Empregam-se agentes anestésicos desde os mais antigos tempos.
Seu uso inicial remonta à Antiguidade.
O emprego de anestésicos para a abolição completa e segura da dor operatória data do período de cinco anos, entre 1842 e 1847, que marcou época na história da medicina.
O protóxido de azoto (óxido nitroso), primeiro anestésico
entre os administrados por inalação foi descoberto
por Pristley, em 1776.
Apesar desses primeiros sucessos, a descoberta da anestesia cirúrgica foi uma contribuição norte americana.
Em janeiro de 1845, Wells foi ao Massachusetts General Hospital,
em Boston, para exibir seu gás. Infelizmente houve falha
na demonstração, pois o paciente acordou demasiado
cedo, contorcendo-se em dores.
A introdução do éter, no ano seguinte, colocou
Wells e protóxido de azôto em segundo plano. Muito
acabrunhado, Wells acabou por apresentar sinais de loucura, finalmente suicidou-se.
Em março de 1842, três séculos após
a descoberta química do éter por Valerius Cordus
em 1540 (denominado "aether" por August Sigmund Frobenius
em 1730), Crawford W. Long, de Jefferson, na Geórgia, fez
um amigo inalar éter enquanto ele removia um pequeno tumor
da nuca, sem que o paciente acusasse dor.
Estudantes de medicina e outros investigadores fizeram experiências
baseadas nas observações de Faraday, organizando
"reuniões sociais" de éter, ou, como as
denominavam, jags (bebedeiras).
O Dr. Long observou muitas dessas experiências de éter,
tendo testemunhado pela primeira vez, alguns anos antes, em Filadélfia.
Finalmente, empregou-o diversas vezes em seu serviço cirúrgico,
depois de despertado o seu interesse pelas possibilidades anestésicas
do éter.Infelizmente, Long deixou de publicar suas experiências,
e seus achados continuaram, por isso, desconhecidos até
que a anestesia pelo éter foi descoberta e adequadamente
desenvolvida por Morton e outros como um procedimento aceito em
cirurgia.
William T. G. Morton, de Boston, um dentista que fora associado
de Wells, estava muito interessado na anestesia por protóxido
de azoto. Estava também familiarizado com os efeitos estupefacientes
do éter.
Morton ingressou na Harvard Medical School como estudante e continuou
trabalhando na sua clínica odontológica para poder
custear as despesas. consultou o Prof. Charlcs T. Jackson, professor
de química, a respeito do problema da anestesia. Morton
deve ter apreendido com Jackson que o éter, para ser útil,
precisava ser purificado para a forma de éter sulfúrico,
a qualidade vendida por Burnell. Morton então experimentou
nele mesmo no cão da família, em gatos, galinhas
e ratos - e finalmente extraiu um dente com anestesia por éter,
em 30 de setembro de 1846.
Pouco depois, ele perguntou ao Dr. J. Warren, professor de cirurgia
da Harvard Medical School, se poderia obter autorização
para fazer um teste do éter em uma operação
cirúrgica o pedido foi autorizado, marcando-se o dia para
a prova: 16 de outubro de 1846.
A história dessa demonstração clássica
já foi contada inumeras vezes. A sala de operações
("abóbada do éter") do Massachusetts General
Hospital é conservada até hoje como recordação
da primeira demonstração pública de uma anestesia
cirúrgica. A galeria compunha-se de viu punhado de espectadores
incrédulos que comentavam as noticias espalhadas a respeito
de um segundanista de medicina, que desenvolvera um método
para abolir a dor cirúrgica. O paciente Gilbert Abbott,
foi introduzido na sala e o Dr. Warren, o cirurgião esperava
vestido com roupas comuns, pois ainda não se usava avental,
máscara, luvas, assepsia cirúrgica, já que
se desconhecia inteiramente a origem bacteriana das infecções.
