Pensando A vida passa, entre domingos aniversários e datas. Arranco melancolicamente as folhas do pequeno calendário. Penso na velhice, na solidão. O tempo não tem pena e cada um segue seu rumo. Exercito metodicamente músculos e cérebro. Temo a paralisia, a inanição. O que pára primeiro? As mãos que escrevem, a mente que cria? Preciso fazer poesia! Crio uma fórmula secreta: Quando morrer, serei fantasma, ficarei vagando nas bibliotecas misturado aos poemas. Andando pelos parques sentindo as flores, as cores. Serei espírito poeta. Ana Mello |