Elizabeth Misciasci : Jurada

CONCURSO INTERNACIONAL DE POESIA LIVRE “SOL VERMELHO”

Prêmio CELITO MEDEIROS 2004





Diploma de jurado


Apresentação


Elizabeth Misciasci


Jornalista, Humanista, pesquisadora, escritora, empresária e Idealizadora do Projeto zaP!.

{Capricorniana- 39 anos}

* Elizabeth começou na TV, no início dos anos 80, como modelo.Atuava na T.V.S /SBT, onde trabalhou ao lado de grandes nomes, como secretária de palco e modelo.

* Foi garota propaganda, atuando em vários comerciais, principalmente para o Grupo Silvio Santos.
* Nos bastidores do SBT, veio o convite para um piloto de um disco e em parceria com outra secretária de palco (Telemoça), gravaram o primeiro disco com o nome artístico de Beth e Chris.

* Já seu segundo trabalho em disco, lançado pela Gravadora de Cláudio Macksoud foi retido pela até então atuante “Censura Federal”

* Em 1985, convidada para um teste na Mauricio de Sousa Produções, começou a trabalhar na empresa, fazendo voz caricata e viajando como produtora de elenco de shows da Turma da Mônica.

* Fez a co-produção da Trilha Sonora do longa metragem “Os trapalhões
No Rabo do cometa”e dali pra frente não parou mais de atuar com produção e promoção de eventos.
* Paralelamente, iniciaram suas pesquisas no universo da criminalidade, contando sempre com o apoio de autoridades da justiça brasileira.
* Ela explica o que a motivou a escrever o livro Presídio de Mulheres e em Breve Filhos do Crime:

“Na verdade, independente de existir toda uma história aonde Luciane foi vítima de um assalto com autoria conhecida e a acusada ser uma mulher, no momento em que fui depor pois era testemunha ocular do respectivo delito, nos deparamos com uma bonita jovem, muito jovem... que algemada e sendo conduzida por dois policiais muito me surpreendeu; isso fez com que eu tentasse entender pelo menos um pouco o que poderia ter levado aquela moça tão menina à deprimente situação. Não que fosse uma novidade para mim muito pelo contrário, porém, depois de saber quais as acusações que pesavam sobre ela e o extenso "D.V.C." ao qual aquela menina era a “incriminada”, quisemos saber mais, pois nunca havia visto algo parecido uma vez que a acusada de uma série de crimes "Bárbaros" era uma mulher de vinte e dois anos, que não aparentava 16. A idéia de escrever já era algo antigo embora muitos escritos e obras criei, perdi, rasguei, guardei, sem nunca ter qualquer intenção de publicação.

Em virtude de uma série de ocorridos e após atravessar uma fase muito complicada queria concretiza-la até por uma questão de ocupação, mas necessitava escrever algo que não fosse fictício ou meras lembranças. Como fui atuante na tentativa de reintegração de alguns menores infratores da Febem, (Uma Febem que aproximadamente até meados da década de 90, não era o que hoje se mostra...e mesmo não podendo expor pontos de vista pessoais, posso GARANTIR que esta instituição foi gerada para ser a "menina dos olhos" sociedade e tornou-se a "GRANDE FERIDA"...) criei fortes laços emocionais com aqueles meninos e acabei me vendo envolvida em diversas situações que nunca pensei um dia passar. Tudo o que vi, vivenciei e aprendi desde os motivos que levaram

aqueles menores para uma instituição educacional-punitiva, geradas numa infância extremamente problemática, severa, num meio social assombrado pela miséria, pelas drogas, pela total escassez de recursos, pela fome e pelas doenças com seqüelas irreversíveis apresentando-se em dois casos específicos a AIDS em fase terminal e final. Tive que aprender a lidar com a situação e aceitar a manifestação e todos os seus agravantes por ver aqueles meninos sem famílias, sem nenhuma perspectiva de futuro e pedindo para que a morte chegasse e logo os levasse... quis muito escrever sobre isso.

Porém, não achava que já poderia falar sobre as vidas que se reintegraram, nem tão pouco das que se foram muito cedo, mas poderia sim, falar de algumas mães...Mães de vários meninos, que por estarem de alguma forma enclausuradas permitiriam que eu pudesse entender ou passar adiante a falta que faz uma mãe e um lar." 

 

 

Poesias


Restos Mortais

Elizabeth Misciasci



Recobro os sentidos
condescendente,
pronta a me perdoar.
Retroceder, não mais!
Da incisão na alma, 
apenas cicatriz.
Remeira que fui, da vida que vai,
tomo a Proa num gesto articulado
comando a embarcação, 
não vou naufragar...
Suspiro profundo me faz revivificar
O tempo é relíquia
não posso parar.
De frente ao espelho,
pinto os lábios de vermelho
num festim licencioso
desperto o malicioso
colorindo com o rubro
as cinzas que desbotou.
Do ser imutável, nada restou.
Os restos mortais, o vento levou.

*************

Sem Rumo
Elizabeth Misciasci


Não se cala um coração 
quando a alma gritante pede licença 
pra ecoar sua razão. 
Feito flor em botão sentimento 
clama passagem num grito sussurrado, 
amargurado sem entonação. 
Renascer! Desabrochar! 
Da vida rasteira felicidade naufraga 
como se um turbilhão abalroar em lamento cantasse
o canto mais triste de dor 
onde a história se apaga. 
Saudade incompreende o que nunca existiu e se estende 
momentos sonhados se vão, tudo é fronteira e ilusão 
momentos são apenas momentos... 
perdão sem razão. 
Inconseqüente quero ser 
viver não mais por viver 
adormecer na saga de uma insana emoção 
acordar nos braços de uma intensa paixão 
dando adeus pra tristeza, 
nunca mais solidão! 
Quero que o tempo se perca no vento 
que eu me permita preceder, 
firmar compromisso 
com a felicidade 
precisão de me resgatar... 
sortir na busca do que quero 
com pressa de encontrar 
passear pela vida sem rumo 
nem hora pra retornar.

******************

Súplica
Elizabeth Misciasci

Tresloucada caminhei
Sem eira nem beira trilhei
passos incertos andei
miserável que fui... confessei.

Súplicas feitas de dor que roguei
lágrimas presas à face chorei
misericórdia foi tudo que tanto esperei
missão impossível.. agora eu sei!

O que um dia foi vida e tanto amei
ferida aberta não cicatrizei
Acalanto cantei mas não escutei!
Sonhos de vida por ti... seputei. 

http://www.informativoakkitemarte.com.br/ 

 

Os 20 nomes que compuseram a Banca de Jurados

Clique no mome do jurado para conhecer um pouco mais sobre ele.


Ana Cristina Legey
Ana Ferreira Trindade 
Angela Moura
António Tomé
Célia Lamounier
Ðrica Bevilaqua
Gilsa Araujo
Gustavo Dourado
Jurandir Argolo
Lêda Yara
Marisa Cajado
Regina Ribeiro
Solange Rech
Sonia Mello Macêdo
Sonia Rica Zagury
Terezinha Manczak
Yara Maria Nazaré
Elizabeth Misciasci
Idelmo
Luciene Makkario

 


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