ADÃO, HUMANIDADE E MAÇÃ

AGÊNERES, CARACTERÍSTICAS

AGÊNERES / IMPORTÂNCIA DA REVUE

ÁGUA FLUIDIFICADA

AI DAQUELES?

ALEGRIA E ESPÍRITOS SUPERIORES

ALERGIA AO FUTURO

ALIMENTAÇÃO CARNÍVORA

ALIMENTAÇÃO E SENSAÇÕES MATERIAIS E ESPÍRITOS

ALIMENTAÇÃO / NADA QUE ENTRA PELA BOCA... ( MARCOS 7:15)

ALIMENTAÇÃO / RECOMENDAÇÃO AOS MÉDIUNS

ALLAN KARDEC ESPÍRITO

ALMA GRUPO?

ALMAS DAS COISAS / ANAIS ININTERRUPTOS...

ALMAS DOS HOMENS

ALMAS GÊMEAS?

AMOR MATERNO

ANÁLISE DAS COMUNICAÇÕES

ANDRÉ LUIZ E PREFÁCIO DE EMMANUEL

ANIMAIS NA ERRATICIDADE?"

ANIMAIS / ALIMENTAÇÃO DE CARNE DE...

ANJOS E A IGREJA CATÓLICA, (OS)

ANTIGO TESTAMENTO X NOVO TESTAMENTO

APARIÇÕES DE VIVOS

APOCALIPSE E O EVANGELHO DE JOÃO

APOCALIPSE / ESTILO APOCALÍPTICO

APOCALIPSES

ASHREI / EM MARCHA!

ASSISTENCIALISMO E DOUTRINA

ÁTOMO AO ARCANJO

AUTO-ANÁLISE

ATUALIZAÇÃO DOUTRINÁRIA?

BATISMO / TEBILA

BATISMO, IGREJA CATÓLICA E REENCARNAÇÃO

BEZERRA, ROMANCES E PARÁBOLAS

BÍBLIAS, TIPOS DE

BOM COMBATE, O

BUDA X CRISTO

CANÃA E SUA CONQUISTA

CAPELA, BANIMENTOS E COISAS DO GÊNERO

CARIDADE – EGOÍSTA SÁBIO X EGOÍSTA TOLO

CARIDADE MATERIAL

CARNAVAL

CÉREBRO / INSTRUMENTO MATERIAL DA MENTE

CÉREBRO, LESÃO CEREBRAL E CONSCIÊNCIA?

CHICO É KARDEC?

CHICO É KARDEC? II>

CIÊNCIA, FONÓGRAFO E PALAVRA FINAL

CIÊNCIA E SABEDORIA POPULAR

CIÊNCIAS, OUTRAS CIÊNCIAS E PSIQUISMO

CIRENEUS,ESPÍRITOS COMO?

CODIFICAÇÃO

CODIFICAÇÃO É A BASE

COMA E LUCIDEZ

CONCENTRAÇÃO NAS REUNIÕES

CONCÍLIO DE NICÉIA

CONCÍLIOS E SUAS REPRESENTATIVIDADES

CONCÍLIOS, HISTÓRIA DOS

CONCORDÂNCIA E CONAN DOYLE

CONSTANTINO

CONSTANTINO, ASPECTOS DA VIDA DE

CONSTANTINOPLA / CONCÍLIO DE

CONSTANTINOPLA / SÍNODO E CONCÍLIO

CONSULTAS À ESPIRITUALIDADE / TRABALHO POR SI

CORAÇÃO DO MUNDO?

CORDEIRO DE DEUS

CORPOS DO HOMEM (OS)

CREIO MESMO, QUE ABSURDO!

CRENTES ESPÍRITAS

CRISTIANISMO, MENSAGEM UNIVERSAL OU SECTÁRIA?

CRISTIANISMO PRIMITIVO, ALGUNS FATOS

CRISTIANISMO UNIVERSAL / DIFERENÇAS ENTRE OS HOMENS?

CRÍTICA NA CASA ESPÍRITA

CRÍTICAS SEM FUNDAMENTO E KARDEC

CULTO NO ESPIRITISMO?

DANTE ALIGHIERI

DECÁPOLIS

DEFESAS ESPIRITUAIS

DEMONOFOBIA

DESCRENÇA NA VIDA FUTURA

DESTRUIÇÃO DOS SERES VIVOS UNS PELOS OUTROS

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS ENTRE ESPÍRITOS E SUA LOCALIZAÇÃO FÍSICA

DIFERENÇAS RELIGIOSAS

DIFICULDADES, COMO REAGIR?

DILÚVIO

DISCUSSÕES POUCO EDIFICANTES

DOGMAS DE FÉ / DOGMAS DA RAZÃO

DOUTRINA ESPÍRITA / CARACTERÍSTICAS

DOUTRINA ESPÍRITA, OPINIÃO PESSOAL DE UM ESPÍRITO?

ECTOPLASMA

EDUCAÇÃO / IMPORTÂNCIA DA

EDUCAÇÃO ESPÍRITA

EDUCAÇÃO, O PESO DA SERVIDÃO

EGRÉGORAS???

EINSTEIN E MATERIALISMO

EINSTEIN E UNIVERSO

ELEFANTE E OS CEGOS (O)

ELIZABETH KÜBLER-ROSS

ELOHIM E A GÊNESE

EMBRIÃO, ESPÍRITO PRISIONEIRO?

ENCARNAÇÃO E ERRATICIDADE

ENXERTIAS / DISTORÇÕES DO CRISTIANISMO

ERRO DE AVALIAÇÃO DO CODIFICADOR

ESCRIBAS, TRADUTORES E DISTORÇÕES

ESCRITURAS SAGRADAS E SUA INTERPRETAÇÃO

ESPÍRITAS CRISTÃOS

ESPÍRITAS MÍSTICOS E ESPÍRITAS CIENTIFICISTAS

ESPIRITISMO, DIVULGAÇÃO E ESTUDOS

ESPIRITISMO E EXPLICAÇÕES DEFINITIVAS

ESPIRITISMO E MISTÉRIOS

ESPIRITISMO E REGALIAS

ESPIRITISMO E RELIGIÃO

ESPIRITISMO E SUA TRANSFERÊNCIA

ESPIRITISMO: TRÊS ASPECTOS

ESPÍRITO DE VERDADE

ESPÍRITO: LIVRO DOS ESPÍRITOS

ESPÍRITO PROTETOR E A PRECE

ESPÍRITO PROTETOR, ESPÍRITOS FAMILIARES E ESPÍRITOS SIMPÁTICOS

ESPÍRITO SANTO?

ESPÍRITOS SUPERIORES E A IGREJA

ESTUDO PRÉVIO DA TEORIA

ETERNO?

EVANGELHO E ESPIRITISMO

EVANGELHOS SINÓTICOS E SUAS DATAS

EVOCAÇÃO OU COMUNICAÇÃO ESPONTÂNEA?

EVOCAÇÕES

EXISTÊNCIAS ANTERIORES

EXPERIÊNCIAS DIVIDIDAS

FALAR FÁCIL

FANATISMO E MATERIALISMO

FARISEUS, FERMENTO DOS (MARCOS 8:15)

FEB E A REVISTA ESPÍRITA

FEB E A TRADUÇÃO DO ESE

FEB E A UMBANDA

FEB, ROUSTAINGUISMO E ESTATUTOS

FILHO DO HOMEM

FILHO, SÚPLICA DE

FINADOS, ORAÇÃO PELOS QUASE MORTOS

FOGUEIRA, AGONIA NA

FORMA HUMANA

FORMA X FUNDO

FREDERICO FÍGNER E ANA PRADO

FUTURO, UMA SÓ NAÇÃO?"

GALILÉIA DOS GENTIOS / DAS ETNIAS

GANDHI, KALIL E O CRISTIANISMO

GENIALIDADE E CÉREBRO FÍSICO

GERASENOS OU GADARENOS / UMA NOVA INTERPRETAÇÃO (MARCOS 5:1 A 21)

GIORDANO BRUNO

GOVERNADOR DO PLANETA(?)

GRÉCIA ANTIGA E HOMOSSEXUALISMO

GRUPOS PEQUENOS OU GRUPOS GRANDES?

HEBRAICO (IDIOMA) E JESUS

HELEN WAMBACH, REENCARNAÇÃO E SEUS TRABALHOS (LIFE BEFORE LIFE)

HIPOCRISIA E ESPIRITISMOL

HIPÓCRITA, SANTIDADE

HISTÓRIA,ESTUDO DA

HOMEM / CÉREBRO E CORAÇÃO

HOMOSSEXUALISMO E REENCARNAÇÃO

HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS

HUMANIDADE E DUALIDADE

HUMBERTO DE CAMPOS FILHO E CHICO

IAVEH, CONSIDERAÇÕES SOBRE

IAVEH DOS JUDEUS

IAVEH GLUTÃO

IMPERFEIÇÕES / “CHAMADOS A SERVIR”

INCREDULIDADE E SUA UTILIDADE

ÍNDEX

INDULGÊNCIAS, PEQUENA AMOSTRA

INFALIBILIDADE ESPIRITUAL E EMMANUEL

INFALIBILIDADE PAPAL

INFERNO E IGREJA CATÓLICA

INFERNO PAGÃO E INFERNO CRISTÃO

INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS

INFORMAÇÕES ESPIRITUAIS/JULGAMENTO

INGRATIDÕES / DECEPÇÕES / DESAPONTAMENTOS

INQUISIÇÃO, ASPECTOS CURIOSOS

INTERPRETAÇÕES DIFERENTES, MESMOS TEXTOS

INTRODUÇÃO DO LIVRO DOS ESPÍRITOS

JERÔNIMO E A CARTA

JERÔNIMO E A VULGATA

JESUS E O FARISAÍSMO

JESUS E O SADUCEÍSMO

JESUS E SEU CORPO FÍSICO

JESUS, ESPÍRITO PURO OU SUPERIOR?

JESUS EXISTIU?

JOÃO EVANGELISTA E OS DOCETAS

JOÃO HUSS / JERÔNIMO DE PRAGA

JUDEUS / CALDEUS

JUDEUS X ROMANOS

JUIZO DEFINITIVO, OPINIÃO DEFINITIVA?

KARDEC MÉDICO?

KARDEC E A BÍBLIA

KARDEC MÍSTICO DE PRETENSÕES MESSIÂNICAS?

KARDEC X ROUSTAING

KARDECISMO E DOUTRINA ESPÍRITA

KIRLIAN, FOTOS E PESQUISAS

LEI CIVIL X LEI MORAL

LER DE TUDO!

LIVRE ARBÍTRIO?

LOMBROSO / MATERIALIZAÇÃO

LÓTUS / FLOR DE

LUTERO

LUTERO E A MORTE DE SUA FILHA

LUZ MATERIAL E LUZ ESPIRITUAL

MAGNETISMO E KARDEC

MAGNETISMO, HIPNOTISMO E ACADEMIA

MANDELKERN / TRADUÇÃO BÍBLICA

MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS SÃO DEMONÍACAS? (AS)

MATÉRIA, ABAFADOR DAS PERCEPÇÕES

MATÉRIA E ANTIMATÉRIA

MATÉRIA E PRAZER

MATÉRIA, LIVRO DOS ESPÍRITOS

MATERIALISMO

MATEUS, SEU EVANGELHO E CRONOLOGIA

MÉDIUM PERFEITO?

MEDIUNIDADE DE EFEITOS FÍSICOS X EFEITOS INTELIGENTES

MEDIUNIDADE E CORPO FÍSICO

MEDIUNIDADE TAMBÉM CATÓLICA?

MEDIUNISMO E MEDIUNIDADE

MÉDIUNS E CONTROLE DAS MANIFESTAÇÕES

MÉDIUNS E IDÉIAS PRECONCEBIDAS

MÉDIUNS MODESTOS

MEDIUNISMO E MEDIUNIDADE

MELHOR RELIGIÃO?

MEMÓRIA PERISPIRITUAL?

MESMER, FRANZ ANTON – 1773/1815

METEMPISCOSE, HINDUISMO

MÉTODO KARDEQUIANO

MISTICISMO E JESUS

MÔNADAS

MORRER É DOLOROSO?

MORRER, PREPARAÇÃO PARA

MORTE, DIFERENTES SITUAÇÕES

MOVIMENTO ESPÍRITA BRASILEIRO, NOSSA RESPONSABILIDADE

MOZART E MEDIUNIDADE

MUDANÇAS RÁPIDAS / TRANSFORMAÇÕES RÁPIDAS

NADA E SIMONE DE BEAUVOIR (O)

NEGRA, RAÇA E KARDEC

NOTRE DAME E AS ENXERTIAS PAGÃS NO CRISTIANISMO

NUNCA ACEITAR NADA CEGAMENTE!

