Fundadora
Conversão
A Chamada
Ministério
Primeiras Campanhas
Trabalho nos E.U.A



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Fundadora

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    Aimee Kennedy, nasceu em uma pequena fazenda perto de Ingersoll, Ontário, no Canadá em 9 de outubro de 1890, filha única do casal James e Minnie Kennedy. Lá passou sua infância e mocidade, formando-se no colégio com honras especiais.
    Na adolescência, a jovem Aimee se interessou cada vez mais pelos programas sociais e recreativos da Igreja Metodista que ela freqüentava, usando seus talentos criativos nas apresentações teatrais da Igreja.
    Com a idade de 17 anos, enquanto cursava o colégio, ela ficou fascinada com os ensinamentos da teoria da evolução. Mesmo sendo criada em lar cristão, Aimee começou a duvidar da verdade de suas crenças religiosas, até da existência de Deus. Entre as dúvidas e a tristeza por haver discutido com sua mãe, tendo-a magoado com sua descrença, a luta em seu coração se tornou muito grande.



Conversão

    Uma noite ela foi para o seu quarto, determinada a achar uma solução para as suas dúvidas. Sem acender a lamparina, ajoelhou-se em frente a janela aberta onde contemplava a paisagem branca, levantou os olhos aos céus e vendo a lua e as estrelas, pensou: "Certamente deve existir um grande Criador que fez tudo isto". De repente, ergueu seus braços para os céus e clamou: "Oh, Deus, se há um Deus, revele-se a mim". Nada aconteceu e ela foi dormir.
    No dia seguinte, passando pelo centro da cidade com seu pai, Aimee viu uma placa anunciando cultos de avivamento pentecostal. A pedido da filha o pai a levou no culto na noite seguinte. Aimee foi com a intenção de se divertir, mas toda aquela frivolidade e zombaria desapareceram quando o jovem pregador Robert Semple, se levantou e abriu a Bíblia. O evangelista pregou sobre o texto: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo". (Atos 2: 38)
    Depois de explicar o plano de salvação e o que significava arrependimento e fé, o evangelista começou a explicar a doutrina do batismo com o Espírito Santo. Ele mostrou que a salvação e o batismo no Espírito Santo devem ser ministrados lado a lado, para que o crente possa viver sua vida na plenitude do plano de Deus.
    Aimee ficou profundamente convicta de seu pecado. Repentinamente o pregador deixou de falar em inglês e começou a falar em línguas estranhas pelo Espírito Santo, com seus olhos fechados e os braços estendidos na direção de Aimee. Imediatamente, Robert Semple continuou a sua mensagem em inglês, não houve interpretação, mas Aimee que até aquela noite nunca soubera do falar em línguas, sentiu que era a voz de Deus falando com ela, dizendo: "Tu és uma pobre perdida e miserável pecadora merecedora do inferno". Aimee não agüentou mais e deixou o culto para assistir um ensaio da peça de natal de sua autoria.
    Ela mesma descreveu os eventos que se seguiram com estas palavras: Não sei como terminei o ensaio naquela noite, mas eu sei que por três dias lutei com a mais terrível convicção de pecado e da minha necessidade de Deus. No terceiro dia, sozinha, voltando do colégio em um trenó, a convicção era mais do que eu podia agüentar.
    Levantando minhas mãos eu clamei em alta voz: "Senhor Deus, tem misericórdia de mim, pecadora! Imediatamente o peso se foi, glória e alegria subiam no meu coração e transbordavam em louvor através dos meus lábios. Lágrimas rolavam pelas minhas faces e eu comecei a cantar: "Toma minha vida e deixa-a ser consagrada, Senhor a Ti; Toma meus lábios e deixa-o cantar sempre, somente ao meu Rei! Agora já se foram as canções mundanas; Toma minhas mãos e deixa-as moverem-se pelo impulso do teu amor! Então não haverá música mundana tocada pelas minhas mãos! Toma os meus pés e deixa-os serem ligeiros e formosos para ti! Já acabou para mim o salão de baile e tudo que ele para mim representava".
    A conversão e a consagração foram completas. Chegando em casa, Aimee pegou todas as músicas de jazz, e juntamente com os romances e sapatos que usava nos bailes, queimou tudo, explicando a seu pai que veio correndo, que daquele dia em diante ela ia cantar e tocar hinos, e a Bíblia seria o seu livro.



