TODOS OS TRABALHOS SÃO TRABALHOS DA NATUREZA As forças da natureza fazem todo o trabalho,
mas devido a ilusão uma pessoa ignorante supõem-se a si mesma como executora.
(3.27; veja também 5.09; 13.29 e 14.19) Indiretamente, Deus é o executor de tudo. O
poder e a vontade de Deus fazem tudo. Ninguém está livre, mesmo para matar a
si próprio. Não se pode sentir a presença de Deus como sentimento o tempo
todo de “Eu sou o executor” (a causa da ação). Se se concretiza que não somos
causadores de nenhuma ação – pela graça de Deus – mas, que somos apenas
instrumentos, tornamo-nos livres. Um cativeiro kármico é criado se nós nos
consideramos nós mesmos os executores e desfrutadores. O mesmo trabalho que é
feito por um mestre realizado e uma pessoa comum produz resultados
diferentes. O trabalho que é realizado por um mestre auto-realizado torna-se
espiritualizado e não produz cativeiro kármico, porque uma pessoa
auto-realizada não considera a si mesma o executor ou o desfrutador. O
trabalho que é feito por uma pessoa comum produz cativeiro kármico. Aquele
que conhece a verdade sobre as regras das forças da natureza, em receber o
trabalho feito, não se torna apegado ao trabalho. Tal pessoa percebe que isso
se deve às forças da natureza, adquiridas pelo trabalho dele, pelo uso dos
seus órgãos e instrumentos. (3.28) Aqueles
que estão iludidos pelo poder ilusório (Maya) da natureza, tornam-se apegados
ao trabalho, feito pelas forças da natureza. O sábio não de perturba, como a
mente do ignorante cujo conhecimento é imperfeito. (3.29) A pessoa esclarecida não tenta dissuadir ou
difamar uma pessoa ignorante da realização das ações egoístas, feita por ele,
iludido pelas forças da natureza; porque o fazer o trabalho – e não a
renúncia do trabalho no estágio inicial – no final das contas irá conduzi-los
a entender a verdade de que ´nós não somos os executores’, mas apenas
instrumentos divinos. O trabalhar com apego, também, possui um lugar no
desenvolvimento da sociedade e na vida da pessoa comum. As pessoas podem
facilmente transcender os desejos egoístas por um trabalho por uma nobre meta
a sua escolha. Faças as suas obrigações prescritas,
dedicando todo o trabalho para Deus num estado espiritual da mente, livre do
desejo, apego e tristeza mental. (3.30) Aqueles
que sempre praticam este ensinamento
Meu – com fé e livres de críticas - tornam-se livre do cativeiro do Karma.
Mas aqueles que encontram defeito nestes ensinamentos, e que não praticam
isto, são considerados ignorantes, confusos e estúpidos. (3.31-32) Todos
os seres seguem sua natureza. Mesmo o sábio atua de acordo com a sua própria
natureza. Se nós somos a garantia de nossa natureza, qual, então, é o mérito
do sentido da contenção? (3.33) Enquanto nós não conseguimos e não suprimimos nossas natureza, nos não devemos nos tornar vítimas, mas especialmente controladores e mestres dos sentidos, pela faculdade descriminativa da vida humana para aprimoramento gradual. A maior via de controle dos sentidos é o engajar de todos os nossos sentidos no serviço a Deus. |