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Cidade nova em face do processo de ocupação e urbanização brasileira,
Londrina atingiu 80 anos de existência em dezembro de 2005. Apesar de sua fundação
recente, a velocidade de transformação de seu espaço natural em espaço
humanizado pode ser evidenciada através da rápida evolução e complexificação
do seu espaço urbano. Não apenas o espaço, mas seus habitantes também
participaram e sofreram as mudanças (Bragueto, 1996), em especial à moradia,
às doenças e óbitos e ao regime alimentar.
A ciência geográfica deu contribuição fundamental à compreensão destas transformações ao registrar os primórdios da ocupação da região. Esta produção científica apresenta exemplar qualidade e representa um capítulo à parte da história desta ciência. Estes artigos e trabalhos esgotados merecem uma reedição comentada, aliada à publicação e reprodução do material cartográfico referente a este período, facilitando-lhes o acesso. Porém, verificam-se hiatos em relação às características iniciais e às mudanças refletidas na população e no espaço quanto à produção de alimentos, às doenças e causas de mortes de seus habitantes outrora e em época recente. Os resultados dos levantamentos podem oferecer material importante para o conhecimento geográfico de uma fronteira agrícola que se transformou em uma rede urbana cuja área agrícola vem passando por mudanças destacadas em poucas décadas.
