CAPITÃO DAS HORAS
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FABIANO VIANA OLIVEIRA
Pensou que só iriam notar quando o pasteleiro começasse a servir a estranha sobremesa de gozo hilariante por suas poucas noções da realidade; pois era capitão; o único em seu traje de gala, que estenderia a taça de vinho para o nobre brinde de abertura do jantar da primeira noite em alto mar do Santa Mar de Ouro. O navio fora batizado assim na sua terceira tentativa de ser lançado ao mar... O Dr. Onório se servira de dois nomes de santas muito obscuras no catolicismo moderno para dar nome à sua obra de arte estaleira, mas ambos foram recusados no registro da capitania dos portos da grande cidade litorânea do norte, por já existirem tais nomes nos registros, tornando maior o risco de confusão por onda das ondas de rádio que cruzavam os canais invisíveis de ar em busca da ordem no mar da cidade... É pois o pequeno estaleiro do Dr. Onório: ex-dentista, ex-poeta, ex-corno, divorciado e há muito tempo não mais jovem de 40 anos; e também ex-rico... O tal galpão que reluzia aos maçaricos sobre o aço de baixa qualidade se consumira para construir esse tão belo navio em que agora todos se deleitam com o entorpecer de um doce branco e vermelho que parece se mexer para olhos fascinados. O tão grandioso navio do Dr. Onório tinha mesmo que ser santo para sair inteiro e completo do estaleiro, para que depois fosse embargado pelo banco estatal a fim de pagar as dívidas de seus primeiros serviços, agora apenas corais artificiais no fundo da baía, e processos de pescadores contra o mesmo pobre Doutor, que mais tudo perdera e só tinha o barco de arte que acabara de fluir, mas sem o tão sonhado nome de santo, como merecia; e como fala a tradição: nome de barco é no feminino, pois é a única mulher que deve acompanhar o marinheiro solitário... Não seria o caso, mas não havia motivo para ir contra a tradição... Por fim, então, como o navio de tal porte e luxo era a última esperança do Dr. Onório se resolver e continuar a viver sem estar preso a tribunais até a hora do breu solícito, o nome que escolheu foi Mar de Ouro, mesmo que nunca tenha havido tal Santa...
No jantar:
- Ei, "fera", olha só a cara do Onório... Parece que o nariz tá virando uma tromba de mula... - Jovem Tadeu se enverga para trás e para o lado direito. Seu corpo e cabeça parecem balançar à inércia do movimento quase violento em direção do seu apático interlocutor; pois quando quase que olhos nos olhos se vêem mal se vendo...
- Olha aqui a fera... - Num salto sem equilíbrio Tadeu se ata com o outro jovem só conhecido dele por estar ali do seu lado naquela pequena festa entre amigos poucos íntimos do Dr. Onório, que nenhum se lembraria dele, ou ele de qualquer um dos mesmos que tenham havido, pois se guardou a ser seus clientes: um dentista que trazia a dor; um marido que nunca trouxe prazer; e um estaleiro que só dera prejuízo... E não mais rico... Mas de fato não importava a Tadeu que o corpo esbofeteado fosse uma anta que se detera numa expressão falha e sem sentido, pois nunca houve mula com tromba: talvez no futuro com a engenharia genética, quem sabe... Mas o fato foi a utilização sem maiores pretensões de uma gíria da terra na época tal desse acontecimento que acontece no navio agora. Nunca realmente o jovem empresário eminente, Tadeu de Sarriar, se importava em ser chamado de fera, pois a intenção não é mais que povoar a mente do agrado por ser chamado de algo que detém algum poder; como ser chamado de "grande" ou "campeão" ou "rei" ... De fato levou ele ao pé da letra o fato de ter sido chamado de fera, pois uma fera se tornou.
- Separem os dois! - Gritou calmo o sóbrio capitão. Ainda com o copo de vinho na mão com a interrupção de seu discurso em exaltação do nobre e sonolento Dr. Onório ao seu lado direito na cabeceira da longa mesa do salão de festas do luxuoso navio, que lhe oferecera o cargo com tanta confiança e sem temor da sua velha e sincera amizade... Onde não revela o quanto não lhe era devido por ter lhe tirado a patente da Marinha ao ter acobertado suas atividades extra-conjugais com uma escrevente do 2o. Distrito Naval da Cidade Litorânea do Norte, assumindo o caso, o filho bastardo e a desonra da mulher que ele amava, enquanto o dentista só a currava nas terças e quintas em que atendia os jovens do mesmo batalhão; tendo até há poucos dias do presente que suportar a mulher dizendo na hora do prazer: "Agora o boticão!!!" Mas não mais... Quatro marinheiros de porte bastante viril penetram o salão já no aguardo de alguma daquelas ordens. A peleja dos dois jovens fracos, franzinos e entorpecidos é facilmente abortada pelos "garanhões" do mar do capitão; que ordena as suas retiradas; de todos os seis; e a condução dos dois inconvenientes para seus alojamentos, como assim dito pelo capitão...
