Vampira vai ao quarto de Gambit que está se mexendo muito na cama.

Vampira: Gambit?

Ela veste a luva e segura na mão de Gambit.

Vampira: Gambit? Acorda...

Gambit: Vai embora, Magneto! Você não vai tirá-la de mim! Não adianta usar recursos do passado para me amedrontar! 

Vampira sorri com tristeza nos olhos e passa a mão entre os cabelos do homem que ama... Ela fala bem perto de seu rosto para que ele acorde com a proximidade do hálito da amada.

Vampira: Remy, acorda...

Ele não acorda gritando. Apenas suando e assustado ao vê-la do seu lado...

Gambit: Eu... Eu estava tendo um ...

Vampira: Pesadelo.

Gambit: Oui.

Vampira: Com Magneto?

Gambit: ... Era sim...

Vampira: Com quem mais?

Gambit: Muita gente do passado e presente.

Vampira: Não quer me contar de novo?

Gambit: Não quero, mas ao menos não serei grosso com você de novo. Desculpe por hoje no jantar... Fui um completo imbecil... "Matei seu coração" não foi?

Vampira: Matou sim. E eu matei o seu de volta. 

Gambit: Eu sei... Mas eu mereci...

Vampira: Não interessa agora quem mereceu o que, Gambit... Vamos apenas esquecer isso e...

Gambit: Não... Existem coisas pendentes ainda... Impedindo a gente de se amar por completo.

Vampira: Fala então.

Gambit: Não é Belladona... Acredite... Olha, eu me casei forçado... Não gosto de revelar minha vida para ninguém... Mas é verdade, para acabar com a briga de ladrões e assassinos, nossas famílias nos casaram...

Vampira: Que horror! Mas disso eu sabia...

Gambit: Até que não foi um horror. Nós dois sempre nos amamos... Mas no dia da lua de mel fui obrigado pelos assassinos a abandonar Belladona. Isso foi horrível... Não podia tê-la de mais nenhum jeito. Comecei a trabalhar como ladrão fora da família. Fiz muita besteira. Mas não quero falar sobre isso agora. Vim para os x-men e te conheci... Não era só em cima de você que eu ficava... Sempre fui mulherengo, até quando estava com Belladona eu tinha várias outras... Mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso é que mesmo com as outras e ainda amava Belladona. E quando ela morreu, eu a disse que se pudesse escolher me casar, teria sido com ela mesma. Não mudaria nada. Ela ainda me culpou que eu não a chamei para fugir comigo... Ou seja Vampira: No início eu só brincava com você, como brincava com todas as outras. Ainda amava minha esposa. Errei em ter feito isso, mas fiz, como já fiz várias outras besteiras na vida, chere. Mas depois da morte dela, tudo que eu te disse era verdadeiro e sem brincadeiras.

Vampira: Entendo...

Gambit: Por isso, peço que você não fique preocupada com o que disse hoje sobre Belladona ser minha mulher. Não significa que eu a amo ainda, significa que eu queria que ela continuasse sendo o que era. Mas eu te amo agora.

Vampira: Eu saquei tudo, Remy.

Gambit: Mas eu quero bater na mesma tecla, chere. Eu te amo agora, Belladona morreu... Não tenha ciúmes dela. E esse agora, já existe há muito tempo...

Vampira: Certo... Então não é Belladona... Então quem é que está  impedindo a gente de se amar por completo?

Gambit: Nossos passados que vão ser esclarecidos agora. Com todos os pingos nos "i". Eu já te falei sobre Belladona, agora é sua vez.

Vampira: Continua sendo sua vez, Gambit. Porque o que eu tenho pra falar sobre Magneto você já sabe... Mas o que será que você tem a falar sobre ele? 

Gambit: Pra falar, só xingamentos. Mas perguntas a fazer são muitas...

Vampira: Faça todas e agüente as respostas.

Gambit: Agüento. Melhor do que ficar fantasiando o que não vi, ma belle...

Vampira: Então eram esses os pesadelos? Sua imaginação fértil?

