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EDNA MAYO

4a CAPA DO LIVRO "AS VIDAS QUE VIVI"

Um romance? Uma autobiografia? Um relato? Este livro é um pouco de tudo. Na linguagem simples de uma comunicadora de rádio, Edna Mayo narra, sem falsos pudores - até os mais íntimos detalhes de sua alma - um pouco de sua vida, seus amores, as aventuras e frustrações de um coração românico, sonhador e sofredor. Nisso, o livro é um romance com personagens reais.
Nele estão presentes, também as tramas e os dilemas do dia-a-dia no trabalho, em família e na vida profissional, - enquanto mulher, mãe, filha, amiga, amante, artista, dubladora, apresentadora de rádio e televisão - por isso é também uma biografia. Entretanto, com a mesma simplicidade e riqueza de detalhes, é uma reportagem em "estado alpha". Quando, sob orientação de um parapsicólogo, participa de várias sessões de regressão em busca de sua identidade presente e passada. Mas, o grande valor dessa obra não está nos seus aspectos literários como romance, autobiografia ou relato. Está no grande poder literário de identificação que o leitor - ou leitora - vai encontrar, nos aspectos comuns de sua vida, com os da vida dessa mulher comum: carne e osso, vinda da humildade do interior pra a fama nos meios de comunicação e que se revela toda, na narrativa real de sua vida incomum.
Uma obra de coragem. Uma lição de vida. Um exemplo de força e de grandeza. Talvez um guia na vida simples de alguém que busque a verdade. E a encontra.

Luiz Edmundo

APRESENTAÇÃO

Cada vida humana é uma aventura de que podemos tirar lições que nos sirvam e nos ajudem a melhorar a nossa própria existência.
Edna é mais um dos muitos espíritos que não se conformam com a vida puramente material e, sem pensar duas vezes, entrega-se a uma busca mais profunda. Não é fácil encontrarmos a coragem para expormos nossas vidas, emoções, fraquezas e fantasias para enfrentar um mundo incerto e hostil, como todos nós que vivemos no exterior. Deixar uma vida estável em sua pátria e um emprego invejável para seguir sua intuição - mesmo sem saber o que vinha pela frente - e ainda escrever um livro, revelando o seu interior para o mundo, é algo que demanda coragem.
Edna é uma pessoa que busca o conhecimento interior, as respostas, os porquês da vida e das circunstâncias ao seu redor. Tenho certeza absoluta de que sua aventura não termina com as páginas deste livro. Não, agora é que as respostas vão começar para esta buscadora.
Estas páginas contêm lições que servem para todos nós. Cada leitor pode identificar um aspecto de sua vida com algum aspecto da vida de Edna. Afinal, todos nós estamos participando de uma aventura coletiva, chamada Vida Física - e nossos sonhos, dramas, alegrias, tristezas e oportunidades se identificam em alguns aspecto. Que bom seria se cada um de nós pudesse deixar gravadas para a posteridade nossas histórias e experiências. Melhor do que qualquer obra de ficção é podermos compartilhar, através da leitura, uma vida real, onde não existem super-heróis, as alegrias e tristezas foram reais e o príncipe encantado nem sempre termina com a princesa. Que a Força esteja com você, Edna - para sempre.

Parapsicólogo Wellington Rodrigues, Jr.
New York, 11 de agosto, 1996

Capítulo I


O PRIMEIRO CONTACTO

Quando abri a porta da frente e vi aquela figura, tive vontade de fechá-la novamente e dizer a ele que era engano, que ele errou de endereço. Mas a minha curiosidade e o desejo de resolver aquela situação era maior que a idade daquele rapaz. Afinal de contas, ele me foi apresentado por uma pessoa de grande reputação e conceito moral elevado. Era preciso dar a ele um voto de confiança. E ele mesmo me disse mais tarde: "Eu sei que sou novo, mas idade não quer dizer nada, o que realmente importa é minha experiência, a capacidade que tenho para desenvolver meu trabalho. O fato de uma pessoa ter 40 ou 50 anos não quer dizer que ela tenha experiência ou sabedoria".
Abri a porta completamente e o mandei entrar. Como o calor aqui em New York estava insuportável - 105 graus Fahrenheit - logo ofereci-lhe um copo de água e lhe mostrei a porta do banheiro para que ele se lavasse. Ofereci-lhe também uma camiseta, porque a camisa dele, de mangas compridas, estava completamente molhada. Mas ele disse que estava bem e recusou a oferta da camiseta. Quando ele voltou do banheiro, nos sentamos à mesa da cozinha, que fica na entrada do apartamento, para os primeiros contatos. Curiosa, antes de mais nada, eu disse a ele: "Olha eu só tenho uma pergunta a fazer: É possível eu estar em transe e não voltar a mim depois?"
A resposta dele foi clara e me deixou um pouco mais tranqüila. Ele disse que ninguém entra em transe consciente, ou seja, em estado Delta. Eu estaria funcionando em Alpha e estaria seguindo o comando de sua voz. Portanto, eu estaria alerta, e não precisaria temer, pensando em um sono profundo.
Tirou a prancheta da pasta, colocou nela uma folha de papel, pegou uma caneta e pediu para que eu relatasse um pouco da minha vida: Desde o momento em que eu percebi rejeição por parte dos meus pais. Era a minha primeira experiência com um analista. O mais estranho em tudo isso é que eu não esperava aquela pergunta e a resposta estava na ponta da língua, como se eu a tivesse ensaiado. Comecei, então, o meu relato, desde a época em que fui para um colégio interno.
Já morávamos em Belo Horizonte, em um bairro humilde. De repente, percebi que iria me separar dos meus irmãos, de meus pais, dos coleguinhas de escola, das minhas vizinhas com quem eu brincava de casinha e de roda, das flores que eu cuidava com carinho, num canteiro em que eu havia plantado com muito amor as mudas que eu roubava na vizinhança, o que, é claro, minha mãe reprovava. Mas era assim que eu gostava das minhas flores - achava que se não fossem roubadas não floresciam tão lindas quanto se me fossem dadas ou compradas. Sentiria falta, principalmente, daquele quintal enorme com um riacho nos fundos, dos pés de manga, laranja, das bananeiras e de várias qualidades de frutas e legumes.



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