- Pobre Tadeu. Virou uma fera...mesmo... Como dizia... - Assim seguiu após, o capitão.
Como não dizia antes e agora não o segue, pois é o Dr. Onório que pensa em seu amargo torpor o que fez e fizera, como não sabe ou reconhece o que está fazendo agora. Sabe das palavras do seu ser capitão de seu navio de luxo a verdade ao inverso de sua intenção, mas já não mais na idade não está para se levantar e pular em alto mar e rever o que fez como sendo o certo, pois nada de certo fez, como todos em nenhum daqueles que ali estão presentes, e o primeiro a acertar foi o jovem empresário Tadeu, pois o capitão o sabe como assim o é, e ele também, como também não é capaz de fazer: sente como na idade da mula empacada e sem volta, fazendo em si uma tromba (não entende como pôde ouvir...) de desordem, sem ordem, sem interesse ou fé... E as palavras só fazem mais a confirmar o que pensa do capitão. Só se satisfaz ao lembrar do boticão... E assim sorrir.
- Não se levantem ainda. (Pois não podem.) Quero recordar quando na nossa cidade não havia tão luxuosa embarcação para pessoas de estirpe como vocês: era o tempo de aqui em alto mar com somente as grandes naves mercantes e os poderosos barcos da marinha de um dos quais eu era um ascendente comandante pouco antes daquela última pequena evolução de fato estranho ocorrida por estas bandas deste país. Vocês muito jovens não podem se recordar de tal importante fato, pois o mesmo não foi de conhecimento do grande público. Somente nós, de antes, das forças correntes militares, tínhamos que ter o conhecimento para manter a tal certa ordem... Dos presentes acredito com grande grau de certeza que o Dr. Onório será o único a saber desse acontecimento de alto mar, como logo também o único a se lembrar daqueles dias gloriosos; sem luxo, como este, é verdade; onde num fim de mês, de fim de 1o. trimestre, daquele memorável ano, o mesmo qual meu querido filho haveria de ser concebido, que fora a última vez daquele grandioso tempo quando eu comandava a nau em ordem, na ordem, para a ordem... - O filho do capitão tem trinta e alguns mais anos, pouco que a idade do tempo recomende... Poucos de um só, o que é nenhum fora um pedaço pequeno do Dr. Onório, está realmente interessado nos relembramentos das histórias do capitão durante o seu transparente e pré-moldado discurso de brinde dos sucessos do mais novo navio daquele mar daquela terra; pois vinham eles todos dos sonhos de aparentar o sucesso, como também o poder de viver como em TV... Olhos ociosos e ansiosos sobre o qualquer coisa sendo dito e sobre o estranho da visão do Dr. Onório, sem ele próprio ou os outros apreciadores depreciadores conseguirem perceber a sucessão de injúrias indiretas que se proferiam da garganta do homem de uniforme; nem mesmo o ser dos insultos, único que seria capaz de entendê-los como tal, o Dr. Onório, estava sendo hábil para captá-los como tal; pois e também como tal eram insultos ao desejo de liberdade, mesmo que ainda fechada no tempo; pois ninguém também se importava mais com isso, pois também não se lembravam, e eram obra todos do mesmo tempo... Foi quando daquele evento do qual o capitão falava, e militares faziam, e ele foi esquecido, parte da história do país, mas ele se recordava, e sentia falta do seu único auge, e o queria de volta, sempre quis, pois nada havia conseguido durante aqueles vinte e tantos anos de conseqüência daquela data que mencionara, e se ressentia de tudo.
- ... Enfim, um brinde ao recomeço... a uma nova era, pois... - Do lado de fora, no semi-luar sobre o Santa Mar de Ouro, se afastam por um único olhar a saída da grande baía. De um lado o cabo que se estende ao longe da cidade do norte, e no outro, pelo meio, a ilha turística fonte de um outro grande escritor. O olhar solitário que não se servira primeiro junto com os outros nobres colegas da profissão de jovem empresário de futuro, é a vista de quem perdera no rastro do momento suas virtudes como melhor homem e como filho. É o Cézar, pobre homem... A beleza do mar aberto que mais se acresce em sua frente sussurra na sua consciência que os lados daquela ordem estavam errados... Mas ouve também as vozes e o discurso do salão com as antenas da verdade no significado. Como não poderia ir lá; pois o sabia da aparência que devia ter; mas também não podia comer, pois a perda da mãe não se fazia longe ainda e lembrava toda confusão de família, que não tinha nenhum sentido do orgulho com suas estranhas revelações... A quem chamava de tio sem ser, e o havia primeiro empregado como assistente por consideração, era na verdade o pai, que desconsiderando a amizade do amigo que era o pai até então, desgraçara a mãe na véspera da grande torrente de fim de março: desgraçando também o que o assumira como filho sem ser, pois para este primeiro segundo pai, era a glória maior participar do governo militar... A trama e as palavras desatinam a mente do caro Cézar, pois ele, em pouco tempo, por todas as palavras; ainda sem entender porque o pai iria ajudar o outro pai, que o traíra; teve de tornar o final legal para aquela estranha empreitada de fim de época... E a situação em alto mar do barco luxuoso é que trazia os dois lados de homens que não mereciam a menor consideração, pois faziam o que faziam, com pessoas que também mereciam, é verdade, mas sob a manutenção legal dele, Cézar, e isso o incomodava... Pois seus olhos brilham a falta e a infelicidade da mãe, como vira, como sentira; pois no final vira que mãe foi o que sempre teve, e pai, mesmo com dois, o Capitão e o Dr. Onório, nunca teve nenhum... Só vieram procurar nessa hora: o que a lei os protege deles mesmos e suas ações; como todos que assim vêem os advogados, no que lhes interessa. E agora, e o Cézar vê.
