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PALMIRA HEINE

TRECHOS DA OBRA AS QUATRO FACES DA LUA

I

TEIAS

Me visto de noite onde abrigo as estrelas
Meu corpo é caminho de estradas vazias
Evadem à mente esperanças certeiras
Os sonhos, no peito, vagas utopias
Me olho , me vejo esse ser só de massa
Meu eu, etiqueta de almas tão nuas
No meio da estrada que vem e que passa
No meio das noites, no meio das ruas
Na selva da vida meu grito se embola
Se prende, se tece na forma de teia
No peito, a incerteza que ainda me amola
Meu sangue se funde no eterno da veia
Me pinto de gente, me visto de homem
Meu verso é o início do fim do caminho
Meu jeito de vida, meu gesto de fome
Reduzem meu ser a se sentir sozinho.

II

SERESTEIRO DO CANGAÇO

Seresteiro do cangaço
Sou um moço brasileiro
Seresteiro do cangaço
No meu passo, sou ligeiro
Com meu jeito ameaço
Quando penso, sou certeiro,
Mas nào penso muito, faço
Quando faço, brasileiro
Seresteiro do Cangaço.
Sou um moço brasileiro
Um herói no meu espaço
Sou do povo verdadeiro
Sou guerreiro no que faço
Por que sou um cangaceiro
Que procura um espaço
Um espaço verdadeiro
Que abrigue meu cangaço.
Sou um moço brasileiro
No meu ombro, o cansaço
No meu braço, o desespero
No meu cheiro, o mesmo traço
De um moço brasileiro
que procura um pedaço.
Nordestino, Seresteiro,
Sem dinheiro e sem espaço.



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