OBJETIVO DO LIVRO DOS ESPÍRITOS

OBRA: O QUE É O ESPIRITISMO?

OBRAS, A CADA UM SEGUNDO...

OPINIÃO PESSOAL E ESPIRITISMO

ORÍGENES

ORTODOXIA X HETERODOXIA

ORTODOXIA X HETERODOXIA II

OVÓIDES – ANDRÉ LUIZ

OVÓIDES E ALLAN KARDEC

PAI NOSSO

PALAVRAS

PALESTRANTE E O AMBIENTE

PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES

PARAPSICOLOGIA E ESPIRITISMO

PASCAL, BLAISE E A REENCARNAÇÃO

PASSE E ALEGORIAS

PASSE E FLUIDO VITAL

PASSE: ORIENTAÇÃO PARA,

PASSE: SHOW DE INDISCIPLINA!

PAULO, AGOSTINHO E A CULPA

PAULO E A MULHER

PAULO E PEDRO – DIFERENÇAS

PAZ, MUITA PAZ?

PECADO ORIGINAL

PEDAGOGIA ESPÍRITA

PENSAMENTO, CONDICIONAMENTO À CRENÇA

PENSAMENTO E FLUIDO ESPIRITUAL

PENSAMENTOS E PALAVRAS

PEQUENOS CENTROS X GRANDES CENTROS

PERDÃO E OS TEXTOS BÍBLICOS

PERISPÍRITO E ESPÍRITOS PUROS

PERISPÍRITO É MATÉRIA

PERISPÍRITO E SENSIBILIDADE AO AMBIENTE

PERISPÍRITO / PROVAS CIENTÍFICAS

PERSEVERANÇA

PERSONALIDADE DE KARDEC

PESTALOZZI, JOHANN HEINRICH

PESTALOZZI E SEUS CRÍTICOS

PNEUMATOGRAFIA

PNEUMATOGRAFIA II

POLÊMICAS ENTRE ESPÍRITOS E A FORÇA DA CONCORDÂNCIA

PONTUALIDADE EXCESSIVA

POSSESSÃO?

PRÁTICA MEDIÚNICA OFERECE RISCOS?

PRECE / INVOCAÇÃO DE RUBENS ROMANELLI

PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS E OS SIGNOS ZODIACAIS

PRESENÇA HUMANA

PROGRESSO NA VIDA ESPIRITUAL?

PROSELITISMO, ESPIRITISMO E HERMÍNIO MIRANDA

PROTESTANTISMO E MASSACRES RELIGIOSOS

PURGATÓRIO, ORIGEM E CONSEQÜÊNCIAS

QUINTESSÊNCIA

RAMATIS

REENCARNAÇÃO, CRISTIANISMO E EUROPA

REENCARNAÇÃO E HENRY FORD

REENCARNAÇÕES DAS MAIS MATERIAIS

REENCARNAÇÕES NA TERRA

REENCARNADOS, POESIA

REFORMA DOUTRINÁRIA?

RELIGIÃO E AS RELIGIÕES

RELIGIÕES E AS PRÁTICAS EXTERIORES (AS)

RELIGIÕES NEGRAS E ESPIRITISMO

RESSURREIÇÃO FÍSICA?

RETORNO À PÁTRIA ESPIRITUAL

REUNIÕES SIMPÁTICAS E SEUS EFEITOS

REVISTA ESPÍRITA E O CÉU E O INFERNO (A)

RICHET E KARDEC (NOBEL DE FISIOLOGIA)

RIQUEZA MATERIAL E ESPIRITISMO

ROUSTAING, PRIMEIRA CITAÇÃO NA REVISTA ESPÍRITA E EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO DO MESTRE

ROUNSTAINGUISMO

RUSSEL WALLACE E DARWIN

SABEDORIA ANTERIOR AO DILÚVIO E AO ÉDEN? JAMAIS!

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E DE MARIA

SALVAÇÃO PELO SANGUE DO CRISTO?

SANTIDADE FORÇADA

“SANTO”AGOSTINHO E A MENTALIDADE RELIGIOSA DA ÉPOCA

“SANTO”AGOSTINHO E SUA VISÃO DO INFERNO

SANTOS NA CODIFICAÇÃO?

“SÃO” PEDRO E O PRIMEIRO CONCÍLIO

“SÃO” TOMÁZ DE AQUINO E A EDUCAÇÃO

SATANÁS E A BÍBLIA

SÉCULO XIX: APRECIAÇÃO DA REVISTA ESPÍRITA

SEMPITERNO

SENTENÇA DO MIN. VIVEIROS DE CASTRO, APOIANDO O ESPIRITISMO. 1898

SEPARAÇÃO HOMEM X MULHER NO CENTRO

SEPTUAGINTA E A SERPENTE

SEXO E ESPIRITISMO

SILÊNCIO E CUMPLICIDADE

SIMONIA

SOFRIMENTO ESPIRITUAL E ÁREAS DELIMITADAS

SONHOS

SOPRO, ALMA E ESPÍRITO

SUICÍDIOS, HOMICÍDIOS E GUERRAS

SWEDENBORG, EMMANUEL

TELEPATIA

TELLES DE MENEZES – BIOGRAFIA

TEORIAS SOBRE A LUA E OS ANÉIS DE SATURNO E A POSIÇÃO DE KARDEC

TIPTOLOGIA E PSICOGRAFIA

TÍTULOS MUNDANOS

THOMAS MANN

TODOS MÉDIUNS?

TRABALHO, IMPORTÂNCIA DO

TRADUÇÕES DAS ESCRITURAS

TRANSCOMUNICAÇÃO E KARDEC

TRANSFIGURAÇÃO

TRAVASSOS, JOAQUIM CARLOS

VERDADES E MENTIRAS (ERASTO)

VIDA FUTURA, DETALHES E O MÉTODO DE KARDEC

VIDA FUTURA, EXPECTATIVA DOS ESPÍRITAS

VIDA MATERIAL E AJUDA ESPIRITUAL

VIDA MATERIAL, FLORESTA DENSA

VIDAS PASSADAS

VIRGEM-MÃE E PÃO E VINHO

VISTA ESPIRITUAL NOS ENCARNADOS

WILLIAM CROOKES

ZOROASTRISMO


ADÃO, HUMANIDADE E MAÇÃ

Hoje é bem reconhecido que a palavra hebraica ‘haadam’ não é um nome próprio, e que seu significado é: ‘o homem em geral, a humanidade’, o que destrói toda a estrutura erguida sobre a personalidade de Adão.


Em nenhum texto, o fruto é indicado como ‘a maçã’; esta palavra só se encontra nas versões infantis. A palavra do texto hebreu é ‘peri’, que tem os mesmos significados que em francês, sem especificação da espécie, e talvez possa ser tomado no sentido material, moral, alegórico, em sentido próprio e figurado. Entre os israelitas, não há interpretação obrigatória; quando uma palavra tem diversas significações, cada um a compreende como quiser, desde que a interpretação não seja contrária à gramática. A palavra ‘peri’ tem sido traduzida pelo latim ‘matum’, que se refere à maçã e a todas as espécies de frutos. É derivado do grego ‘melon’, particípio do verbo ‘mélo’, interessar, tomar cuidado, atrair.

A Gênese – Allan Kardec – LAKE – Cap XII – item 17 –pg. 213



AGÊNERES, CARACTERÍSTICAS

“...tal é o caráter dos agêneres, com os quais podemos tratar, sem duvidar do que sejam, mas que jamais demoram por muito tempo, e não podem tornar-se comensais habituais de uma casa, nem figurar entre os membros de uma família.

Aliás, há em toda sua pessoa, em seus ademanes, algo de estranho e de insólito que se relaciona com a materialidade e com a espiritualidade: seu olhar, vaporoso e penetrante ao mesmo tempo, não tem a nitidez do olhar dos olhos da carne; sua linguagem breve e quase sempre sentenciosa, nada tem do brilho e da volubilidade da linguagem humana; sua aproximação faz experimentar uma sensação indefinível de surpresa, que inspira uma espécie de medo, e embora os tomemos por indivíduos iguais aos demais do mundo, involuntariamente se diz: Eis um ser singular.

A Gênese – Allan Kardec – LAKE – Cap. XIV – item 36 – pg. 253



AGÊNERES / IMPORTÂNCIA DA REVUE

“ Teríamos ainda de falar do estranho fenômeno dos agêneres, que por mais extraordinário que possa parecer à primeira vista, não é mais sobrenatural do que os outros. Mas como já explicamos na Revista Espírita (fevereiro de 1859) achamos inútil repetir aqui os seus detalhes.

Diremos apenas que é uma variedade de aparições tangíveis. É uma condição em que certos Espíritos podem revestir momentaneamente as formas de uma pessoa viva, a ponto de produzir perfeita ilusão. (do grego não gerado).”

O Livro dos Médiuns – Kardec – Lake – item 125 - pg. 111



ÁGUA FLUIDIFICADA

“Questão 33 – A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades? Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo! NK: Este princípio explica o fenômeno conhecido de todos os magnetizadores e que consiste em dar-se, pela ação da vontade, a uma substância qualquer, à água, por exemplo, propriedades muito diversas: um gosto determinado e até as qualidades ativas de outras substâncias. Desde que não há mais de um elemento primitivo e que as propriedades dos diferentes corpos são apenas modificações desse elemento, o que se segue é que a mais inofensiva substância tem o mesmo princípio que a mais deletéria. Assim, a água, que se compõe de uma parte de oxigênio e de duas de hidrogênio, se torna corrosiva, duplicando-se a proporção de oxigênio. Transformação análoga se pode produzir por meio da ação magnética dirigida pela vontade. O Livro dos Espíritos – Kardec – FEB – Q.33 e Nota de Kardec – pg. 62


AI DAQUELES?

“Se makarioi não significa bem-aventurado, oïe também não quer dizer “ai de”, mas é uma interjeição de tristeza, equivalente ao “hélas” do francês (“infeliz de”, em português). Os quatro makarioi ashrei de Lucas têm por correspondentes quatro ouaï oïe. Lucas – André Chouraqui – Imago – 1a edição – pg. 119

ALEGRIA E ESPÍRITOS SUPERIORES

“Os Espíritos superiores não são, por isso, inimigos da alegria; algumas vezes gostam de rir também para vos ser mais agradáveis; mas cada coisa em seu tempo.” Espírito São Luís – Revista Espírita – Outubro 1858 – IDE – pg. 281

ALERGIA AO FUTURO

“... Esse instinto, bem manifesto no sócio-centrismo das instituições científicas ou de qualquer outra natureza, reage contra tudo o que possa modificar o saber já considerado como adquirido. Recentemente, o Prof. Remy Chauvin, do Instituto de Altos Estudos de Paris, denunciou a existência no campo científico de uma alergia ao futuro, responsável pela rejeição liminar, sem exame, de toda novidade, mesmo que sustentada por cientistas categorizados. Essa neofobia tem produzido muitos mártires no campo científico e cultural em geral.” Agonia das Religiões – Herculano Pires – Paidéia – pg. 49

ALIMENTAÇÃO CARNÍVORA

“Muitos espíritas se surpreendem ao saber que o Livro dos Espíritos não condena a alimentação carnívora e se deslumbram com livros onde ela é condenada. O exemplo da Índia seria suficiente para mostrar-lhes a razão da posição doutrinária. A subnutrição das populações indianas decorre em grande parte da zoolatria, da adoração de animais sagrados. O Espiritismo evita sacrificar o homem ao animal e ao mesmo tempo desviar os que o aceitam de um plano escorregadio de superstições. Nada é mais contrário ao racionalismo da doutrina e mais prejudicial à exata compreensão dos seus princípios do que o sentimentalismo extremado. O sacrifício brutal e brutalizante de animais em nosso mundo é realmente repulsivo. Mas estamos num mundo inferior em que as suas próprias condições naturais levam a isso”. Mediunidade – Herculano Pires – Edicel – 4ª edição – pg 100

ALIMENTAÇÃO E SENSAÇÕES MATERIAIS E ESPÍRITOS

“Sabemos que os Espíritos têm as nossas sensações e que percebem os odores tão bem quanto os sons. Na falta de poder comer, um Espírito material e sensual se repasta na emanação das comidas; ele as saboreia pelo odor como, quando vivo, o fazia pelo sentido do gosto. Há, pois, alguma coisa de material em seu prazer; mas, como em definitivo há mais desejo do que realidade, esse prazer mesmo, estimulando os desejos, torna-se um suplício para os Espíritos inferiores, que ainda conservaram as paixões humanas.” Revista Espírita – Allan Kardec – Nov/1860 – IDE – 1a edição – pg. 339

