0028 em 16 a 21 de Fevereiro de 2007
Acampamento Batista em Jaguaquara BA
Como acontece há 65 anos,
mais uma vez se torna realidade o acampamento geral dos batistas
baianos, onde crentes das
igrejas da Bahia, e até de fora do Estado, se junta para dias de edificação
e convivência cristã.
Como sempre, aconteceu nas instalações do Colégio Taylor Egídio, o que,
em si mesmo, é motivo de
muita festa para todos nós. O extenso material e comentários a seguir,
preparados
pelo Pr. Jônatas David,
único representante da nossa igreja naquele evento, se desdobrará nestas partes
a seguir. Há em tudo
isto, muito carinho não só com o que Deus já tem feito, pelos anos, neste
acontecimento
singular na vida de todos
que participam, mesmo que uma única vez, mas muito respeito com a história e
a doutrina Batista da
qual estamos apegados, crendo, sem dúvida, que se trata de ensinos
profundamente
bíblicas e como tal deve
ser pregada e alimentada em nossos corações.
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Cultos no Templo
Notadamente, somente dois itens podem
ser considerados negativos em todo o acampamento: Um
é quanto à questão doutrinária, e o
outro é quanto a questão litúrgica. Doutrinariamente,
sem que
haja foto, até por uma questão ética,
o que da outra parte não aconteceu, como nunca acontece
com quem se diz viver experiências
com o Espírito Santo, na visão pentecostal; uma das palestrantes
passou boa parte do tempo de suas
preleções defendendo, se mostrando como exemplo e incentivando
seus ouvintes a buscarem e viverem
especificamente o “dom de línguas”, não aquela mencionada por
Paulo na primeira carta aos
Coríntios, 14:21, a que edifica o Corpo de Cristo; mas aquela falsa, emocional,
que só produz divisão e
auto-satisfação, auto-exibição. Não há nenhuma justificativa para se convidar
e aceitar uma pessoal tão nociva para
ser palestrante num evento como o do acampamento.
Liturgicamente,
mesmo que estejamos vivendo o que estamos experimentando, o evento mostrou
com grandes letras, a carnalidade que
está povoando o mundo denominacional. Para chamar e segurar
jovem nas bancadas da igreja, bem
como para que não tenham o desejo mundano de voltar aos bailes
e às “baladas”, tudo isto tem se
misturado ao que se tem chamado de culto a Deus. Jesus não é suficiente
para atrair e segurar jovem, como
sempre foi, é preciso forçar a situação, fazer a igreja se adaptar
ao mundanismo musical, a ponto de se
“embregar” os ritmos apropriados para adoração, dizer que
são americanizados, para justificar o
esquecimento deles, ou “nacionalizar” o que se diz ser exaltação
ao Senhor Deus. O interesse não é
agradar a Deus, mas satisfazer o adorador, afirmando que assim
o Senhor também se satisfará. Ritmos que
produzem sensualidade (bolero e axé), adrenalina viciante
(rock e samba), a hipnose (regue,
africanas e tons menores), relaxamento (new age e eruditas),
Romantismo (country e sertaneja),
substituem largamente os ritmos que produzem contemplação,
adoração, exaltação, como hinos,
marchas e valsas, simplesmente porque estão na moda, são
parte da prática cultural da juventude
no momento. Foi exatamente isto que aconteceu no
acampamento, quando forçou-se uma
situação, onde nem os jovens, nem os demais acampantes
entenderam ou participaram. O hinário
do acampamento foi esdrúxulo, alienígena até mesmo
para quem dirigia o acampamento, quem
estava forçando a situação. Lamentavelmente a música
foi uma coisa doentia, fraca, um show
isso mesmo, um terrível show dramático e sem fruto.
Com certeza, o hinário não foi fruto
da escolha de bom senso de um Pastor Batista, mas de
músicos, não batistas, convidados
para expor, ensinar e vender CD.
Esse foi um dos pouquíssimos momentos
onde se usou o Cantor Cristão nos cultos noturnos.
Por outro lado, foi um dos raros
momentos quando houve entusiasmo cultual para a adoração.
Todos, jovens e os demais,
participaram com consciência, com alegria, com muita exaltação.
Era como algo que estava calado na
garganta de todos, em muitos cultos. Nesta oportunidade
para não se dizer que estavam
cantando o Cantor Cristão, o ritimo do “Glória, Glória, Aleluia” foi
alterado para um jazz, uma coisa
esquisita, diferente, arrogante, frenética, onde o povo tentava
cantar no rítimo correto, mas os
instrumentos forçava outra situação. Lembrando esta tragédia
o primeiro hino do Cantor Cristão foi
cantando no segundo dia, quando o “Firme na Promessas”
foi cantado ao ritmo de um blues,
provocando a mesma situação, ninguém se entendia, os
adoradores e a parafernália
instrumental.
No culto matutino, único culto onde
se ouvia o Cantor Cristão, já que a banderola instrumental se ausentava,
os presentes podiam desfrutar do verdadeiro
sabor de um culto a Deus, não à modernidade. Nesta oportunidade
a amabilidade da irmã regente fazia o
povo ter ainda mais alegria em cantar ao Senhor.
Este foi um dos belos momentos
musicais nos cultos, mostrando que não precisamos inventar,
copiar, imitar, papagaiar o quintal
alheio, pois Deus tem muito o que usar a todos, no que
já sabemos fazer muito bem para Ele.
Mais um momento musical. Todos amaram
ouvir músicas sacras cantadas adequadamente
com reverência, todos elogiamos estes
amados irmãos que tão especialmente, se deixaram
usar por Deus, para nos alimentar com
música que no tempo se mostrou capaz de fazer isto.
O coro do acampamento foi de uma
beleza impar. Todas as músicas executadas em adoração
fez os presentes se sentirem no céu.
Em especial, esta música que estão cantando, repetida
no dia seguinte, nos fez felizes,
alegres... estávamos carentes do sacro, estávamos sedentos
de uma exaltação bíblica, com a
melhor música que todos conhecemos.
Nesta foto podemos ver a situação do
que estávamos vivendo nos cultos do acampamento.
Isso não é um santuário, mas deveria
ser, pois foi feito para isto. Na verdade, esta necessidade
de modernismo para atrair e segurar
gente mundana, nos levou a transformar o santuário
num clube musical, num lugar onde os
ritmos mundanos se exibem como solução.
Durante séculos, o piano se colocou
do lado das plataformas cultuais, mas a ditadura
da chamada “contextualização”, está
fazendo isto de nossas igrejas. Essa porcarinhada
está disputando lugar com o púlpito,
e em muitos lugares já tem ganho.
A parafernália que atrai e segura
jovem nos cultos, de maneira mais evidente. Jesus não
é suficiente para chamar e salvar
pessoas, eis aí a salvação da igreja de Cristo
no entendimento de muitos; essa é a
marca de que não precisam voltar às cebolas
do Egito, elas já estão presentes o
tempo todo na vida de muitas igrejas.
Esses rapazes simpáticos, que na
verdade não têm culpa de nada, a não ser o fato
de serem e gostarem de ser, os
condutores desta modernidade mundana para dentro
da igreja, apenas estão fazendo o que
sabem fazer, o que acreditam; não foram eles, achamos,
que forçaram a vinda, para venderem o
CD que representavam, com músicas que ninguém
conhecia, eles são vítimas, pois
foram chamados para fazer o axé que fizeram.
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Atualizado em 22 de
fevereiro de 2007