Cada qual estava preparado e na expectativa, inclusive os '"homens
fortes"' encarregados de manter o paciente imóvel
sobra a mesa de operações. Mas Morton não
aparecia. Já se passavam quinze minutos, quando o cirurgião
ficou impaciente, apanhou seu bisturi e voltando-se para a galeria,
disse: "Jà que o Dr, Morton ainda não apareceu,
penso que ele deve estar ocupado em outra parte." Enquanto
a assistência sorria e o paciente esboçava uma atitude
medrosa, o cirurgião voltou-se para iniciar a incisão.
Nesse momento Morton entrou, justificando seu atraso com a necessidade
de terminar um aparelho para administrar o éter.
Conta-se que o Dr. Warren desceu um degrau e, apontado para o
homem amarrado sobre a mesa de operações, disse:
"Bem, senhor, seu paciente está pronto," circundado
por uma assistência silenciosa e nada simpática,
Morton começou a trabalhar calmamente. Após alguns
minutos de inalação de éter, o paciente ficou
inconsciente, depois do que Morton ergueu os olhos e disse: Dr.
Warren, o seu paciente está pronto". Começou
a operação. O paciente não esboçou
o menor gesto de defesa ou dor, mas evidentemente esteva vivo
e respirando. Não houve necessidade da atuação
dos "homens fortes". Após o término da
cirurgia, o Dr_ Warren voltou-se para a assistência espantada,
e disse: senhores, não se trata de fraude." O Dr.
Henry J. Bigelow, cirurgião eminente que participara dessa
demonstração disse: "Acabo de ver aqui, hoje,
algo que dará a volta ao mundo." O completo sucesso
dessa demonstração resultou, após um período
inicial de descrença, dúivida e hesitação,
na rápida introdução da anestesia geral para
intervenções cirúrgicas. O Dr. Warren escreveu:
"Uma nova era abriu-se para o cirurgião. Quem poderia
ter imaginado que o corte do bisturi sobre a pele delicada da
face haveria de produzir uma sensação de puro prazer?
Que mobilizar uma articulação ancilosada poderia
coexistir com uma visão celestial ?
Com que novo vigor o cirurgião, retoma o seu bisturi e
reinicia sua carreira sob novos auspícios. O Dr. Oliver
Wendell Holmes, em sua alocução de fim de ano de
1847, em Harvard, disse: "O bisturi procura a lesão,
as polias estão repondo no lugar membros luxados, a própia
Natureza está-se afastando de seu curso primitivo, em que
submetia suas criaturas mais ternas as mais cruel das provas;
pois o terrível limite da dor mergulhou nas águas
do esquecimento, e o mais doloroso cume de agonia foi mitigado
para sempre."
A seqüência dessa história foi infeliz. Acatando
um conselho que se mostrou subseqüentemente funesto, Mortom
obteve uma patente do governo, em 1846, paira a sua descoberta.
Esse ato, e os métodos pouco éticos de que o acusaram
de ter lançado mão para obter a patente, desencadearam
um dilúvio de protestos, aos quais aderirzm Jackson, Long
e Wells, contestando sua prioridade; Wells enlouqueceu e suicidou-se;
Jackson também ficou louco; e Morton, amargurado, impopular,
empobrecido e infeliz, faleceu de apoplexia. Um monumento erigido
pelos bostonianos sobre a tumba de Morton, no cemitério
de Mont Auburn, nos arredores da cidade, tem o seguinte epitáfio
redigido pelo Dr. Jacob Bigelow:
William T. G. Morton - "Inventor e reavaliador da anestesia
inalatória. Antes dele, todo o tempo cirúrgico era
uma agonia. Depois dele toda a dor cirúrgica foi anulada.
Deve a ciência a ele o controle da dor".
A procura de outros anestésicos iniciou-se bem cedo. O
clorofórmio foi descoberto em 1831, independente e simultaneamente
vos Estados Unidos, França e Alemanha, e, 16 anos depois,
experimentado em animais, por Flourens. No mesmo ano (1847), um
cirurgião de Edimburgo, chamado James Young Simipson, experimentou
sendo bem sucedido a anestesia pelo clorofórmio no homem.