ALIMENTAÇÃO / NADA QUE ENTRA PELA BOCA... ( MARCOS 7:15)

“ Nada do que entra no homem, vindo de fora, pode sujá-lo. Mas o que sai do homem suja o homem. A proclamação solene de Iéshoua’ ultrapassa, singularmente, sua polêmica com os fariseus e os saduceus para atingir a essência dos significados espirituais e religiosos. O princípio verdadeiramente revolucionário firmado aqui por Iéshoua’ visa relativizar não somente a legislação alimentar definida pela Torá de Moshè, mas qualquer rito, prática exterior ou tradição. Ele não os suprime, mas os subordina – fiel nesse caso aos ensinamentos proféticos – à pureza de coração e à responsabilidade pessoal, de onde nasce toda emanação do bem e do mal.” Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 125

ALIMENTAÇÃO / RECOMENDAÇÃO AOS MÉDIUNS

“Todas as prescrições de medidas prévias a serem tomadas pelos membros da equipe de médiuns, como abstenção de carne, repouso antes do trabalho, abstenção de fumo e álcool, comportamento angélico durante o dia e assim por diante, não passam de prescrições secundárias. Os médiuns têm naturalmente o seu comportamento normal regidos por princípios morais e espirituais. Se não o tiverem, de nada valerão essas improvisações de santidade. Se o tiverem, não necessitam desses artifícios. Como Kardec explica, a única autoridade que se pode ter sobre os Espíritos é a de ordem moral, e o que vale no socorro espiritual não são medidas de última hora, mas a intenção pura de médiuns e doutrinadores, pois que: O Espiritismo é uma questão de fundo e não de forma. As medidas que se devem tomar, quando médiuns e doutrinadores não forem suficientemente esclarecidos, são apenas precauções que o bom-senso indica: não exceder-se na alimentação, na bebida, nos falatórios impróprios e maldosos no dia do trabalho. O Espírito e o Tempo – H. Pires – Edicel – pg.194

ALLAN KARDEC ESPÍRITO

“A abundância das matérias não nos permitindo publicar atualmente todas as instruções ditadas por ocasião dos funerais do Sr. Allan Kardec, nem mesmo todas aquelas que ele mesmo deu, reunimos, numa só e mesma comunicação, os ensinamentos de um interesse geral, obtidos por intermédio de diferentes médiuns. ... Sede tolerantes uns para com os outros; agi sobretudo pela caridade, pelo amor, pela atenção... ... Tenho ainda alguns conselhos a vos dar sobre a marcha que deveis seguir frente ao público, com objetivo de fazer progredir a obra à qual devotei minha vida corpórea, cujo aperfeiçoamento prossigo na erraticidade. O que vos recomendarei, primeiro e sobretudo, é a tolerância, a afeição, a simpatia em relação de uns para com os outros, e também em relação aos incrédulos. Espíritas, vós sois todos irmãos na mais santa acepção da palavra. Em vos pedindo para vos amar uns aos outros, não faço senão lembrar as divinas palavras daquele que, há mil e oitocentos anos, trouxe sobre a Terra o primeiro germe da igualdade. Segui sua lei, ela é a vossa, não faço senão tornar mais palpável alguns desses ensinamentos. Obscuro operário daquele Mestre, daquele Espírito Superior emanado da fonte de luz, refleti essa luz como o verme luzente reflete a claridade de uma estrela. Mas a estrela brilha nos céus e o verme luzente brilha sobre a terra, nas trevas, eis a diferença.” Revista Espírita – Allan Kardec- 1869 – Edicel – pg.157 e 184

ALMA GRUPO?

“...a teoria da conservação da individualidade nos estágios inferiores da evolução aparece na Teosofia com a doutrina da alma grupo dos animais. Cada espécie animal constituiria uma alma grupo para a qual voltaria a alma individual do animal após a morte, enriquecendo com suas experiências o psiquismo da espécie.” Obras Póstumas – Nota de Herculano Pires – Allan Kardec – Lake – pg 166

ALMAS DAS COISAS / ANAIS ININTERRUPTOS...

“Mas a ciência hodierna não crê na “alma das coisas”, e por isso repugnará todo o sistema de cosmogonia antiga. É inútil dizer que tal sistema não é fruto da imaginação de um ou mais indivíduos isolados; que se constitui dos anais ininterruptos de milhares de gerações de videntes, cujas experiências cuidadosas têm concorrido para verificar e comprovar as tradições, transmitidas oralmente de uma a outra raça primitiva, acerca dos ensinamentos de Seres superiores e excelsos que velaram sobre a infância da Humanidade.” A Doutrina Secreta – H. Blavatsky – vol 1 – pg 304

ALMAS GÊMEAS?

"A teoria das metades eternas é uma figura que pinta a união de dois seres simpáticos; ela é uma expressão usada mesmo na linguagem vulgar, em falando de dois esposos, e que não é preciso prender à letra; os Espíritos que dela se serviram não pertencem, seguramente, à mais elevada ordem; a esfera de suas idéias é, necessariamente, limitada, e puderam tomar seu pensamento pelos termos dos quais se serviram durante sua vida corpórea. É preciso, pois, rejeitar essa idéia de que dois Espíritos, criados um para o outro, devem, um dia, fatalmente, se reunir na eternidade, depois de estarem separados por um lapso de tempo mais ou menos longo." Revista Espírita _ Allan Kardec – Maio/1858 – IDE – 1a edição – pg. 137 “Alma Gêmea! Alma gêmea de minh’alma! Flor de luz da minha vida Sublime estrela caida Das belezas da amplidão... Quando eu errava no mundo Triste e só no meu caminho Chegaste, devagarinho E encheste meu coração. Vinhas na benção dos deuses Na divina claridade, Tecer-me a felicidade Em sorrisos de esplendor... És meu tesouro infinito Juro-te eterna aliança, Porque sua tua esperança, Como és todo o meu amor! Alma gêmea de minh’alma, Se eu te perder algum dia, Serei a escura agonia, Da saudade nos seus véus... Luz eterna dos meus amores, Hei de esperar-te, entre as flores Da claridade dos céus...” Espírito Emmanuel – FCX – FEB – Há Dois Mil Anos

ALMAS DOS HOMENS

“... Deve-se levar em conta ainda, como se refere Kardec, no livro Obras Póstumas, o conceito básico que deve reger o Espiritismo, é: Um dos primeiros resultados de minhas observações foi que os Espíritos, não sendo outros senão as almas dos homens, não tinham a soberana sabedoria, nem a soberana ciência: que o seu saber estava limitado ao grau de seu adiantamento, e que sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Essa verdade, reconhecida desde o princípio, me preservou do grande escolho de crer na sua infalibilidade, e me impediu de formular teorias prematuras sobre o dizer de um só ou de alguns.” Wladimyr Sanchez – Universo Espírita – Fev 2004 – pg 9

AMOR MATERNO

890: Será uma virtude o amor materno, ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais? Uma e outra coisa. A Natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse de conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessários se tornam os cuidados. No homem persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além-túmulo. Bem vedes que há nele coisa diversa do que há no amor do animal.” O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – FEB – 80a edição – pg. 410

ANÁLISE DAS COMUNICAÇÕES

“... Todo médium que se aborrece com as críticas das suas comunicações faz-se eco do espírito que o domina, e esse Espírito não pode ser bom, desde que lhe inspira o pensamento ilógico de recusar o exame. (item 248) Submetendo-se todas as comunicações a rigoroso exame, sondando e analisando suas idéias e expressões, como se faz ao julgar uma obra literária e rejeitando sem excitação tudo o que for contrário à lógica e ao bom senso, tudo o que desmente o caráter do Espírito que se pensa estar manifestando, consegue-se desencorajar os Espíritos mistificadores que acabam por se afastar, desde que se convençam de que não podem nos enganar. Repetimos que este é o único meio, mas é infalível porque não existe comunicação má que resista a uma crítica rigorosa. Os Espíritos bons jamais se ofendem, pois eles mesmos nos aconselham a proceder assim e nada têm a temer do exame...”(item 266) O Livro dos Médiuns – Kardec – Lake – pg. 222 e 236

“O Sr. Allan Kardec propôs, como objeto de estudo, o exame aprofundado e detalhado de certos ditados, espontâneos ou outros, que se poderiam analisar e comentar, como se faz nas críticas literárias. Esse gênero de estudo, teria a dupla vantagem de exercer a apreciação do valor das comunicações Espíritas, e, em segundo lugar e por conseqüência mesmo dessa apreciação, desencorajar os Espíritos enganadores que, vendo todas as suas palavras criticadas, controladas pela razão, e finalmente rejeitadas desde que tenham um sinal suspeito, acabariam por compreender que perdem seu tempo. Quanto aos Espíritos sérios, poder-se-ia chama-los para pedir-lhes explicações e desenvolvimentos sobre os pontos de suas comunicações que tivessem necessidade de serem elucidados. A Sociedade aprovou essa proposição.”

Revista Espírita – Allan Kardec – Maio/1860 – IDE – 1a edição – pg. 131

ANDRÉ LUIZ E PREFÁCIO DE EMMANUEL

“Emmanuel explica, prefaciando Os Mensageiros de André Luiz, que o autor espiritual se serve de figuras analógicas para explicar fatos e coisas que não poderiam ser explicados de maneira fidedigna em nossa linguagem humana. São perigosas duas posições extremadas: a dos que não aceitam essas obras como válidas e a dos que pretendem substituir por elas as obras de Kardec. Os princípios da Codificação não podem ser alterados pela obra de um espírito isolado. A Codificação não é obra de vidência, mas de pesquisa científica realizada por Kardec sob orientação e vigilância de Espíritos Superiores.” Mediunidade – H. Pires – Paidéia – pg 25

ANIMAIS NA ERRATICIDADE

“ Sabe-se que não há animais errantes no mundo invisível, e que, conseqüentemente, não pode haver aparições de animais, salvo em caso em que um Espírito fizesse nascer uma aparência desse gênero, com um objetivo determinado, o que não seria sempre senão uma aparência, e não o Espírito real de tal ou tal animal...” Revista Espírita – Allan Kardec – 1861 – IDE – 1ª edição – p. 216 br>

ANIMAIS / ALIMENTAÇÃO DE CARNE DE...

“... Espíritos encarnados, estais submetidos a essa inevitável lei do progresso que vos impele fatalmente para frente e sempre para frente. Deus pôs os animais ao vosso lado como auxiliares para vos alimentarem, para vos vestirem e vos ajudarem. Deu-lhes um pequeno grau de inteligência porque, para vos auxiliar, precisam compreender, e condicionou essa inteligência aos serviços que devem prestar...” Erasto O Livro dos Médiuns – Kardec – Lake – item 236 – pg. 213 “Questão 723: A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza? Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme reclame a sua organização.” O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – FEB – pg. 343

ANJOS E A IGREJA CATÓLICA, (OS)

“Os Pais da Igreja e os teólogos geralmente ensinam que os anjos se distribuem em três grandes hierarquias ou principados, e cada hierarquia em três companhias ou coros. Os da primeira e mais elevada hierarquia são designados por nomes que decorrem das funções de desempenho no céu. Uns são chamados Serafins porque são como que chamejantes perante Deus pelos ardores da caridade; outros se chamam Querubins porque são um reflexo luminoso da sabedoria divina; e outros ainda se chamam Tronos porque proclamam a grandeza de Deus e a fazem resplandecer. Os da segunda hierarquia recebem os seus nomes em virtude das operações que lhes são confiadas no governo geral do Universo. São as Denominações que determinam os anjos das ordens inferiores e suas missões e os seus encargos; as Virtudes que atendem aos prodígios exigidos pelos grandes interesses da igreja e do Gênero humano; as potências que protegem pelo seu poder e a sua vigilância as leis que o mundo físico e moral. Os da terceira hierarquia exercem em partilha a direção das sociedades e das pessoas. São os Principados, prepostos dos reinos, das províncias e das dioceses; os Arcanjos, que transmitem as mensagens de elevada importância, os Anjos Guardiães que acompanham a cada um de nós velando pela nossa segurança e pela nossa santificação.” O Céu e o Inferno – Allan Kardec – LAKE – Cap. VIII – pg. 92

ANIMAIS NA ERRATICIDADE?

