É baseada na visão holística de mundo, que o concebe como um todo integrado, e não como uma coleção de partes dissociadas.
Fundamentada numa percepção ecológica muito mais ampla e profunda que a usual, reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos, e o fato de que, enquanto indivíduos e sociedades, estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza e somos dependentes desses processos.
Pode-se traçar um paralelo entre a visão ecológica "rasa" e a "profunda". A primeira é antropocêntrica, ou seja, centrada no ser humano. Ela vê os seres humanos situados acima ou fora da natureza, como a fonte de todos os valores e atribui apenas um valor instrumental, ou de uso, à natureza.
Já a Ecologia Profunda não separa seres humanos - ou qualquer outra coisa - do meio ambiente natural. Ela vê o mundo não como uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos que estão fundamentalmente interconectados e são interdependentes. Reconhece o valor intrínseco de todos os seres vivos e concebe os seres humanos apenas como um fio particular na teia da vida.
Esta nova percepção da realidade tem implicações em todos os níveis dos sistemas vivos - organismos, sistemas sociais e ecossistemas.
O programa de Ecologia Profunda é aplicável nos mais diferentes contextos: na ciência, na filosofia, nas atividades comerciais, na política de assistência à saúde, na educação e na vida cotidiana.
Sua metodologia consta de vivências individuais e grupais, de reflexões teóricas e seminários que abordam a Ecologia Humana - individual e social - chegando à Ecologia Ambiental.
O Programa é aplicado sob a forma de uma jornada de 17 horas (um módulo de 5 horas e três módulos de 4 horas), seguida de um acompanhamento posterior visando a manutenção do processo de transformação individual e grupal, na forma de encontros modulares semanais com a duração de 3 horas, no decorrer de pelo menos 01 ano.