Na mansão...

Professor: Meus filhos! Estão todos aí?

Scott: Estamos, professor.

Professor: A Vampira, onde está?

Gambit entra na sala com ela no colo, nem ouviu a pergunta do professor.

Professor: Vampira!! Gambit, ela está bem?

Gambit nem escuta o que o professor fala, ele só está prestando atenção no Fera.

Gambit: Fera, pro Lambed, rápido. 

Fera: Aqui, Gambit, por aqui. O Lambed já está aberto.

Professor: Gambit? Ela está...

Gambit e Fera vão para o Lambed.

Scott: Ela está bem, professor. Acho que deve acordar logo.

Professor: Ela ainda está com o colar.

Scott: Eu sei, nós nem vamos tirar agora. Será mais fácil cuidar dela com o colar.

Wolverine entra carregando Forge de um lado e Bobby Drake do outro. Joga os dois no sofá.

Professor: Meu Deus! Que isso? O que aconteceu?

Wolverine: Pode ficar calmo. É só um calmante, que parece anestesia. Sonífero mesmo.

Tempestade corre para ver como Forge está.

Tempestade: Wolverine, me ajuda a carregá-lo para o quarto?

Wolverine: Calma, Tempestade. Ele só está dormindo. Você pode deixar ele no sofá por enquanto. Nós temos que ver o noticiário da TV.

Jean é a última a aparecer. Ela estava guiando Mike que estava muito fraco. Ela o senta no sofá e liga a TV.

Repórter: Mais uma vez, o jornal da madrugada vem com notícias quentíssimas. O caso do desaparecimento da moça Clarisse Lebeau esquenta mais. Hoje de madrugada, um prédio no Brooklin pegou fogo depois que um raio o atingiu. Os bombeiros e a polícia foram chamados. Por coincidência, era nesse prédio que estava presa a moça LeBeau. Seus sequestradores eram da organização MEHSS e segundo as últimas notícias, alguns deles confessaram terem compactuado com o projeto Sentinela Millenium. Esse projeto é sim da área dos senadores conhecidos como anti-mutantes. Os sequestradores fugiram para o terraço do prédio. E segundo eles, os amigos da moça, que são mutantes, vieram buscá-la. Os tais mutantes facilitaram o trabalho da polícia, porque prenderam todos os participantes dentro de uma grade. Os dois integrantes do grupo que estavam do lado de fora da grade precisam de atendimento médico urgente. Um deles teve o céu da boca aberto por uma pequena explosão. As sua vias respiratórias da narina estão em contato com a boca. Uma cirurgia corretiva será feita hoje mesmo. O outro componente da equipe está tendo convulsões ainda não explicadas. Provavelmente foram os mutantes amigos da moça que quando fizeram seu socorro, tiveram que lutar com os integrantes da MEHSS, provocando assim, seus ferimentos. Ha poucos minutos, uma ligação de celular avisou que a moça já estava em casa. Esperaremos por mais notícias. Todos os integrantes do grupo estão presos em Manhattan. Inclusive a senadora Sabrina Polvitre, da ala anti-mutante. Em qualquer minutos, nós voltaremos. 

Fera volta pra sala.

Fera: Garoto! Mike?

Mike: Sim?

Fera: Você disse que é médico...

Mike se levanta e se dirige ao Fera.

Mike: Sou sim.

Fera: Vem aqui comigo.


No Lambed, estavam Gambit, Fera, Mike e Vampira adormecida.

Mike: Nossa! Isso é que é hospital. 

Fera: Você colocou o gesso nela, não é?

Mike: Sim.

Gambit: Quebraram a perna dela?

Mike: Bom... eu não sei. Acho que ela chegou la com a perna ruim. Ela me disse que um pedaço do teto do quarto caiu em cima dela. Suponho que tenha sido isso. Mas não sei se a perna está realmente quebrada. Temos agora que tirar o gesso e tirar uma radiografia pra saber ao certo o que aconteceu.

Fera utiliza um dos equipamentos da sala para cerrar o gesso. O procedimento acaba em segundos.

Mike: Ual! Que eficiência. Teria gosto de trabalhar em um lugar assim.

Eles tiram a radiografia, que fica pronta na hora. Mike e Fera examinam os ossos da perna, Gambit também olha, mas não entende nada.

Mike: Aham.

Fera: Fissurado só.

Mike: Pois é. Fissurado e deslocado, mas eu coloquei o osso no lugar no dia. Um novo gesso por 15 dias está bom. Onde eu colo a radiografia agora?

