MATÉRIAS
SOBRE MEIO AMBIENTE EXTRAÍDAS DO SITE DA WWF
AÇÕES E RESULTADOS <TOPO>
Diálogo
produtivo
Entre as várias ações do programa, estão o diálogo com o setor produtivo e o Fórum Global sobre
Soja Responsável.
Em março de 2005, houve a 1ª Conferência do Fórum Global
sobre Soja Responsável (www.responsiblesoy.org), com cerca de 250 participantes
de diversas partes do mundo. Atores da cadeia produtiva de soja, agentes do
mercado, ONGs, movimentos sociais, representantes indígenas e do governo
estiveram reunidos em dois dias de debates, em plenário e em grupos de
trabalho, em Foz do Iguaçu. A idéia foi iniciar um processo de diálogo para
construção de confiança entre as partes e criação de uma estrutura com
governança para indicar caminhos para o desenvolvimento sustentável. Por
unanimidade, os participantes decidiram continuar o diálogo iniciado na
Conferência.
Atualmente o Programa Agricultura e Meio Ambiente está buscando magnificar as
experiências de sucesso da relação com o setor produtivo da soja, para outras
grandes culturas. O grande objetivo a longo prazo é a
transformação da agropecuária convencional em uma agropecuária “ecosocial”,
onde as estratégias socioambientais estejam inseridas no dia-a-dia do produtor.
O trabalho deve focar não somente os grandes produtores, mas também pequenos e
médios e ao mesmo tempo fomentar uma agricultura diferenciada, como
agrofloresta, agricultura alternativa e/ou orgânica.
Agricultura e Meio
Ambiente <TOPO>
Lavoura de soja em Goiás
© WWF Cannon Edward PARKER
Ameaça ou aliado?
Para cumprir a missão do WWF-Brasil, que é contribuir para
que a sociedade brasileira conserve a natureza, é imprescindível que se
trabalhe com o setor agropecuário. Ele pode se tornar a principal ameaça para a
conservação, ou o maior aliado.
Com a crescente demanda pelas commodities
agrícolas no mercado nacional e internacional, a expansão contínua da área de
cultivo nas Américas como um todo, especificamente no Brasil, sem uma
estratégia que inclua as questões socioambientais, está levando a uma
destruição de grande parte dos recursos naturais existentes.
Essa expansão, ao não considerar a perda dos recursos
naturais em sua contabilidade, tem gerado constantemente fortes impactos
negativos no meio ambiente, o que no futuro prejudicará também o próprio setor
agropecuário. Com essa visão, o WWF-Brasil criou seu Programa de Agricultura e
Meio Ambiente, que tem como objetivo principal “Fomentar o desenvolvimento de uma
agricultura que priorize a conservação do meio ambiente, valorize as questões
sociais e que seja economicamente viável”.
Agroextrativismo
<TOPO>
A extração de borracha é
freqüentemente aliada à agricultura no Norte do Brasil
© WWF-Canon / Juan PRATGINESTOS
Agricultura e extrativismo
caminhando juntos
O
agroextrativismo ocorre quando atividades como a agricultura, cultivo de
árvores frutíferas, pesca etc., combinam-se com atividades extrativistas
gerando o que se chama de conjunto de sistemas complexos de produção
agroextrativista.
Porém, a viabilidade econômica
dessas atividades depende muito das oportunidades de comercialização que variam
de acordo com cada cultura.
As políticas mais importantes para
isto são as de apoio (sobretudo assistência técnica, crédito para investimento,
beneficiamento e comercialização), a pesquisa de tecnologias de produção e
industrialização, ampliação da infra-estrutura e organização dos produtores.
Uma maneira de melhorar os sistemas agroextrativistas é adicionando valor por
meio do processamento local de produtos como o óleo de copaíba, o açaí e
buriti, a castanha-do-brasil etc.