A Chamada e o Batismo com o Espirito Santo

    Depois de sua conversão, Aimee passou duas semanas numa alegria impossível de descrever. Um dia em oração, ela sentiu que precisava ganhar almas. Começou a procurar almas. Pelo estudo do livro de Atos, ela descobriu que o revestimento do poder para servir era sinônimo de batismo com o Espírito Santo. Desde aquele momento ela começou incessantemente a buscar o Espírito Santo, perdendo muitos dias no colégio, para assistir reuniões na casa de uma senhora já batizada com Espírito Santo que pertencia à Missão Pentecostal onde Aimee ouviu o Evangelho. Quando a mãe de Aimee recebeu uma carta do diretor do colégio, comunicando o fato dela estar perdendo muitas aulas, proibiu-a de freqüentar os cultos, chamando o povo da missão de fanáticos.
    Na segunda-feira seguinte, Aimee conseguiu chegar na cidade, apesar da neve que estava caindo. Resolveu não ir ao colégio, mas, passar o dia em oração na casa da irmã da missão. Elas oraram juntas pedindo ajuda de Deus para que Aimee ficasse na cidade até receber o batismo. O Senhor ouviu a oração e a neve começou a cair numa tempestade forte.
    Ela orou o dia todo e quando foi pegar o trem para voltar à sua casa, descobriu que todos os trens estavam parados, as linhas telefônicas interrompidas e as estradas intransitáveis. Essas condições prevaleceram uma semana, e Aimee ficou na casa da irmã, passando a maior parte do tempo ajoelhada e orando horas a fio, comendo e dormindo pouco, levantando na madrugada, e embrulhada em cobertores, continuava em oração.
    Na sexta-feira ela ficou na presença do Senhor até a meia noite. Levantando bem cedo no sábado, antes que qualquer pessoa da casa estivesse acordada, foi à sala, ajoelhou-se, levantou as mãos e começou a orar pedindo ao Espírito Santo para melhor servir ao Senhor, contando o seu amor para os outros. Num momento, uma alegria maravilhosa encheu o seu coração, e Aimee com os olhos fechados, viu o mundo como um vasto campo de trigo, já branco para a ceifa. Ainda em oração, o trigo começou a se transformar em rostos humanos, a folhagem, em mãos levantadas e sobre tudo apareceram as palavras do Senhor: "Os campos já estão brancos para a ceifa. A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara". Naquela hora o Senhor colocou na sua mão uma foice de dois gumes (A Palavra de Deus) e no seu coração soaram estas palavras: "Vais recolher o trigo, mas lembre sempre que a foice te é dada para cortar o trigo. Muitos ceifeiros usam-na corretamente apenas poucas horas, e depois começam a cortar e marcar os seus colegas. Aplica-te a tarefa que está perante ti, corte somente o trigo e recolhe os molhos preciosos".
    Esta foi uma lição que Aimee nunca esqueceu. Apesar das críticas, perseguições e mesmo calúnias terríveis, não procurava se defender, criticando ou ferindo os outros.
Naquele mesmo sábado inesquecível, Aimee Kennedy recebeu o batismo no Espírito Santo, louvando e glorificando ao Senhor numa língua que ela nunca aprendeu, "Segundo o Espírito lhe concedia que falasse".
    Era quase meio dia quando se levantou com o rosto radiante, após ter ficado muito tempo na presença do Senhor, em oração. Lá fora, a tempestade havia cessado, os irmãos da casa entraram na sala e regozijaram-se com Aimee. Ela escreveu mais tarde: "Dentro do meu coração ficaram duas convicções: primeira, que o Consolador tinha entrado para ficar e eu viveria em consagrada obediência à Sua vontade; segunda, que eu tinha recebido uma chamada para pregar o evangelho eterno.