Gambit: ... Era...Era isso sim... Mas agora com toda sinceridade, sua imaginação nunca voou por minha causa não?

Vampira:... Muitas vezes... Eram os melhores sonhos...

Gambit segura a mão de Vampira e sorri.

Gambit: Então nós somos iguais, chere... Eram meus melhores sonhos também... Mas tudo mudou... Eles se tornaram os piores pesadelos... Meu papel principal foi roubado por outro ator nesse filme nojento!

Vampira: Diga tudo que você tem a me dizer, Remy.

Gambit: Eu sei que você disse que me ama, também entendi todos os seus motivos para ter se envolvido com Magneto. Também sei que você não o quer mais...

Vampira: Sim...?

Gambit: O problema é que toda vez que eu durmo, Magneto vem e tira você de mim... Parece coisa de criança, mas é verdade...

Vampira: Coisas de criança normalmente são coisas sérias, Gambit.

Gambit: Se torna um sonho mais adulto quando ele e você fazem certas coisas que me matam...

Vampira: O que você sente por mim: Amor, desejo, carinho, vontades reprimidas, sentimento de posse que você acha que ele te arrancou. O que você sente por ele: Inveja, nojo, vontade de ter poderes semelhantes, sentimento de ter sido roubado e o principal, insegurança.

Gambit: É mais ou menos por aí, ma belle... Estou inseguro sim, não vou negar.

Vampira: Remy, eu não vou nem mais chegar perto dele, você não precisa ficar inseguro. De todos os sentimentos que você tem, esse é justamente o que você não deveria sentir. Você foi comigo falar com o Magneto, lembra?

Gambit: Eu sei... Mas eu não estou mais controlando isso, chere... Não consigo mais controlar esse medo de perda, belle...

Vampira: É natural, querido... Apenas tente aceitar isso que eu te disse, você vai acabar com essa insegurança com o tempo... Se eu dormir do seu lado você vai voltar a ter os pesadelos?

Gambit: Non...

Vampira: Então chega pro lado e me cobre até a cabeça com esse lençol...

Gambit faz o que ela pede, e depois abraça Vampira embrulhada até a cabeça com o lençol... O cabelo dela fica na frente do rosto dele, seus rostos não podem estar virados para a mesma direção.

Gambit: Minha mãe também dormia do  meu lado quando eu era pettite e tinha pesadelos...

Vampira: Dormiam assim, agarradinhos? 

Gambit: Não, ela ficava do meu lado até eu dormir... Depois voltava pro quarto.

Vampira: Devia dar uma sensação de segurança maravilhosa.

Gambit: Nada nunca me deu mais sensação de segurança e conforto como agora, mon couer...

Vampira sorri, mas Gambit não pode ver...

Gambit: O que vão dizer quando virem você amanhã saindo daqui?

Vampira: Eu digo que vim matar uma barata alienígena com 8 patas...

Gambit sorri, mas Vampira não pode ver... 

Gambit: Posso fazer as perguntas agora?

Vampira: Vai agüentar as respostas?

Gambit: ... Deixa... Não vou perguntar nada. É melhor assim.

Vampira: Tem certeza?

Gambit: Você me da certeza que me ama?

Vampira: Toda a certeza do mundo, Gambit!

Gambit: Então, que essa porra de passado fique no passado mesmo! Que não volte mais na minha cebeça!

Vampira: O termo sujo define perfeitamente tudo que aconteceu. Sábia decisão, amor. Esqueça, porque não tem mais motivo lembrá-lo. Je t'aime, mon couer... Certo? Do fundo do coração...

Gambit: Chere, um dia eu ainda vou te mostrar um profissional...

Vampira: E eu vou esperar por isso, amor. Mas agora chega desse assunto... Acabou... Eu te amo. É isso o que vale.

Gambit abraça ela com mais força e eles dormem como anjos.

Epílogo: Em uma base secreta em Nova York, localizada em um prédio no Broklin, há um homem, seu nome é Edward Norton, e neste momento ele vai começar um discurso para cerca de 200 pessoas que se encontram na base militar, apenas esperando o que o mestre tem a dizer.