Agrofloresta
<TOPO>
Código Florestal - Lei 4.771/65 Áreas
de preservação permanente - artigo 2º
© IAP/PR
A importância da mata ciliar
Mata ciliar é a
formação vegetal nas margens dos nos, córregos, lagos, represas e nascentes.
Também é conhecida como mata de
galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. Considerada pelo Código
Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas
funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a
largura dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes.
Toda a vegetação natural presente ao
longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve
ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata
ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água. A
figura acima mostra as dimensões das faixas de mata ciliar a serem conservadas
em relação à largura dos rios, lagos, represas e nascentes.
Critérios Basel
<TOPO>
Responsabilidade para comprar
Os critérios
Basel de Produção Responsável de Soja foram desenvolvidos pela COOP e a
iniciativa foi apoiada pela Rede WWF.
Atualmente a rede suíça de
supermercados Coop utiliza estes critérios para comprar soja e derivados. Os
mesmos critérios são utilizados pela certificadora CertId, que atua no Brasil.
Segundo o documento, os critérios
poderão ser usados com dois objetivos:
- Como uma ferramenta de gestão
interna para os produtores de soja, que desejarem avaliar sua gestão atual em
comparação aos critérios, como um meio de confirmar ou melhorar seu desempenho
econômico, ambiental e social.
- Como um mecanismo para garantir
aos compradores que os produtos de soja são originários de uma fonte de gestão
responsável. Quando usado deste modo, os critérios deverão ser aplicados à
produção de soja de uma fazenda em sua totalidade, e não apenas em alguns
campos ou lotes individuais em uma mesma fazenda.
Critérios Mínimos
<TOPO>
ONGs por uma soja melhor
Várias ONGs se
uniram e discutiram quais deveriam ser os critérios mínimos para ter uma soja
que não prejudicasse o meio ambiente e nem causasse danos sociais.
A Articulação Soja – Brasil realizou
um debate nacional entre ONGs e movimentos ambientais e sociais para determinar
critérios que devam ser atendidos na produção de soja. Seu resultado define a
pauta proposta para negociações entre nossas organizações e as do agronegócio
para adoção de critérios de compra em suas cadeias de fornecimento, de modo a
colocar essa produção em uma trajetória de menores impactos negativos
ambientais e sociais. Um pressuposto básico dessa proposta é que o agronegócio
irá assumir suas Responsabilidades
Sociais Empresariais.
O principal objetivo desse processo,
no curto prazo, é de reduzir o ímpeto do desmatamento que ora se verifica no
bioma Cerrado, e na sua faixa de transição para a Amazônia e Caatinga, bem como
em algumas áreas da própria Amazônia. Para isso, propõe-se que os compradores
só aceitem fornecedores que plantem em áreas legalmente abertas antes de
dezembro de 2003 (ou, para a Amazônia, antes de outubro de 1999) e que áreas já
desmatadas e abandonadas, ou com pastos degradados, sejam reconvertidas à
produção.
Critérios de médio
e longo prazos são indicados e necessitarão de maiores estudos e debates
para sua definição. Para isso, e também para implantar um sistema de
monitoramento que dê segurança aos compradores, propõe-se a
criação de um fundo composto por um pequeno percentual da comercialização
internacional da soja, a ser gerido de forma paritária.
Manejo Integrado de Pragas
<TOPO>
Controlando
pragas e cuidando do meio ambiente
O manejo
integrado de pragas e doenças é uma estratégia de controle múltiplo de infestações
que se fundamenta no controle ecológico e nos fatores de mortalidade naturais
procurando desenvolver táticas de controle que interfiram minimamente com esses
fatores com o objetivo de diminuir as chances dos insetos ou doenças de se
adaptarem a alguma prática defensiva em especial.
Quando bem empregada, a técnica do Manejo Integrado de
Pragas e Doenças (MIP) limita os efeitos potenciais prejudiciais dos pesticidas
químicos à saúde pública e ao ambiente natural.