“ Sabe-se que não há animais errantes no mundo invisível, e que, conseqüentemente, não pode haver aparições de animais, salvo em caso em que um Espírito fizesse nascer uma aparência desse gênero, com um objetivo determinado, o que não seria sempre senão uma aparência, e não o Espírito real de tal ou tal animal...” Revista Espírita – Allan Kardec – 1861 – IDE – 1ª edição – p. 216

ANTIGO TESTAMENTO X NOVO TESTAMENTO

“Hebreus 8,6-7.13: Mas, agora, Jesus foi encarregado de um ministério tanto mais excelente quanto melhor é a aliança da qual é mediador, sendo esta legalmente fundada sobre promessas mais excelentes. Se, na verdade, a primeira aliança tivesse sido sem falhas, não teria cabimento ser substituída por uma segunda. Dizendo: aliança nova, Deus declarou antiquada a primeira. Ora, o que se torna antiquado e envelhece está próximo a desaparecer.

APARIÇÕES DE VIVOS

“... um Espírito encarnado pode aparecer, num momento de liberdade, num outro ponto diferente daquele onde repousa seu corpo, com seus traços habituais e com todos os sinais de sua identidade. Foi este fenômeno, do qual há exemplos autênticos, que motivou a crença dos homens duplos. Um efeito particular a estas ordens de fenômenos, é de que as aparições vaporosas e mesmo tangíveis não são perceptíveis indistintamente por todas as pessoas; os Espíritos não se mostram senão quando querem, e a quem o desejam. Um Espírito poderia, pois, aparecer numa assembléia a um ou a diversos assistentes e não ser visto por outros. Isso deriva de que tais espécies de percepções se efetuam pela vista espiritual, e não pela vista carnal; pois não somente a vista espiritual não é dada a todos, mas pode ser retirada, se for preciso, pela vontade do espírito, daquele a quem não quer se mostrar, como pode dá-la momentaneamente, se ele o considerar necessário. A condensação do fluido perispiritual nas aparições, mesmo até sua tangibilidade, não tem, pois, as propriedades da matéria comum; sem isso, se as aparições fossem perceptíveis pelos olhos do corpo, o seriam por todas as pessoas presentes.” Ä Gênese – Allan Kardec – LAKE – Cap. XIV – item 38 – pg. 254

APOCALIPSE E O EVANGELHO DE JOÃO

“ Cristianismo e Espiritismo – Leon Denis – FEB – 5ª edição – pg 277

APOCALIPSE / ESTILO APOCALÍPTICO

“Qualquer crítica, qualquer dano à glória do império e à pax romana é passível de morte em virtude da Lex Julia Laesae Majestatis, cujas sanções foram agravadas por Augusto. Então, o melhor é calar-se: todo mundo se comunica por meias palavras. Quando é necessário se expressar, utiliza-se uma linguagem dificilmente compreensível pelo invasor: os hebreus empregam o estilo apocalíptico e nomes fictícios para dizer o que eles pensam do império que os esmaga.” Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 34

APOCALIPSES

“...Entretanto, a verdade é que este livro se insere, por assim dizer, na seqüência dos muitos apocalipses, que, naquele tempo, eram publicados na Judéia . Houve, na Judéia, uma fase apocalíptica, assim definida pelos historiadores do Cristianismo, por aqueles que pesquisaram o processo do advento e propagação do Cristianismo em nosso mundo. E que continuam estudando até hoje, descobrindo novos materiais de estudo, novas inscrições, novos documentos, que possam ir esclarecendo, pouco a pouco, como nasceu e se propagou o Cristianismo. O que se sabe em definitivo, desde as pesquisas de Renan até as atuais, é que na era apocalíptica, se deu pelo menos uns cem ou mais apocalipses, que se propagaram por toda a Judéia. Todos eles referiam-se a fatos espantosos, a calamidades terríveis, que iam abater-se sobre Jerusalém, sobre a Cidade Santa, sobre a Terra e iriam transformar o mundo. Entretanto, o Apocalipse de João foi o que mais sobressaiu, por ter sido aquele que o recebeu uma figura exponencial do Cristianismo nascente e um Apóstolo que nos mostrou, principalmente pelo seu Evangelho (O Evangelho de Jesus segundo João) a grandeza de seu Espírito e, ao mesmo tempo, de sua inteligência. ...Não obstante, os historiadores do Cristianismo acham que este Apocalipse se refere, particularmente, à época do Império Romano.” No Limiar do Amanhã – Herculano Pires – Ed. Camille Flammarion – 1a edição – pg144

ASHREI / EM MARCHA!

“... A primeira palavra do Sermão da Montanha constitui-se no principal obstáculo à compreensão da mensagem de Jesus. Makarioi (bem-aventurado), segundo o texto grego, orienta todos os tradutores na pista errada de supostas beatitudes adquiridas por antecipação, enquanto elas só serão realizadas plenamente no reino de Deus. “Felizes, bem-aventurados”, repetem todos os tradutores de todas as línguas e dialetos de todos os séculos, exemplo típico de uma interpretação que aplica em uma palavra supostamente conhecida um sentido diferente daquele que tinha originalmente. Porque Jesus não diz a palavra makarioi, ele pronuncia a palavra hebraica ASHREI, primeira palavra dos Salmos 1 e 119. Mateus, imperturbavelmente fiel às traduções do judaísmo helenístico, traduz ashrei por makarioi, segundo a equivalência imposta pelo uso da LXX. Durante mais de dois séculos, os tradutores gregos da Bíblia Hebraica já liam automaticamente makarioi onde o texto hebraico diz ashrei. Fazendo isto, eram fiéis as suas tendências apologéticas e sincretistas: a filosofia grega, pensavam, não é a única a poder propor ao homem o ideal hedonista da felicidade. Ashrei repete-se 43 vezes na Bíblia hebraica. Esta exclamação (no plural), tem com radical ashar, que não evoca uma vaga felicidade de essência hedonista, mas implica uma retidão (yashar) do homem marchando na estrada sem obstáculos que leva a Deus e, aqui, em direção ao reino de Deus. Todos os dicionários etimológicos do hebraico bíblico dão como primeiro sentido ao radical ashar o de MARCHAR; ser feliz é um sentido secundário e tardio. Jesus não tem a crueldade de declarar felizes a multidão de deserdados, de opositores condenados pelas legiões romanas, por qualquer coisa que digam, ao suplício da cruz ou, na melhor das hipóteses, à escravidão nas galés ou nos bordéis do império. Não se chamam de felizes os homens enviados às torturas, aos massacres ou aos genocídios deste mundo. Jesus, a exemplo do salmista, convida esses homens a se porem “em marcha” na direção do reino de Deus, do qual Ele lhes traz a esperança e lhes abre a porta, introduzindo em seus corações a certeza e a dinâmica da salvação universal.” Matyah – André Chouraqui – Imago – pg.85

ASSISTENCIALISMO E DOUTRINA ESPÍRITA

“...Você mudou sua forma de ver o Espiritismo depois disso, ou não tem nada a ver uma coisa com a outra? Mudei sim. Sabe, eu tinha uma reserva, essa coisa de sopa, distribuição de alimentos e eu falava: será que precisa de uma coisa tão assistencialista assim? E o Chico tem uma frase que eu acho muito boa, ele fala assim: ‘Se uma casa está pegando fogo, a gente deve cruzar os braços e esperar pelos bombeiros, ou a gente pode pegar uns baldes e tentar apagar o incêndio?’, ele fala isso, e eu comecei a ver que o Espiritismo conseguiu formar um círculo de solidariedade no Brasil que movimenta tanta gente, com tanto projeto bom, que isso é fundamental para o Brasil. Sabe, isso ajuda muita gente, tem desde tratamento odontológico de graça até médico de graça, alfabetização, tudo, partos e partos. Quando o Chico foi indicado para o Nobel da Paz, em 81, foram enviados 120 quilos de documentação à Noruega. Só em Fortaleza a renda dos livros permitiu que se fizessem milhares de partos, isso em 82, grátis. ...Ah! Que beleza! Que bonito! Então, a pessoa pode não acreditar, ser absolutamente céptico e dizer: ‘Eu não acredito em espírito, eu não acredito em vida depois da morte, nada disso’, mas, uma coisa de que ela não pode duvidar é da importância do trabalho social que o Espiritismo desenvolve. Entrevista de Marcel Souto Maior, biógrafo de Chico Xavier a Marília Gabriela em 22/5/95, na TV CNT. Anuário Espírita – IDE – 1996 – pg.115 e seguintes

ÁTOMO AO ARCANJO

“... É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado Espírito ainda não pode apreender em seu conjunto.” Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Q. 540 – FEB – pg. 274

ATUALIZAÇÃO DOUTRINÁRIA?

“Todo o esquema da Doutrina Espírita apresenta-se harmonioso, perfeitamente conjugado em seus diferentes aspectos, antecedendo as conquistas em marcha nos vários setores do conhecimento. É por isso que não se pode falar em atualização do Espiritismo sem demonstrar ignorância doutrinária. Atualiza-se o que caducou, o que foi superado pela evolução, o que pertence ao passado. A própria linguagem da Codificação não comporta modificações pretensamente renovadoras. Se assim não fosse, teríamos de considerar como fracassados os Espíritos superiores que a revelaram e que, desde o princípio, indicam a sua função de plataforma do futuro.” Na Hora do Testemunho – Herculano Pires – Paidéia – 1a edição – pg. 58

AUTO-ANÁLISE

“O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor. Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima. Espírita que não progride durante três anos sucessivos (?) permanece estacionário. Testa a paciência própria: Estás mais calmo, afável e compreensivo? Inquire tuas relações na experiência doméstica: Conquistastes mais alto clima de paz dentro de casa? Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: Colaboras com mais euforia na seara do Senhor? Observa-te nas manifestações perante os amigos: Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes? Reflete em tua capacidade de sacrifício: Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente? Pesquisa o próprio desapego: Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres? Usas mais intensamente os pronomes nós, nosso e nossa e menos os determinativos eu, meu e minha? Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros? Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma? Dissipaste antigos desafetos e aversões? Superaste os lapsos crônicos de desatenção e negligência? Estudas mais profundamente a Doutrina que professas? Entendes melhor a função da dor? Ainda, cultivas ações aos necessitados com mais abnegação? Tens orado realmente? Teus ideais evoluíram? Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança? Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras? Evangelho é alegria no coração: Estás, de fato, mais alegre e feliz, intimamente, nestes três (?) últimos anos? Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo! Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que não te vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor. Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida. Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária. Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...” Espírito André Luiz – Opinião Espírita – Edição CEC – 2a edição – Waldo Vieira

BATISMO / TEBILA

“Essa imersão (tebila em hebraico) consistia em mergulhar, inteiramente nu, nas águas de um rio ou de uma piscina ritual. Era um rito de purificação que restabelecia a presença de Iaweh naquele que se submetia a esse ritual, e apressava sua total libertação. Esse rito era e continua a ser praticado pelos hebreus para sua purificação. Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 46

BATISMO, IGREJA CATÓLICA E REENCARNAÇÃO

“A Igreja Católica adota o batismo de água – o primeiro de seus Sete Sacramentos -, destinado a apagar o Pecado Original que todo homem herdou de seus primeiros pais – Adão e Eva. Há nessa cerimônia, embora não admitida pelo clero, uma clara alusão às vidas anteriores da alma. Pois, se admitirmos, como a Igreja, que a alma é criada com o corpo, esta alma não teria nenhuma relação, ou culpa, do pecado de seus primeiros pais, desde que ela não existia naquela época. O Pecado Original, portanto, pode ser interpretado como sendo os vícios que a alma traz de suas existências anteriores.” Valentim Lorenzetti Anuário Espírita – 1969 – pg.277

BEZERRA, ROMANCES E PARÁBOLAS

“Mas porque vimos decifrando certa inércia mental entre os aprendizes atuais da Terceira Revelação, eis-nos aderindo a um movimento de reexplicações daquilo mesmo que há mais de um século foi dito e que agora procuraremos algo encenar ou romantizar, a fim de divertir uma geração enquanto tentamos instruí-la no melindroso assunto, geração que não dispensa a positivação dos exemplos. Aliás, o exemplo será, efetivamente, o melhor método... e gostamos de aplica-lo sempre no-lo permita o ensejo, por mais fácil reter o aprendiz, na memória, o ensinamento necessário, através dele. Há dois mil anos, o Mestre da Seara em que miltamos criou a suavidade das Parábolas, cujos atraentes rumores ainda ecoam em nossa sensibilidade, ensinando-nos lições inesquecíveis.” Dramas da Obsessão – Bezerra/Yvonne A. Pereira – FEB – 8a edição – pg. 11

