CARNE DE PESCOÇOGosto dos malucos, doidos, desgraçados
exagerados, tristes, apaixonados
que praticam um suicídio tão diário
por sentirem tanta sede e gana de viver
Gosto dos que crêem na própria insanidade
por saberem-se humanos, limitados, miseráveis
e com isto exercitam a humildade
conscientes de estarem aprisionados
nesta pobre casca humana até morrer
Não gosto de ares de superioridade
(os parâmetros são tão tênues e precários!)
não concedo a ninguém autoridade
- Oh, esses deuses e deusas sectários -
pontificando sobre a vida e o que fazer
Pois na minha prisão de carne e osso
sou única, sou livre, sou colosso
sou meu anjo e meu algoz, fora-da-lei
sou coisa feita e carne de pescoço.
PALHAÇA
O tempo passa
e eu,
palhaça,
no circo maldito
choro risos

Biografia da Autora
ÍNDICE DE ESCRITORAS
PRÓXIMA ESCRITORA
REBRA 
LINKS PESSOAIS
CRISTAL POESIA
POEMA EM MOVIMENTO
TEMPLO DA LUA NEGRA
LETRA DE CORPO
KATARSE
RIO DE JANEIRO