Curriculum Vitae

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Curriculum Vitae

José Cunha Rodrigues

Professor licenciado no ensino do PORTUGUÊS - ALEMÃO ( 8ºA e 9º Grupos )

Dados Pessoais

Nome: José Cunha Rodrigues

Filiação: José Sousa Rodrigues Maria Júlia Vaz Cunha

Naturalidade: Freguesia de Prado. Concelho de Vila Verde.

Nacionalidade: Portuguesa

Estado Civil: Solteiro

Data de Nascimento: 13 de Setembro de 1974

Bilhete de Identidade: N° 10418083 do arquivo de identificação de Lisboa

Residência: Quinta da Botica, Vila de Prado 4730 - 454  Vila Verde

 

 

Formação Escolar

Licenciatura em Ensino de Português-Alemão na Universidade do Minho durante 5 anos, no qual me foi atribuída a classificação de 13 valores

Estágio Integrado na Escola Secundária de Maximinos com a duração de l ano lectivo, e concluído com a classificação de 15 valores.

Curso de Inglês no British Institute em Braga ( 5 anos ). Frequência no Curso de Alemão no Goethe Institut na cidade do Porto.

 

 

Habilitações Profissionais

• Estágio Integrado na Escola Secundária de Maximinos com a duração de l ano lectivo, tendo concluído com a classificação de 15 valores.

• Lecciona desde 1998. Ensina disciplinas relacionadas com as referidas línguas, as quais passo a citar: Português no ensino Básico, Secundário - Alemão no ensino Secundário.

Desenvolve ainda vários projectos de apoio a alunos com mais dificuldades, no âmbito das Aulas de Apoio Pedagógico Acrescido, e exerce também cargos como o de Director de Turma

• Efectua também vários trabalhos de tradução, quer na língua Inglesa, quer na língua Alemã.

• Frequenta várias Acções de Formação, Colóquios e Palestras relacionadas tanto com a parte científica das línguas em questão, como com a pedagogia.

• Actualmente candidata-se ao Curso de Mestrado em Educação, Educação de Adultos ( III Edição ), pelo Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho.

 

 

 

RELATÓRIO FINAL

 

Em primeiro lugar, gostaria de falar da escolha do curso. Assim sendo, justifico esta escolha como uma resposta a um desejo de docência, isto é, prende-se ao domínio pessoal de querer exercer uma profissão no campo da docência.

          Relativamente à minha formação universitária, senti que toda a diversidade, desde a dimensão linguística, à dimensão literária e pedagógica foram primordiais para uma preparação teórico-prática no campo de leccionação. Com esta formação especializada senti uma forte abertura de perspectivas para a responsabilidade profissional, envolvimento com a comunidade escolar - a relação com os seus membros (colegas, alunos e funcionários). No entanto, esta aprendizagem será sempre inacabada, no sentido de estarmos sempre a aprender coisas novas.

          Estes quatro anos não perdem de vista a realização do estágio integrado. Deste modo, houve de facto uma enorme intensificação de expectativas. Quais? Ansiedade, vontade de pôr em prática conhecimentos consolidados, temores e dúvidas perante o que, apesar de toda a preparação, não deixa de comportar uma forte componente de novidade; as inúmeras interrogações, a ideia que engloba toda uma auto-imagem; a receptividade da comunidade escolar; e finalmente o desempenho enquanto professor em formação.    

          Assim sendo, a prática docente desenvolveu-se de uma forma extremamente positiva. Em primeiro lugar senti que, pela parte dos orientadores foi-me dado todo o apoio, ou seja, o prévio contacto com as turmas, no sentido de alerta para os passos iniciais, comportamentos e atitudes na escola, em geral, e na sala de aula, em particular, foram aspectos talhados e muito bem delineados desde os primeiros dias. Por outro lado, a receptividade da escola também foi, definitivamente um dos aspectos positivos nesta prática.

          Relativamente ao primeiro dia, tenho a acrescentar que foi de facto marcante, quer pelo contacto com alunos, quer pelas impressões iniciais tanto no plano humano como científico.