BOM COMBATE, O

“... o que mais temos dentro de nós são sensações negativas e deformadas, trazidas do passado. Por isso, é muito mais fácil sintonizar com o negativo do que com o positivo. Agora, como livrar-se? Isto já é mais difícil. Com exercícios diários e constantes de auto-reforma interior. Meditando e orando muito. Pedindo aos amigos espirituais que nos mostrem as coisas erradas que há dentro de nós para que possamos eliminá-las. Aceitando a nossa própria realidade de seres inferiores e cheios de mazelas morais e tentando nos melhorar, dia a dia. É uma luta enorme, difícil. Mas é o que nos cabe fazer. Não adianta querer ser bom e puro de uma hora para outra. Há que trabalhar, e muito mesmo. Carregamos séculos de erros e alguns anos (na existência atual) de boas intenções. É claro que não podemos mudar sem esforço.” Diversidade dos Carismas – Vol II – Hermínio Miranda – Arte e Cultura – 1ª edição – pg 176

BÍBLIAS, TIPOS DE

“As Bíblias hebraica, católica e protestante diferem quanto à inclusão dos livros sagrados. A Tanach, Bíblia hebraica, contém somente os 39 livros, escritos em hebraico do Antigo Testamento. A protestante acrescenta os 27 livros do Novo Testamento. A versão católica tem todos os livros da protestante e mais sete livros escritos em grego do Antigo Testamento (não aceitos pelos judeus): Tobias, Judite, sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester, e dois capítulos de Daniel.” Universo Espírita – Sérgio F. Aleixo – Maio 2004 – pg. 18

BUDA X CRISTO

“A concepção espírita vai mais longe e mais fundo, negando ao homem atual o direito de isolar-se do mundo para buscar a Deus, e portanto de buscar a Deus ou aos poderes espirituais através de processos artificiais. O meio natural de evolução, para o homem e para todas as coisas e todos os seres, é a RELAÇÃO. Se nos afastamos do relacionamento social e cultural para nos elevarmos, estamos nos colocando em posição errada e tomando um caminho ilusório. A busca solitária de Deus é um ato egocêntrico e preferencial. O místico vulgar não mergulha em si mesmo para encontrar em Deus a relação com o mundo, como o fez Descartes, mas, pelo contrário, para desligar-se do mundo e ligar-se isoladamente a Deus. Não é guiado pelo amor à Humanidade, mas pelo amor a si mesmo... A diferença absoluta entre a posição do Cristo e a posição de Buda e das chamadas religiões orientais é praticamente essa. Enquanto o Buda abandona o mundo para buscar Deus na solidão, o Cristo mergulha no mundo para religar os homens a Deus.” Agonia das Religiões – H . Pires – Paidéia – pg. 33

CANÃA E SUA CONQUISTA

“ A conquista brutal de Canãa, o incêndio impiedoso de seus castelos, a violação de seus templos por ordem de Iavé, um deus sanguinário que se deliciava com as ofertas de carne assada e, não podendo come-las, aspirava sua fumaça e o seu cheiro com a gula de Moloc, ainda nos incitam a novas atrocidades”. Adão e Eva – Herculano Pires – Paidéia – 2a edição – pg. XII

CAPELA, BANIMENTOS E COISAS DO GÊNERO

“ ...Quando todos os povos estiverem no mesmo nível, no tocante ao sentimento no bem, a Terra será ponto de reunião exclusivamente de bons Espíritos, que viverão fraternalmente unidos. Os maus, sentindo-se aí repelidos e deslocados, irão procurar, em mundos inferiores o meio que lhes convém, até que sejam dignos de volver ao nosso, então transformados...” O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – FEB – 80a edição – Questão 789 - pg.369

CARIDADE – EGOÍSTA SÁBIO X EGOÍSTA TOLO

“Se você tentar dominar seus impulsos egoístas – raiva e assim por diante – e desenvolver mais bondade e compaixão pelos outros, no fim você mesmo estará se beneficiando mais do que estaria de outra forma. Por isso às vezes digo que o egoísta sábio deveria praticar desse modo. Os egoístas tolos estão sempre pensando em si mesmos, e o resultado disso é negativo. Os egoístas sábios pensam nos demais, ajudam-nos o quanto podem, e o resultado é que também eles recebem benefícios.” O Livro Tibetano do Viver e do Morrer – pg. 132

CARIDADE MATERIAL

“... Mesmo no meio espírita, muitas pessoas não compreendem o sentido da filantropia espírita, entendendo que ela se confunde com os remendos de consciências das esmolas dos ricos. A verdade, porém, é que a caridade é o único antídoto eficaz do egoísmo, esse corrosivo psíquico, que envenena os espíritos e toda a sociedade. A prática da caridade é o aprendizado necessário do altruísmo, é o treinamento moral das criaturas em expiação e prova, com vistas ao mundo de regeneração. O Espírito e o Tempo - H. Pires – Edicel – pg.176

CARNAVAL

“Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer apologia da loucura generalizada que adormece as consciências nas festas carnavalescas. É lamentável que na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhes a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhes as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com os títulos da civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos prodigalizando-lhes os bens físicos inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer. Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso da treva nos corações e às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever. É estranho que as administrações elementos de governos colaborem para que se intensifiquem a longa série de lastimáveis desvios de espíritos fracos, cujo caráter ainda aguarda o toque miraculoso da dor para aprender as grandes verdades da vida. Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices cheias de necessidades e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austeros dos deveres sociais e divinos. Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho. Ao lado dos mascarados de pseudo alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Porque protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro de suas possibilidades para que possamos reconstituir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas. É incontestável que a sociedade pode, com seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.” Emmanuel Universo Espírita – Fev 2004 – pg 16

CÉREBRO / INSTRUMENTO MATERIAL DA MENTE

“... Esta análise do papel dos médiuns e dos processos pelos quais se comunicam é tão clara quanto lógica. Dela decorre o princípio de que o Espírito não se serve das idéias do médium, mas dos materiais necessários para exprimir os seus próprios pensamentos, existentes no cérebro do médium, e de que, quanto mais rico for o cérebro, mais fácil se torna a comunicação. NT: Porque os Espíritos se referem ao cérebro e não a mente, nessas explicações, e Kardec segue a mesma linha nas suas observações? Porque estão explicando o processo de manifestação, que implica a materialização do pensamento.” O Livro dos Médiuns – Kardec – Lake – item 225 – pg. 198

CÉREBRO, LESÃO CEREBRAL E CONSCIÊNCIA?

“Concluía o autor citando outros casos do mesmo gênero, ainda mais extraordinários, entre os quais o muito conhecido de um suboficial da guarnição de Antuérpia, que havia dois anos se queixava de persistente dor de cabeça, o que, entretanto, nunca o impedira de cumprir os deveres do seu posto. Tendo morrido, subitamente, procederam-lhe à autópsia do cérebro e descobriram que um abscesso de evolução lenta lhe reduzira todo o órgão cerebral a uma papa de pus.” O Que É A Morte – Carlos Imbassahy – Edicel – 5a edição – pg.76 “Está nesse caso o Dr. Wilder Penfield, da McGill University, em Montreal, Canadá, que, após fazer inúmeras operações pelas quais removeu porções consideráveis do cérebro humano, verificou que a mente continua a funcionar. O fenômeno é conhecido de longa data. Muitas autópsias têm revelado cérebros praticamente destruídos, que não mais podiam servir de suporte ao pensamento, e que, não obstante, continuavam o seu curso, como se tudo estivesse normal. Há sobre isso uma narrativa dramática e pungente, escrita com muita emoção por um dos grandes autores do nosso tempo: John Gunther. Descreve ele a longa agonia de um filho genial, com o cérebro atacado pelo câncer. A cada avanço da moléstia terrível, uma porção da massa é sacrificada e, a despeito de ficar reduzida a uma fração do que era, o menino continua a raciocinar lucidamente, até que, afinal, a morte inevitável sobreveio.” Reencarnação e Imortalidade – Hermínio Miranda – FEB – 2ª edição – pg 139

CHICO É KARDEC?

“O Gênio Céltico e o Mundo Invisível coroa magistralmente a obra do Mestre. Nele deparamos, colhidas ainda em 1925, múltiplas comunicações do próprio Allan Kardec e, por isso, nesse livro Denis reconhece, uma vez mais, que sua obra é devida sobretudo à colaboração dos amigos espirituais. Foi – escreve – sob a instigação do espírito de Allan Kardec que eu realizei este trabalho. Nele se encontra uma série de mensagens que ele nos ditou por incorporação, em condições que excluem qualquer dúvida.” Léon Denis – Apóstolo do Espiritismo. Anuário Espírita – 1969 – pg. 229 “... recentemente traduzimos o livro de Mademoiselle Claire Baumard, que foi sua secretária e amiga fiel nos anos de sua cegueira, isto é, de 1918 até a sua morte. As revelações contidas em Léon Denis Intime e outras do próprio Denis, contém informações imensamente curiosas. Até 1925, por exemplo, o Espírito de Allan Kardec se comunicava nas sessões de Denis, em Tours, como se vai ler no livro que entregamos à Edicel Editora. Em Le Génie Celtique et le Monde Invisible, ainda não lançado em português porque, na obra de Denis esse é um livro que interessa mais particularmente aos celtas, aos franceses, etc., encontramos um grande número de comunicações de Kardec, quase sempre presente às reuniões do grupo de Tours. E a prova de que era realmente o Professor Rivail, pode ser tida por este episódio: Dennis fora convidado para ser o Presidente do Congresso Espírita Internacional de 1925, como de resto o foi. Ora, em uma das sessões em Tours, logo após ter recebido o convite, apresentando-se o Espírito de Kardec, Denis reclamou: estava velho, cego, enfermo; a viagem a Paris era muito cansativa e, também, cansativo, seria o Congresso Espírita Internacional. Porque não convidavam Camille Flammarion? E lá veio a resposta de Kardec, rápida e seca: Camille Flammarion não estará lá! Denis encheu-se de espanto: Mas como? Flammarion não participaria do Congresso? E o Espírito de Kardec, sem dar mais explicações: Camille Flammarion não estará lá! E sucedeu que, realizando-se o Congresso de 6 a 13 de setembro de 1925, não pode realmente ser assistido por Camille Flammarion, que desencarnara, inesperadamente, no Observatório de Juvissy, em julho. Aí está uma prova provada. Entretanto não apenas Kardec comparecia às sessões de Tours. Também, e regularmente, o Espírito de Jerônimo de Praga que era o guia espiritual de Denis.” Wallace Leal V. Rodrigues – Anuário Espírita – 1973 – pg.78


CHICO É KARDEC? II

“Em 1925, quando se reuniu em Paris o Congresso Espiritualista Internacional, o próprio Kardec, através de comunicações mediúnicas, teve de forçar Léon Denis, já velho e cego, a sair de Tours, na província, para defender o Espiritismo dos enxertos que lhe pretendiam fazer os representantes de várias tendências, com a aceitação ingênua de ilustres mas desprevenidos militantes espíritas. Todos eles professavam inabalável fidelidade à Doutrina, mas concordavam com a tese de que esta deveria avançar dos limites kardecianos. Denis foi o baluarte da resistência e venceu a batalha, mas sozinho, também ele solitário.” Na Hora do Testemunho – Herculano Pires – Paidéia – 1a edição – pg. 13

CIÊNCIA, FONÓGRAFO E PALAVRA FINAL

“Em 11 de março de 1878 assistia à sessão da Academia de Ciências (da França – Paris), de hilariante memória, em que o físico Du Moncel apresentou o fonógrafo de Édison à douta assembléia. Feita a apresentação, pôs-se o aparelho docilmente a recitar a frase registrada no cilindro. Viu-se, então, um acadêmico de idade madura, o espírito penetrado e mesmo saturado das tradições de sua cultura clássica, revoltar-se nobremente contra a audácia do inovador, atirar-se ao representante de Édison e agarrá-lo pela gola, gritando: ‘Miserável! Não nos deixaremos ludibriar por um ventríloquo!’ Este membro do Instituto chama-se Bouillaud! O mais curioso ainda, é que seis meses depois, em 30 de setembro, numa sessão análoga, ele timbrou em declarar que, após judicioso exame a que procedera, ficara convencido de que, no fonógrafo, não havia para ele senão ventriloquia e que não se podia aceitar a substituição do nobre aparelho da fonação humana por um vil metal. Na sua opinião, o fonógrafo não era senão uma ilusão de acústica.” A Morte e o Seu Mistério – Camille Flammarion – FEB – 3ª edição – Vol I – pg. 188

CIÊNCIA E SABEDORIA POPULAR

“Entre o homem humilde que, singelamente, se rende à evidência dos fatos e o orgulhoso cientista para o qual os fatos têm que se encaixar nas suas teorias prediletas, a gente prefere ficar com aquele. A criatura humana que, no silêncio de seu coração, recebeu amorosa mensagem de um ente querido, perfeitamente identificado, que passou para ‘o lado de lá’, não precisa de provas de laboratório nem de teorias parapsicológicas para aceitar a verdade que tem diante de si. Afinal de contas, é uma verdade tão nítida, tão pura, tão singela e ao mesmo tempo tão tremenda: que o Espírito sobrevive à desagregação do corpo físico.” Sobrevivência e Comunicabilidade dos Espíritos – Hermínio Miranda – FEB – 1ª edição – pg 231

CIÊNCIAS, OUTRAS CIÊNCIAS E PSIQUISMO

“O estudo do Psiquismo requer vasto conhecimento, porque intervém em quase todas as Ciências. Se há uma perturbação do espírito estamos na órbita da Psiquiatria; se no fenômeno se apresentam os propulsores, podemos dizer que estamos no domínio da Mecânica; se há levitações, transportes, alterações de peso, relações com os corpos, luminosidades, estaremos no terreno da Física; se o Espírito toma a forma somática, com os órgãos e funções, aí estaremos às voltas com a Anatomia e Fisiologia; no estudo da realidade do fenômeno, pelo número de acertos, caímos, pelo cálculo das probabilidades, em plena Matemática; assegurando que o ser peregrina por diversos mundos animados, vamos aos mistérios da Astronomia.” Hipóteses em Parapsicologia – Carlos Imbassahy – Eco – 2ª edição – pg.22

CIRENEUS,ESPÍRITOS COMO?

