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                     Aqueduto da AmoreiraAqueduto da Amoreira

Percorre 8 Km até chegar à cidade. A água ora corre a 6 metros de profundidade ora sobe às levadas que os 843 arcos suportam, atingindo 31 metros de altura quando a arcaria chega a ter quatro andares. Autorizada a construção em 1498, por D. Manuel I, só em 1622 a Fonte da Misericórdia soltou a água captada na serra do Bispo. A edificação deve-se a Francisco Arruda, arquitecto da antiga Sé, Afonso Álvares, Diogo Marques e Pêro Vaz Pereira. Numa parede das arcadas, sobressai um painel de azulejos representando
D. Sancho II.

      tocm2off.gif (2021 bytes)O Castelo Medieval
                               Detalhe pormenorizado do Castelo

 

Tomado aos árabes em 1226, por D. Sancho II, o castelo é de origem romana. Conquistada a cidade, o Rei mandou reedificá-lo. D. Dinis e D. Afonso IV ainda publicaram leis proibindo a construção de casas fora de muros. É D. Fernando quem alargará o perímetro da urbe, com a construção de uma cerca com 22 torres e 11 portas. A actual porta de entrada - com um pelicano esculpido - é obra de D. João II e a torre de menagem resultou de reconstrução de finais do séc. XV.

                      

Entrada principal do Forte de Nª Srª da Graça

Foi implantado num monte, 3 km a norte da cidade. A utilização desta elevação pelos espanhóis durante o prolongado cerco da cidade (só levantado a 14 de Janeiro de 1659, após a batalha das Linhas de Elvas) mostrara aos estrategos portugueses a importância daquela posição. Passadas as guerras da restauração, em 1762 (Guerra dos Sete Anos), os espanhóis voltaram a sitiar Elvas. Chamado pelo Marquês de Pombal para reorganizar o exército português, o marechal conde de Lippe mandou fazer os planos de uma nova fortificação. Os trabalhos iniciaram-se em 1763, estendendo-se durante vinte e nove anos. O forte, primeiro chamado de La Lippe, é quadangular (150 metros de lado), tomando o reduto central a forma circular. Possui três ordens de baterias acasamatadas. O pano de muralha é constituído por quatro baluartes e possui uma cisterna subterrânea. Foi presídio militar, está desactivado e dá mostras de deterioração preocupantes.

Forte de Santa Luzia

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O forte de Santa Luzia é uma peça notável e sobrevivente de um conjunto mais vasto em que se incluem os fortins de S. Mamede, de S. Pedro, da Piedade e de S. Francisco e que tiveram a oportunidade de demonstrar a sua eficácia defensiva durante a famosa batalha das «Linhas de Elvas», em que resistiram com êxito, ao cerco que, de 22 de Outubro de 1658 a 14 de Janeiro de 1659, lhes foi imposto por um numeroso exército sitiante comandado por D. Luís de Haro.
Ficou operacional em 1648, depois de algumas polémicas quanto ao seu traçado.
Foi desenhado em 1641 por Matias de Albuquerque e redefinido posteriormente por Sebastião Frias, ainda em 1641, em forma de estrela.
Em 1642, Hieronimo Rozzeti, genovês, traça um novo forte que gera polémica e que acaba por ter a discordância do engenheiro francês Lassart.

Igreja de Nossa Senhora da Assunção «Antiga Sé»

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A fachada recorda uma torre. A obra inicial era manuelina (1517), da autoria de Francisco de Arruda, mas o que hoje é dado a observar são alterações efectuadas nos sécs. XVII e XVIII. Toda a estrutura decorativa exterior lhe confere um estilo acastelado: os contrafortes laterais, as ameias chanfradas e a linha formada pelos botaréus. Do primitivo troço são as portas laterais. No interior, sobre o guarda - vento, está um órgão construído pelo italiano Pasqual Oldoni, em 1762, forrado a talha dourada. Anteriormente existira no mesmo local a Igreja de Santa Maria dos Açougues, fundada por D. Sancho II. A imagem da Virgem vestida com um avental de açougueiro está no Museu Municipal. A igreja foi elevada a Sé, em 1570, quando o Papa Pio V concedeu a Elvas, a 9 de Junho daquele ano, a bula que lhe permitia ascender à categoria de bispado, tomando para si territórios do arcebispado de Évora, além de Olivença, Campo Maior e Ouguela, então adstritos à Sé de Ceuta. Um desentendimento entre o bispo D. Lourenço de Lencastre e o deão Carlos de Lara, sobre a recusa de deão aspergir o prelado, ocorrido em 1759, levou o poeta António da Cruz Silva a escrever uma peça testral satírica com o nome de &laqno;Hissone». Foi extinto o bispado em Setembro de 1881, devido a uma reorganização administrativa das dioceses, passando à jurisdição de Évora.

