Na
época do descobrimento, os índios que habitavam o litoral
paraibano eram os caetés, da família tapuia, atrasados
e ferozes. Mais tarde, vieram os potiguares e os tabajaras que expulsaram
os tapuias para o interior e construíram suas tabas às
margens do rio São Domingos antigamente o rio Paraíba.
Não existem dúvidas de que os primeiros desbravadores
da região foram os franceses. Desde o descobrimento do Brasil
que os franceses andavam por aqui, carregando o pau - brasil. Data de
1585, a chegada do Ouvidor - Geral da Bahia, Martins Leitão,
para desalojar os franceses das posições que ocupavam.
Várias batalhas já haviam sido travadas com os franceses
que tinham como aliados os índios. O capitão João
Tavares, aproveitando-se dos desentendimentos entre as tribos, conseguiu
manter contato com os Tabajaras, firmando um pacto de amizade com o
murubixaba da tribo, o índio Piragibe. O acordo foi feito no
dia 5 de Agosto de 1585, à margem direita do rio Sanhauá,
afluente do rio Paraíba.
É exatamente neste local que se encontra hoje a cidade de João
Pessoa e como era dia de Nossa Senhora das Neves
o lugar foi batizado com seu nome e a Santa escolhida como padroeira.
Quando Portugal caio no domínio espanhol, João Pessoa
teve seu nome modificado para Filipéia em homenagem ao rei da
Espanha D. Felipe II.
A 24 de dezembro de 1634, a cidade foi ocupada pelos holandeses, depois
de violentos ataques aos fortins da barra, defendidos pelas tropas aquarteladas
em Cabedelo. Contava Filipéia com 1500 habitantes e em suas imediações,
funcionavam 18 engenhos de açucar. Comandados pelo coronel Segismundo
Van Schkoppe 2.500 homens invadiram a cidade que depois da conquista,
recebeu o nome de Frederisksdadt, em homenagem ao "Stathouder",
holandês.
O povo paraibano não se sujeitou ao jugo estrangeiro e seu espírito
de resistência teve como símbolo a figura de André
Vital de Negreiros, organizador do movimento de reação.
A Paraíba conseguiu libertar-se dos holandeses, em 1654, tomando
posse do cargo de governador, João Fernandes Vieira. Data dessa
época, a denominação de Paraíba.
Os acontecimentos de 1930 culminaram com o assassinato, em Recife do
chefe do governo paraibano, o Presidente João Pessoa. Em sua
homenagem póstuma o povo conseguiu a aprovação
da Lei estadual nº 700 de setembro de 1930 que mudou o nome do
município e da comarca da Paraíba, para João Pessoa.