Devaneio
Queria encontrar a rosa mais bela, mais pura. A
mais linda do universo.
Original, promissora, sonhadora! E tão simples. Como os belos ninhos.
Rosa, de uma roseira - cujo caule, também, fosse apenas... Casto verso.
E, em tão suave caule e, em tão cândida rosa... Não houvesse espinhos.
Procurei em todos os jardins, nos sítios, montes,
catingas e, nos prados.
À flor dos meus anseios - que, fosse puro bálsamo... Eternas primaveras.
Voltei com os meus lindos sonhos... Antes crentes. Agora, tão frustrados.
Os mesmos sonhos recentes!
Saudoso lindo passado: ilusões, quimeras.
Não quero, não posso, não desejo acreditar - mas
é verdade, infelizmente.
Sinto minha alma cansada à minha fé esmaecida - perdida nos caminhos.
Apenas com o dilema, o mais triste dos dilemas... O fracasso - é tão cruel.
Também volto fingindo, como
muitos, pareço como todos ainda, contente.
Às minhas mãos sangram, mas recuso a acreditar que, foram os espinhos.
Então minto a mim mesmo e para o mundo... Não! Isto não é sangue: é mel.
Edvaldo
Feitosa
( Direitos autorais reservados)
* Fundação Biblioteca Nacional - nº 180859 *
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