RACIOCÍNIO CONTRA A GUERRA Arjuna
disse: como poderei golpear meu avô, meu guru, e todos os outros parentes
- que são merecedores de meu respeito
– com flechas na batalha, Ó Krishna? (2.04) Arjuna possui um ponto válido. Na cultura
védica, gurus, o idoso, pessoas ilustres, e todos os outros superiores dever
se respeitados. Ninguém deve lutar ou nem mesmo brincar, ou dizer palavras de
forma sarcástica para com os seus superiores, mesmo se ele o ferir. Mas as
escrituras também dizem que qualquer um que esteja engajado em atividades
abomináveis, ou apoiando o pecado contra seus semelhantes, está longe de ser
respeitado, devendo ser punido. Realmente, será melhor viver de esmolas neste mundo do que
matar estas nobres personalidades, porque por matá-los Eu obterei riquezas e
prazeres manchados com seus sangues. (2.05) Nós
não conhecemos qual alternativa – lutar ou abandonar – é melhor para nós.
Além disto, nós não sabemos se nós iremos conquistá-los ou se eles irão
conquistar-nos. Nós nem mesmo desejaremos viver após matar nossos primos que
estão diante de nós. (2.06) Arjuna está incapaz de decidir
o que fazer. Diz-se que a experiente orientação de um guru, o conselheiro
espiritual, deve ser procurada durante um momento de crise ou submeter-se as
perplexidades da vida. Arjuna, agora, pede para Krishna por direção: Meus sentidos confundem-se pela fraqueza da piedade, e
minha mente está confusa sobre a obrigação (Dharma). Por favor, diga-me o que
é melhor para mim. Eu sou Seu discípulo, e abrigo-me em Você. (2.07) NOTA: “Dharma” pode ser definido como o governo da
lei eterna, sustentando, e suportando a criação e a ordem no mundo. Ele é o
eterno relacionamento entre o criador e Suas criaturas. Ele também significa
o caminho da vida, doutrina, princípio, dever prescrito, retidão, reta ação,
integridade, conduta ideal, hábito, virtude, natureza, qualidade essencial,
mandamentos, princípios morais, verdade espiritual, espiritualidade, valores
espirituais, e uma função dentro da ordem das escrituras ou da religião. Eu não percebo que o ganho de um incomparável e próspero reino
por sobre esta Terra, ou mesmo por sobre a nobreza de todos os controladores
celestiais, removerão a aflição que está esgotando os meus sentidos. (2.08) Sanjaya disse: Ó rei, após ter falado deste jeito para o
Senhor Krishna, o poderoso Arjuna disse: “Eu não irei lutar!”, e ficou em
silêncio. (2.09) Ó rei, o Senhor Krishna, como se sorrisse, falou as seguintes palavras para o angustiado Arjuna no meio dos dois exércitos. (2.10) |