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Grêmio arranca com
empate no Mineirão
Não foi nenhum bálsamo, mas a estréia do novo Grêmio satisfez a todos. O empate em 0 a 0 no sábado, contra o Atlético-MG, vice-campeão brasileiro, pode ser considerado uma boa arrancada. Como apenas o campeão de cada um dos três grupos e o melhor vice seguem na competição, o empate no Mineirão contra o principal adversário da chave poderá desequilibrar a disputa pela vaga. ![]() Fora isso, a partida acrescentou pouco para o Grêmio. Foi o primeiro jogo da temporada, o que afetou diretamente no rendimento. Para completar, um calor sufocante e a grama alta do Mineirão – uma reclamação antiga dos jogadores – colaboraram para deixar a partida lenta, quase sonolenta. O Atlético-MG teve apenas 10 dias de férias. O Grêmio, por sua vez, vem de uma pré-temporada exaustiva. Alguns jogadores sentiram o peso da primeira partida. A estréia, se não foi empolgante, ao menos mostrou para os gremistas algumas das novas caras do time. A dupla de zaga Marinho e Nenê mostrou eficiência. Falhou apenas uma vez. Deu sorte. Aos 32 minutos, Bruno cruzou, os dois erraram em bola, e Guilherme acertou a trave. No rebote, Juninho Petrolina marcou, impedido. Depois disso, os dois controlaram, tranqüilos, as ofensivas do ataque mineiro. No meio, o Grêmio apresentou Hernâni e Zinho. Hernâni, enquanto suportou o cansaço, mostrou-se um jogador interessado na partida. É de uma estirpe rara no futebol brasileiro. Joga entre as duas áreas. Desmente a impressão de vagaroso com passadas largas e chegadas freqüentes ao ataque. Mas o destaque gremista foi Zinho. Possui todos atributos para despontar como nome do Grêmio em 2000. O volante júnior Pancera, que entrou no intervalo, recebeu elogios por ter atuado com personalidade e tranqüilidade. ![]() Zinho assumiu a função de maestro do time. Centralizou todas as jogadas e imprimiu velocidade ao jogo. Aos 33 anos, suportou a partida inteira. Partiram dos seus pés as principais jogadas de ataque do Grêmio. Uma pena que Agnaldo ficou isolado entre os zagueiros e, com isso, faltou força ofensiva aos gaúchos. Uma força que o Atlético-MG também não teve. Só ameaçou no segundo tempo. Em duas cobranças de falta de Irênio, cuja entrada no time foi exigida pela torcida. Aos 34 minutos, acertou a trave e, três minutos depois, obrigou Danrlei a fazer difícil defesa. |