Carlos Donizeti Poemas e Poesias | ||||||||||||||||
Talvez haja tempo... Talvez haja tempo, para mim consertar Minha vida, família, meu casamento. Talvez a vida me de tempo, para mim Respirar, agraciar, recomeçar, mudar de vida. Talvez haja tempo, para mim voltar para casa Pagar as contas, terminar os estudos, acabar a casa. Talvez haja tempo para reencontrar meu verdadeiro amor, Criar os filhos, pintar a cara e por a fantasia. Talvez haja tempo, visitar as praias de Salvador, Caminhar no calçadão de Copacabana ou Recife Tomar água de coco, olhando para o mar Ver as crianças brincar, e ver o pôr-do-sol Ver as lindas borboletas de flores em flores Deitar numa rede a beira mar, visitar Jerusalém Andar na via dolorosa, ou subir o Monte Sinai Talvez haja tempo, talvez o tempo me de tempo. Mamãe rosto malhado (dedicatória) Este rosto malhado, corado com a mais pura singeleza Rosto de coragem para enfrentar a vida com rosas ou espinhos Meigo, puro, modesto, de respeito e simplicidade Cabelos grisalhos a fios de ouro, isso me veste de dignidade Mamãe, mamãe, mamãe, mamãe Quanto brilho, quão intensamente teu amor e dedicação Flor dedicada do mais fino bálsamo Rosto adornado das orquestras dos anjos celestiais Mamãe, mamãe, mamãe, mamãe Deixe-me tocar teu lindo rosto, como meus lábios De mais pura gratidão, amor, e agradecer-te Que neste teu dia de luz, nunca se apague jamais Mamãe, mamãe, mamãe, mamãe Nome que me escuta e atende Quero alegrar-te com minha vida honesta Sou tua raiz, semente, e teu fruto Não temas mamãe, Jesus e todos os anjos Te abençoará com as mais carinhosas bênçãos Eu sou o artista Eu pintei a minha vida A força da cor negra, eu a destilei numa delicadíssima nata de noite Para me dar o merecido descanso noturno O vermelho que me seguia, esperei, pacientemente. E os converti em lindos botões de rosas para enfeitar meus passos O azul que eram as noites vazias, as recheei de as mais lindas estrelas Num cordão para consolidar os meus passos numa linda serenata de luz No mar de alegrias o azul esverdeou num oceano de esperança afeição, palavras doces de muito amor Acordei para a vida numa camada de luz, clara e nítida Que me diz: Anda filho meu, sou contigo, e não te desamparo Luz que ilumina meu coração, e não me abandona Não me deixa só, abraça-me e me faz próspero Lagrimas que escorriam o meu rosto, foram enxugadas, Sou feliz, a dor não poderá me ferir mais, Ingratidão, desprezo, abandono fugiram de minha presença Pois eu, sou o artesão, que pinta a minha vida Pois eu sou o autor, que traduz em luz o poder da criaçã o. Não estou só... Não estou só... Ou perdido na estrada Sei que embora eu não veja ninguém Ainda posso ouvir as vozes, e senti a alma Não estou confuso... Esquecido de sonhar Existe uma luz, e não esta no fim do túnel Ela está dentro de mim Não estou desamparado... Tem alguém que me ama Embora o mundo seja cruel Ele continua fiel... Não estou esquecido... Da vida, da esperança Felicidade eterna Ela renasce em mim, alimentado minha alma Tuas fragrâncias Rosas tão delicadas, Perfumes tão servis, Meu coração debruça, Em teus seios em pétalas, sentindo o Aliviar em tuas fragrâncias, Como pode evento tão Formoso, soltar tantos bálsamos E ter muitos espinhos, Ferindo a quem desejar o bem... Embriagado pelo seu manto, De glamour, poder e beleza, Prende-me aos teus encantos, Apaziguando o meu coração, Nesta canção de ninar, Neste aroma de repousar, Soltas tuas dormências, E não me deixa partir Êxtase da imaginação Vamos voar juntos na imaginação, Ser levados para novas margens, Nesta