O apito que soa o som livre e contínuo informa que o mar aberto já se alcançou. Nem para um lado, nem para o outro, nem para frente, nem para trás do Santa Mar de Ouro pode-se ver alguma coisa além do mar negro pintado pelos reflexos das estrelas da noite no céu. De fora do salão, pela janela, Cézar vê o sinal do capitão como o gesto do final do brinde em honra do dono: tinha ele que fazer uma pequena visita aos aposentos dos rapazes briguentos de mais cedo. Um gesto afirmativo com a cabeça, e ele vai... Dentro, o capitão finalmente abaixa a taça de vinho ainda sem ter concluído seu discurso, e também sem tocar em nada.
- Agora que as senhoras e os senhores já degustaram suas deliciosas sobremesas, e todos estando a milhas distantes de seus advogados... - Risos se elaboram livremente em todos sem o verdadeiro entendimento sobre a proclamação do elegante capitão. Inclusive o Dr. Onório sente o riso lhe brotar, apesar de saber que o seu advogado estava a bordo, que era o seu filho, de natureza não de lei, o Cézar.
- ... Eu sugiro que todos retirem o papel que está dobrado junto aos cartões com seus respectivos nomes. - Na mesa, todos obedecem sem argumentar nada. Na simplicidade dos atos quem estava sendo dirigido ao longo de todo caminho para se tornar altamente sensível à sugestão de comportamento; como agora o era... O capitão sorri feliz ao olhar mãos de mentes frágeis desdobrarem papéis legais de ordens para transferências de bens. Era um fato de como os jovens ricos, ávidos por status, não suspeitariam de tal grande honra ser convidado para um cruzeiro no primeiro navio de luxo daquela terra tão pobre que era cidade do norte, pois somente eles próprios têm a riqueza, e não dividem com ninguém, em perfeita e sã consciências, mas agora...
- Agora eu digo para vocês assinarem nos locais indicados em cada um de seus papéis, com essa caneta que cada um tem disponível à sua frente. - A ordem era dada e seguida: rostos abobalhados de pessoas bem vestidas numa região de calor sempre intenso, somente pelo prazer de gastar com algo dito elegante. O rosto sorridente do capitão sabe que depois dessa viagem terão sorte e prazer ao poderem simplesmente comprar uma bermuda e uma camiseta numa loja qualquer de shopping, onde outra centena de pessoas também irá comprar... Cézar surge de volta na porta. Faz um sinal de OK para o capitão. Ele se senta lentamente, dizendo:
- Agora descansem as canetas e voltem às suas bebidas. - Sentado, ao seu lado vê o seu original parceiro no crime. O Dr. Onório está se vendo sem muito acreditar ou compreender o que está fazendo. Olhando para seu próprio punho e vendo a caneta descansada e o papel a sua frente.
- Assinou, Onório? - Pergunta, regozijante, o capitão de horas inteiras de discurso entusiasmado ao ser de sua vingança, e de entorpecimento dispendioso e demorado por sobre muito tempo de espera. Ele sorri satisfeito ao olhar a tola face do Dr. Onório ao ter confiado, depois de tanto tempo, tal sórdido plano de extorsão ao homem que a vida inteira só esperou o momento de apunhalá-lo pela sua traição com sua mulher. Onório quis fechar seus rombos com essa tal trama de poderosa capacidade e de legal aparência, e o foi ao revelar-se ao filho como verdadeiro pai... Pois não esperava este do seu capitão, justo agora, totalmente sem ação diante do problema.