O objetivo dessa estratégia não é o de eliminar os agentes, mas reduzir sua
população de modo a permitir que seus inimigos naturais permaneçam na plantação
agindo sobre suas presas favorecendo a volta do equilíbrio natural desfeito
pela plantação e pelo uso de defensivos agrícolas. Dessa forma, requer o
entendimento do sistema da plantação como um todo e o conhecimento das
interelações ecológicas entre os insetos agressores, seus
inimigos naturais e o ambiente onde está a plantação está inserida.
A decisão de tomada de uma ação contra a infestação de insetos e outros
agressores ou doenças requer o entendimento do nível de tolerância da plantação
sem refletir em perda econômica substancial. Para tanto, é necessário o
acompanhamento e a pesquisa na plantação para estimar o grau de abundância e severidade
da infestação. As táticas usuais recomendadas do Manejo Integrado de Pragas
são:
(I) Uso de sementes resistentes – Algumas variedades de plantas desenvolveram
mecanismos de defesa e se tornaram resistentes ou tolerantes, repelem ou se
tornam menos preferidas pelas infestações. As vantagens desta tática incluem a
facilidade de uso, compatibilidade com outras táticas de controle de pragas,
baixo custo e impacto cumulativo sobre a praga com mínimo impacto ambiental
negativo. Por outro lado, o desenvolvimento de variedades de soja tolerantes a
pragas requer tempo e investimentos consideráveis, e nem sempre as resistências
obtidas se tornam permanentes.
II) Controle através de práticas agrícolas - A adoção de certas práticas
agrícolas torna o plantio menos favorável às infestações. Exemplos incluem a
rotação de culturas, seleção de áreas de plantio, plantio de
culturas-armadilhas, e ajuste do plantio e colheita na época menos favorável às
infestações.
III) Controle físico e mecânico - O uso de barreiras físicas, como valas e
coberturas plásticas, dificulta a locomoção dos insetos para a plantação.
Outras técnicas apropriadas incluem o uso de armadilhas plásticas, fitas
adesivas, dentre outras.
IV) Biocontrole – Por biocontrole ou controle biológico entende-se o uso de
produtos químicos que ocorrem naturalmente ou de organismos benéficos para
prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de pragas e doenças nas plantações,
inclusive ervas daninhas. No caso dos organismos busca-se atrair ou introduzir na
plantação inimigos naturais da praga ou doença; podem ser usados insetos,
vírus, protozoários, fungos ou bactérias como predadores, parasitas, agentes
patogênicos; ou introduzir machos da espécie daninha esterilizados. Algumas
vantagens estão relacionadas com a redução de acidentes ambientais e segurança
pública provocados pelo uso de agrotóxicos, como alternativa econômica para
certos inseticidas, na prevenção de perdas econômicas de plantações, menor
impacto ambiental e na qualidade da água. Por outro lado, as principais
desvantagens estão relacionadas com a necessidade de melhor planejamento e
gestão intensiva da cultura, toma mais tempo, às vezes
os custos são superiores ao uso de defensivos agrícolas, requer paciência e
sistema de acompanhamento e registros, e educação e treinamento.
V) Controle químico – Sob a ótica do MIP, somente quando as táticas anteriores
se mostraram ineficazes para controlar a infestação na plantação então o uso de
defensivos agrícolas se torna justificável. Em muitas plantações,
principalmente a soja, inseticidas e herbicidas ainda
são os principais meios de controle de pragas e apresentam suas vantagens: são
relativamente baratos e fáceis de aplicar, transportar e são versáteis, pois
podem ser apresentados em diferentes formas, tais como, pós, aerossóis,
líquidos, granulados, iscas, e de liberação lenta. Inseticidas são
classificados por diferentes modos, mas prevalece o método do ingrediente
ativo, por exemplo, os organofosforados, os piretroides e outros. Há, também,
as categorias convencional e bioracional – na primeira, o espectro de ação do
pesticida é bastante amplo enquanto que na segunda prevalece a
especialização da ação, seja ela nos hábitos de alimentação como nos estágios
de vida da infestação. Em termos, a categoria de defensivos bioracionais é
menos agressiva. Novas tecnologias de aplicação nas chamadas agriculturas de
precisão, aliam a aplicação de defensivos e insumos necessários com alta
tecnologia de sensoriamento remoto e uso de GIS (Geographic Information System).