noite cheia de fascínio, Nós poderíamos no oceano do tempo, Contar juntos as estrelas, Ao som do lago, que reflete teus olhos, Cheios de luz e alegria, Onde me perderia em sua presença, Improvisando renascer novos sonhos, Quando o mar rugia, e quebrava nas rochas, Trazia pétalas e botões brancos de rosas, Jogadas pelo vento, aos teus pés adorando-te, Ficava eu calado diante de tanta beleza, Nestas orgias de feitio advêm as certezas, De sonhar com a tua presença, Já satisfaz este humilde coração, Sonhando e esperado tornar-se realidade. Brasil terra amada Pedaço de terra querida Que me chama constantemente Trazendo uma solidão perene Brasil querido quero viver na tua luz Quem viveu aqui e hoje vive longe de ti Há de suspirar e chorar em silêncio Mentir e cantar musícas tristes E ser obrigado a confessar que é infeliz Nos seus dias não haverá pôr-do-sol Cantarolar de pássaros ou o vôo das andorinha-de-bando Não haverá jovens ou namoros nas praças Só o caminhar sozinho desconsolado Brasil que amo, suporto e sofro por ti Quero-te, desejo tua luz teu aconchego Aqui onde estou não sou feliz, enquanto estou longe de ti Peço-te perdoa-me minha partida e tenhas penas de mim Deixes-me senti o cheiro do mar e das alvoradas O calor dos beijos da mulher amada Sei que, filho ingrato não morre satisfeito Tem solidão da alma e magoa no peito De desprezar a terra amada e mãe querida Prisioneiros das ausências A carroça é velha, puxada por dois cavalos magros, a estrada é cheia de perigos e buracos. Carrega a maioria velhos doentes e esquecidos, indo sem uma direção, solvendo o vento, frio e relento. Há gritos sem respostas, queixas sem consolos ranger de dentes, aflição e desesperos. Não á ecos, só umidades e corrimentos camas frias, roupas encharcadas. Os espelhos refletem a luz vazia As janelas são fechadas, não a visitas, diz o confere As panelas estão vazias, nem vigário ou ministro andam no pisar dos estreitos. O mofo, lodo, fetidez tem o passos presos na cerne dos desejos da carne. A estrada é larga e o caminho é curto o fim não tem começo. Coisa que quero bem Vida minha, coisa encantada, que residi neste meu sagrado corpo. Músicas de vaga-lumes, farol, bússola , ar que suspira, sopro de coisas boas. Cheia de artefatos para o bem. Nas manhãs quando o sol irradia suas pétalas de rosas, minha vida irradia luz. Assegurando e mostrando, a existência do poder supremo. Vida regrada, limpa, polida com amor cheia de ternura, no silêncio peço a paz. Pés firme fincados na rocha eterna. Alma conectada nutrindo o nana celestial e dando sombra aos que anseiam pela tranqüilidade. Já estou preparado, da morte não tenho medo. Meu caminhar é limpo, estou estável neste portal santo Quando terminar a jornada receberei a coroa de vencedor, das mãos de nosso Senhor por ter vivido em paz e com amor. Castelos de areia Eu pensei que seria assim, a mesa farta, roupas novas e muita paz, Uma casa linda, carro na garagem, dinheiro no banco Muito apego, afeição, afeto, Atenção, carinhos tudo só pra mim Pensei que haveria um tapete vermelho estendido para quando eu passasse. E meus pés ali eu pisasse num encanto Tudo transformasse numa clara toada de luz. Pensei que cantarias uma linda canção pra mim, nas noites eu seria coberto com calor de seus beijos. No amanhecer quando a lua se recolhesse E o sol nascesse flores cairiam aos meus pés. Pensei que jamais escorreria neste meu lindo rosto uma única lagrima, ou soluçasse de espera e dor por simples palavras de carinho e amor. Que as rugas, calvícies e varizes não me alcançariam pensei, tanto