"Aos 12 anos, era o típico garoto da fazenda, sempre rodeado de cavalos, galinhas, vacas... Mas o que eu mais gostava era de pegar na mochila e ir para as montanhas com meus irmãos Jerald e Tim, como jovens aventureiros". Corria o ano de 83 e Kevin e a família tinham acabado de se mudar para seu rancho em Kentucky para i Cathedral Domain, um acampamento de estudantes, nas montanhas Apalaches. "Quando chegamos lá, fiquei alucinado! Parecia que estava num filme de cowboys! A única coisa ruim, era que saindo das aulas, tinha que aparar a grana, limpar os estábulos, consertar tudo o que tivesse partido e estragado... Uma trabalheira", conta Kevin muito expressivo. No entanto entre as árvores e as tendasde acampar, esperavam-no grandes surpresas... "Ainda me lembro do dia que encontrei um velho piano. Foi incrível! Para mim, cantar era uma coisa muito natural, porque já o fazia desde pequeno com meus pais no coro da igreja. Mas nunca tocara nenhum instrumento", continua um pouco tímido. Então pus os dedos sobre o teclado e comecei a tocar algumas notas. No começo sentia medo, mas depressa percebi que tinha jeito para apanhar de ouvido qualquer melodia. Sabem qual foi a primeira música que aprendi? Don't stop Believing", confessa trauteando a música. "Também gostava muito de Van Halen, Michal Jackson e Bon Jovi". Desde então, e em especial nos dias de inverno, o piano tranformou-se no melhor amigo do Kevin, "até que apareceu o Keith! Ficamos grandes amigos e juntos escrevemos a música As Time Goes By. Adorávamos pegar numa escova e fingir que era um microfone e nós grandes estrelas da pop", recorda.
Tudo decorria normalmente na vida do adolescente de Kentucky quando, de repente, o amor entrou na sua vida. "Era capitão da equipe de futebol e as garotas adoravam isso. Tinha 15 anos quando saí pela primeira vez com a Christy. Era o dia dos namorados e lhe ofereci uma rosa...", relembra num tom muito romântico. "Ao fim do ano fizemos amor e foi maravilhoso!" Mas um belo dia, quando fez 18 anos, Kevin sofreu uma reviravolta radical. "Minha noiva me deixou, e eu decidi ir para a Flórida. Trabalhei na Disney, fazendo Aladdin e Tartaruga Ninja, e à noite atuava numa peça de teatro. Foi muito difícil..." No entantom Kevin continuou seu caminho rumo a fama, cheio da felicidade e fé que seu pai o desejou antes de morrer. "Nunca esquecerei aquele terrível 26 de agosto de 1991: foi o momento mais difícil  de toda a minha vida", lembra com lágrimas nos olhos. "Por isso colaboro nas campanhas contra o câncer. Não pude salvar meu pai, mas gostaria que as crianças doentes pudessem sorrir... Durante muitos anos!", conclui.

*** Fontes: Revista Bravo ***

Voltar