Figos orgânicos: mais saudável
© WWF-Canon / Diego M. GARCES
Sem
agrotóxicos, sem poluição dos rios
O termo orgânico
se refere à maneira como produtores cultivam e processam produtos agrícolas,
tais como frutas, verduras, cereais, laticínios e carnes.
As técnicas de produção orgânica são
destinadas a incentivar a conservação do solo e da água e reduzir a poluição.
Os agricultores que produzem alimentos convencionais utilizam os métodos comuns
para fertilizar, controlar pragas ou prevenir doenças.
A agricultura orgânica é um sistema
integrado de manejo que promove a manutenção da agrobiodiversidade e dos ciclos
biológicos, visando à sustentabilidade social,
ambiental e econômica da unidade de produção. O princípio básico desse sistema
é a conservação dos recursos naturais, sem o uso de fertilizantes sintéticos de
alta solubilidade, agrotóxicos, antibióticos e hormônios.
Ao se implantar um sistema orgânico de produção, devem ser observadas práticas
que vão desde o manejo adequado do solo até a integração da produção vegetal e
animal, passando pelo manejo correto da biodiversidade e respeito aos ciclos
naturais. O produtor que segue estas práticas, além de contribuir para a
conservação do meio ambiente, garante a obtenção do selo de certificação
necessário para comercializar seus produtos nos mercados interno e externo.
Plantio direto <TOPO>
Plantio
Direto
O Plantio Direto é a técnica de
semeadura na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração
ou gradagem leve niveladora) usando semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou
cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada
cobertura e contato da semente com o solo.
É importante frisar que no Plantio
Direto não se usa os implementos denominados de arado e grade
leve niveladora que são comuns na agricultura brasileira e no preparo do
solo antes da semeadura. Uma vez adotado o Plantio Direto, a técnica não deve
ser utilizada intercaladamente com arado, grade niveladora, grade aradora.
A manutenção de restos de culturas
como trigo, milho, aveia e milheto na superfície do solo é
fundamental para o sucesso do plantio direto, deixando grande parte coberta com
palha. Com o auxílio de um trator passa-se um rolo-faca ou uma roçadeira para
espalhar a palha seca.
Em seguida, com uma semeadora de
Plantio Direto, o terreno é semeado "rasgando-se" em linha a palha
que cobre o terreno e depositando a semente e adubo no pequeno sulco. Grande
parte do terreno fica coberta de palha (cobertura morta ou “mulch”) e protegida
da erosão, pois, se houver uma chuva forte, o impacto da gota da chuva será
amortecido pela palha antes de atingir a superfície do solo. O sistema permite
o cumprimento do calendário agrícola, validando as recomendações do zoneamento
e sendo um atrativo para as seguradoras, viabilizando a atividade agrícola.
Meio Ambiente
O Plantio Direto é a mais importante ação ambiental brasileira em atendimento
às recomendações da conferência da Organização das Nações Unidas (Eco-92) e da
Agenda 21 brasileira, indo ao encontro do que foi acordado na assinatura do
Protocolo Verde.
Em algumas regiões do Brasil o
plantio direto é conhecido há muito tempo, desde o início dos anos 1970, quando
chegou ao país pela Região Sul. Desde então, a adoção por parte dos
agricultores tem sido cada vez mais crescente, chegando ao Cerrado. Hoje, a área
agrícola sob Plantio Direto no Brasil é de aproximadamente 9 milhões de
hectares.
