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ANNA MARIA CASCUDO BARRETO

LIVRO

Biografia (Continuação)

Enquanto ascendia na carreira do Ministério Público, não deixava as letras e o jornalismo. Em “ A República”, manteve a primeira coluna que incentivava e valorizava artistas locais e nacionais, e divulgava estilistas. “Arte & Modas” era seu título, e, numa ida à Fenit, em São Paulo, conheceu Anne Marie Clément, Presidente do Centro Internacional de Pesquisa de Moda, sendo incluída na relação das jornalistas “experts” no assunto.

Inquieta e antenada, passou a assinar, desde 1965, uma página feminina, chamada “Mulher” (no mesmo jornal) aonde tratava de assuntos de interesse feminino, respondendo consultas jurídicas, orientando modas, sugerindo decoração. Em 1972 resolveu fazer entrevistas semanais acerca de vultos femininos. Suas biografias tiveram repercussão nacional. Era a primeira vez na imprensa que uma mulher entrevistava mulheres, com enfoques originais e criativos. O Reitor Genario da Fonseca, que instalava a TV-Cultural no Estado, convidou-a para redigir, editar e apresentar um programa cultural, de uma hora de duração, todos os domingos às 20 hs. Chamado “Semanario`s”, o programa – o primeiro apresentado e redigido por uma mulher no Estado – não somente sugeria livros (juntamente com o prof. Tarcísio Gurgel) mas mostrava desfiles de moda, turistas contando suas viagens, professores mostrando seus hobbies, artistas ao vivo criando, folguedos folclóricos se apresentando. Algo inédito no Brasil. Os quadros “A Outra Face”, “Batendo Perna”, mereceram destaque do jornalista Flávio Cavalcanti, que a convidou para sua equipe.

Promovida para Curadoria de Justiça da Capital e posteriormente por merecimento para Procuradora, permanecia na duplicidade funcional, galgando cargos e se destacando nos campos do Direito e das Letras jornalísticas.

Eleita para Sócia do Instituto Histórico e Geográfico do RN, foi apresentada pelo escritor Nilo Pereira e saudada pelo orador Alvamar Furtado de Mendonça, que fora seu Professor de Direito do Trabalho na Faculdade.

Também fez parte da Associação de Mulheres da Carreira Jurídica. A convite da Secretária de Trabalho e Bem Estar Social Wilma Maria de Faria, fez explanações sobre cidadania e Direito em diversos Clubes de Mães da cidade do Natal.

No Governo Geraldo Melo o jornal “A República” foi fechado. Anna Maria se dedicou ao marido, Camilo Barreto, aos filhos Daliana, Newton e Camilla e ao primeiro neto, Diogo. Mantinha estreita e profunda colaboração com os pais, que via diariamente, auxiliando-os nos seus problemas e apresentando soluções. Tempo em que, por diversas vezes, representou o pai em cerimonias nacionais.

Com o falecimento do seu pai passou a cuidar pessoalmente e com o marido, apoiando sua mãe, cuidando do acervo e da casa de ambos.
O jornalista Toinho Silveira, que mantém um encarte chamado “Podium”, todas as sextas feiras, no “Diário de Natal”, chamou-a para escrever uma coluna que ela intitulou “Femme”, voltando a escrever para o seu imenso e fiel público, e entrevistar mulheres, agora com espaço bem reduzido, mas com o texto mantendo a mesma qualidade e as escolhas o gabarito de sempre.

Falecendo sua genitora, suas funções de guardiã se ampliaram, mantendo ás suas próprias custas o funcionamento da casa-grande, do teto ao chão, mudando instalações elétricas e hidráulicas, contratando e pagando uma funcionária diarista, providenciando (com a colaboração da arquiteta Gladys Fernandes) uma nova orientação na ambientação interna, com fotos, telas, objetos restaurados, em Natal, Recife e Rio de Janeiro, às suas expensas e do seu marido. A parte externa, com pintura e ornamentação, não foi esquecida, mantendo todas as características primitivas.

 

Continua...

 




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