Fera: Deixa ali em cima. Eu posso engessá-la enquanto você olha esse ferimento na cabeça. Foi uma barra de ferro.

Mike: Que animais!

Gambit: Esses caras vão morrer.

Fera: Gambit, fica calminho, tá?

Mike: Legal, vocês estancaram o sangue com uma pedaço de pano. Olha, nem precisa dar ponto. A gente faz um curativo, limpando bem o local e pronto. Vai criar um galo e ela vai ter dor de cabeça quando acordar. Pode até vomitar ou se sentir mal, mas isso é normal.

Gambit: Normal? Isso é normal? Como você tem coragem de dizer isso?

Fera: Gambit! A culpa não é dele!

Vampira mexe as sobrancelhas e geme um pouco. Abre os olhos de vargazinho. Gambit corre para perto dela. Ele passa a mão na testa de Vampira e beija seus lábios bem de leve.

Gambit: Mon couer...

Vampira: Remy...

Gambit: É tão bom te ter de volta.

Ela fecha os olhos e põem a mão na cabeça.

Mike: Vai passar, Vampira. Essa dor vai passar. Não mexe a perna, Fera vai engessá-la de novo.

Vampira: Fera...

Fera: Oi, sumida. Olha, vampira, eu, o Gambit e o Mike vamos naquela sala ali do lado conversar um pouco. Você vai ficar aqui quietinha, tá bom?

Vampira: Não quero ficar sozinha...

Gambit: Eu fico aqui com ela. Vocês dois podem ir.


Na sala do lado...

Fera: O que fizeram com ela?

Mike: Não sei. Acho que nada.

Fera: Como nada? Aquela boca machucada?

Mike: Ah, sim. Eles bateram nela uma vez. Acho que só. Os arranhões são do teto que caiu nela e os pulsos machucados são da algema.

Fera: Por que ela está sem roupa íntima?

Mike: Calcinha?

Fera: É.

Mike: Ela tinha que ir ao banheiro, e como estava com as mãos amarradas, eles acharam melhor deixá-la sem nada, pra que nós não tivéssemos que tirar a calcinha sempre.

Fera: Abuso, estupro?

Mike: Não sei. Acho que não...


De volta ao Lambed...

Fera: Ola, querida! Voltamos.

Vampira: Oba!

Fera se aproxima dela.

Fera: Gambit, você podia se retirar por um instante?

Gambit: Por que?

Fera: Gambit, não seja indiscreto. Apenas saia.

Gambit: Tá bom...

Fera: Vampira, posso te perguntar uma coisa?

Vampira: Pode.

Fera: Eles fizeram alguma coisa com você?

Vampira: Fizeram, me bateram, me amarraram, me deixaram sem ir ao banheiro, as vezes sem comida...

Fera: Não, querida. Eu quero saber se houve alguma espécie de... ... abuso sexual.

Mike: Estupro ou quase isso?

Uma lágrima rola dos olhos verdes dela.

Vampira: Não...

Fera: Não mesmo, meu anjo? Pode dizer.

Vampira: Não. Um deles até tentou, mas não conseguiu nada.

Mike: Que bom! Melhor assim! Dos males, o menor!

Fera: Gambit, pode voltar. Olha, chama a Jean e a Jubileu pra dar um banho nela, antes de engessar essa perna.

Gambit: Que Jean e Jubileu o que... Deixa que eu faço isso. A mulher é minha.


Forge e Bobby acordam. Tempestade e Professor estavam do lado deles. 

Tempestade: Oi, Forge. 

Forge: Oi... Quê aconteceu comigo, hein? Onde está a Vampira?

Professor: Está tudo bem...

Bobby: Onde eu estou?

Tempestade: Em casa, picolé. 

Professor: Forge, essa daqui é a Trish, namorada do Fera. Ela quer fazer uma entrevista com você que irá ao ar hoje de noite. Você pode dizer a ela tudo o que você sabe?

Forge: Posso. Olha, Os Sentinela Millenium são novos homens latas, mais bem equipados na captura dos mutantes. Tem gente do governo envolvido nesse projeto. E esse projeto ainda é maior. Eu criei um colar que neutraliza os poderes mutantes. A antiga MEHSS que trabalha com os Sentinela Millenium querem esses colares para a segunda parte do plano.

Trish: Como assim, segunda parte do plano?

Forge: O plano é o seguinte: Os mutantes são capturados pelos novos sentinelas e depois o meu colar é colocado em cada um deles. Assim, eles seriam facilmente transportados por policiais comuns. Poderiam até viver em penitenciárias comuns, desde que estivessem com as mãos amarradas, é claro.