A sugestão para esse procedimento partiu de Waldie. Conta-se
que durante a primeira dcmonstração um serventc,
por descuido, fez cair e quebrar-se o frasco contendo o clorofórmio.
Como não houve possibilidade de obter um novo frasco do
anestésico, a operação foi realizada sem
anestésico e o paciente faleceu logo após o primeiro
golpe do bisturi. Se essa morte tivesse ocorrido na vigência
da anestesia pelo clorofórmio, isso teria acarretado o
adiamento por vários anos da introdução da
anestesia na Inglaterra. Simpson pouco depois começou a
empregar rotineiramente o clorofórmio em sua clínica
obstétrica. Forte oposição surgiu contra
o uso da anestesia nos processos cirúrgicos, sobretudo
no traabalho de parto. Essa oposição originou-se
principalmente nos meios eclesiásticos. Simpson, porém,
venceu o obstáculo argumentando que Deus - o primeiro cirurgião
- usara anestesia, causando um sono profundo em Adão enquanto
lhe tirava a costela da qual Eva foi feita. Deve-se notar, contudo,
que esse fato bíblico (Gên. 2:21) ocorreu antes do
pecado de Adão e Eva, e só depois do pecado disse
o Senhor: "Parirás teus filhos em dor..." (Gên.
3:l6). Simpson, por sua contribuição, foi elevado
à nobreza pela Rainha Vitória, que se beneficiara
do clorofórmio num trabalho de parto.
Durante os primeiros anos do seu uso, os cirurgiões e as
enfermeiras não empregavam o termo "anestesia";
a experiência era uma novidade e não existia expressão
para designa-la. Alguns sinônimos estavam em voga: narcotismo,
estupefação, sopor, eterização, processo
anódino, leteonização, hebetização
e apatização. É digno de nota que o Bailey's
English Dictionary, publicado em l724, havia definido anestesia
como "um defcito de sensação" (Beecher,
1968). Foi Olivcr Wendell Holmes quem introduziu na medicina os
termos anestesia, anestésico, e anestesista. A seguinte
carta foi escrita por Holmes a Morton: Boston. 21 de novembro
de 1846. Caro senhor: Todos querem tomar parte na grande descoberta.
Desejo, apenas, dar-lhe uma ou duas sugestões quanto no
nome ou nomes para designarem o estado produzido e seu agente.
O estado poderia, penso, ser chamado "anestesia". Isso
significa insensibilidade, mais particularmente (como foi usada
por Lineu e Cullen) no tato. O adjetivo será "anestésico".
Assim, poderia ser o "estado da anestesia" ou o "estado
anestésico"... Dessarte, proponho um nome, a respeito
do qual consultarei alguns eruditos, como o Presidente Everett,
ou o Dr, Bigelow Senior, antes de fixar o termo, que será
comum a todas as línguas de todas as raças civilizadas.
O senhor pode mencionar estas palávras que ora sugiro,
mas é possível que haja outras mais apropriadas
e mais agradáveis. Seu, repeitosamente, O. W. Holmes. Foi
também Holmes quem interrogado para decidir se era Morton
ou outro cientista o descobridor do éter, para que seu
nome fosse esculpido num monumento, esquivou-se à pergunta,
dizendo: cavalheiros, proponho que esse monumento seja dedicado
ao éter." Sua sincera opinião, não obstante,
está revelada na seguinte afirmativa contida em uma carta
redigida anos mais tarde, em 2 de abril de 1893, a Eduard Snell:
"Ambos os cavalheiros (Jackson e Wells) merecem uma menção
honrosa nessa questão da descoberta, mas eu não
hesitaria um instante em entregar o principal mérito ao
Dr. Morton." Pouco importam os relativos méritos dos
disputantes na "controvérsia do éter"
pela prioridade da descoberta; o significado da '"extinção
da dor", resultado do advento da anestesia cirúrgica
foi muito bem descrito pelo médico Weir Mitchell, também
poeta, no cinqüentenário da descoberta da anestesia
pelo éter: "Whatever triumphs still shall hold the
mind. Wathever gift shall yet enrich mankind, Ah! here no hour
shall strike through all the years. No hour as sweet, as when
hope, doubt, and fears, 'Mid deepening stillness, watched one
eager brain, with Godlike will, decree the Death of Pain".