pensei, que me enganei. Quando vierem Quando eu mostrar o meu rosto, Cansado, maltratado pelo tempo, Mas que carrega aquela nobreza, Envolvido num brilho de luz, Quando virem minhas mãos, Tarimbadas pelos serviços pesados, e virem meus documentos Dirão ele não serve, não é o Homem que procuramos, Quando conhecerem a minha vida, Pacata, honesta, sem novidades, Ou vierem no meu solo sagrado, Meu lar, minha fé, minha família Fruto das mãos Supremas. Talvez observarão como me sinto, Diante de tanto benefício, como sou amado, Respeitado e vivendo assim, Tendo ao meu lado minha sócia, Alma gêmea que é tudo pra mim. Creio em Ti, Oh Deus, O Pai Quando as águas quebram nas rochas, E depois chegam mansinhas nas praias, No alvorecer os pássaros procuram seus ninhos Nas grandes arvores, eu procuro o calor da tua presença, Creio em Ti, Oh Deus, o Pai, Quando vem o borrão da noite, logo De manhã uma fina e clara luz, No calor do sol que queima, gentilmente Faz desabrochar uma linda flor, Creio em Ti, Oh Deus, o Pai No meio dia quando as mortandades estão soltas, Haverá sempre disponível um guardião, Com uma espada afiada na mão Para proteger minha vida e o meu coração Creio em Ti, Oh Deus, o Pai No tocar do clarim, posto as trombetas Haverá corre corre no céu todos com seus instrumentos musicais entoando musicas e canções Dizendo vem filho meu: “alegra meu coração” Creio em Ti, Oh Deus, o Pai Es amiga dos amores destruídos Lua porque me expia pela janela E não olha onde deve estar aquela Que viveu em meus braços E hoje não sei onde andas Lua que assistiu compassivamente o meu destino Quieta, serena te peço deixe este poeta aliviar Vai a procura pelos becos e praças Tu sabes e não me diz, qual e minha sina Desocupa este sagrado céu Descobre-te deste véu Es pedaço de mau querer Porque me deixa perecer Desce de teus aposentos Vai-te ao relento ao sol mar e vento Traga-me quem foi embora E deixou-me a viver só de ressentimentos Pago o preço pela tua volta Neste imenso tapete de rosas douradas Vago nesta imensidão de luz Com olhos rasos de água A procura de um só fato recuperar a minha felicidade Enlouquecido neste aroma fétido Busco a sua procura, ansiando sua volta Nestes camarotes ouço sons imaginários Tudo aos insanos parece normal Dizem que o amor é alucinado, camuflado, e atinado. Digo mais É pecaminoso, porque faz sofrer, e maltrata Sei que neste caminho só resta duas mãos seguirei aquela que não me maltrata O orgulho eu perdi faz tempo A vergonha foi-se de infâmia Massacrado pelo dilema da vida Não quero partir, sem concluir Meu destino de amar sem acuar Sei que neste espaço em que ocupas Muitos não compreenderão a minha sina O modo que a vida nos norteia Mas eu, ti perdôo dou-te meu amor apostando com isso reaver o que perdi Adão no paraíso Vivia eu, num jardim encantado, cercado de rosas e belos jasmins. Aonde as lindas borboletas vinham, acariciar todas as lindas flores, Os pássaros! Ah os pássaros, Vinha em grandes revoadas Acolher nos braços das luminosas E protetoras mães arvores. Quanta paz, quanta prosperidade, Tanto amor escrito em sublimes versos, alegrava minha grata e humilde alma. Todas as tarde eu recebia a Visita desejando-me tranqüilidade e um amor sem fim. No cobertor das noites, eu não tinha os medos. Minha vida era sonhos e valsas, a lua encantada de alegria vinha brincar e bailar comigo. Quando vinha o amanhecer a esperança preenchia o meu coração. Nenhuma gota de lagrima, sofrimento ou dor Somente uma cantiga, poesias e uma sinfonia de amor. |
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