Bobby: Que absurdo! Era isso então? 

Trish: E a Vampira?

Forge: A Vampira foi um primeiro teste de como o colar dá certo. De como é fácil maltratar um mutante poderoso que usa esse colar. 

Trish: O incêndio foi acidental ou criminoso?

Forge: Olha, era isso que eu tinha a dizer. Acabou a entrevista.

Trish: Mas você...

Tempestade: O incêndio foi acidental, Trish. Acabou, tá. 

Trish: Tudo bem... O hank tá aí?

Tempestade: Ele acabou de engessar a Vampira. Está no Lambed, pode ir la.

Trish sai, Bobby vai atrás dela.

Professor: Forge, você não fará mais nenhum desses colares.

Forge: Eu sei, professor.

Professor: E esse que a Vampira tem, você dará um destino a ele. Não quero mais isso com ela.

Tempestade: Mas professor, e ela e o Gambit...

Professor: Não sei, Ororo. Mas ela não vai ficar com aquilo. Amanhã de manhã eu dou um basta nessa situação. E Forge?

Forge: Sim?

Professor: Toma cuidado porque você sabe demais. Mesmo com o colar destruído, as pessoas sabem que você pode produzir outros iguais. Qualquer grupo maluco pode querer te sequestrar de novo.

Tempestade: Ai, vira essa boca pra lá.

Forge: Eu sei, professor. Eu sei...


No quarto de Gambit e Vampira, Mike aparece para se despedir dos dois.

Vampira: Obrigada por tudo, Mike. Nunca vou me esquecer de você.

Gambit: Quando precisar de qualquer coisa, é só falar com a gente.

Mike: Pode deixar. Agora deixa eu ir, porque eu tenho que depor na delegacia contra meu irmão. Semana que vem é você, Vampira. Mas deixa eu ir para deixar vocês dois mais a vontade. Tchau.

A porta se fecha. Gambit deita na cama ao lado dela. Eles se beijam e ela chora. Ele também chora. Finalmente a sós, os dois colocam pra fora o que sentiram com essa lua de mel interrompida. Ele segura o rosto dela com tristeza.

Gambit: Como é difícil ter você. Antes, era intocável. Depois, quando eu finalmente consigo você pra mim, arracam você de mim.

Vampira: Eu sou só sua agora e mais nada vai acontecer.

Gambit: A nossa lua de mel estava tão boa.

Vampira: Ela ainda continua, Gambit.

Gambit: Mon amour, esse colar é tão perigoso pra você... Me desculpa por isso.

Vampira: Shiii. Me beija de novo e não fala nada. 

Gambit contempla o corpo maravilhoso de Vampira e ela o dele. Carinho, amor, sexo e felicidade  foi o que aconteceu aos dois, até ela dormir exausta. Gambit ainda ficou velando o sono daquela que amava, e só foi dormir bem mais tarde. 

No dia seguinte, Gambit acordou sozinho na cama. Vampira deveria ter ido ao banheiro. Olhou para o chão e viu o colar destruído. Totalmente amassado, quase em pó. Desesperado ele gritou por Vampira:

Gambit: Chere! Mon couer, onde está você?

Ele não a encontrou no banheiro.

Gambit: Chere, seja lá o que tenha acontecido ao colar, você não tem que ficar triste. O Forge faz outro pra você.

Ela não estava no closet.

Gambit: Chere? Você desceu pra tomar café?

Gambit abre a janela que dava para o jardim.

Gambit: Belle! Non... Não faz isso comigo não... Diz onde você está.

Jean: Gambit?

Gambit: Jean? A Vampira está aí no jardim com você?

Jean: Não, Gambit. Ela... ela está dormindo no quarto dela. Me deixou esse bilhete para eu te entregar.

Gambit: Bilhete?

Jean, com a sua telecinésia, faz o bilhete subir até a janela de Gambit. O bilhete era curto.

"Remy, eu te amo. Mas esse colar era muito perigoso. Não tive escolha. Se você me amar de verdade, irá entender. Se quiser o divórcio, eu também entenderei."

Gambit caiu sentado na cama. Deitou mais uma vez e se cobriu até a cabeça com o lençol. Aquele embrulho de gente na cama ficou assim o dia inteiro. Gambit ficou sem falar por alguns dias. Vampira por algumas semanas. Nenhum deles saía do quarto para nada. Os treinamentos foram esquecidos pelos dois. Ser um x-men não era mais objetivo de nenhum dos dois.

FIM

Clique aqui para dar um comentário sobre essa história.

Ler Eterno Preconceito!

Voltar