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                                              A VIAGEM E A CHEGADA AO BRASIL

 

   A longa viagem de qualquer imigrante que saísse da Itália e viesse ao Brasil era igual. A saída do porto de Gênova, a travessia pelo oceano que demorava de 20 a 25 dias, em "vapores” e desembarcavam em Santos ou no Rio de Janeiro. 
   Embarcavam alegres, cantando e quase sempre era uma canção que dizia em que trabalhariam.
   “Andiamo in ‘America...
   Andiamo a raccogliere caffe/
   Andiamo in 'America...”
   Mas depois de algum tempo essa alegria se transformava em temor e preocupação: como seria a vida na nova terra? Conseguiriam fazer fortuna, viver bem? E além dessas dúvidas havia a viagem em si, que já era uma aventura e muitos não conseguiam completá-la. Apesar do rigoroso controle no porto, muitos doentes embarcavam e geralmente uma ou mais epidemia se instalava no navio, e um portador de doença entre dezenas de pessoas em ambiente pouco adequado,sem ventilação, apertado, resultava em uma ou mais mortes em alto mar, e a sepultura acabava sendo o próprio mar.Com todos esses problemas, mas cheios de coragem e determinação atravessavam o oceano, rumo à América.
   A maioria dos imigrantes acabava desembarcando em Santos, passavam pela Inspetoria da Imigração, tomavam o trem para S.Paulo, ficavam na Hospedaria dos Imigrantes e depois seguiam para as fazendas de café. Havia sempre um capataz de alguma fazenda na Hospedaria, aguardando os imigrantes, porque a grande maioria dos imigrantes veio trabalhar na lavoura,substituindo a mão de obra escrava que estava sendo abolida e as fazendas necessitavam de empregados. Assim, Filippo Baldin desembarcou no porto de Santos no dia 17.12.1888 no vapor "France", conforme consta na Hospedaria dos Imigrantes no livro 16, pág.103. Veio com quase toda a família, incluindo mulher, filhos, irmão, cunhada e sobrinhos, e ao desembarcarem foram para a fazenda Pau Grande, de propriedade da Baronesa de Limeira. A grande família Baldin era composta por Filippo Baldin, Rosa Bobatto, seus filhos, Pietro, Eugenio, Maddalena, Luigi, Federico, Giovanna, Anna, Paolo, seu irmão Adamo com a esposa Fiorina Guerra e seus filhos Gio-Batta com a esposa Rosa Pietrobon, Maria e Angelo, bem como seus netos Carolina, Catterina, Sante, Emilio, Nuzio e Catterino.
   Essa fazenda tinha 200 mil pés de café em terra massapé roxa, máquina de beneficio acionada a água e terreiros atijolados.Depois pertenceu aos Barões de Anhumas, tendo o nome mudado para Fazenda Anhumas. Nessa fazenda se casam os filhos e nascem os netos de Filippo. Nesta fazenda em 1904 morre Rosa Bobatto e em 05.07.1913 Filippo Baldin, sendo ambos enterrados no túmulo pertencente à família da Baronesa na quadra 1, num. 217 do Cemitério da Saudade em Campinas.