- Você acabou de assinar, Onório, uma confissão de todos os crimes que você cometeu, e também que não cometeu; não importa... Meu filho... fez tudo legal, como o documento dos outros: você agora está pobre e também vai preso; assim que a gente voltar... - Enquanto seus dois pais entreolhavam suas vitórias e fracassos de passado e presente, Cézar tratou de recolher os outros documentos: todos ao portador: a qualquer um que reclamasse os bens do assinante, e que não eram poucos, em nenhum dos casos. Com os olhos atentos via o deslavar da alma do capitão sobre suas mágoas com o velho doutor: mais que lastimava a atitude dos dois, e via crescer os momentos em si.
Novamente ergue a taça o capitão. Desta vez sentado, olhando somente para o Dr. Onório:
- Finalmente, Onório... A sua total desgraça! - Com um agudo grau de apreciação o capitão toma a taça de vinho; enxergando não só o seu atual sucesso sobre o tramador de tudo aquilo, atuando contra ele próprio na própria trama, mas também seu rico futuro coletando todos aqueles bens dos jovens ricos e abobalhados ali presentes.
Bate a taça na mesa.
- Cézar... Pegou de todos?
- Peguei, pai.
- Por favor, agora vá lá na ponte e diga aos marinheiros para alterarem o curso de volta para a cidade.
- Claro, pai... - Cézar se vai sob o olhar orgulhoso do capitão.
- Viu só Onório... Pai é aquele que cria... Aquela sua chantagem de verdadeiro pai nunca funcionou... Principalmente porque eu contei pra ele que você nunca amou a mãe dele. Que só fez aquilo por prazer, e para me diminuir. - O Dr. Onório olhava com a mesma expressão de todos os presentes e entorpecidos; com a visão presa numa eterna lentidão e apatia: como nos segundos do tempo se tornando nas horas do capitão traidor a sua frente. O definitivo foram tais palavras, pois como sempre capaz de ironizar, mesmo lento... as vozes vieram:
- Você nunca precisou ser diminuído. Sempre foi pequeno por si só! - E liberou-se a rir da própria desgraça e da capacidade que tinha de fazer pouco daquele marinheiro fajuta, com aquele uniforme de mentira, e posto mais falso que sua capacidade como homem...
- Aposto que sua mulher te falava do... BOTICÃO... Ha, ha...- Quase se engasgando de rir. Os outros também começaram a rir, simplesmente porque um ria, sugestionáveis. E os risos cresceram na cabeça do capitão, que tinha na mesma sob o galopar rítmico das risadas a palavra "pequeno"... - "Sempre foi pequeno por si só." "...pequeno por si só." "...pequeno por si só." E o capitão estava realmente pequeno por si só; pois como não era antes, todos passaram a ficar grandes: o Onório ao seu lado, as pessoas; as coisas também, e as risadas, e a mesa, e todo salão; e como bem sabia que o primeiro passo é a ilusão... também via o copo de vinho que bebera crescer, e ele diminuir... e tudo mais as claras assumir o que tinha acontecido. E fora seu último ímpeto, sentindo como se a voz também diminuísse...
- Cézar... Nãoooo!
Na ponte.
- Isso mesmo. O capitão quer que mantenham o curso por águas internacionais... E não se importem com a festa... - Desce de volta ao convés e já apanha a maleta com os documentos. Não mais precisará ter de acreditar num pai ou no outro: o tramador traidor ou o traidor tramador: ambos agora serão apenas irmãos do crime, juntos e se odiando, mas sem ter nada para tirar um do outro: como deveria ser em gente sem coração; como todos esses presentes nesse barco, com exceção dos marinheiros, que com vaidade apenas, agora nada terão... Cézar sobe na lancha de resgate; cuidadoso e sem remorso faz ela descer até a borda da água. O movimento faz o vento soprar... Aperta o botão de desatracação. O choque da lancha com a água sacode a visão de Cézar no navio se afastando... Lentamente o mar se acalma da esteira do navio, a lancha vai se aprumando, e o Cézar vai fazendo seu último lamento:
- Adeus, meus pais. Espero que esse meu castigo não seja tão duro quanto o de vocês próprios no futuro. E a todos esses que com vocês estão quando souberem de seus planos, mesmo pobres, ainda são muitos, e têm parentes... Quanto a mim só espero que aprendam... Doarei estes bens àqueles que realmente precisam. Antes mesmo de conseguirem voltar. E com um pouco desse resto desaparecerei: será uma pena não mais advogar; mas um sacrifício justo pelo uso que fiz. E distante me reapresentarei. - O ronco da potente lancha corta o silêncio do mar aberto. Navegando como sabe o filho do capitão, inicia sua viagem de volta a cidade: em poucas horas estará no porto. Vislumbra a noite no mar, e mais um pouco do afastamento do Santa Mar de Ouro... Mais além indo para o nascente, com o tempo e as horas em voga da prova dos incapazes em ser na vida algo mais que bonecos que obedecem tudo que lhe mandam fazer.
Adeus, capitão.
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FIM