CAMPOS DE FORÇA

De um modo geral, a ficção científica sempre usou o termo "campo de força" para designar uma barreira invisível de energia que obstruísse uma passagem ou que confinasse ou protegesse um objeto, um ser vivo dentro de uma área determinada. Embora pareça simples é considerada uma das mais complexas tecnologias, já que não há uma explicação exata de seu uso.
Os campos de força conhecidos em Jornada nas Estrelas podem ser eletromagnéticos ou gravitacionais. Antes do uso dos campos de força, as naves da Frota usavam a polarização do casco que era utilização de partículas ionizadas na produção de um pequeno campo eletromagnético para repelir algum objeto ou partícula, entretanto tinham pouca resistência no caso de uma ataque com armas de maior poder energético. O Star Trek's Technical Manual (considerado o manual técnico canônico de Jornada) refere-se a efeitos gravimétricos em naves da Federação, embora em vários episódios sejam mencionadas as frequências de escudo. Os Borgs, por exemplo, usam campos de força eletromagnéticos, como mencionado no episódio "The Best of Both Worlds" - STNG. O mesmo manual fala a respeito de geradores de grávitons polarizados que produzem uma distorção no espaço direcionada de modo que possa repelir qualquer corpo que se aproxime. 
Em Jornada nas Estrelas existem vários tipos de campos de força: o defletor navegacional de campo (navegational deflector field), o amortecedor de campo inercial (IDF - Inertial Damping Field), o campo de integridade estrutural (SIF - Strutural Integrity Field), os campos de contenção (containmaint fields) e os famosos escudos defletores (defletor shields).
O defletor navegacional já foi explicado na parte referente a navegação, de modo que para saber é só clicar na palavra. 
O Amortecedor de campo inercial - IDF, também já foi citado, entretanto cabe aqui duas ressalvas: o IDF, inicialmente,  foi uma invenção de Gene e sua produção para tentarem explicar as viagens em altíssimas velocidades sem a presença das forças inerciais. Em uma nave existem vários amortecedores inerciais localizados em diversos pontos e alinhados ao sistema de navegação de modo a contraporem vetorialmente, por igual, a cada mudança de direção ou velocidade, entretanto em um ataque por armas, se  destruídos os amortecedores em um ponto da nave, não desarma os demais, mas os desalinha, deixando a nave a mercê de solavancos e sacudidas violentas. 