Igreja da Nossa Senhora
da Consolação

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Ergue-se no lugar de uma ermida dos templários dedicada a Maria Madalena. A sua forma octogonal sugere identificação com a charola da Igreja do Convento de Cristo, em Tomar. Todo o interior do templo, até ao lanternim, é revestido a azulejos de padrão do séc. XVII - obra tardia, dado que a sua construção é de 1543. Ricamente decorada com pintura e talha dourada, é oridinal o ferro forjado do púlpito, trabalhado com volutas, barras retorcidas e florões. Pertenceu ao convento das Dominicanas, que se desenvolvia no espaço ocupado pelo cine-teatro e rua adjacente.

Igreja de Santa Maria da Alcáçova

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Num pequeno largo, com o nome do templo, esconde-se o edifício, do séc. XIII, assente no lugar de culto islâmico: a mesquita. Na discreta frontaria colocaram, no séc. XV, uma pequena imagem, de pedra, da Virgem. Na fachada direita vêem-se ainda restos de ameias. O interior é também simples: os arcos românicos assentam em colunas octogonais e somente os altares laterais são revestidos a talha, do séc. XVII.


Igreja de São Domingos
                                  Detalhe pormenorizado do Convento

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Pertença dos frades dominicanos, cujo convento lhe era contíguo (hoje instalações militares), mantém a abside da capela-mor primitiva: frestas ogivais a toda a altura e gárgulas góticas. O interior é sóbrio, com três amplas naves e pilares de oito colunas enfeixadas. Fundou-a D. Afonso III, em 1267, no sítio de uma antiga ermida dedicada a Nossa Senhora dos Mártires.

Fundado por Afonso III em 1267, para além de convento vai ter também a funcionar uma albergaria e um hospício, que, quando Cosmander o faz demolir, devido a imperativos da construção das muralhas seiscentistas, era o maior da cidade.

Igreja de São Francisco

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Situada no Largo dos Terceiros, foi construída, entre 1701 e 1709, pelos leigos seculares seguidores da espiritualidade da Ordem Franciscana, conhecidos por terceiros. A capela-mor é uma autêntica reserva de talha dourada , exuberante nos efeitos decorativos. O templo tem o corpo revestido a azulejos azuis e brancos, que historiam a vida de S. Francisco de Assis, e possui uma rara imagem de Santo António «doutorado». A simplicidade da fachada contrasta com a decoração interior: só o emblema dos franciscanos - o braço de Jesus crucuficado cruzado com o braco estigmatizado de S. Francisco.

Igreja de São Pedro

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Diz-se que assinala a entrada dos portugueses numa porta de ferro, quando a cidade foi tomada aos árabes, em 1228. O portal românico-gótico, com uma composição de três voltas decoradas com folhas de hera nos capitéis, é o único sinal da obra primitiva. O actual templo é o resultado de sucessivos restauros dos sécs. XVII, XVIII e XIX.


As muralhas envolventes à Cidade tocm10of.gif (2084 bytes) Logo após a restauração da independência, em 1640, todo o país teve que se preparar para defender a almejada liberdade, ainda que à custa dos maiores sacrifícios. E fê-lo durante um longo período de sofrimentos e guerras, que se arrastaram por 28 anos.
Os elvenses não se furtaram a quaisquer dificuldades, antes pelo contrário: puseram os seus bens ao serviço da nação. Foi assim que se tornou possível construir a majestosa fortificação que ainda hoje rodeia Elvas, e que chegou a ser considerada a primeira entre as fortalezas portuguesas.


© 1997 LP - Última actualização em 27-10-1998 * Visitante nº Visitante dos monumentos