“Os Espíritos atuam como cireneus e não como solucionadores que tomassem sobre os ombros a responsabilidade, os compromissos e as tarefas dos seus protegidos.” Médiuns e Mediunidade – Espírito Vianna de Carvalho (Divaldo) – Arte e Cultura – 1a edição – pg.80

CODIFICAÇÃO

“As bases do Espiritismo já são hoje inabaláveis: os livros escritos com clareza e postos ao alcance de todas as inteligências serão sempre a exata expressão do ensino dos Espíritos, que o transmitirão intacto às futuras gerações.” Obras Póstumas - Kardec – Lake – pg 206

CODIFICAÇÃO É A BASE

“A obra de Kardec é a bússola em que podemos confiar. Ela é a pedra de toque que podemos usar para aferir a legitimidade ou não das pedras aparentemente preciosas que os garimpeiros de novidades nos querem vender. Essa obra repousa na experiência de Kardec e na sabedoria do Espírito de Verdade. Se não confiamos nela é melhor abandonarmos o Espiritismo. Não há mestres espirituais na Terra nesta hora de provas, que é semelhante à hora de exames numa escola do mundo. Jesus poderia nos responder, diante da nossa busca comodista de novos mestres, como Abraão respondeu ao rico da parábola: Porque eu deveria mandar-vos novos mestres, se tendes convosco a Codificação e os Evangelhos?” Mediunidade – Herculano Pires – Edicel – 4ª edição – pg 28


COMA E LUCIDEZ

“ Na agonia, o organismo está por tal forma abalado no seu equilíbrio, que a desordem se torna incompatível com a continuação da vida. Essa crise catastrófica do corpo determina o aniquilamento da função do pensamento ( coma ) e, no entanto, muitíssimas vezes, pouco modifica a consciência, que se conserva lúcida no desarranjo acelerado das funções. O agonizante percebe o racionalmente imperceptível, revela a realidade inacessível ao meio intelectual dos que o rodeiam.” O Que É A Morte – Carlos Imbassahy – Edicel – 5a edição – pg.75

CONCENTRAÇÃO NAS REUNIÕES

“A palavra concentração sugere um esforço mental contínuo para se manter o pensamento fixado numa imagem. Isso prejudicaria os trabalhos mediúnicos, criando um ambiente de tensão mental exaustiva. Não é de tensão, de esforço cansativo que se necessita, mas de afrouxamento e despreocupação. Todos devem voltar o seu pensamento para um alvo superior, geralmente Jesus ( pois pensar em Deus é mais difícil) e todos devem manter a idéia de Jesus na mente, sem esforço ou preocupação, como quem se lembra saudoso de um amigo distante. Esse estado mental de lembrança, não de uma imagem ou figura de Jesus, mas da sua pessoa, dos seus atos, dos seus ensinos e do que ele representa para nós, deve ser mantido no decorrer da sessão...” Mediunidade – Herculano Pires – Edicel – 4ª edição – pg 51

CONCÍLIO DE NICÉIA

“... Conferia ao poderoso Espírito, a que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor sobre ela recaía e assegurava o seu poder. Nisso esta o segredo da sua adoção pelo concílio de Nicéia. As discussões e perturbações que suscitou essa questão, agitaram os espíritos durante três séculos e só vieram a cessar com a proscrição doa bispos arianos, ordenada pelo imperador Constantino, e o banimento do papa Líbero que recusava sancionar a decisão do Concílio. A divindade de Jesus, rejeitada por três concílios, o mais importante dos quais foi o de Antioquia (269), foi, em 325, proclamada pelo de Nicéia, nestes termos: ‘A Igreja de Deus, católica e apostólica, anatematiza os que dizem que houve um tempo em que o Filho não existia, ou que não existia antes de haver sido gerado’. Cristianismo e Espiritismo – Leon Denis – FEB – 5ª edição – pg. 75

CONCÍLIOS E SUAS REPRESENTATIVIDADES

“... Esses concílios foram o de Nicéia (325), com 315 orientais e 3 ocidentais; o de Constantinopla (381), 149 orientais e 1 ocidental; o de Éfeso (431), 67 orientais e 1 ocidental; o do Calcedônia (451), 350 orientais e 3 ocidentais; os dois de Constantinopla, em 553, com 158 orientais e 6 ocidentais, e em 680, com 51 orientais e 5 ocidentais. Ao todo, 1109 do Oriente, e 19 do Ocidente.” O Papa e o Concílio – Janus – Ed. Leopoldo Machado – 1ª edição – vol 1 – pg. 102

