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Virtual por acaso
                       Era um desses dias em que não se tem nada para fazer.
Ela ligou a sua telinha e observava os assuntos nas salas de bate-papo.
De um outro lugar qualquer, ele teve a mesma idéia naquele exato momento e estavam lá por puro acaso. Seu nick chamou sua atenção e por curiosidade o chamou.
De repente, uma mensagem se abriu em frente dos seus olhos; responderia ou não,  decidiu que sim. Nada de pessoal foi dito ou perguntado, pois tudo deveria estar esquecido no dia seguinte, mas o que havia começado com um simples "oi", atravessou a noite inteira.
Foi uma longa despedida, como se desejassem ficar e aquelas palavras se repetiram por toda noite como se ainda estivessem lá em frente àquela telinha.
Tudo poderia estar esquecido, mas veio a noite e com ela um desejo enorme do reencontro. Desta vez, não por acaso, estavam lá na mesma hora e no mesmo lugar. Entraram inexplicavelmente juntos como se houvessem combinado; falaram de si e a cada palavra pareciam mais próximos um do outro. Foi assim durante dias seguidos e um encontro tornou-se inevitável...
Era grande a expectativa e o nervosismo, até que um avistou o outro. O sorriso dela e o olhar dele se encontraram, se aproximaram, juntaram as mãos e entrelaçaram os dedos. Por um momento, nenhuma palavra foi dita e se falaram pelos olhares. _"Tudo bem?", disseram juntos e os risos se seguiram...
Foram horas seguidas de conversa e os lábios cada vez mais próximos, até que... finalmente se tocaram.  O virtual havia deixado a telinha e se tornara real. As mãos dadas, umedecidas pelo nervosismo afirmavam isso a todo momento com tal intensidade que pareciam nunca terem estado longe um do outro.
Outros encontros aconteceram e cada um parecia ser sempre o primeiro.
Viveram esse amor intensamente e a vida de um não tinha mais sentido sem o outro. Vão se encontrar outras vezes e talvez esta história nunca tenha fim...


Beijo Virtual
                           Estava sozinha  naquela noite e sentou-se na mesma cadeira como fazia quase todos os dias...
Na mão direita, dedos nervosos sobre o mouse pareciam a espera de alguém.
Foi uma longa noite sob a luz branda da sala, olhos fixos na tela e momentos de ansiedade e expectativa.
                              De repente, sentiu não estar mais sozinha e não ousou qualquer movimento...
Passos suaves caminharam em sua direção; percebeu um ligeiro sopro por sobre seu ombro. Pensou virar-se, sair, fugir; não pode! Estava ali paralizada, imobilizada por aquela presença inexplicável. Uma mão suave  deslizou carinhosamente pelo seu braço até juntar-se com os seus dedos sobre o mouse. Sentiu o calor do corpo junto ao seu e os lábios viajando por todo seu pescoço. Virou-se levemente e os lábios se tocaram; tão próximos que podiam ver o próprio reflexo nos olhos do outro. _ "Você?" - murmurou...
Os lábios deslizaram um no outro com a mesma suavidade do desabrochar das rosas. Beijou-a em cada canto da sua boca e por todo espaço do seu rosto. Sentiram o cheiro e o gosto um do outro; seguiram-se arrepios de calor. Olhou-a fixamente e um beijo ardente calou qualquer palavra...
Os corpos se tocaram; amaram-se com a mesma suavidade do canto dos pássaros e a mesma fúria de um vulcão devastador...
                              Raios do sol aqueceram parte do seu rosto; já era dia e sequer sabia o que era real ou virtual. Não importava! Uma outra noite viria e talvez com ela o mesmo beijo virtual...
A estrela a bola e a piscina
       Certa vez, uma estrela descuidada caiu dentro de uma piscina;
naquele momento, isso lhe agradou, pois de onde estava podia ver todas as outras e talvez assim, escolher seu par. Porém, não se sabe de onde, uma bola caiu dentro da mesma piscina. Era diferente; não brilhava como a estrela, deslizava sobre a água como em uma dança e isso seduziu a nossa estrela. Circulava ao redor e isso a conquistou. Porém, eram estrela e bola, de mundos diferentes e parecia um sonho impossível.
         Vendo o sofrimento da estrela, a bola saiu da piscina por algum tempo, mas a estrela foi buscá-la. Pensando que podia se livrar daquele sentimento impossível, a estrela colocou seu corpo sobre a bola e a levou até o fundo. Porém, como acontece com todas as bolas, esta emergiu, como um sentimento incontrolável.
            Restava à estrela quatro opções:

          - Sair da piscina e voltar para o céu.
          - Ficar na piscina afundando a bola o tempo todo.
          - Pedir a bola para sair e nunca mais buscá-la.
          - Deixar a bola flutuar, se abraçar a ela e esquecer que tudo mais existe.                
 
          Não imagino como termina essa história, pois sequer sei se irá começar!

           - A Piscina é a net.
           - Você é a Estrela.
           - Eu sou a Bola.
                                        
                                          Autor: Seu amigo... Bola.
Coração de Pinóquio
       Ouço, com muita insistência, a seguinte pergunta: " O quê você procura aqui na net?" À todos dou a mesma resposta: Aprender, e completo da seguinte forma: Se trocamos presentes num encontro com um amigo, cada um sai desse encontro com um presente, mas se trocamos idéias, conhecimento, experiências, ganhamos em dobro, pois somamos  às nossas próprias.
         Aprendemos mesmo com as pessoas mais humildes, pois ninguém sabe tão pouco, que não tenha nada para ensinar e ninguém sabe tudo, que não tenha nada para aprender.
         Lembro-me da fábula do boneco pinóquio, que desejava tornar-se gente, humano e para isso deixou sua casa e seu pai criador a procura de experiências, que lhe desse um coração verdadeiro. Viveu muitas aventuras; algumas boas, outras ruins e, ao reencontrar-se com o amado pai e seu criador, emocionou-se de tal forma, que uma lágrima desceu dos seus olhos e rolou para o seu peito, transformando seu duro coração de madeira em um coração macio e verdadeiro.
         Muitos procuram a felicidade e quando encontram, não sabem o que fazer com ela, pois na verdade, o que perderam foi a capacidade de amar.
         Conheço muitas pessoas aqui na net que, apesar de todas as experiências vividas e de todos os amigos encontrados, nunca deixaram de ser " pinóquio."

          * Dedico este texto às pessoas que ainda não entenderam o "sorriso de um choro."
À máquina com carinho
Minha máquina é diferente, disse a uma amiga que falava da frieza da sua. Talvez tivesse se tornado parte da máquina. Minha máquina é parte de mim!

É diário companheiro, a agenda de compromissos, aconchego, ponto de encontro com grandes amigos. Pode ser o bar da esquina, onde jogo damas, sinuca, ou digo gracinhas para alguma meninal

Pode ser justamento o contrário:  Sala de reunião para algum papo literário.

Como pode minha máquina ser fria se nela deposito meus sentimentos e minhas alegrias? Se lá estão as nossas doces músicas, textos inteligentes, nossas poesias que fazem parte da vida da gente?
Se desperta sentimento de saudades, de amor,  faz download de amizade, por pessoas que nunca veremos, mas quer recordamos a cada momento.

Sem dúvida, minha máquina é diferente.

Ela possui o mundo.
Revela meu mundo.
Com ela navego e me desnudo.

A tecla tem energia, o HD é seu coração, no Word escrevo meus textos e a poesia é a minha canção.

Desculpe-me minha amiga, por contestar assim sua razão; é que esta minha máquina arquiva toda minha emoção.
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