SOMBRAS É no domingo que eu me preocupo. Quando eu escuto os sons De uma segunda-feira prematura, Perdidos no fim de tarde. Eu vejo o que faço do meu dia. Minhas manhãs sonolentas. Minhas tardes longas. Minhas noites vazias. Pela janela o sol se esconde. Começa a aparecer um certo tom de escuridão Que se molda aos olhos e aos sorrisos Das pessoas que passam. É um novo rosto, para um novo dia. Para outros dias. Como se esse novo jeito, fosse mudar a vida. Fosse torná-la mais séria, pela segunda-feira Ou mais agitada por ser sexta-feira. Mas nem com a nova expressão, Pode mudar o coração. Tento sorrir. Ana Mello |
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