CONCÍLIOS, HISTÓRIA DOS

Deformações do Cristianismo através dos séculos e como o Cristianismo primitivo se transformou no Catolicismo Romano. Hilda Fontoura Nami Não cabe aqui fazer crítica desvairada contra a religião católica, mas tecer uma visão histórica da implantação da mensagem consoladora de Jesus, a religião da igualdade e da fraternidade, asfixiada pela intolerância dos homens, ávidos de poder temporal. A luz que Jesus havia trazido acabou sendo apagada e a humanidade recaiu na obscuridade. A crença em um ser superior sempre esteve presente na história da humanidade. E a religião desempenha papel muito importante para nortear as pessoas. Mas ela nem sempre foi usada para indicar o caminho certo e levar ao bem comum. Na Antigüidade era usada para amedrontar as pessoas e manter convenientemente o poder sobre elas, ditando os passos a serem seguidos. Com o advento do Cristianismo, pela primeira vez na história da humanidade, alguém trouxe uma mensagem desprovida das ameaças ditadas pelo orgulho e o egoísmo. Jesus exaltou a humildade, o respeito às pessoas independente de seu talento ou posição social e, acima de tudo, enalteceu o Amor. No entanto, os cristãos passaram a ser detidos, queimados vivos ou estraçalhados pelas feras, nas arenas dos anfiteatros. Não obstante, a firmeza com que enfrentavam o sofrimento contribuía para atrair novos adeptos. Assim, a propagação do Cristianismo se acentuou no século III (anos 201 a 300). No início do século, o imperador Constantino reunificou o Império Romano e governou entre 313 e 337. A partir daí, tudo mudou. Os humildes cristãos mudaram a linguagem e logo se viu esse pretenso reino do outro mundo tornar-se neste, sob um chefe visível, o mais violento despotismo. As figuras mudaram de lugar, os perseguidos passaram a perseguidores. Abaixo, uma cronologia dos fatos históricos, para resumir e facilitar o entendimento: Ano 313 - Constantino assinou o Edito de Milão, concedendo liberdade religiosa aos cristãos. Ano 318 – Por influência pagã havia muito luxo nas igrejas. Nessa ocasião foram substituídos os sacrifícios de animais em louvor a Deus. Em lugar deles, foi instituída a missa, onde seria realizado, como sacrifício, o que se chamou “eucaristia”, sendo considerado “hóstia”, isto é, vítima, o corpo e o sangue de Jesus, representados pelo pão e vinho. Ano 320 – Ocorrem divergências entre Árius e o bispo Alexandre, de Alexandria, e seu assistente Atanásio. Na ocasião, o princípio da trindade divina era adotado por todas as religiões da antigüidade, menos pelo judaísmo e pelo budismo. Discutia-se a igualdade entre o Pai e o Filho e mais a terceira pessoa, representada por uma pomba branca. Árius dizia: “O Filho não é co-eterno com o Pai. Se o Pai gerou o Filho, houve um tempo em que o Filho não existia”. O bispo Alexandre tentou condenar o que entendia ser um erro de Árius, convocando um Concílio nesse ano, com os bispos do Egito e da Líbia. Nele, decidiu-se pela excomunhão de Árius. Árius não aceitou a reprimenda e foi procurar apoio na Palestina e na Bitínia. Apoiado por Eusébio de Cesaréia, ex-discípulo de Orígenes e os patriarcas da Ásia Menor e do Oriente, Árius foi reabilitado e anuladas as decisões de Alexandria. Ano 325 – Em 20 de maio, Constantino convoca o Concílio de Nicéia. Apesar de não ser nem batizado, preside os trabalhos do Concílio em seu trono de ouro. Constantinopla foi colocada sob grande pressão política, resultante da presença do imperador e de sua guarda. Poucos bispos dentre os que compareceram participaram da tomada de decisão. Compareceram 1.800 bispos, mas com Constantino votaram somente 300 bispos (homens iletrados, simples, incapazes de compreender o que se passava). Deixaram o Concílio sem entender que estavam alterando as bases do Cristianismo. Quando Árius levantou-se para falar, muitos se retiraram tapando os ouvidos “para não ouvir heresias”... O Concílio de Nicéia tomou as seguintes resoluções: - Jesus passa a ser Deus.( A igreja do Oriente liderada por Orígenes defendia a condição humana do Cristo). - Aprovação do dogma da Santíssima Trindade. - Para o Cristianismo, modificado e denominado Catolicismo, a ressurreição da carne ocorreria, como para os judeus, no dia do juízo final. - Negada a preexistência da alma, afirmando ser criada no momento da concepção, juntamente com o corpo (A negação da preexistência da alma abriria caminho para, mais tarde, como efetivamente ocorreu, eliminar a teoria da reencarnação). - Fixação de um código penal para os cristãos. - Condenação da igreja do Oriente. Constantino atacou os “hereges”, denominando-os inimigos e opositores da Verdade e da Vida. Determinou o confisco e a destruição das obras de Árius e a consulta a elas poderia ser punida com a morte. Árius morreu envenenado. Ano 364 – Concílio em Laodicéia - Dos 72 evangelhos conhecidos na época, somente 4 são selecionados e os demais considerados apócrifos. Ano 370 – Papa Ambrósio (depois santo da Igreja Romana) começou a propagar o culto às relíquias dos santos e mártires. Isso desencadeou verdadeira caça às relíquias, criando, por muito tempo, um próspero comércio dentro e fora da igreja. Ano 381 – Concílio de Constantinopla – Decidiu sobre a divindade do Espírito Santo e é declarada nova condenação aos defensores do Arianismo. Constantinopla passa a ser a capital do Império Romano do Oriente. A sede da igreja em Constantinopla (ou Bizâncio) – Segunda Roma – recebeu proeminência sobre as sedes de Jerusalém, Alexandria e Antioquia. O Imperador Teodósio decreta o Cristianismo como religião oficial do Império. E através de outro decreto, intitulou o bispo de Roma como sendo o Papa da igreja e sucessor do apóstolo Pedro. Ano 431 – Concílio de Éfeso – O papa é Celestino I. Decisões principais: definição do dogma da maternidade de Maria. Condenação do pelagianismo (de Pelágio), que negava os efeitos do pecado original. Ano 500 – Sacerdotes começam a vestir-se de forma distinta da dos leigos. Ano 525 – Uma doutrina originária da Pérsia, o Mitraísmo, se difundira por todo o Império Romano e havia criado o paramento de cabeça de seus sacerdotes pagãos. Os bispos católicos então passaram também a adotar a mitra sobre a cabeça. Há vários séculos, os adeptos desse culto comemoravam com grandes festividades, no dia 25 de dezembro (solstício de inverno), o dia do deus Sol. Eram de tal importância essas comemorações que no ano 525, a Igreja Romana, visando a redução do envolvimento dos cristãos nesse evento, resolveu adotar essa mesma data como a da comemoração do nascimento de Jesus, em substituição aos festejos dedicados a aquele deus pagão. Ano 526 – É instituída a Extrema-Unção. Ano 529 – São encerradas as escolas gregas e suas filosofias condenadas. Ano 553 – Quinto Concílio de Constantinopla . Efetivada a condenação oficial às idéias de Orígenes, pelo Imperador Justiniano, em Constantinopla, sem o apoio e a presença do Papa. Assim, a doutrina das vidas sucessivas e da preexistência da alma são anatematizadas. A reencarnação existiu sempre como verdade, inclusive no cristianismo, já que as demais religiões aceitavam pacificamente tal postulado. Os textos evangélicos à luz da reencarnação tornam-se mais claros e lógicos. Os interesses pessoais e políticos fizeram com que , neste ano de 553, tais citações fossem retiradas, dos evangelhos, apesar de algumas permanecerem, como a conhecida passagem com Nicodemos ou o diálogo entre Jesus e seus discípulos a respeito do cego de nascença. Também em Mateus, 17, vers. 11 e seguintes, consta: Por que diziam os escribas que importava vir Elias primeiro ? Jesus respondendo lhes disse: Elias já veio e não o reconheceram. Então eles entenderam que era de João Batista que Ele lhes falara. Ano 593 – Face às dificuldades de justificar a pena do “fogo eterno” para os pecados de menor importância, foi aprovada a existência do Purgatório, como local de expiação temporária. Mais um dogma estabelecido sem qualquer amparo ou referência nas Escrituras ou nos ensinamentos de Cristo. Ano 600 – O Latim é usado nas orações e cultos, imposto por Gregório I. Ano 607 – O Papa Bonifácio III cria o Papado. Desde o ano 58 AC já se festejava, com fogueiras, o solstício de Verão (tempo em que o Sol, tendo se afastado ao máximo do Equador, começa a aproximar-se novamente). Comemoravam a aproximação do Sol no Hemisfério Norte, a fertilidade da terra e das colheitas. Isso ocorria todos os anos de 21 a 24 de junho. Nessa ocasião, o catolicismo associou esse evento ao nascimento de João Batista, comemorado em 24 de junho. João era primo de Jesus. Assim, a antiga festa pagã tornou-se um acontecimento religioso. Ano 756 – a pedido do Papa e em retribuição a favores recebidos da Igreja, Pepino, o Breve derrotou os bárbaros lombardos do norte da Itália, que ameaçavam a cidade de Roma. Então doou à Igreja parte do território tomado dos vencidos e o Ducado de Roma, formando o que se denominou o Patrimônio de São Pedro (hoje o Estado do Vaticano). Ano 787 – Concílio de Nicéia II – Contra a opinião dos iconoclastas, decide que há sentido na veneração das imagens e recomenda o culto a elas. Ano 1054 – No século X, no Império do Oriente, denominado Império Bizantino, o Imperador, contrariando a posição do Papa Leão III determinou a destruição de todas as imagens ou ícones e que o povo cultuasse somente a Deus. Por um século foi mantida a reprovação ao culto das imagens. Esse império passou a adotar o grego no lugar do latim e culminou com a decisão do Patriarca de Constantinopla em não mais seguir a orientação do bispo de Roma, passando a se considerar o chefe da Igreja do Império Bizantino. Esse movimento de 1054 ficou conhecido como o Cisma do Oriente, dando origem à Igreja Ortodoxa Grega (Hoje Igreja Ortodoxa), que se mantém independente do Vaticano. Ano 1059 – Papa Nicolau II cria o Colégio de Cardeais para realizar a eleição dos Papas. Até então o Imperador influenciava na escolha dos Papas. Ano 1073 – Papa Gregório VII instituiu o celibato clerical, ou seja, a proibição do casamento dos sacerdotes católicos. O celibato foi instituído com a finalidade de impedir que os bens da igreja não se transferissem para a família do sacerdote. Ano 1090 – Pedro, o Ermitão, inventa o Rosário, oração mecânica com contas. Ano 1095 – No Concílio de Clermont, Urbano II convocou os cristãos para o que seria a Primeira Cruzada. Pedro, o Ermitão, foi encarregado de pregar a realização das Cruzadas, que contou com a participação de exércitos da Alemanha, França, Inglaterra e Itália. Em 1096 partiram em direção à Constantinopla, avançando até a conquista de Jerusalém, em 1099. Foram muito violentos com os sarracenos-muçulmanos, inclusive judeus, matando adultos, crianças, violentando mulheres, etc. Foi estabelecido o Reino de Jerusalém, tendo à frente o francês Godofredo de Bulhões. Ele não quis ser chamado rei, pois o único rei de Jerusalém foi Jesus Cristo. Foi, então, chamado de protetor do Santo Sepulcro. Ano 1123 – Concílio de Latrão - Assegura à igreja plena liberdade na escolha e ordenação de seus bispos, escolha até então influenciada pelos reis. É confirmado o celibato sacerdotal. Passaram a ser convocados pelos papas os Concílios Ecumênicos, onde o Papa fazia pessoalmente as leis e as promulgava. Ano 1139 – Concílio Ecumênico convocado por Inocêncio II. Anos 1147-1149 – Proposta e incentivada por São Bernardo, a Segunda Cruzada não obteve êxito. Ano 1179 – Concílio de Latrão III – convocado por Alexandre III, quando o Papa limitou-se a mandar informar aos bispos as decisões consideradas aprovadas. Ano 1184 – Pelo Concílio de Verona, os bispos foram nomeados “Inquisidores Ordinários” e deveriam atuar nos locais onde fosse constatado qualquer desrespeito às diretivas da Igreja. Ano 1200 – No século 13, em Portugal, novo movimento cristão agregou às Festas de Junho a comemoração do aniversário de nascimento de Santo Antônio, casamenteiro e milagroso. Nasceu em Lisboa e morreu em Pádua, na Itália. E ainda agregou a festa de São Pedro, considerado o primeiro papa, morto no dia 29 de junho, formando as Festas Juninas. Ano 1204 – Foi instituída a Santa Inquisição, autorizada pela bula papal “Ad-Extirpanda”. Quatro anos depois ficaram definidos seus objetivos: punir todos os que forem considerados inimigos da Igreja. Ano 1215 – O Concílio de Latrão IV – Proclama que o diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em sua natureza e se tornaram maus. Estabelece a confissão auricular de pecados ao sacerdote, em vez de a Deus, antes instituída por Inocêncio, no Concílio de Latrão. A missa ensinada por Pascácio Rodbert é aprovada por este Concílio. Reconhece a legitimidade da Inquisição e, logo após, no Concílio de Nelun são concedidos poderes ilimitados aos inquisidores. O papa Inocêncio III lia os decretos para os bispos convocados, não permitindo discussões e só autorizando que se retirassem após pagar vultosas quantias em dinheiro, obrigando-os a obter empréstimos no Banco da Cúria a juros elevados. Ano 1220 – A adoração da hóstia é decretada pelo Papa Honório III. Ano 1229 – A Bíblia é proibida aos leigos e colocada no Índice de livros proibidos pelo Concílio de Valença. Ano 1251 – O escapulário é inventando por um monge inglês chamado Simão Stock. Ano 1252 – Foi autorizada pelo Papa Inocêncio IV e confirmada depois pelo Papa Urbano IV a prática da queima de hereges na fogueira, em cerimônias denominadas “Autos de Fé”. A realidade dessa época é bem descrita por Janus em sua obra “O Papa e o Concílio”. Uma suspeita era suficiente para que se instaurasse o processo, fosse aplicada a tortura para obter confissões e o acusado encerrado em celas estreitas, em regime de pão e água. Era obrigação dos filhos denunciar os pais e os entregar à tortura, ao cárcere e às chamas da fogueira. Não era dado ao acusado o direito de apelação. Extorquiam a família com o confisco dos bens, metade para os inquisidores e metade para o Papa. Afirmava Inocêncio III que: “ aos filhos dos hereges só deve ser deixada a vida, e assim mesmo, por misericórdia”. Ano 1270 – Início da 8 ª e última Cruzada. O Papa Bonifácio VIII quis impor a Felipe, o Belo, rei da França, a soberania da Igreja e o não pagamento de impostos. Durante a contenda, resolveu excomungar o rei e o considerou deposto. O conflito terminou com a prisão e morte do papa. Ano 1305 – Clemente V, bispo francês, foi nomeado Papa, dando início a uma seqüência de padres franceses tutelados pelo rei da França. Ano 1309 – O papado foi transferido para a cidade de Avignon, na França. Ano 1311 – Concílio de Viena – Suprimiu a Ordem dos Templários. Condenou os franciscanos que adotavam idéias consideradas heréticas sobre a pobreza. Também proibiu qualquer transação entre cristãos e judeus. Ano 1313 - .O Concílio de Zamora estabeleceu que se proibissem aos cristãos de se associarem aos judeus. E levou as autoridades seculares (como a igreja havia há muito estabelecido em Roma e nos estados papais) a confinar os judeus em quarteirões separados (guetos) e compeli-los a usar um distintivo (antes havia sido um chapéu amarelo) e assegurar sua freqüência aos sermões para que se convertessem. Ano 1377 – Passaram a existir dois papas, um em Roma e outro em Avignon. Ano 1410 – Baltazar Costa ( o 1º João XXIII) sucedeu Alexandre V, tendo sido responsabilizado pela morte deste. Foi denominado “o papa das 300 concubinas”. Decidiu tributar casas de prostituição, o jogo e os agiotas. Chegava a arrecadar quantias maiores do que reis de vários países. Em 1415 foi deposto e preso. Apesar de todas essas indignidades, os papas eram apresentados pela Igreja Romana como fonte divina de poder. Essa situação provocou uma crise que foi denominada “O grande Cisma”. Foi escolhido e nomeado pelos bispos um terceiro papa, tendo sua sede em Piza. Ano 1414 – É proibido ao povo o uso do vinho da comunhão. Ano 1418 – Os três papas: de Avignon, de Roma e de Piza, que haviam se excomungado reciprocramente, foram todos depostos, sendo eleito, pelo Concílio de Constança, Martinho V, que voltou a ser o papa com sede em Roma. Esse Concílio foi um marco de contradição em relação ao que sempre tentaram preservar: negava-se fundamentos da existência da Igreja, contrariava-se tudo o que havia sido ensinado nos livros de Direito Canônico e nas escolas monásticas de Teologia. Houve também a condenação da doutrina de João Huss, João Wycliff e Jerônimo de Praga, precursores das idéias de Lutero. Ano 1439 – Concílio de Florença, o Purgatório é proclamado como um dogma. Confirmada a doutrina dos Sete Sacramentos. 1508 – É proclamada a oração da Ave-Maria, sem a parte da última metade, a qual foi acrescentada 50 anos depois, no final do século XVI. Ano 1517 – O papa Leão X aceitou grande soma de dinheiro usada para construir uma nova basílica e, em troca, autorizou a concessão da absolvição dos pecadores que tivessem contribuído. Lutero revoltou-se contra o ato, publicando sua crítica nas chamadas “95 Teses”. O papa exigiu sua retratação, mas ele não voltou atrás e ainda queimou em praça pública a bula do papa que o excomungava. Estavam lançadas as bases para a grande reforma religiosa que iria gerar o Protestantismo. Ano 1534 – Henrique VIII, rei da Inglaterra, excomungado pelo papa rebela-se e constitui dois atos pelo Parlamento: o primeiro nega a autoridade papal na Inglaterra; o segundo declarava a Igreja da Inglaterra uma instituição separada, tendo no rei seu chefe supremo. Fica instituído o Anglicanismo, oficializado posteriormente, por Elizabeth I , como a religião do reino britânico. Nessa mesma ocasião, os laços que unem o teólogo Jean Calvino ao catolicismo se afrouxam. Seus discursos contêm heresias, no entender da igreja católica. Dirige-se, então, a Navarra e fica sob a proteção da rainha Margarida. Nos primeiros meses de 1534 passa-se para o protestantismo e acaba por instituir um novo regime de puridade doutrinária à fé evangélica. Fica instituído o Calvinismo, também conhecido como puritanismo. Ano 1540 – O Papa Paulo III reorganiza a Companhia de Jesus. Esta exaltava a penalidade aos hereges como benéfica. E nova onda de perseguições passou a ser desenvolvida. Principalmente na França, junto ao próprio rei, visando atingir os protestantes. Culminou com o massacre dos huguenotes, em Paris, na famosa Noite de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572. Ano 1545 – Concílio de Trento – Decisões principais: - contra a Reforma de Lutero - afirmação da doutrina do pecado original - justifica a Eucaristia , o purgatório e as indulgências. - na Eucaristia estão contidos verdadeiramente, real e substancialmente o corpo e o sangue, com a alma e divindade de Jesus Cristo, isto é, o Cristo todo. Ano 1551 – Pelo Concílio de Trento, o catolicismo iniciou a definição de novas políticas para interromper o avanço de novas religiões. O Concílio, de 11 de outubro de 1551, decidiu sobre a presença real de Cristo na hóstia, pela transubstanciação (isto é, pão e vinho se convertendo no corpo e no sangue de Jesus – Mateus 26, 26-28). E ainda: - Foi criada a Congregação do Index, para censurar livros ou qualquer outra manifestação que pudesse ser hostil ao catolicismo. - Houve a restauração da Inquisição, visando impedir a penetração do Protestantismo na Espanha e em Portugal. - Foi mantida a supremacia do Papa. - Foi suprimida a venda e a concessão de indulgências. O número de crimes perpetrados em nome de Deus foi incalculável e ficará registrado na História como um dos maiores e mais abomináveis genocídios. Além de perseguir judeus, visando principalmente a posse de suas fortunas, a Igreja se voltava também contra o livre pensamento: - Galileu Galilei, frente ao Para Urbano VII abjura a heresia do movimento da Terra. - Jerônimo de Praga, sacerdote, físico e grande sábio, por afirmar a pluralidade das vidas e dos mundos habitados, foi condenado a morrer na fogueira, pelo Concílio de Constança. - Joana D’Arc foi condenada à fogueira por ouvir vozes misteriosas. - João Huss, heróico sacerdote foi condenado à fogueira por afirmar no púlpito a pluralidade das vidas sucessivas e as visões que tinha dos espíritos. - Giordano Bruno, monge dominicano, foi um dos últimos hereges a ser queimado vivo, em 1551. É considerado o maior filósofo da Renascença. Ano 1560 – O Credo do papa Pio IV é imposto como o credo da igreja. Ano 1854 – A imaculada concepção de Maria é proclamada pelo papa Pio IX. Ano 1864 – Silabo de Erros, proclamado pelo papa Pio IX e ratificado depois pelo Concílio Vaticano, condenando a liberdade de culto, de consciência, de pregação, de imprensa e os descobrimentos científicos que são desaprovados pela Igreja Romana e sustentando a temporal autoridade do papa sobre todos os governantes civis. Ano 1870 – Concílio Vaticano I - Assinalaria a falência da Igreja, com a declaração da Infalibilidade papal, em matéria de fé e de moral. A declaração, que tanto irritou o bispo Strossmeyer, o qual escreveu um grande libelo contra o que considerava um absurdo, atenta contra todos os critérios da razão. Em matéria de fé ou noutra qualquer, a criatura humana é sempre falível, não podendo estabelecer diretrizes irrevogáveis, sem o risco de erro, superando a própria divindade. Ano 1950 – Proclamada pelo papa Pio XII a ascensão corporal ao céu da Virgem Maria, pouco depois de sua morte. - - - - - Em torno do Evangelho em sua primitiva pureza, os homens se amavam e se consideravam todos irmãos do Cristo, o que é bem diferente do que fazem as igrejas dominantes da atualidade. Elas se valem da ignorância e do desespero das pessoas para mentir em nome de Deus, ao contrário do que efetivamente deveriam fazer. Isto é, sem que fosse necessário o rótulo desta ou daquela seita, ensinar o caminho do bem e da verdade no combate ao orgulho e ao egoísmo, levando o indivíduo a promover, por si mesmo, a sua reforma íntima. O Catolicismo diz: Fora da Igreja não há salvação. O Protestantismo diz : Fora do Evangelho não há salvação. Eles anatematizam-se reciprocamente. Mas o Espiritismo ensina que: Fora da Caridade não há salvação. A salvação aqui é no sentido da prática do bem, vez que nas religiões, a salvação delas localiza-se num céu hipotético. E a salvação no Espiritismo dá-se através da prática da caridade, no sentido de se fazer o bem pelo próprio bem, sem nenhuma outra recompensa. O Deus do Espiritismo é o Deus do Bem, a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, como Kardec ensinou. Abaixo, os Postulados Básicos do Espiritismo: - Existência de Deus - Imortalidade do Espírito - Lei de Ação e Reação – Não há suplícios eternos. Nossa ações geram os frutos que semearam. A ação consumada encerra sua própria penalidade ou recompensa. - Reencarnação – Há a necessidade das vidas sucessivas, compatível com a Justiça Divina. É a mais antiga lei da Vida. Lei cósmica, que independe de se acreditar nela ou não. - Comunicação entre encarnados e desencarnados – Estes últimos nada mais são do que os mesmos espíritos que aqui viveram encarnados e agora estão libertos do corpo material. - Evolução – fatalidade do bem, sem jamais haver retrocessos. Bibliografia: ARMOND, Ismael – O Cristianismo Primitivo EMMANUEL, psicografia de Chico Xavier – A Caminho da Luz ROGRIGUES, Wallace - A Esquina de Pedra ROUSSEAU, Jean Jacques – O Contrato Social WAGNER, Jorge Jossi – Artigo intitulado: Religiões, os fatos históricos Site da Internet: chamada.com.br Site da Internet: www.hermeneutica.hpg.ig.com.br Site da Internet: www.veritatis.com.br Site da Internet: www.e-biografias.net