O SIF além de produzir gravidade artificial, tem a função também secundaria de proteger a estrutura da nave contra um ataque inicial de armas, como um feixe de fasers. Ele trabalha independentemente do IDF.  O SIF é produzido por geradores de grávitons que são distribuídos por toda a nave por condutores de grávitons e ligados a amplificadores de distorção. Como por exemplo, a nave classe Galaxy que possui (segundo o manual técnico) 05 grupos geradores de SIF, onde cada grupo contem 12 geradores de grávitons: dois grupos na ala de engenharia e os outros três na seção de disco, além do mais, dois outros geradores podem reforçar o campo em até 55% por mais 12 horas. Em estado de normalidade, o campo pode funcionar com somente um grupo
Campo de integridade estrutural - SIF
A estrutura de uma nave por mais resistente que seja não é capaz de aguentar as pressões geradas durante a propulsão de dobra ou de impulso. Assim seu casco é reforçado por uma rede de campos de força distribuídos em volta da nave, de pequena largura e localizados próximo a sua estrutura, o chamado campo de integridade estrutural - SIF.
SIF resiste ao primeiro impacto de faser
em cada seção, entretanto, quando a nave necessita de um reforço maior, um ou mais geradores podem ser acionados, já num alerta vermelho todos os geradores são acionados, pois o SIF é parte essencial para o suporte de vida, já que pode compensar as rupturas no casco que venham a existir, impedindo a descompressão com a saída de ar para fora da nave. 
Falha no campo de Integridade Estrutural
O campo de contenção ou Containment Field é o sistema padrão de confinamento de objetos. Tem o mesmo princípio dos outros campos, só que produzido em pequena escala. Existem várias aplicações para ele como: 1) na área médica, para o confinamento de microorganismos infecciosos ou de pacientes com doença contagiosa (o confinamento pode ser a vácuo ou com uma quantidade de ar controlada), para isso o paciente ou o microorganismo é transportado para uma área dentro da enfermaria própria para o acionamento do campo; 2) na área da engenharia o campo é usado para a estocagem de materiais radioativos ou com altas temperaturas, na estocagem da antimatéria em tanques especiais, em conduítes de transmissão de plasma e etc. Quando ocorre uma ameaça de vazamento na câmara de dobra, o campo de contenção é reforçado, resultando num aumento de sua largura;  3) na área de carga, no caso da saída de uma nave auxiliar, a plataforma de carga fica protegida por um campo de contenção atmosférica, quando da abertura das portas, permitindo a passagem da nave e a conservação do ambiente. Esse campo cotenção é o mais forte de todos os outros já que deve conter a pressão atmosférica de milhões de Newtons. Na USS Enterprise-D, existem campos de contenção atmosférica em áreas que possuem janelas ou escotilhas com vista para o exterior da nave; 4) na área de segurança o campo é usado para o isolamento de corredores, para restrição de entradas em áreas vitais ou para contenção de prisioneiros. 
Escudos Defletores (ou escudos) - Defletor Shields ou simplesmente Shield são distorções no espaço direcionadas com a finalidade de absorver ou redirecionar energias ou objetos que venham a colidir com a nave. Tem o objetivo de proteger a estrutura da nave contra ataques de armas ou contra fenômenos naturais extremos como radiações estelares, explosões solares e etc. São produzidos por geradores de grávitons altamente concentrados, espalhados por um conjunto de emissores alinhados por toda a superfície da nave, de tal maneira que curvam o espaço a sua volta. Se ocorrer um impacto em um ponto da nave, um campo de energia é concentrado naquele ponto, criando uma intensa distorção espacial. A largura dos escudos pode ser variada conforme a necessidade de maior ou menor proteção, podendo ficar mais próxima da estrutura (assumindo o contorno da nave) ou mais distante como uma imensa bolha. Um escudo mais próximo consegue repelir com mais facilidade um choque, entretanto, pontos adjacentes (quinas e extremidades) ficam com menos proteção, o que não ocorre com a forma de "bolha" que embora tenha menos concentração de energia, protege a nave como um todo. Os geradores de grávitons oscilam em uma pequena banda de frequência, entretanto para cobrir uma gama maior de frequência demandaria uma quantidade de energia enorme. A fim de evitar que alguma arma ataque na frequência em que não está o escudo, este é rapidamente remodulado para outra faixa de frequência. Isto é feito através da analise pelos sensores da frequência da arma inimiga.
Para poder passar um feixe de sensor ou revidar a um ataque com um banco de fasers, com os escudos levantados, este iguala a modulação de frequência dos fasers ou dos sensores por um período curto. Esta "janela" permite o fogo faser e o scaneamento do inimigo.
Quando sob ataque intenso, em várias partes da nave ocorre uma massiva distorção de energia concentrada, causando um desgaste nos emissores, o que reduz a "pontência dos escudos". Essa distorção produz a radiação Cerenkov (resultado do choque das partículas da arma com o campo), o que é percebido pelo brilho intenso na área atacada. Uma contínua distorção na mesma área pode danificar os emissores e enfraquecer o campo naquele ponto. Uma tática para tal situação seria aumentar o campo de integridade estrutural (SIF) naquele ponto até que os emissores fossem reparados.
A intensidade dos escudos é inversamente proporcional ao quadrado da distancia, isto é, dobrando a distancia os escudos reduzem 25%.

Algumas considerações interessantes a respeito dos escudos:
* Na Série Clássica tinha o nome de "tela defletora", passando somente para "escudos" no primeiro filme para o cinema.
* A princípio não era possível usar o transporte com os escudos levantados, já que para tal teria de modular na frequência exata do transporte, o que seria temerário se houvesse alguma oscilação de energia, pois o "sinal" poderia se perder. Entretanto no século XXIV, em naves como a Enterprise-E,  o transporte já podia ser acionado com os
Obs.: Embora existam dúvidas a respeito do que seja "um campo fixo", não há explicações oficiais sobre como o campo de segurança pode ser uma "parede
fixa", já que a pessoa só percebe que existe um campo quando o toca, entretanto se for produzido por grávitons deveria ser flexível, aumentando sua resistência quando fosse gradativamente penetrado, o que não ocorre.
Campo de contenção atmosférica impedindo descompressão
Efeito Cerenkov
Escudo tipo bolha
Impacto direto na USS Odissey
escudos operando numa faixa mais larga de frequência, embora com o risco do inimigo (camuflado, por exemplo) utilizar essa "brecha" para um ataque surpresa;
* Transportar alguém para dentro de uma nave inimiga sem saber a modulação dos escudos é impossível, a não ser que conheça a frequência exata, como ocorreu com o transporte do O'Brien a bordo da USS Phoenix do capitão Maxwell em "The Wounded";
*  É possível "enganar" os escudos sem ter de destruí-los como foi a emissão de um feixe nucleônico de baixa energia pelos Borgs para scaneamento.
* Os escudos podem suportar poucas horas de bombardeamento por radiação solar quando a nave estiver na fotosfera.
* Um único torpedo fotônico não consegue "destruir" os escudos, entretanto os escudos não conseguem evitar uma colisão com outra nave (como fez a nave dos Jem'Hadar contra a USS Odissey em DS9.
Fontes: Site oficial, Manual Técnico de Star Trek, livro "A fisica de Jornada nas Estrelas" de Krauss, os sites Daystrom e LCARS.