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Nilze Costa e Silva nasceu na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, em 19 de fevereiro de 1950, mas, sem tendências para as migrações continentais, preferiu a vida mais calma que ainda se pode levar no País dos Nordestinos. Dentre as opções oferecidas pela própria região, decidiram por ela que, a partir de 1 ano de idade, que iria morar numa cidade muito amada: Fortaleza-Ceará. Verdadeiramente apaixonada por essa cidade, mora nela até hoje.
Meninou pela rua Dragão do Mar até os 13 anos, banhando-se nas águas cálidas da Praia de Iracema, em frente ao histórico bar Estoril, que mais tarde freqüentaria nas noites de boemia e onde também coordenaria o projeto Poemas Violados, roda de poesia intercalada por música ao violão da (quem diria!) sua filha Aline Costa.
Levada da praia de Iracema por seus pais, ainda olhou longe o mar, antevendo que um dia adotaria uma outra praia, dessa vez Lagoinha, recanto lindo onde gosta de ir nos feriadões para ler, meditar, orar, escrever, tomar sol e também umas cervejinhas que ninguém é de ferro, nem mesmo o poeta de Itabira.
De Lagoinha escreveu o poema MulherMar:
MULHERMAR
Amanheço, acordo
Desperto em Lagoinha
Durmo, alvoreço
Me enlevo, transpareço
Abro os olhos e sonhoMenina e mulher, mulhermar
Ando sobre dunas quentes
Que me queimam os pés
Choro ondas
Retorno à infânciaIracema menina
Lagoinha mulher
Os quatro cantos de minhas paredes
São rodeadas de mar
Meus cabelos são algas marinhas
Quando durmo e me banho de luarLagoinha me toma e me abraça
Me invade e me alaga
Me torna lua
Solitária e nua.
Um dia, no colégio onde fazia o primeiro científico, Nilze Costa
e Silva conheceu alguém que a encantou. Com ele casou e pariu seus dois
filhos, o psicólogo Alexandre e a cantora Aline, segundo ela, "duas pérolas
raras que Deus deve ter ido buscar no fundo do mar para me presentear".
Desde então diz que passou a ter uma excelente relação com o Criador, "que
também me deu um marido invejável, o poeta Manoel César,
advogado e procurador Federal".
Para resumir, Nilze graduou-se em Administração de Empresas e exerceu sua profissão no extinto INAMPS até se aposentar. Antes disso foi diretora do Sindicato da Previdência, na área cultural, Conselheira do Conselho Cearense dos Direitos da Mulher e terminou por fundar uma ONG chamada NAVE - Núcleo de Ação e Valorização da Espécie Humana, que desenvolve ações educativas que possibilitem atitudes positivas de auto-estima, fortalecimento da condição feminina e o resgate do valor social, individual e político da infância e da adolescência na perspectiva de prevenção à violência. É Pós-graduada em Teoria da Literatura - UNIFOR, Liderança Feminina - IDAC - Rio de Janeiro; Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes - LACRI - USP - São Paulo.
Com tudo isso, ainda faz parte da coordenação do FÓRUM DE MULHERES CEARENSES. Observatório do Judiciário e comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Ceará. Foi membro do Conselho Consultivo de Leitores do Jornal O POVO. Ministrou duas oficinas sobre Gênero, Masculinidade e violência Simbólica, respectivamente no Fórum Social Mundial I II e III, no Rio Grande do Sul., em 2001, 2002 e 2003.
Acredita que tem como missão participar da reconstrução do mundo, dentro de um projeto de valorização da vida, contra todas as formas de exploração e opressão das pessoas, pela emancipação das mulheres e eqüidade de gênero, pelo desarmamento integral e universal e pela soberania dos povos - em nome da sobrevivência do ser humano no Planeta Terra