          Ao longo destes meses de realização do estágio senti que o percurso se tornou fundamental para o sucesso futuro na actividade docente. Assim sendo, passo a nomear uma multiplicidade de vectores:

          No que concerne à planificação, houve um trabalho de cooperação com os orientadores. Deste modo, teve-se em conta certos cuidados que se revelaram uma experiência fundamental, nomeadamente a valorização da planificação e da sua adequação ao nível dos alunos, coerência de elementos (rigor na formulação de objectivos), coesão na articulação dos momentos da aula, diversidade e adequação de materiais e estratégias. Todos estes cuidados, especialmente presentes na concepção de planos foram sendo esquematizados ao longo da prática e, deste modo, deram-me um sentido de evolução e de constante aperfeiçoamento.

          Por outro lado, teve-se em conta todo um trabalho de pesquisa/ investigação e assim consegui ganhar mais autonomia. Não obstante, esta autonomia foi conseguida pela acção decisiva dos meus orientadores, quer através de análise de aulas (actividades, preparação/ reformulação de práticas em Seminários) quer através das reuniões realizadas na Universidade (articulando conceitos e práticas de ensino-aprendizagem ).

           No plano da execução, sinto que, neste momento, há de facto uma percepção clara de planificação enquanto documento fundamental, mas superado pelas exigências, pelos imprevistos, e pelo posicionamento ( dúvidas, questões, ritmos de aprendizagem…) dos alunos.

           Constato também que houve uma melhoria na minha relação com os alunos, isto é, o desejo de contribuir para o seu desenvolvimento humano (valor de socialização) e intelectual foi uma das metas traçadas e concomitantemente cumpridas.Deste modo, foram desenvolvidas actividades no sentido de sensibilizar as turmas para aspectos culturais, literários, linguísticos e civilizacionais implícitos nas matérias leccionadas. Por outro lado, o grau de fluência e de rigor linguísticos foi adoptado ao nível dos alunos (na expressão cuidada num sentido modelar), a resolução de situações imprevistas e finalmente a adequação e variedade de actividades, materiais e estratégias que foram sendo implementados durante este percurso.

          Doravante, quer a turma do 8º ano, quer a turma do 10º ano, não realizaram o projecto de Área-Escola. A turma do 8º ano é constituída maioritariamente por elementos do sexo feminino: 17 raparigas e 10 rapazes.Grande parte dos alunos vivem em freguesias próximas da área desta Escola. Outro aspecto importante a reter prende-se com o facto das preferências dos alunos (actividades): praticar desporto e ouvir música. Aliás, o projecto de Área-Escola estava ligado à componente desportiva. Por outro lado, este aspecto relacionado com a área do desporto está, provavelmente, ligado com as classes sociais das quais os alunos são oriundos. A maior parte dos pais têm apenas a escolaridade básica: 1º ciclo (72%). Aqueles que têm uma escolaridade maior (2ºciclo) são em número reduzido (27%) - há somente um caso em que os pais têm um curso superior. Estes dados são fundamentais para compreender o (des)interesse dos alunos e consequentemente as respectivas dificuldades que apresentam. Por vezes, os alunos manifestam enormes dificuldades; em contrapartida, os pais não os podem apoiar, pois não têm destreza e conhecimentos suficientes para resolverem esses entraves. Por conseguinte, surgem grandes deficiências de aprendizagens manifestadas pelos alunos e simultaneamente o desinteresse e falta de estima. Deste modo, os alunos tendem a não estudar - criam uma atmosfera de distância e apatia para com o processo de ensino-aprendizagem.

          Para além disto, há que referir que nesta turma existem 12 casos de retenção. Os restantes são alunos que provêm do 7º ano de escolaridade. Pelo que observei, a turma é homogénea, isto é, há uma mistura de elementos que denotam grandes dificuldades com alunos que têm conhecimentos basilares construídos ao longo dos anos na Língua Portuguesa.

          Estes últimos, não são de todo excepcionais, mas são de qualquer forma mais interessados e motivados (demonstram uma vontade de querer aprender mais e mostram ao mesmo tempo uma forte adesão às actividades que lhes são propostas).Há também alunos que se empenham, mas manifestam grandes dificuldades.

          Da minha parte, procurei superar essas dificuldades através de estratégias novas, materiais atraentes que pudessem manter o aluno desperto e interessado naquilo que estava a aprender.

          O meu objectivo foi cumprido, na medida em que me propus a formar o aluno e incutir-lhe valores cimeiros e marcantes para todo a vida. Acima de tudo, o meu objectivo é

    formar alunos autónomos, com visões criticas do mundo e não alunos passivos e rotinizados em práticas lectivas obsoletas.