Princípio do Ministério

    Logo após essa experiência maravilhosa, o evangelista Robert Semple, voltou a Ingersoll e no dia 22 de agosto de 1908 casou-se com Aimee. Juntos entraram no campo evangelístico, seguindo um programa de trabalho intensivo. Foi nessa fase do seu ministério que Aimee recebeu o dom de interpretação de línguas. Um dia enquanto estava orando em seu quarto, começou a falar em línguas, pelo Espírito Santo. Logo ela ficou consciente pelo fato de poder entender o significado das palavras dadas pelo Espírito.
    Durante o culto daquela mesma noite, o pastor, Rev. Durham deu uma mensagem em línguas e Aimee recebeu a interpretação, mas por causa da timidez, não deu a interpretação. Porém na reunião seguinte, quando uma mensagem em línguas estranhas foi dada, com medo de apagar o Espírito, Aimee foi obediente, deixando que o Espírito Santo desse a interpretação através dela.
    Algum tempo depois, assistindo uma série de conferências, Aimee caiu numa escadaria e fraturou o osso de um dos pés, ficando com quatro dos ligamentos completamente soltos, a ponto dos dedos serem puxados para baixo apontando a direção do calcanhar. Depois de colocar o gesso, o médico deu pouca esperança de recuperação dos ligamentos e da flexibilidade do pé e do tornozelo. Com os dedos do pé inchados, pretos e com muita dor, Aimee foi assistir o culto à tarde, dirigido pelo Rev. Durham. Não suportando mais a dor, deixou o culto, resolvendo descansar no seu quarto, que ficava um quarteirão de distância do salão dos cultos. Chegando ao quarto, ela ouviu uma voz dizendo: "Se tu embrulhares o sapato do pé fraturado, voltares ao culto, e pedires ao Rev. Durham para orar por ti, levando consigo o sapato para calçá-lo na volta, eu curá-lo-ei. "A princípio ela estranhou a idéia, mas a voz no seu coração insistiu tanto que finalmente com a ajuda de muletas, voltou ao culto levando o sapato.
    Chegou tremendo e atormentada porque no caminho a muleta entrou num buraco na calçada, causando aos dedos, já sensíveis, uma dor terrível por haverem tocado o chão. Contando aos irmãos reunidos o que Deus tinha falado, e após uns momentos de oração silenciosas, o Rev. Durham colocou suas mãos no tornozelo dela e disse: "No nome de Jesus receba a cura". Instantaneamente ela sentiu que fora curada; o gesso foi tirado e num salto ela colocou-se em pé e começou a andar, louvando ao Senhor. O testemunho de Aimee foi este: "Desde aquela vez o poder de cura divina se manifestou vez após vez na minha vida e na daqueles que eu tive privilégio de oferecer a oração da fé."
    Não foi muito tempo depois disso que o casal Semple, sentindo a chamada de Deus, partiu para a China, como missionários naquele país idólatra. Enquanto eles ministravam ali, lutando pela causa do Mestre, os dois caíram doentes com malária e Robert veio a falecer.
Após o sepultamento de seu marido em Hong Kong, Aimee voltou à América com sua filha Roberta, de seis semanas. Depois de alguns anos de trabalho na seara do Senhor, cansada, sozinha e querendo um lar para criar sua filhinha, Aimee casou-se com Harold Stewart Mcpherson. Desse casamento nasceu um filho, Rolf Kennedy Mcpherson, foi até 1988 o presidente da Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular ( Internacional Church of the Foursquare Gospel).
    Nesse lar seguro e confortável, Aimee logo percebeu que não poderia ser inteiramente feliz se não fizesse a vontade de Deus. A voz do Senhor falava em seu coração: "Prega a Palavra, fazes a obra de um evangelista". Na intensa luta entre a chamada de Deus e o dever à sua família, Aimee caiu num estado de depressão que ela procurou afastar, dedicando-se mais às obrigações domésticas e ao cuidado dos filhos. A escritura que sempre voltava a mente, era " E Jonas se levantou para fugir de diante da face do Senhor para Tarsis". Aimee não podia negar a chamada de Deus na sua alma. Adoeceu e gradativamente foi piorando, ao ponto do ruído da água fervendo ou conversa baixa, tornar-se insuportável. Foi necessário uma operação, mas ela piorou. As complicações resultantes do coração, hemorragias do estômago e nervosismo intenso, levaram o médico a aconselhar uma outra operação séria.
Aimee adiou a operação por um tempo, na esperança de que Deus iria curá-la. Mas, cada vez que pedia a cura de Deus, vinham-lhe à mente as palavras do Senhor, dizendo: "Tu irás? Pregarás a Palavra?" Um ataque repentino de apendicite, levou-a à mesa de operação e o seu desespero era tanto, a ponto dela pedir que Deus a levasse. Cinco operações foram feitas naquele dia, e nos dias que se seguiram. Ela chegou a um estado tão crítico, que todos aguardavam a sua morte. Naquela madrugada, no silêncio do quarto do hospital, já com respiração difícil, Aimee ouviu novamente a voz do Senhor, dizendo: "Agora tu irás?" e ela reconheceu perfeitamente que estava indo ao túmulo, ou à seara com o Evangelho. com a pouca força que lhe restava, e em voz inaudível, Aimee respondeu: "Sim, Senhor, eu irei."
    Naquele momento ela sentiu nova vida no seu corpo e logo a respiração tornou-se fácil e a dor desapareceu. Em quinze dias Aimee estava completamente recuperada. É interessante observar que muitos oraram por sua cura, mas, portanto, no momento em que ela submeteu-se à vontade de Deus, a resposta veio na hora.