Edward: Irmãos e irmãs! Alguns de vocês estão comigo há pouco mais de um ano, outros acabaram de entrar, somos muito diferentes, mas possuímos uma coisa em comum: queremos todos os mutantes MORTOS!

Uma celebração quase que espontânea ecoa pela sala, mas com um gesto Edward extingue o barulho em alguns segundos.

Edward: Nós começamos como a MEHSS, mas fomos barrados em nossas tentativas de difundir nossas idéias pelo grupo mutante chamado de X-MEN. Nós tentamos invadir seu quartel há alguns meses, mas fomos impedidos pelos próprios componentes da equipe. Na época, nosso alvo era a mutante chamada Vampira. Estava grávida na ocasião, mas informamos que, felizmente, a prole pereceu.

Um segundo viva na base.

Edward: Não devemos cantar vitória ainda. Eu cheguei a solução que, nossa causa é nobre, porem nossos métodos não são. Devemos dar uma reviravolta em nossas táticas. E para isso, podemos contar com a tecnologia que nos foi cedida da família Trask. Senhoras e senhores eu lhes apresento o projeto Sentinela millenium.

Uma cortina cai e um enorme painel com uma planta de um robô se mostra nas costas de Edward Norton.

Edward Norton: Em alguns meses, nós teremos uma frota inteira de Sentinelas Millenium. Eles são mais fortes, mais rápidos e melhores que os anteriores. Em breve nós teremos total controle sobre essas aberrações da Natureza. Por isso, irmãos, eu lhes peço que aguardem. Vivam suas vidas normalmente, esqueçam que já fizeram parte da MEHSS. Em breve, muito breve, nós teremos nossa vingança.

Um Terceiro e final estrondo de aplausos se escuta na base até Edward se retirar para seu escritório particular. Lá ele conversa com uma pessoa que se esconde na escuridão.

Edward: Como você conseguiu mesmo o projeto Sentinela?

_: Digamos que existe gente no governo que apóia a sua causa

Edward: Mas e o segundo plano? Quando o colocaremos em prática?

_: Quando acharmos o elemento Alfa.

Edward: Pensei que sabiam onde estava.

_: Sabiamos. Mas tivemos alguns problemas e o perdemos.

Edward: Mas de quanto tempo precisam?

_: Não se preocupe, Edward querido, logo logo, poderemos celebrar a vitória. Ou não me chamo SABRINA!!!

Vampira acorda. Ela deixa Gambit dormir  mais um pouco naquela manhã calma de sábado e sai de mansinho do quarto. Wolverine estava na porta.

Wolverine: Quase um treinamento militar, sempre acordo muito cedo. Bom dia.

Vampira: Bom dia.

Wolverine: E a noite foi boa também?

Vampira: Qual é, Wolverine?

Wolverine: Meu amigo ainda está vivo?

Vampira: Ah, vai se catar, vai!

Wolverine: Sabe que logo que eu acordei e passei aqui no corredor, eu não tava acreditando que eu senti seu cheiro dentro do quarto do cajun. Por isso me plantei aqui até ver você sair!

Vampira: É? Puxa... Interessante! E por que?

Wolverine: Porque você não pode dormir aí, nem ele no seu quarto como aconteceu outro dia e todo mundo já sabe!

Vampira: Quem é você pra me dar ordens? Eu faço o que eu quiser aqui nessa casa!

Wolverine: Não, isso você não faz!

Wolverine abre a porta do quarto de Gambit com força e grita:

Wolverine: ACORDA, CAJUN!

Gambit: Humm?

Vampira: Pára, Wolverine!

Wolverine: Tá sem camisa, meu irmão? Não tô acreditando!

Gambit: Hein?

Vampira: Eu tava coberta até a cabeça, palhaço!

Wolverine: Palhaça é você! E essa sua palhaçada poderia ter custado a vida do Gambit! Vocês sabem que devem se evitar, pombas!