          No que concerne ao 10º ano, tenho duas turmas agrupadas. Relativamente ao 10º 12 , é uma turma bastante pequena (5 elementos): 5 raparigas. São alunos residentes na periferia da escola. Os pais têm apenas a escolaridade básica (1º ciclo). São alunos repetentes à excepção de um aluno. É uma turma desinteressada e apresenta grandes dificuldades na língua alemã. Esta turma apresenta como principais preferências ( actividades extra-escola ) ouvir música e ir ao cinema. Finalmente, apresentam como sugestão para superar as dificuldades:   horários escolares com início e fim mais cedo; continuar com o centro de actividades. Relativamente ao primeiro aspecto, concordo plenamente, pois acho que a carga horária (quer para o ensino básico, quer para o ensino secundário) é excessiva e desarticulada. Daí surgirem desinteresses e desmotivações em grau elevado - o aluno deve ter uma carga horária compatível com as suas limitações ( poder gerir o seu tempo de forma a não ficar sobrecarregado - ter tempo para estudar ).

          No que diz respeito ao 10º 13, a turma é maior: 5 raparigas e 6 rapazes - no total 11 alunos.

          Estes alunos também revelam grandes dificuldades, parte da turma é repetente (alguns elementos já frequentaram esta disciplina há 3 anos). Quatro alunos vêm do 9º ano da Escola Básica de Maximinos.

           Na grande maioria, os pais têm apenas a escolaridade básica (1º ciclo). Só existe um caso em que os pais têm um curso superior - aliás esta aluna é mais aplicada, mais motivada e que tem melhor aproveitamento, quer à disciplina de Alemão, quer às restantes.

          Mediante este panorama, resta-me acrescentar que ambas as turmas têm um nível baixo de conhecimentos da língua materna (que é a base  para  a aprendizagem de outras línguas).

          Em último lugar, quer uma turma quer outra, não realizaram o projecto de Área-Escola que estava ligado à reciclagem.

          No que respeita à intervenção extra-aula, o meu desempenho também teve os seus frutos, isto é, houve de facto dinamização da comunidade escolar através da aplicação de

actividades no domínio especializado (acções sobre a gastronomia alemã-1º período; acção sobre Eça de Queirós-2º período).

          Houve portanto, sensibilização para a dimensão do trabalho enquanto docente, não limitado à sala de aula, mas abrindo caminhos de envolvimento com outros agentes educativos.

          Ainda relativamente a este aspecto, consegui integrar-me com facilidade na escola e concomitantemente criar à minha volta um ambiente agradável e de boa camaradagem entre colegas. Finalizando, em jeito de síntese, penso que a dimensão humana do professor estagiário é determinada por valores como a honestidade, a sinceridade, o sentido de responsabilidade e de cooperação no grupo e na escola. Daí sentir-me realizado e  consciente que todas estas vertentes foram praticadas.

          No que concerne à minha capacidade de expressão crítica, penso que também foi ancorada com grande pertinência, não obstante o reconhecimento da dificuldade humana da auto-crítica, mas sempre com o propósito de reajustar permanentemente a minha actividade  lectiva.

          Foi, portanto, um ano de convicção, convicção de ter revelado uma atitude leal, isenta e, logo, positiva na relação com a colega de estágio, os orientadores, os alunos (disponibilidade e criação de um bom relacionamento com e entre eles).

           E porque se termina mais um ano cheio de experiências e novos fôlegos, o último momento foi de facto absorvente. Há, indubitavelmente aspectos incontornáveis (cansaço, consciência da rapidez / brevidade do processo de estágio), mas concerteza também do valor desta prática para a vida futura - o ano 0 de conjugação de teoria/ prática, de envolvimentos humanos, por vezes complexos, mas que valem a pena, de desenvolvimento de atitudes determinantes não apenas em termos pedagógico-científicos, mas sobretudo no plano humano.

 

José Cunha Rodrigues

 

 

RELATÓRIO FINAL

 

 

 

ano lectivo 1998 / 99

 

GRUPO DE ESTÁGIO DE PORTUGUÊS - ALEMÃO

 

 O Professor Estagiário:

José C. Rodrigues