a percorrer seu ser e depois ela inteira. Ani gemia e Kevin sorria com isso.
  - Sua pele é tão macia...- ele murmurou aprofudando o toque.
  Ani gemia sons incompreensíveis, cada vez que ele explorava-a daquele jeito. Sentia ondas passando por seu corpo.
  - Gosta disso, não?- ele perguntou com uma voz rouca, cada vez que ela gemia alto.- Quero dar-lhe tanto prazer que nunca mais escapará de meus braços.- Kevin notava como ela se mexia, como ela sentia prazer com isso. Então ela não se conteve, e gemeu de uma maneira desesperada, que o fez sorrir.
  Mas apesar da ótima sensação, ela parecia sentir falta de algo. Algo que só Kevin poderia completar. Ela tentou soltar-se e não conseguiu. Queria abraçar aquele homem e lhe proporcionar o mesmo prazer, mas não conseguia.
  - Eu te quero.- ela falou o olhando.
  - Eu sei. Eu também te quero e muito.- Kevin vestiu uma proteção, pois queria prazer e não um filho, e depois ele subiu sobre ela, e lhe beijou. Ani tremeu ao contato da pele dele com a sua. Até isso era capaz de dar-lhe prazer.
  Kevin encaixou seus quadris entre as pernas dela, que contornavam seu corpo. Novamente, ele teve a impressão de serem moldados um para o outro.
  Quando ele a penetrou, Ani gemeu baixinho. Logo começaram uma dança ritmica, e uma batalha com as línguas. Não sairia nenhum perdedor.
  Enfim, chegaram ao prazer total ao mesmo instante. Kevin a beijou docemente e permanece sobre ela e dentro dela. Depois a desamarrou, enquanto ela beijava o queixo dele. Então rolou para o lado e a olhou. Ani passou a mão no rosto dele e sorriu.
  - Foi maravilhoso!- ela murmurou.
  - Ainda tem que provar noventa e nove maneiras...- ele respondeu, levando a mão ao seio dela. A resposta do corpo dela foi imediata, e Kevin soube quando o seio inchou e ela gemeu fechando os olhos. Kevin sentou e a chamou. Ani sentou-se de frente a ele.
  - Vamos agora para a maneira noventa e nove...- ele sussurou e a instruiu silenciosamente. Ani enroscou suas pernas na cintura dele e recomeçaram tudo novemente.
  Quando terminaram, ele caiu para trás com um sorriso nos lábios e ela sobre ele. Mordeu o ombro dele, e depois o beijou novamente. Ele riu e a abraçou.
  - Foi ótimo...- ele murmurou.
  Ani o olhou. Ele afastou o cabelo loiro, e o colocou atrás da orelha, contornando o rosto dela, e os lábios. Depois a beijou novamente.
  O perfume continuava forte, muito forte no ar. Mas eles adoravam aquele aroma de lavanda.
  Kevin ouviu vozes, e Ani o olhou sem entender.
  - Venha por aqui...- dizia uma voz feminina.
  - Cat, não acho uma boa idéia...- respondeu outra voz.- Vou deixar aqui.
  - Venha logo. Esse é o quarto do Kevin, e ele está dormindo. Pode acordá-lo assim.- alertou Cat.
  Kevin sentou-se rapidamente e olhou Ani...

  ... então acordou.
  Kevin levantou-se rapidamente e não reconheceu o lugar, mas deitou-se novamente e reconheceu. Estava em seu quarto, na sua fazenda em Kentucky. Olhou para os lados, estava sozinho. Nenhum sinal da garota que esteve em seus braços. Abraçou o lençol, e levantou, cobrindo o corpo nu.
  Estava quente ali dentro. E Kevin estava suado.
  Estava tudo estranho, mas algo familiar continuava no ar. O perfume. Kevin olhou para a janela e viu um vaso de flores. Foi até lá. Mas ela parecia estar a muito tempo ali. Ele havia ido deitar quase ás 15:00 hrs, e agora eram 20:00.
  Eram belas lavandas e elas que emanavam o perfume que Kevin sentia.

Fim do fanfic
Email para: carolarichardson@bol.com.br

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