Sábado, 27 de julho

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(Kathopanishad)

Não pretendam aprender a verdade do EU com alguém
que não o tenha realizado; o que os outros dizem,
são meras palavras.
A realização está além da virtude e do vício; além do futuro
e do passado e além, ainda, dos pares de opostos.
"O homem sem mácula vê o EU
e uma calma eterna penetra em sua alma".
Nem o falar, o argumentar, o ler os livros,
nem os mais altos vôos do intelecto, nem mesmo
os Vedas podem dar o conhecimento do EU.
Em nós, existem ambos: o Deus-alma e o homem-alma.
Os sábios sabem que o último é apenas a sombra
e que o primeiro é o Ser real.
A menos que conectemos a mente com os sentidos,
não poderemos obter referência
alguma dos olhos, nariz, ouvidos, etc.
Os órgãos externos são extensões do poder da mente.
Não permitam que os sentidos se voltem para fora,
e então poderão livrar-se do corpo e do mundo externo.
A mesma incógnita que vemos aqui como
o mundo externo os que chegaram lá, vem como céu
e inferno, segundo seus próprios  estados  mentais.
O *aqui* e o *além* são dois sonhos,
modelados o segundo sobre o primeiro.
Libertem-se de ambos.
Tudo é onipresente; tudo é *agora*.
A natureza, o corpo e a mente, vão para a morte;
nós não; nós nunca saímos nem chegamos.
O homem Swami Vivekananda, é um ser da natureza,
nasceu e morrerá; porém o Ser que vemos
como Swami Vivekananda, nunca nasceu e nunca morrerá.
É a Realidade, eterna e imutável.
O poder da mente permanece o mesmo, tanto
se o dividimos nos cinco sentidos, como se vemos um só.
Um cego diz: *cada coisa produz um eco diferente,
assim, batendo palmas, posso obter esse eco
e saber que coisas estão ao meu redor*.
Desse modo, o cego pode conduzir,
no meio de uma neblina, um homem dotado de visão.
A névoa ou a obscuridade, não fazem diferença para ele.
Dominem a mente, anulem os sentidos
e então serão yogis: atrás disto, virá todo o resto.
Recusem-se a ouvir, falar, cheirar, saborear;
separem o poder mental dos órgãos externos.
Vocês fazem isso muitas vezes, mas inconscientemente, como, por exemplo, quando suas mentes estão abstraídas; assim, poderão aprender a fazer isso, conscientemente.
A mente pode colocar os sentido onde ela quiser.
Livrem-se da superstição fundamental, de que somos  obrigados a trabalhar através do corpo. Não é assim.  Encerrem-se na sua própria morada e extraiam
os conhecimentos dos Upanishads do seu próprio EU.
Vocês são os maiores livros de todos os que existiram, existem ou existirão, os depositários
infinitos de tudo quanto existe.
Até que o Mestre Interno
se abra, todo ensinamento será vão.
Ela deve proporcionar, para ser de algum valor,
a abertura do livro interno do coração.
A vontade á "a voz sossegada e tênue", a verdadeira reguladora, a que diz "faça" ou "não faça".
Ela fez tudo o que nos interessou.
A vontade ignorante, conduz ao cativeiro,
a vontade inteligente, pode libertar-nos.
A vontade pode fortificar-se de centenas de maneiras;
cada caminho é uma classe de yoga, mas a yoga sistematizada, leva a cabo a obra, mais rapidamente.
Bhakti - karma - raja e jnana - yoga,
ajudam mais eficazmente, a percorrer o caminho.
Ponham a sua disposição, todos os poderes, a filosofia,
o trabalho, a meditação, a oração; enfunem as velas,
abram todas as válvulas do vapor e alcancem a meta.
Quanto antes, melhor.


O batismo é a purificação externa
que simboliza a purificação interna.
Sua origem é budista.
A eucaristia é o que sobreviveu de um costume
muito antigo das tribos selvagens.
Eles matavam seus grandes chefes e comiam
sua carne, para ter em si mesmo, as qualidades
que faziam grandes a esses personagens.
Acreditavam que, as características que faziam
valente e sábio o seu chefe, se tornariam suas
e fariam valente a toda a tribo, em vez
de permanecer apenas num homem.
O sacrifício humano foi também uma idéia judaica e a que mais se enraizou neles, apesar dos castigos de Jehová.
Jesus foi doce e amoroso, porém para que pudesse
ser adaptado às crenças judaicas, teve que introduzir
a idéia do sacrifício humano, sob a forma
de redenção, ou como vítima propiciatória.
Essa idéia cruel, fez com que o cristianismo
se separassedos ensinamentos do próprio Jesus
e desenvolvesse um espírito de perseguição e matança.


Digam "é minha natureza", nunca "'é meu dever",
ao fazer uma coisa qualquer.
"Só a verdade triunfa, nunca a mentira".
Apostem na verdade e já terão conquistado a Deus.


Desde os primeiros tempos, na Índia, a casta
bramânica se manteve acima de toda a lei;
seus componentes pretendiam ser deuses.
São pobres, porém seu ponto fraco está na busca do poder. Existem ali, umas seiscentas milhões pessoas que são boas
e morais, que não tem propriedades, e são o que são, porque desde o seu nascimento são ensinados
que estão acima da lei e dos castigos.
Se sentem seres  "duas vezes nascidos", os filhos de Deus.