Primeiras Campanhas (1915 - 1918)

    Restabelecida, Aimee Semple Mcpherson recomeçou o seu trabalho na seara do Senhor. Ela voltou ao Canadá, onde na pequena cidade de Mount Forest, realizou a sua primeira campanha evangelística em 1915. Esse foi o início de um ministério de dimensões mundiais.
    Chegando em Mount Forest, dirigiu-se ao pequeno salão onde iria realizar a campanha. Na primeira noite, irmã Mcpherson, como era conhecida, ficou desapontada ao encontrar um número reduzido de pessoas assistindo o culto. Na segunda noite pregou àquelas mesmas pessoas da noite anterior. Na terceira noite, antes do culto, ela pegou uma cadeira e dirigiu-se à esquina da cidade, apenas um quarteirão do salão do culto. Subiu na cadeira, e com os braços erguidos, começou a orar em silêncio . Logo após, ouviu vozes ao seu redor comentando o fato. Ela parou de orar e abrindo os olhos viu um grupo grande de pessoas. Pegando a cadeira, saiu correndo e gritando: "Depressa, venham comigo". Todos correram atrás dela, e chegando ao salão, ela disse ao porteiro: "Quando todos estiverem dentro, feche a porta e não deixe ninguém sair". Realmente ninguém procurou sair e a pregação durou quarenta minutos.
    Na noite seguinte o salão ficou lotado e muitos não puderam entrar. O problema só ficou resolvido com a remoção do culto para a grande área gramada que ficava atrás do salão. O número de pessoas que assistia às reuniões, cresceu tanto que ultrapassou a quinhentos, e como resultado, muitas almas se renderam a Jesus.
    No fim da primeira semana de trabalho ela recebeu uma oferta do povo e com o dinheiro foi à cidade vizinha e comprou uma tenda de lona, já usada. O vendedor (desonesto), "abaixou" o preço, com a condição que não seria necessário tirar a tenda da escola antes de vendê-la. Quando ela voltou a Mount Forest e abriu "sua catedral de lona", descobriu que estava mofada e rasgada. Foi necessário remendar e limpar a tenda, que com muito esforço, finalmente ficou pronta. No primeiro culto realizado na tenda, quando ela ia começar a pregar, a lona começou a rasgar-se e vinha caindo sobre o povo ali presente, devido ao forte vento. Irmã Mcpherson levantou os braços e orou: "Em nome do Senhor Jesus, ordeno que não caia até depois do culto". Naquele instante um grupo de senhoras da congregação, ajudou a remendar a tenda. Depois de trabalhar o dia todo, Aimee sentiu-se tão cansada, que resolveu cancelar o culto daquela noite e deixando um aviso na tenda, foi para casa descansar.
    Antes de deitar-se, tomou a Bíblia e ajoelhou-se para orar e meditar nas Escrituras. A Bíblia caiu da cama e quando ela foi pega-la no chão, percebeu que estava aberta neste versículo: "Qualquer que procurar salvar a sua vida, perde-la-á; e quem perder a vida por minha causa acha-la-á" (Mt. 16:25). Ela entendeu que Deus tinha falado mais uma vez ao seu coração. Levantou-se imediatamente se preparou para pregar na tenda. Ainda sentia grande cansaço quando subiu ao púlpito, mas, na hora em que levantou para cantar o primeiro hino, todo o cansaço a tinha deixado. Depois de muitos anos no ministério ela escreveu esse maravilhoso testemunho: "Tem sido assim desde aquela vez, não importa a fadiga física e mental que eles produzem em mim, estou sempre refeita no instante em fico em pé no púlpito". O resultado glorioso de obediência veio naquela noite, quando dezoito fazendeiros se converteram a Cristo.