A história posterior da anestesia é um capítulo
à parte, e diz respeito à introdução
e desenvolvimento de novos agentes e técnicas. A anestesiologia
faz parte, agora, do currículo médico.Para os anestesistas
aumentaram as responsabilidades nos cuidados; do paciente fora
das salas de operações,por exemplo, em casos de
intoxicação barbitúrica, tétano, asfixia
dos recém-nascidos, enfisema pulmonar e fibrose, dores
violentas, colapso circulatório e arritimias cardíacas,
para mencionar apenas algumas. Os aspectos científicos
desse terreno expandiram-se de forma explosiva. Laboratórios
de pesquisa, destinados aos estudos fundamentais da narcose e
das ações farmacológicas dos medicamentos
empregados pelo anestesista, aumentaram em qualidade e em quantidade.
Como tudo se desenvolveu na medicina, o mesmo aconteceu com a
anestesiologia.
As bases farmacológicas da terapêutica
- Goodman&Gilman.
Os egípcios utilizaram largamente a cirurgia e, provavelmente, lançaram mão de narcóticos de várias espécies.
Os chineses conheciam o ópio e o haxixe e as suas propriedades
analgésicas.
Plínio, Dioscórides
e Apuleio recomendavam
empregar a mandrágora (alcalóide
da beladona) antes das operações.
Além dos agentes, diversos métodos físicos, cruéis e bizarros, eram empregados com a finalidade de obter uma inconsciência temporária.
Por exemplo: para levarem a bom termo operações
de circuncisão, os assírios asfixiavam as crianças,
por estrangulamento; essa prática, aliás, ainda
se encontrava em voga na Itália, no século XVII.
Empregou-se, também, a concussão cerebral produzida
por uma pancada na cabeça, com um objeto de madeira.
A mais antiga referência escrita sobre anestesia que se
conhece foi encontrada no tratado de Trinitate de St. Hilaire de Poliers(cerca de 350 A-D), que escreveu: "a alma pode ser levada ao sono por medicamentos e, assim,
superar à dor e produzir na mente um esquecimento em seu poder de percepção,semelhante à morte" (cit. por Montagu, 1946).
Empregou-se durante séculos, ópio, beladona, cânhamo e
bebidas alcoólicas com a finalidade de minorar a dor da
cirurgia.
Anteriormente a cirurgia constituía uma provação
horrível e o cirurgião, para minorar o sofrimento,
trabalhava com a máxima rapidez. Amputações,
por exemplo, completavam-se em alguns segundos, e os cirurgiões
jactavam-se de sua rapidez. Òbviamente, tornava-se de todo
impossível uma dissecção meticulosa e um
tratamento delicado dos tecidos.
Ele descreveu com exatidão as sensações experimentadas em conseqüência da inalação
do agente e como sendo "semelhante a uma pressão delicada
sobre os músculos, acompanhada de uma sensação
muito agradável de frêmito, particularmente no peito
e nas extremidades...
A sensação do tono muscular
aumentava e, por fim, surgiu uma irresistível propensão
para a ação... Quando a eficácia do agente
alcançou seu máximo efeito, a sensação
agradável gradativamente diminuiu e a pressão delicada
sobre os músculos perdeu-se; a seguir deixei de perceber
as impressões; idéias vívidas passaram depressa
por minha mente e a energia voluntária foi completamente
destruída; e então o bocal caiu de meus lábios
entreabertos".
Em 1799, Humphy Davy anunciou que o protóxido
de azôto (óxido nitroso) tinha a propriedade de abolir
a dor e sugeriu sua aplicação nas operações
cirúrgicas. Durante 43 anos essa sugestão ficou
inteiramente esquecida.
Peajson, em 1795, registrou o emprego
de éter, em inalações, para controlar a dor
das cólicas, e Beddoes, no ano seguinte, publicou um caso
de sono profundo induzido pelo éter.
