CAMOCIM
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CAMOCIM NÃO É SÓ A PORTA DE ACESSO A JERICOACOARA. ELA TEM CHARME PRÓPRIO E LUGARES INÓSPITOS. PARA CHEGAR ATÉ ELES, SÓ EM LOMBO DE BURRO OU EM CARROS COM TRAÇÃO 4X4
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Reportagem do Correio Braziliense de 17/09/03
POLÍTICAS PÚBLICAS
VARIEDADES
Seria um daqueles lugares que chamamos de vila de pescadores, com todo o charme que a expressão traz, não fosse por um grande detalhe: Camocim tem quase 55 mil habitantes, o que retira a cidade
da categoria. Mas a pesca é   verdadeiramente a principal atividade
do município, que fica a 370km de Fortaleza e quase vizinho de Jericoacara, uma das estrelas do litoral cearense.

Situada na foz do rio Coreaú e tendo o Atlântico como pano de fundo, o clima da pesca contamina Camocim. O pescado fresco é vendido no mercado municipal
ou no cais do porto, com seu espetáculo de sons e cores, por volta das 11h, quando dezenas de barcos voltam do mar com o convés e os compartimentos cheios.

Aos poucos, as embarcações atracam lado-a-lado e começa o burburinho
típico da atividade, entre entregas, vendas, pesagem e a limpeza das redes e embarcações, um enredo que acontece dia após dia.

Do outro lado do rio Coreaú, está a Ilha do Amor, acessível por barcos ou pela balsa, com pouco menos de 10 minutos de travessia.

Ali começa um paraíso que só vai terminar em Jericoacara, a cerca de 70 quilômetros. São dezenas de quilômetros de dunas e praias, quase como um grande deserto, que atravessa vegetação de mangue e cerrado, onde só é
possível trafegar de buggy ou automóveis com tração 4x4.

É um passeio único. Anda-se por dezenas de quilômetros sem encontrar praticamente ninguém. Apenas na companhia de dunas e do mar em praias desertas.

De vez em quando, surge na paisagem bandos de jegues selvagens, que vivem e procriam nas dunas e nos lagos de água doce.

Mais rara ainda é a aparição da solitária figura de um sertanejo, com sua montaria e balaios de mantimentos.


Deserto
Mas Camocim tem muito mais que o caminho que leva a Jericoacara.

Com quase 60km de litoral, no seu entorno estão praias deslumbrantes,
umas desertas e outras com poucas barracas, para a bendita água de coco. O caminho é sempre por estradas de chão ou por cima das dunas. A mais pró-
xima, que é a do Farol, fica a 9km e a mais distante é a de Curimã, bordada por coqueiros e uma pequena vila de pescadores.

No meio do caminho está a praia do Maceió, uma pequena comunidade, com uma orla digna de filmes com cenários do Caribe, se é que no Caribe existe algo
tão envolvente. As barracas do Maceió servem, entre outros petiscos,
o peixe pargo, uma iguaria das águas do Ceará, que custa R$ 16,00 e vem acompanhado de salada, baião de dois (um preparo com arroz e feijão) e farofa, para duas pessoas com fartura.

Para se aventurar pelas dunas ou caminhos de Camocim, é recomendável ir de buggy com motorista, que deve ser alugado junto a cooperativa local (evite sempre os clandestinos).

Apesar de toda rusticidade (ou talvez por isso mesmo), Camocim tem agora um grande empreendimento hoteleiro, o Boa Vista Resort, que não economiza no luxo e nas belas instalações.

Mas como toda cidade acolhedora, há também opções econômicas de hospedagem.