    As campanhas em tendas de lona nas cidade da orla marítima do Atlântico, continuaram até 1918, com o povo em número sempre crescente, reunindo-se para ouvir esta extraordinária evangelista. Em junho de 1917 foi lançada a edição de sua revista pentecostal, "Bridal Call", contendo testemunhos e notícias das campanhas, sermões, poesias e artigos. Dentro de três meses a revista foi aumentada de quatro páginas para uma revista mensal de dezesseis páginas. Atualmente é publicada sob o nome "The Foursquare World Advance", contendo notícias da Igreja do Evangelho Quadrangular no mundo inteiro, com uma tiragem mensal de 50.000 exemplares.
    As campanhas evangelísticas desses primeiros anos, foram marcadas por grandes experiências de fé e maravilhosas vitórias. Foi nesse período que Deus começou a usar a irmã Mcpherson no ministério da cura divina. Uma noite ela pregou sobre o tema. "Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente", mostrando que ele vive hoje para curar e batizar com o Espírito Santo. A fé foi despertada, e ela viu uma figura patética vindo voluntariamente à frente: Uma moça auxiliada por duas pessoas, com o queixo puxado para baixo tocando o peito, pernas e mãos deformadas com artrite reumatóide, chegava apoiando-se em muletas. A moça foi carregada até o púlpito e assentada numa cadeira. Em poucos minutos ela aceitou a Jesus e em seguida, foi batizada com o Espírito Santo. Depois de orar pela sua cura, Aimee disse-lhe que levantasse as mãos e louvasse ao Senhor. Assim ela o fez e louvando ao Senhor começou a levantar os braços e as mãos deformadas começaram a endireitar-se. com os braços libertos e erguidos, ainda louvando ao Senhor, começou a andar e através da força que suas pernas receberam para sustenta-la, saiu correndo e glorificando ao Senhor.
    Numa campanha em Duret, Flórida, o Senhor Jesus novamente provou o seu poder na vida de Aimee. As reuniões foram realizadas num tabernáculo de madeira em um local onde não havia eletricidade. A luz de lampiões de querosene e gasolina era muito fraca para o tamanho do tabernáculo, então colocaram um aparelho de luz a gás para iluminar o lugar. Uma noite, antes do culto, enquanto Aimee estava fazendo uns ajustes no aparelho, houve uma grande explosão no mesmo e as chamas atingiram o seu rosto. a dor foi tão aguda que ela, sem pensar nas conseqüências, saiu correndo e colocou o rosto numa bacia com água fria. Ao tira-lo da água, a dor já intensa, aumentou e bolhas brancas começaram a se formar. Aimee ficou andando de um lado para o outro sob as árvores, esperando em Deus. O povo continuava a chegar, mas a hora de iniciar o culto já estava atrasada, devido ao imprevisto que aconteceu no aparelho.