Gambit: Haaa... Entendi agora... Muito obrigado pelo lindo jeito de me acordar, Wolverine... A gente agradece a sua preocupação, mesmo demonstrada de forma tão delicada... Agora você já pode ir... Merci.

Wolverine: Merci, uma vírgula! Que eu não saio daqui sem que essa situação seja bem explicada e que não aconteça de novo!

Vampira: Você quer que eu te explique o que, Logan???!!! Eu devo estar aqui porque eu gosto do papel de parede desse quarto! Só pode ser, né?

Wolverine: Nós NÃO vamos perder o Gambit por sua causa, Vampira!!!

Gambit: Me perder, que besteira é essa?????

Wolverine: Isso é muito perigoso, você poderia estar em coma agora! Ou morrer! E você sabe disso, Gambit!!!

Professor: Meus filhos, que gritaria é essa?

Wolverine: Nem precisa abrir muito a mente pra ver o que se passa aqui, professor!

Professor: Tem razão, Wolverine... Vejo que você se preocupa com um componente da equipe, mas está se exaltando.

Wolverine: Você defende esse absurdo porque é um conforto pra seu remorso! Nunca conseguiu fazer Vampira controlar seus poderes! Falhou com ela definitivamente e agora não faz vista grossa pra esse tipo de situação de risco!

Professor: Você me respeite, Wolverine!

Wolverine: Situação de risco e você sabe bem disso!!!!! Não tolera isso, mas não fala nada!

Professor: Eu só não acho que a situação tenha sido tão desesperadora assim pra seu escândalo!

Wolverine: Que hipocrisia, professor! Você não me engana! Remorso!  Você tem pena desses dois!

Vampira: Ninguém precisa ter pena de mim não, Wolverine!

Wolverine: TEM PENA DELA, DOS DOIS!

Professor: CLARO QUE NÃO!

Wolverine: TEM PENA DESSES DOIS INFELIZES QUE NÃO SE ENCOSTAM E SE AMAM!

Professor: VOCÊ TAMBÉM TEM!

Vampira: PÁRA, gente! Que horror!

Wolverine: TENHO, MAS NÃO FUI EU QUE FALHEI COM NINGUÉM E FICO DANDO UMA DE INDIFERENTE AO QUE ACONTECE!

Gambit: Pára! Os dois!

Wolverine: Gambit, se for pra ficar assim, cara, eu acho até melhor você arranjar outro rabo de saia, porque essa é perigosa demais! Com todo respeito, Vampira. Você sabe o quanto eu gosto de você!

Vampira: Da pra ver, tem PENA e tudo né?

Gambit: Wolverine, eu que tenho pena de você! Ao invés de cuidar da sua vida, fica aqui infernizando a minha que tava ótima!

Wolverine: Eu me preocupo com você e você age assim comigo?

Gambit: Se olha no espelho e tenha pena de si mesmo, mon ami! Nessa casa todo mundo deve ter pena de si! Principalmente você que ainda gosta da Jean e remói isso por ANOS!

Wolverine: Pára de falar besteira! Isso já era!

Gambit: Fala do professor e agora é hipócrita também! FALA A VERDADE!!! CADÊ A SUA JEANNIE AGORA? TÁ NO QUARTO COM O SCOTT AINDA DORMINDO! Chato né, cara?

Wolverine: Você está por fora do que se passa com meus sentimentos...

O professor nunca gosta que coloquem Jean no meio de confusões como essa....

Professor: Vamos todos parar com isso agora e esquecer  esse incidente.

Wolverine: Você quer que eu não tenha pena de você? Você, você que quando saía comigo e nossas companhias, chamava as coitadas de VAMPIRA! TODAS ELAS GANHAVAM O MESMO APELIDO E AS COITADAS NEM SABIAM DO SE TRATAVA! EU TENHO PENA DE UM CARA ASSIM!

Vampira: Como é que é?

Gambit coloca a mão no rosto... Dá uma pausa longa... Olha pra Vampira e diz:

Gambit: Vai embora, Wolverine... E obrigado pelo comentário muito feliz...