Porém não é somente pelos benefícios
ao meio ambiente que muitos agricultores que plantam milho, soja, trigo, feijão
e arroz estão adotando o Plantio Direto. Há uma série de outras vantagens como:
• Melhor retenção de umidade havendo
maiores rendimentos em anos secos.
• Não ocorrência de erosão e, portanto, não há necessidade de replantio, que
implica em novo preparo de solo com conseqüente maior gasto de combustível,
sementes e adubos. Isto levará a um aumento considerável nos custos de produção
e não livrará o agricultor de fracasso na safra devido ao plantio fora de
época.
• Mais tempo para semear (enquanto
no Plantio Convencional é possível semear 3 a 6 dias após uma chuva forte, no
Plantio Direto é possível semear 6 a 12 dias após uma chuva)
• Aproveitamento de melhores épocas
de plantio e no plantio de maior área no mesmo espaço de tempo, principalmente
quando ocorrem chuvas esparsas.
Custo
A curto prazo (quatro anos), o plantio direto tem
maior custo porque o investimento em herbicidas pode superar a economia obtida
pelo menor consumo de combustíveis e uso de horas-máquina.
Entretanto, grande
parte dos estudos comparativos não consideram fatores que poderiam reverter
esse quadro. Por exemplo, no Plantio Convencional, normalmente há operações de
replantio em que são necessários novo preparo de solo, gastos
com combustíveis, sementes, adubos, além da perda de produção devido ao plantio
fora da época.
Com o passar dos anos, o Plantio
Direto tende a diminuir o consumo de herbicida, principalmente se for combinado
com a rotação de culturas. Já no Plantio Convencional, o consumo se mantém
sempre o mesmo, exceto quando há replantio, que, nesse caso, pode aumentar o consumo.
Reserva Legal <TOPO>
Conservar é lei
Reserva legal é a
área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, que não seja a
de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais,
à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da
biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.
Ela varia de acordo com o bioma
e o tamanho da propriedade e pode ser:
I – 80% da propriedade rural localizada na Amazônia Legal;
II – 35% da propriedade rural localizada no bioma cerrado
dentro dos estados que compõem a Amazonia Legal
III- 20% nas propriedades rurais localizadas nas demais
regiões do país.
Rotação de Culturas <TOPO>
Melhor produção com conservação
A rotação de
culturas implica em introduzir a adubação verde no inverno ou verão,
intercalada com o plantio da cultura principal, visando formar palha ou
cobertura morta, que é uma grande arma contra o desencadeamento da erosão e
favorece a retenção de água no solo por mais tempo.
Uma cobertura espessa de palha (2-3
cm) também oferece auxílio no controle da infestação de plantas daninhas,
através do impedimento da passagem da luz impossibilitando a germinação de
sementes de plantas daninhas (ex. palha de aveia impede a germinação de
picão-branco e serralha).
Os adubos verdes eficientes na
formação de palha são, por exemplo, as gramíneas como aveia (Região Sul) e
milheto (Região Centro-Oeste). Outra função do adubo verde é poder propiciar
economia na adubação nitrogenada. Por exemplo, as leguminosas como tremoço
(Região Sul) e crotalária (Região Centro-Oeste) antecedendo a principal cultura
(ex. milho) podem proporcionar um melhor aproveitamento do nitrogênio pelo
milho.
Organização territorial
Todos saem
ganhando quando a comunidade organiza o território e faz um bom planejamento de
como a terra será utilizada.
O Zoneamento Ecológico-Econômico
(ZEE) foi regulamentado pelo Decreto Federal 4.297, em julho de 2002. Segundo o
decreto, o ZEE é um instrumento de organização do território a ser
obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e
atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção
ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e
do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento
sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
O decreto também diz que o ZEE tem por objetivo geral organizar, de forma
vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos,
programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem
recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços
ambientais dos ecossistemas.