O MAIOR OBSTÁCULO NO CAMINHO DA PERFEIÇÃO O apegos
e aversões pelos objetos dos sentidos permanecem nos sentidos. Não se deve
ficar sobre o controle destes dois, porque eles são os dois maiores
obstáculos, sem dúvida, de alguém no caminho da auto-realização. (3.34) “Apegos”
podem ser definidos como um forte desejo para experimentar os prazeres
sensuais repetidamente. “Aversão”, é uma forte antipatia pelo que é
desagradável. O caminho da paz da mente, conforto e felicidade, é a base de
todo o esforço humano, incluindo a aquisição e propagação do conhecimento.
Desejo – como qualquer outro poder dado pelo Senhor – não é o problema. Nós
podemos ter desejos com o estado de espírito adequado que nos dará o controle
sobre os apegos e aversões. Se nós podemos controlar nossos desejos a maioria
das coisas que possuímos tornam-se dispensáveis; nada mais do que o
essencial. Com uma atitude correta nós podemos obter o controle sobre todos
nossos apegos e aversões. A única coisa necessária é ter um estado de
espírito que torne mais coisas sem necessidade. Aqueles que possuem
conhecimento, desapego e devoção, não possuem qualquer gosto ou desgosto por
qualquer objeto mundano, pessoa, lugar, ou trabalho. Gostos e desgostos
pessoais perturbam a tranqüilidade da mente e tornam-se obstáculos no caminho
do progresso espiritual. Deve-se
atuar com o sentimento de responsabilidade sem ser governado pelo gosto e
desgosto pessoal. O serviço sem egoísmo é a única austeridade e penitência
nesta era, pelo qual qualquer um pode alcançar Deus enquanto vive e trabalha
na sociedade moderna, sem a necessidade de ir para montanhas e florestas. Todos
se beneficiam se o trabalho é feito para o Senhor, do mesmo modo como todas
as partes de uma árvore recebem água quando ela é colocada nas raízes, no
local onde ela vive. Apegos e aversões são destruídos numa pessoa nobre, no
princípio do autoconhecimento e desapego. Os amores e desafetos pessoais
(gostos e desgostos) são os dois maiores obstáculos no caminho da perfeição.
Aquele que há conquistado os apegos e as aversões torna-se uma pessoa livre,
e alcança a salvação, por fazer suas obrigações naturais, conforme abaixo: O trabalho natural inferior é melhor que o
trabalho superior não natural. Mesmo a morte na realização da obrigação
(natural) é proveitosa. Trabalho não natural produz elevada tensão. (3.35 –
veja também 18.47) Aquele que realiza a sua obrigação ordenado pela natureza (própria) é liberado dos laços do Karma e lentamente eleva-se do plano mundano (BP 7.11.32). Aquele que assume uma responsabilidade de um trabalho que não foi prescrito para ele certamente é um convite para o fracasso. Deve-se envolver no trabalho melhor adaptado para a própria natureza ou tendências inatas. Não há ocupação perfeita. Cada ocupação neste mundo possui alguma falha. Devemos nos manter independentes da preocupação sobre as falhas das obrigações na vida. Deve-se cuidadosamente estudar a natureza pessoal para determinar uma ocupação apropriada. O trabalho conforme a própria natureza não produz tensão e é feito criativamente. O caminhar árduo, voluntariamente, feito contra as tendências naturais de cada um não é somente mais estressante mas, também, menos produtivo, e ele não fornece a oportunidade e tempo livre para o crescimento e desenvolvimento espiritual. Por outro lado, se alguém segue o caminho fácil ou o caminho representativo, não será capaz de ganhar o suficiente para satisfazer as necessidades básicas da (família) vida. Portanto, leve uma vida simples, pela limitação luxuriosa desnecessária, e desenvolva um hobby do serviço desapegado para equilibrar a balança material e espiritual necessário na vida. |