Vampira: Não... Como é que é?

Wolverine: Vai dar escândalo, Vampira? Oh coitada! Justo ela que tinha um Magneto dentro da bolsa pra usar quando quisesse também!

Gambit: Não tenta me defender agora não, Wolverine... Ainda mais assim... Eu disse vai embora.

Scott e Forge chegam no quarto de Gambit também.

Scott: Gente, mas que absurdo é esse? Essa hora da manhã já começam de gritaria?

Forge: Qual o motivo da baixaria?

Wolverine: Você não vem ha muito tempo aqui, Forge. Não se mete não.

Gambit: Wolverine, vai usar das suas grosserias com outro tá? Com o Forge agora não.

Wolverine, o professor e Vampira se retiram do quarto.

Gambit: Mon amour, vem cá, vem? Ei!

Vampira ainda pára na porta e diz:

Vampira: Tá tudo bem, Gambit... Não precisa pedir desculpas por nada... Não estou chateada com você.

Scott e Forge se entreolham sem entender nada.

Gambit: Merci, chere... Je t'aime... ...Olha, vai tomar café que já tô descendo pra gente bater um papo assim mesmo ta? Mesmo sem você estar chateada comigo...

Vampira: Tá.

Ela vai. Scott e Forge fuzilam Gambit com os olhos.

Gambit: Tá bom... Eu conto... A Vampira dormiu aqui coberta até a cabeça, sem o menor perigo. O Wolverine viu, se preocupou comigo e soltou os cachorros pra cima dela. Nossa, fico até feliz que ele se preocupe comigo, mas do jeito intransigente que ele agiu eu achei um absurdo.

Scott: Bateu boca até com o professor que eu tava ouvindo a voz alterada dos dois lá de longe.

Gambit: Você ouviu alguma coisa daqui, Scott?

Scott: Não, por que?

Forge: E o que mais aconteceu? Não foi só isso...

Gambit: Nada... É que o passado dessa casa toda, não só o meu, é muito mal explicado e acaba sempre voltando pra cima da gente.

Scott: Sim, mas por que você perguntou se eu tinha ouvido alguma coisa daqui?

Gambit: Ah... Nada, é que o Wolverine acabou contando das nossas saídas pra Vampira.

Scott: Ai, meu DEUS! Ele não falou de mim não né?

Gambit: Falar o que, mon ami? Que eu e o Wolverine ficávamos com as gatas enquanto você voltava pra casa sozinho dizendo: Ai, minha Jean linda...

Forge: Hahahaha! Esse é o meu amigo Scott Summers!

Gambit: Tua barra é a mais limpa dessa casa, Scott.

Forge: E o Scott tava certíssimo! Tinha a patroa em casa né?

Scott: Pois é...

Gambit: É... Foi isso que aconteceu aqui... O Wolverine disse que ainda tem pena de mim e da Vampira... Até o professor disse isso...

Scott: O professor disse isso?

Forge: Eu também tenho pena, cara, desculpa...

Gambit: Putz! Vou começar a fazer coleção dos sentimentos de pena de todos dessa casa!

Forge: E é por muita adimiração que eu tenho por vocês dois, um lindo casal, que eu vou ajustar aquela arma que tira poderes que eu inventei.

Gambit: Não obrigado... Não quero que você faça nada pela gente por sentimento de pena. Sem contar que essa arma é um perigo. Lembra do que aconteceu com a Tempestade?

Scott: Realmente um perigo. Se não fosse, já teríamos te chamado de volta há muito tempo para aliviar os problemas da Vampira.

Forge: Não, calma... Primeiro: não é por pena... É porque eu quero ver vocês dois juntos.

Scott: Todos nós queremos, Forge... mas com essa arma não pode ser...

Gambit: Essa arma nem ela vai querer.