    Um senhor que estava combatendo as reuniões e a pregação de cura divina, aproveitando a oportunidade levantou-se para avisar o povo que não haveria reunião porque a pregadora de cura divina tinha queimado o rosto. Quando Aimee soube disso, orando e pedindo força, subiu ao púlpito em nome de Jesus e anunciou um hino com os lábios tão endurecidos por causa da queimadura, que quase não pode pronunciar as palavras. Terminando a primeira estrofe, ela levantou sua mão e disse pela fé: "Louvado seja o Senhor que me cura e me tira toda dor".
    O povo começou a louvar a Deus e, instantaneamente, o sofrimento intenso foi aliviado e, perante os olhos de todos, o vermelhão do rosto começou a diminuir e as bolhas desapareceram. No final do culto, a sua pele estava completamente normal e Deus foi louvado.
    Na cidade da Filadélfia, em 1917, a campanha realizada em uma tenda grande, trouxe pessoas de muitas cidades vizinhas que acamparam em tendas pequenas ao redor da tenda dos cultos. Na primeira noite, o poder do Espírito Santo caiu sobre o povo que clamava a Deus pedindo um avivamento. Na segunda noite, o inimigo começou a atacar a obra. O terreno alugado para levantar a tenda, antes havia sido usado como campo de futebol, por um colégio vizinho e os moços, ressentidos por terem perdido o campo, começaram a perturbara o culto.
    Centenas deles cercaram a tenda e cada vez que houve uma manifestação do Espírito, eles zombavam e davam gargalhadas. O barulho tornou-se tão forte que dentro da tenda era impossível ouvir a voz dos solistas e dos dirigentes que falavam ao povo. Mais tarde, foi descoberto que os jovens esconderam latas de querosene e gasolina para incendiar tudo o que havia no terreno. Enquanto o povo cantava hinos, Aimee orava pedindo orientação do Senhor. A resposta veio pelo Espírito Santo de Deus dizendo-lhe: "Começa a louvar, porque a alegria do Senhor é a tua força". Ela começou em voz baixa, com os olhos fechados, mas aos poucos a voz tornou-se mais forte, então ela clamou: "Bendize, ó minha alma ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome". O povo sentindo o Espírito, também levantou a voz louvando ao Senhor. Aimee relatou o que aconteceu:
"Enquanto eu louvava ao Senhor, vi muitos demônios com asas estendidas, semelhantes as de morcegos, entrelaçadas uma a uma lado a lado, ao redor do tabernáculo. Mas a cada vez que eu dizia "louvado seja o Senhor", eu percebia que as forças demoníacas tomavam um passo para trás até, finalmente, desaparecerem entre as árvores".
    Ela continuou clamando: "Gloria a Jesus! Aleluia! Louvado seja o Senhor! "De repente viu que no lugar onde as forças diabólicas haviam desaparecido, um grande bloco de anjos, vestidos de branco estava avançando, também com as asas estendidas e entrelaçadas e cada vez que se expressava: "Louvado seja o Senhor", eles davam mais um passo à frente. Sem parar, avançaram ao ponto de cercar completamente a orla exterior da tenda de lona.
    Quando Aimee abriu os olhos, os jovens que perturbavam o culto ainda estavam presentes, mas todos quietos, com olhos atentos e olhando para ela. Muitos aceitaram a Jesus como Salvador naquela noite, e nos outros cultos eles voltaram trazendo os doentes e aflitos para que recebessem a oração da fé.



