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Hoje minha filha ficou pela primeira vez sozinha no clube, esperando na casa do PASSATEMPO. Ela tem 5 anos e aos poucos vai se desligando de mim. Puxa, ao mesmo tempo em que a gente sente a distância, é tão bom ver nossos filhos assim, preparados e cheios de coragem. Fico orgulhosa, feliz e cheia de energia para empreendimentos próprios. Se eles já estão tendo a vida deles, é claro que está me sobrando tempo e muita vontade de fazer coisas minhas. Claro que o prazer do convívio familiar continua, mas acaba o stress físico dos primeiros anos das crianças. No início é fogo, eles são totalmente dependentes da gente. Pois é, e eu aqui pensando se escrevo um livro de verdade ou entro na política. São as duas coisas que martelam forte na minha cabeça, mas não consigo decidir o que quero fazer.

Lembro de uma conversa do meu chefinho Marcelo de que chega uma hora na qual a gente tem que devolver para sociedade aquilo que ela deu para gente. No caso ele se referia a me mandar para "Três de maio" (avião de madrugada, alguns quilômetros de estrada e na volta a mesma coisa...) a fim de proferir uma palestra para a gurizada de lá. Acabou sendo uma experiência maravilhosa, pois no final eram duzentos guris e gurias aplaudindo de pé e realmente um sentimento de missão cumprida, de estar sendo útil para aquela turma toda e tenho certeza de que alguns daqueles tiveram naquela palestra a motivação de suas escolhas profissionais. É uma sensação boa, mas sinto que devo mais a sociedade. Sinto que preciso fazer algo mais grandioso e acho que é na política...

Mas vamos ver, certamente chegará a hora. Tenho certeza.

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