Forge: Não vai ser a arma. Eu vou adaptar, vou pesquisar... vai ser baseada nos princípios da arma... Quero fazer um colar, que tire os poderes dela enquanto ela usá-lo. E quando ela tirar, será a Vampira de sempre. Vou precisar estudar um pouco mais dos poderes da vampira... Tem que ser algo de medida para ela...

Gambit olha com um sorriso de criança para Scott... Vocês conhecem o sorriso da esperança nos olhos?

Forge: Vai demorar um tempo meio longo pra ficar pronto...

Gambit: ...

Scott: Qual é Gambit? Não vai agradecer isso não?

Gambit:... Eu... É claro que vou... Mas eu estou pensando no que dizer, Forge...

Forge: ...

Gambit: ... Eu...

Forge: Está muito feliz e não consegue se expressar.

Gambit: É!... Isso! Claro!

Ele dá um aperto de mão muito forte em Forge e ri de nervoso...

Scott: Calma, Gambit... Fica calmo... 

Gambit: Mes ami, eu tenho que encontrar uma dama na mesa de café se vocês me dão licensa...  Ela não perde por esperar essa surpresa...

Ele sai feliz da vida. No primeiro andar, ele encontra Vampira na cozinha.

Gambit: Me esperando, belle?

Vampira: É...

Gambit: O Gambit aqui tem uma coisa a te dizer.

Vampira: É claro que tem. Muitas.

Gambit: Eu tava lá em cima agora conversando com o Forg...

Vampira: Pára de fumar se não eu não te escuto.

Gambit: Não, eu tô nervoso... Deixa eu fumar que é melhor...

Ele apaga um e acende outro. Depois da primeira tragada, ele continua.

Gambit: Como eu ia dizendo...

Vampira: Você está nervoso.

Gambit: Oui... Mas depois do nervoso eu ia dizer que...

Vampira: Que eu sou a única, que aquelas mulheres não eram nada pra você, que eu sou a sua chere e que "je t'aime, ma belle".

Gambit: Não.

Vampira: Ah não?

Gambit: Não...

Vampira: ...

Gambit: ... Eu ia perguntar se você quer morar comigo, belle.

Vampira: Eu moro com você, Gambit.

Gambit: Desculpa. Eu errei... Eu ia perguntar se você quer se casar comigo, belle.

Vampira: Você realmente deve estar se sentindo culpado.

Gambit: Petit, é sério.

Vampira: Gambit, chega de brincar tá? Eu aceito as suas desculpas.

Gambit: Que desculpas?

Vampira: Pelo o que o Wolverine disse sobre você e as suas outras Vampiras, mon cher!

Gambit: Ah, claro! ... Desculpa, chere.

Vampira: "Desculpa, chere"? Gambit, quer parar de fumar e tremer e dizer algo que faça sentido!

Gambit: Eu te amo.

Vampira: Gambit, eu também. Vamos esquecer isso tá? Tá tudo bem, eu aceito suas desculpas. Eu também já tentei me desculpar tantas vezes...

Gambit: Você ouviu que eu te pedi em casamento?

Vampira: QUER PARAR DE TREMER ENQUANTO BRINCA COMIGO SOBRE ISSO!

Gambit: Eu tô tremendo mesmo... E é porque é sério o que eu estou te pedindo.

Vampira: É sério como?

Gambit: O Forge vai fazer pra você um colar especial baseado nos princípios daquela arma dele.

Vampira: Gambit, você sabe que isso é muito perigoso, eu não quero riscos e não quero falsas esperanças pra mim. Pra que? Pra depois cair na desilusão de novo?

Gambit: Acredita, dessa vez, isso vai dar certo.

Vampira: Gambit, não posso...

Gambit: Acredita!

Vampira: ...

Gambit: ...

Vampira: Pede de novo.

Gambit: Vampira, você quer viver pelo resto da sua vida com esse jogador de cartas e fumante compulsivo?

Vampira: Quero. Mas pede direito!

Gambit: Vampira, você quer se casar comigo?

Vampira: Quero! Claro!

Gambit: Que bom, porque eu não ia aceitar não como resposta.

Vampira: Eu nunca negaria mesmo.

Continua