Viagens Transcontinentais (1918 - 1923)

    Em 1918, Aimee Semple iniciou uma nova fase do seu ministério. Ela fez sua primeira viagem transcontinental, da orla do Atlântico até a cidade de Los Angeles, atravessando o continente Norte Americano com o seu carro, pintado com letras douradas os seguintes dizeres: "Carro do Evangelho e Jesus Voltará, se prepare!" Acompanhada pelo casal de filhos, sua mãe e uma secretária, irmã Mcpherson corajosamente pegou a direção do carro e enfrentou chuva, neve, tempestades terríveis, lama e montanhas na sua viagem de 6400 km. Pregando e distribuindo milhares de folhetos, ela se dirigiu à cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, ponto intermediário no seu itinerário para a Califórnia. Antes de lá chegar, recebeu um telegrama avisando-as que todas as igrejas de Tulsa estavam fechadas por causa de muitas mortes resultantes da epidemia de gripe. Em oração o Senhor falou com ela dizendo: "Não temas continue a viagem, e quando chegares ali, as igrejas estarão abertas". Quando chegou em Tulsa, um domingo pela manhã, ouviu os sinos de muitas igrejas.
    Perguntando a razão de tudo isto, irmã Mcpherson descobriu que a cidade de Tulsa estava regozijando-se pela reabertura de suas igrejas naquele mesmo dia.
    Entre 1918 e 1923, Aimee atravessou os Estados Unidos oito vezes, realizando trinta e oito campanhas evangelísticas nos maiores auditórios do País. Esses auditórios tinham capacidade de 300 a 16000 pessoas sentadas, e muitas chegavam para receber a salvação e a cura em Jesus e para sempre serem batizadas com Espírito Santo.
    Uma das grandes campanhas dessa época foi realizada na cidade de Denver, estado do Colorado, no auditório municipal com capacidade para 15000 pessoas. O auditório estava sempre lotado, e cada noite milhares que chegavam não podiam entrar. Uma noite o número de excedentes chegou a 8000. Muitos se esconderam nos banheiros após o culto à noite, como garantia de que no dia seguinte teria um lugar para assistir o culto matinal. O número de conversões era tão grande que houve cultos nos quais quase metade dos ouvintes se levantava para aceitar Jesus. Havia sempre um lugar especial para cegos e paralíticos em cadeiras de rodas. Em um culto especial para os paralíticos, cento e cinqüenta pessoas sobre macas, foram colocadas numa área que ficava em frente ao grande palco. Por duas horas e quarenta e cinco minutos, Aimee foi em cada uma das macas, orando pelos doentes, individualmente. Um repórter escreveu o seguinte relatório do culto: "Foi literalmente um reavivamento de corpos doentes, pessoas por pessoa uma após a outra, levantou-se da maca, e erguendo as mãos e o rosto para o céu declaravam sua cura".
    Outras campanhas de enormes dimensões aconteceram em San Diego, na Califórnia. Os cultos foram realizados num ginásio de esportes reservado para lutas de boxe, onde, à véspera da campanha, Aimee conseguiu no intervalo da luta, licença para fazer anúncio da campanha. Durante cinco semanas a cidade foi abalada e o número cresceu tanto que foi necessário reservar uma parte do ginásio para pessoas com convites especiais. Isto foi feito para dar oportunidades para mais pessoas assistirem os dois cultos por dia, grandes lojas pediram convites para os seus funcionários, entidades civis e militares também fizeram o mesmo. Cada noite era um grupo diferente que assistia ao culto. Não era possível orar por todos os doentes que chegavam porque o ginásio, com capacidade para 3000 pessoas ficava pequeno demais. Finalmente conseguiram um lugar para a realização dos cultos de cura divina ao ar livre, na grande concha acústica do parque de Balboa (somente por dois dias). Um lugar para exposições e feiras semelhante ao Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Após marcada a campanha especial, a cidade foi convocada para oração e jejum. Na véspera, setecentos carros chegaram e seus ocupantes aguardavam o início dos trabalhos a pé, empurrando cadeiras de rodas ou carregando os doentes em macas.
    As 10:30 horas, Aimee deu início ao culto; depois de alguns hinos e testemunhos maravilhosos, ela pregou sobre a cura dupla (do pecado e da doença). Daí, ela e um grupo de ministros, começaram a orar pelos enfermos. Foi uma fila contínua o dia inteiro. Eles oraram desde cedo até o pôr do sol, ocupando apenas 15 minutos para um lanche. A polícia estimou que, conforme a hora do dia, houve uma assistência que variou de 10.000 a 30.000 pessoas durante aquele dia. No dia seguinte Deus continuou os milagres de salvação e cura em nome do Senhor Jesus.
    O ministério de Aimee Semple Mcpherson tornou-se internacional em 1922 quando ela realizou uma campanha na Austrália. Mais tarde, ela levou o Evangelho a muitas outras nações. O ministério de Aimee foi marcado por uma paixão imensa pelas almas. A mensagem de salvação recebeu ênfase, seguida de sinais, a mensagem do Espírito Santo também foi proclamada. No final dos cultos, um outro culto de oração era realizado àqueles que estavam buscando o batismo com o Espírito Santo, o qual, muitas vezes, durou até às cinco ou seis horas do dia seguinte.
    Seu ministério foi tão impactuante que em 1999 a conceituada revista americana Times, incluiu na lista das 100 personalidades do século naquele país a missionária Aimee Semple McPherson.


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