Em 1818, Faraday referiu-se ao efeito analgésico do éter.
Hickman, em 1824,
operou animais deprimidos pelo anidrido carbônico e hipóxia,
no mesmo ano em que publicou seu panfleto sobre a animação
suspensa.
No início da década de 1840, um químico e conferencista
de nome Colton, viajou através da Nova Inglaterra, fazendo demonstrações públicas de inalações do protóxido de azôto
ou gás hilariante pelo preço de 25 centavos.
Em 10 de dezembro de 1844 ele chegou em Hartford, Connecticut, e publicou o seguinte anúncio: "Grande exibição
de efeitos produzidos pela inalação de protóxido
de azôto, gás alegre ou hilariante. Marcada para
terça-feira, à tarde, 10 de dezembro de 1844, em
Union Hall.
Serão preparados quarenta galões de
gás e administrados a todos da assistência que o desejarem
inalar.
Doze jovens voluntários vão inalar o gás,
dando inicio á demonstração.
Oito homens
robustos são convidados a ocupar a primeira fila a fim
de protegerem àqueles que, sob a influência do gás,
possam ferir-se a si próprios ou a outrem.
Esse procedimento
será adotado para que não venha a existir perigo.
Provavelmente ninguém irá brigar. O efeito da inalação
desse gás produz gargalhadas, vontade de cantar, de dançar,
de falar ou de lutar, e assim por diante, dependendo das condições do temperamento de cada qual.
Os voluntários darão
a impressão de reter lucidez suficiente para não
fazer aquilo que lhes poderia ocasionar arrependimento.
O gás somente será administrado a cavalheiros de grande probidade. O objetivo é tornar a exibição, em todos
os sentidos, um divertimento polido.
" Horace Wells, um dentista de Hartford, assistiu a essa conferência. Um prático
de farmácia, de nome Cooley, ofereceu-se como voluntário
para inalar o gás e, durante a inalação ficou
confuso e brigão. Saltou do palco para brigar com um dos
homens fortes na fila da frente mas este fugiu. Atrás dele
correu Cooley, e durante a perseguição tropeçou
em uma cadeira e caiu ao chão.
A queda o fez recobrar a consciência e retornar ao seu lugar, já sóbrio e pedindo desculpas. Repentinamente, ele notou, admirado, que sua perna estava ferida e sangrava no ponto onde se tinha machucado de encontro à cadeira, mas não sentia qualquer dor.
Wells interrogou-o cuidadosamente a esse respeito, mas ele insistiu não haver sentido qualquer dor relacionada com o ferimento.
No dia seguinte, o próprio Wells teve um de seus dentes
extraído, sem dor, pela administração de
protóxido de azôto aplicado por Colton.
Passado o efeito da anestesia ele exclamou: "Eis uma nova era na extração dentária".
Ele começou então a aplicar
o protóxido de azoto em sua clínica odontológica
de Hartford e fez publicidade irrestrita a esse respeito.
Wells foi injustamente ridicularizado pelo fato de ainda não ter percebido que esse gás
é de difícil administração. O que admira é Wells ter conseguido sucesso, quase sempre, sem contudo possuir aparelhagem apropriada.
Deve, porém creditar-se a ele o fato de ter percebido a importância da anestesia pelo protóxido
de azoto e de tentar a sua aplicação na cirurgia
odontológica. No início da década de 1860,
Colton, o conferencista viajante, que 20 anos antes despertara
a atenção de Wells com a sua demonstração
pública, reviveu o interesse pelo uso do protóxido
de azôto, e alguns anos mais tarde o gás já
era largamente empregado em odontologia.
Os médicos americanos
estavam familiarizados com os efeitos do éter, principalmente
os efeitos estupefacientes, já descritos por Faraday em
1818: "Quando o vapor de éter misturado com ar comum
é inalado, produz efeitos semelhantes aos do protóxido
de azôto". Contudo, nos meios médicos conservadores
achava-se o éter perigoso principalmente em concentrações
que levavam à perda da consciência.
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