Vez ou outra ele até nos coloca frente a frente a um Everest; pelo menos da nossa perspectiva não é assim que nos parece?
E então? Como é que a gente vai reagir?
Eu sei que só até aqui eu já coloquei quatro perguntas, mas as perguntas não devem nos assustar; as ausências de resposta, sim, é que devem nos mostrar que existem alguns buracos que precisam ser preenchidos, esclarecidos.
Eu sei que essa questão de fé, Deus (até religião entra no meio), está meio desgastada atualmente.
Basta ver essas igrejas pentecostais que se espalham por aí aos montes (a princípio eu acho até que muita gente acaba sendo ajudada por essas igrejas, vide a Campanha Brasil sem fome entre outras, mas a que custo isso é conseguido.....). A igreja 'oficial' , a católica, continua isolada numa torre de marfim, com seus dogmas que perderam a validade no século passado.... (é lógico que, também aqui, existe muita coisa boa sendo feita; quantos e quantos não foram e são ajudados por padres abnegados, trabalhando por puro amor junto às populações mais necessitadas).
Em vista disso tudo muitos de nós acabam preferindo simplesmente se afastar "desse papo de religião, de carola". Mas, e eu pergunto mais uma vez, e quando você tropeçar na pedrinha ou tiver que encarar o Everest? O que você vai fazer? Nessa hora provavelmente muitos de nós até se lembrariam de Deus, mas para maldizê-lo, para reclamar com ele da injustiça que está sendo cometida: "O que é que eu fiz pra merecer tal destino?"
Outros ainda podem acabar se desesperando, caindo em apatia (a depressão não é um dos males do fim do século?), perdendo a esperança.
Por que então não tentar resolver estas questões agora, enquanto nós estamos com força, com ânimo e disposição pra enfrentar a vida? Você pode até dizer: "Não, não vai me acontecer nada de mal, não! Quem fica pensando nisso tá é querendo que isso aconteça. Vamos tocar o barco que a hora que o problema chegar a gente resolve".
Bom, pra os que pensam assim eu espero que o Everest não esteja numa daquelas temporadas ruins.....
Na escalada mesmo, pra pegar um exemplo que me interessa em particular, a gente não têm que conhecer e praticar uma série de procedimentos de segurança pra garantir que nada de mais grave ocorrerá?
Solteira, corda, costuras, cadeirinha, a gente usa tudo isso por quê? Porque a gente é derrotista? Porque a gente quer cair?
Não! Porque a gente não têm como saber a priori o que nos espera pela frente (parede acima). Pode ser que a gente escale sem problema algum, chegue ao cume sem um arranhão, só com a adrenalina fluindo e a sensação de conquista, de superação, fazendo com que a gente tenha a vontade de gritar bem alto, lá de cima: "Uhú, Animal !" ;-D
Agora, e se a gente tiver que encarar um lance mais difícil? Nessa hora a gente vai olhar pra corda, pras costuras, até pro parceiro lá embaixo e vai ter a certeza de que com essa 'ajuda' dá pra tentar superar o lance, sem desespero, apenas com confiança, sabendo que aquele 'obstáculo' está ali apenas pra testar a sua perícia ou te ajudar a aprimorá-la, nada mais que isso.
Pra mim, E ISSO É UMA QUESTÃO DE ORDEM PESSOAL, essa mensagenzinha gravada por um homem que já deve estar próximo do fim da belíssima jornada, responde muitas questões:
Confia sempre, mensagem psicografada por Chico Xavier
esse é um arquivo do Real Audio. Se você ainda nao o instalou faça um download na página deles.
Eu disse que essa é uma questão pessoal porque cada um deve ter o direito e a liberdade de encontrar suas PRÓPRIAS RESPOSTAS.
Os nomes não importam muito aqui: espiritismo, budismo, catolicismo, etc..
O importante é que as respostas sejam respondidas e os buracos preenchidos, pra que quando chegar la hora de la verdad você esteja preparado e confiante pra superar o que vier pela frente, ainda que seja um Everest.
Bom, por fim eu queria dizer que eu não pretendo ser o dono da verdade. Eu também não tenho respostas definitivas pras minhas dúvidas. Eu ainda tenho muito que viver e aprender (é o óbvio mas o óbvio também tem que ser dito de vez em quando...).
Se você tem alguma crítica ou comentário a fazer sobre essas questões que eu levantei, me mande um mail que a gente pode conversar a respeito. É sempre bem esclarecedor confrontar as dúvidas, assim como é engrandecedor confrontar os medos (afinal não é por isso, entre outros motivos, porque a gente escala?)