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CANDIDA DE ARRUDA BOTELHO

BORNING WILD

 

Morrerei, pobre de mim, mortal!

Não farei para a posteridade descobertas,

Nem direi da eternidade dos sábios;

Dos arautos do futuro argüirei,

Para o medo dos amigos,

Serei consolo...

Não poderei como Aristóteles, Platão,

Galileu e tantos outros sugerir

Novidades que nem eu sei.

Serei simples, pobre,

Nada a declarar, dirão alguns.

Terei escrito coisas efêmeras como

A decantada vida minha.

Terei caçado amores, perscrutado olhares,

Acolhido abraços, aquiescido afagos.

 

Em Pound, o que amas de verdade não te será arrancado,

Em Whitman, i came to you as a growing child,

Eu terei lido, terei tentado escrever borning wild.

Espaços transei, em traços e massas, traçados,

Terei sonhado, terei pensado,

Com certeza projetos de infinitos mundos deitados,

Terei olhado, sentido e até trepado...

Mas na certeza desse olhar que me domina perscruto

Novamente a verdade mais crítica que a crítica

Que viver terei vivido, tão simplesmente,

Sou mortal, pobre de mi,

Morrerei um dia... 


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