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Oralidade

Por Daniela Scheifler

Antes da escrita, todo o saber era transmitido oralmente. Daí a importância da memória nas sociedades tradicionais[1], pois a memória humana era o único recurso de que essas culturas orais dispunham para armazenar e transmitir o conhecimento às futuras gerações. Nessas sociedades, os mais velhos eram considerados os mais sábios, uma vez que tinham acumulado mais conhecimentos, advindos da experiência. O ato de contar histórias remete a esse tempo em que o homem confia na sua memória e nas suas experiências, resgatando qualidades tão importantes ao desenvolvimento humano e afetivo. Mais ainda, a contação de histórias atua como um dispositivo para a aprendizagem de forma lúdica, que não é menos importante à vida de adultos e crianças do que outras formas de aprendizagem. Numa sociedade de imensa mecanização como a nossa, a contação de histórias faz refletir sobre qualidades esquecidas. A valorização do conhecimento transmitido pela oralidade recompõe o valor das experiências coletivas. Voltamos a uma saudável dialética entre sermos seres sociais e individuais, nos desenvolvendo enquanto “sujeitos” inseridos numa cultura.

 

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ZUMTHOR, PAUL. Introdução à poesia oral. São Paulo: Hucitec, 1997.

FERREIRA, Jerusa Pires. Oralidade em tempo e espaço. São Paulo: Educ, 1999.



[1] Conhecimento passado de geração a geração por meio da tradição.


 

 

"Quem conta um conto" é um projeto de extensão de

alunos e professores do Instituto de Letras da UFRGS