OS ENSINAMENTOS DO GITA INICIAM COM O VERDADEIRO CONHECIMENTO DO SER E
DO CORPO FÍSICO O
Senhor Krishna disse: dizendo sábias palavras, “Seu lamento por aqueles não
merece o seu pesar. O sábio nunca se lamenta nem pelos vivos e nem pelos
mortos”. (2.11) As
pessoas se encontram e se despedem deste mundo como duas peças de madeira
flutuando rio abaixo, reunindo-se e se separando uma das outras (MB
12.174.15). O sábio que conhece que o corpo é mortal e que o espírito é
imortal não tem nada do que se lamentar (KaU 2.22). NOTA:
O Ser (ou Atma) é também chamado alma ou consciência, e é a origem da vida e
o poder cósmico por detrás do complexo corpo-mente. Do mesmo modo como um
corpo existe no espaço, similarmente, nossos pensamentos, intelecto, emoções,
e psique, existem no Ser, o espaço da consciência. O Ser não pode ser
percebido por nossos sentidos físicos porque o Ser está além do domínio dos
sentidos. Os sentidos foram desenvolvidos para a compreensão dos objetos
físicos. A
palavra “Atma” foi usada também no
“Gita” para, o ser inferior (corpo, mente e sentidos), psique, intelecto,
alma, espírito, sentidos sutis, si mesmo, ego, coração, seres humanos, Ser
Eterno (Brahman), Verdade Absoluta, alma individual, e super-alma, ou o
Supremo Ser, dependendo do contexto. Nunca houve um tempo que todos estes
monarcas, você, ou Eu não tenhamos existido, e nem deixaremos de existir no
futuro. (2.12) Da mesma forma que a alma adquire um corpo na
infância, um corpo na juventude, e um corpo na velhice, durante a sua vida,
similarmente, a alma adquire outro corpo após a morte. Isso não deveria
iludir um sábio (2.13 – veja também o verso 15.08) Os contatos dos sentidos com os objetos dos sentidos causam os sentimentos de calor e frio, dor e
prazer. Eles são transitórios e impermanentes. Portanto, deve-se carregá-los
corajosamente. (2.14) Porque uma pessoa tranqüila – que não se
aflige por estes objetos dos sentidos e mantém-se firme na dor e no prazer –
torna-se adequada para a salvação. (2.15) Nada pode ferir alguém se
a mente for treinada para resistir o impulso do par de opostos – alegria e tristeza;
prazer e dor; perda e ganho. O mundo fenomênico não pode existir sem o par de opostos. Bem e mal, dor e prazer
sempre irão existir. O universo é um playground designado por Deus para as
entidades vivas. Ele escolhe dois para jogar um jogo. O jogo não pode
continuar se os pares de opostos forem totalmente eliminados. Alguém pode
sentir alegria antes, mas conhecerá a tristeza depois. Ambas as experiências,
positiva e negativa, são necessárias para o nosso crescimento espiritual. A cessação da dor traz o prazer, e a
cessação do prazer resulta em dor.
Deste modo, a dor nasce do útero do prazer. A paz nasce do útero da
guerra. A tristeza existe por causa da existência do desejo de felicidade.
Quando o desejo de felicidade desaparece, desaparece a tristeza. Tristeza e
somente o prelúdio para a felicidade e vice e versa. Mesmo a alegria de ir para o Paraíso é
seguida pela tristeza de retornar para a Terra; portanto, os objetos
materiais não devem ser a meta da vida humana. Se alguém escolhe o prazer material
é como abandonar o néctar escolhendo o veneno. A mudança é uma lei da natureza – mudança do verão para o inverno, da primavera para o outono, da luz da Luz cheira para a escuridão da Lua nova. Nenhuma dor ou prazer duram para sempre. O prazer vai em busca da dor, e a dor é seguida de novo pelo prazer. Refletindo sobre isto, aprende-se a tolerar os golpes do tempo com paciência, e não apenas se aprende a sofrer, mas também a esperar, a receber, e alegrar-se com ambos, alegria bem como as tristezas da vida. Semeando a semente da esperança no solo da tristeza. Procure seu caminho na escuridão da noite da adversidade com a tocha das escrituras e a fé em Deus. Ali não será oportuno se não existir problemas. Einstein disse: a oportunidade descansa no meio das dificuldades. |