VOLTANDO no tempo, vamos encontrar a pequena Caetité do começo do século XX envolvida em muitas incertezas políticas, refletindo um cenário nacional e estadual. A cidade, que fizera, poucos anos antes, o primeiro Governador eleito, o Dr. Joaquim Manoel Rodrigues Lima, tivera sua primeira Escola Normal fechada por perseguições políticas. Mesmo assim, o espírito empreendedor acolhia pessoas como o Dr. Deocleciano Teixeira, o Mons. Bastos, e outros, homens que não tremiam ante as autoridades de fora, muito menos temiam desafios. Dr. Aristides Spínola, Presidente da Federação Espírita Brasileira, em 24 de dezembro de 1905 funda o Centro Psychico de Caetité; dez anos mais tarde, por intercessão do Mons. Bastos, é criada a Diocese. Este último fato deu nova importância à cidade: uma autoridade eclesiástica no alto sertão era mesmo uma dignidade que Caetité honraria, e a sobrelevou inda mais sobre as cidades vizinhas. Dentro deste quadro bastante ligeiro, cumpre assinalar, nada mais natural que os munícipes se imbuíssem do mais elevado sentimento de orgulho. É o que nos fala, deste período, o escritor Flávio Neves - um dos memorialistas da terra. A iniciativa, assim, de criar-se uma Companhia de Luz era mesmo reflexo de uma gente diferente e grandiosa: O CAETITEENSE. |