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Algemira de Macedo Mendes, nasceu em Ipiranga do Piauí, 11/01/63. Cidade, que conforme diz seu hino, de autoria de Olívia Rufino, Ipiranga , pedacinho do Brasil/ De esperança e sonhos mil/ Ipiranga terra dos canaviais / terra amada chão de fé / Mãos artistas, que juntas/pedem proteção /A sublime padroeira /A Virgem da Conceição. Sexta filha do casal Joaquim Mendes Pereira e Francisca de Macedo Fontes, sendo o pai descendente de Leonardo Mendes, donatário da fazenda Fradinho que posteriormente recebeu o nome de Buriti e, hoje, Ipiranga do Piauí, tendo recebido como dote no século XVIII, de sua esposa, filha de um português que veio para o Brasil na época colonização. Estabelecendo-se na Vila da Mocha, primeira capital do Piauí, hoje a cidade de Oeiras a 350km de Teresina, atual capital do Estado do Piauí. A mãe é filha de fazendeiros da região, que adotaram como modo de vida a educação dos filhos, ainda que rudimentar. Contratavam professores particulares para ensinar as primeiras letras aos filhos em meados de 19l4, quando ter acesso ao saber ainda era privilégio de poucos no sertão nordestino. Tem um filho, Luis Filipe Mendes Maia, seu companheiro de trilhas.
Iniciou seus primeiros estudos, em 1972. Em 1979 concluiu curso ginasial. Cursa em 1980 o curso pedagógico, na Escola Normal Oficial de Picos a 100km de sua cidade. Nesse período, além de estudar fazia parte do grupo de jovens, ligado ao Colégio das Irmãs, onde adquiriu experiência em movimentos populares e culturais. Em 1983, após concluir o pedagógico, volta a sua cidade assumindo seu primeiro emprego, na Biblioteca Municipal, nesse período desenvolve nesse órgão várias atividades de incentivo a leitura. Logo após passa a ser assessora cultural da Prefeitura Municipal de Ipiranga. Exercendo também a função de Coordenadora de Educação de Adulto e do Ensino Infantil. Como assessora cultural, em 1984, criou com outros jovens da cidade a semana da Juventude, movimento artístico e cultural, que sobrevive até hoje marcando a história do município e sendo realizado durante o mês de julho. Em 1988, ingressa na Universidade Estadual do Piauí no curso de Letras, realização maior, pois desde cedo começou seu interesse pelos livros, durante esse período integra-se ao movimento estudantil na década de 80, participa como uma das organizadoras da semana de Letras da UESPI.
Participou de vários congressos científicos como, por exemplo, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC e Congresso de Leitura do Brasil - COLE, apresentando trabalhos ora como painelista ora como comunicadora. È professora assistente de Literatura Brasileira e Teoria Literária da Universidade Estadual do Piauí - UESPI, tendo sido nessa instituição coordenadora do curso de Letras/Português e do curso de Letras/Espanhol , e da pós-graduação lato sensu em Estudos Literários. É também professora assistente da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, desde 2000, em Caxias - MA. Vem atuando na pós-graduação lato senso, na área de literatura brasileira, tanto ministrando aulas como na orientação de monografias e participações em bancas de defesas . Orientando também bolsista de iniciação Cientifica vinculada á pró- Reitoria de Pesquisa e Pós - Graduação da UESPI.
Durante a realização do curso de mestrado entra em contado com REDOR (Rede de pesquisa sobre a mulher e suas relações de gênero ) e encampa a luta pelo resgate da mulher na literatura e inicia suas primeiras pesquisa na área. É Mestre em Letras pela UFPE (2002), com a dissertação "A Representação da Imagem Feminina na obra de Amélia Bevilaqua". Essa escritora é piauiense natural de Jerumenha (PI) e viveu entre 1861-1946, publicou mais de vinte obras entre romances, contos, etc. Foi também a primeira mulher a se candidatar à Academia Brasileira de Letras, em 1930, não sendo aceita por ser mulher. A orientação da dissertação foi da Profa. Dr. Luzilá Gonçalves Ferreira (UFPE).
Atualmente, é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, desenvolvendo pesquisa na área de literatura feminina sobre as escritoras nordestinas Nísia Floresta Augusta(RN), Amélia de Freitas Beviláqua(PI) e Maria Firmina dos Reis(MA), com a finalidade de ampliar suas pesquisas sobre a mulher na literatura e recuperar essas escritoras que apsear de serem objeto de estudo nos últimos anos , permanecem sem o devido reconhecimento no cânone da literatura brasileira , tem como orientadora Profa. Dr. Regina Zilberman.
Apresentou os seguintes trabalhos em congressos: O mito do déficit Lingüístico, 47ª reunião anual da SBPC, São Luís / MA; A carnavalização em Macunaíma, VI Semana de Letras, Teresina / PI; A transgressão em Angústia de Amélia Beviláqua, III Simpósio de Divulgação Científica da UEMA, Caxias / MA; A representação feminina na obra de Amélia Beviláqua: da submissão a transgressão, I Simpósio de Letras / Português, Teresina / PI; A mulher na mitologia grega, 54ª Reunião Anual da SBPC; As marcas da Submissão em Através da Vida de Amélia Beviláqua, COLE/2003, por ultimo apresentou no V Seminário Internacional de história da Literatura, " Amélia Beviláqua : Uma voz feminina na literatura piauiense "./PUCRS/2003.
Possui os seguintes trabalhos publicados em revistas e anais: A carnavalização em Macunaíma, Revista da UESPI, 1ª edição, 1996; O mito do déficit lingüístico, Anais da 46ª SBPC, junho de 1995; A marginalidade em "Beira rio beira vida"de Assis Brasil, Anais da 50ª SBPC, julho de 1998 e por ultimo , As Marcas da Submissão em Através da Vida de Amélia Beviláqua. Anais COLE/2003.