CONCORDÂNCIA E CONAN DOYLE

“... Dizia Conan Doyle que, à proporção que sua razão se esclarecia, o seu cepticismo se ia tornando menos sólido: Tendo chegado tão longe o meu raciocínio, já minha posição de céptico não era tão firme. Que provas possuímos da veracidade das afirmações dos Espíritos? Não tendo como comprová-las, elas me deixavam desorientado. Agora, entretanto, que uma experiência mais longa me permite verificar que informações da mesma natureza foram dadas a muitas pessoas, desconhecidas umas das outras, e de países diferentes, creio que a concordância dos testemunhos constitui, como em todos os casos de investigação, um argumento em favor de tais informações. New Revelation – London, 1918, pg. 23 e 31.” A Missão de Allan Kardec – Carlos Imbassahy – FEP – 2ª edição – pg 107

CONSTANTINO

“Retomemos o fio, a partir de Diocleciano. Após sua abdicação, Constantino é proclamado imperador e marcha da Gália para Roma, combatendo Maxêncio, que também aspirava o poder. Durante a luta, ele vê nos céus a cruz e as célebres palavras “In hoc signo vinces” (Com este sinal vencerás). Coloca-as em seu estandarte e, vitória sobre vitória, chega a Roma, em 312. Suspendeu imediatamente as perseguições, concedendo a todos, pelo Édito de Milão (313), liberdade de consciência e o direito de a Igreja existir. Decidido a implantar o Evangelho no Império, toma a Igreja sob sua proteção, impõe a guarda do domingo, isenta o clero de encargos civis e militares, extingue a crucificação, faz vultosas doações à Igreja, promove e ajuda a construção das grandes basílicas constantinianas, combate as chamadas heresias e faz convocar o Concílio de Nicéia contra o Arianismo. ( Jesus não seria co-eterno com Deus).” O Atalho – L. dos Anjos – Lachatre – pg.25

CONSTANTINO, ASPECTOS DA VIDA DE

“...Já não era mais esta, certo, a igreja dos primeiros cristãos. Estes repeliram como sacrilégio as monstruosas concessões ao odioso absolutismo dos imperadores, as homenagens ao déspota que ensangüentou com a morte de dois sobrinhos, do cunhado, do filho e da mulher, e que, enquanto recebia reverência nas basílicas cristãs, aceitava adoração como Deus nos templos do paganismo. Adquiriu a igreja a influência temporal, mas a sua autoridade moral decresceu na mesma proporção; de perseguida tornou-se perseguidora; buscou riquezas, e corrompeu-se; derramou sangue, para impor silêncio à heterodoxia; e, sujeitando o espírito à letra, iniciou esse formalismo, que foi o primeiro sintoma de sua decadência, e, se não se suprimir, por uma reforma que a aproxime de sua origem, há de ser a causa final de sua ruína.” O Papa e o Concílio – Janus – Ed. Leopoldo Machado – 1ª edição – vol 1 – pg.33

CONSTANTINOPLA / CONCÍLIO DE

“Não esqueçamos que o Cristianismo é doutrina reencarnacionista, assim pregada pelos primeiros padres da própria Igreja Católica. Depois, por deliberação apertada do Concílio de Constantinopla, em 553 ( a diferença foi de apenas 1 voto) é que veio a acusação de heresia e a negação, que dura até nossos dias.” (Justiniano e Teodora) O Atalho – L. dos Anjos – Lachatre – pg. 23

CONSTANTINOPLA / SÍNODO E CONCÍLIO

“O Sínodo de Constantinopla ocorreu em 543. Foi nesta data precisamente que se condenou ao esquecimento um ensinamento sublime que a Igreja tinha o dever de conservar preciosamente e transmitir às gerações futuras como um farol em meio aos escolhos sociais, um ensinamento que teria desenraizado esse egoísmo estúpido que ameaça aniquilar o mundo, que nos dá uma perfeita idéia da justiça de Deus, contrapondo-a à velha doutrina das graças e predestinações, que anula o valor do esforço humano em detrimento de afirmativas inconsistentes e originárias de uma escolástica profundamente humana. Em 553, no grande Concílio realizado em Constantinopla, convocado por Justiniano, que se envolvia em questões teológicas tratou-se de três pequenos escritos diferentes, que não se conhecem mais em nossos dias. Eram denominados “os três capítulos”. Disputou-se também sobre algumas passagens de Orígenes. O bispo de Roma, um certo Virgílio, quis ir até lá em pessoa; mas Justiniano fê-lo por em cadeias. O patriarca de Constantinopla presidiu a este Concílio. Nele não compareceu ninguém da Igreja latina, porque, então, o grego não era mais compreendido no Ocidente, tornado inteiramente bárbaro. (Voltaire, Dict. Philosophique, pg. 609). Wallace Leal V. Rodrigues – Anuário Espírita 1971 – IDE – pg. 121

CONSULTAS À ESPIRITUALIDADE / TRABALHO POR SI

“As conferências mensais, que ele (Espírito de Verdade) me havia prometido, não foram pontualmente realizadas, a princípio, e mais tarde deixaram de o ser completamente. Foi sem dúvida para advertir-me de que devia trabalhar por mim mesmo e não me acostumar a recorrer a ele, para resolver qualquer dificuldade, por mais insignificante que fosse.” Obras Póstumas – Kardec – Lake – pg 223


CORAÇÃO DO MUNDO?

“Os fatos são estes: somos vanguardeiros na fila dos países analfabetos; esquecemos que a leitura é necessidade fundamental para a evolução do Espírito; as estatísticas mostram elevadíssimo percentual de mortalidade infantil, traduzindo condições de vida muito abaixo dos padrões mínimos exigidos pela dignidade humana; a tuberculose, que os médicos, a despeito do bacilo, chamam doença social ou moléstia de carência, eufemismos sinônimos de fome permanente, faz larga devastação nas classes média e inferiores. ...constatado no vale amazônico largas faixas onde o teor de glóbulos vermelhos no sangue dos habitantes não vai além dos 35% da taxa normal, o que, por seu caráter generalizado, atraiu a atenção para outros aspectos da vida rudimentaríssima daqueles nossos irmãos. A razão estará, ainda, e por muito tempo, com Euclides da Cunha, quando fala de uma civilização importada, sem raízes na terra, vivendo parasitariamente à beira do Atlântico. Mas um Espírito (Humberto de Campos?) disse: Coração do Mundo... Então é dogma!” Erros Doutrinários – Júlio Abreu Filho – Edições Cairbar – 1a edição – pg. 158

CORDEIRO DE DEUS

“Era crença do povo hebreu, que os pecados deveriam ser expiados pelo sacrifício de animais oferecidos em holocausto a Deus. Ato cerimonial, que, segundo a Bíblia, começou a ser praticado por ordem de Deus. Na ocasião em que Deus ordenou a Moisés para que isso fosse feito, inicialmente descreveu como deveria ser construído o altar dos holocaustos, depois estabeleceu as regras que deveriam ser, rigorosamente, observadas na celebração das oblações remissoras, para cujo exercício foram nomeados, também por indicação de Deus, aqueles que se tornariam sacerdotes de tal ofício. Era também crença dos israelitas, que o “cheiro agradável” que subia ao céu dos animais queimados em holocausto, acalmava Deus. É grande o número de criaturas que, bitoladas nessa forma de conceber, cultuam ainda hoje a “salvação pelo sangue de Cristo” como uma “graça ofertada, gratuitamente, por Deus”. Em todas as seitas evangélicas, é pregado que Jesus nos salva, remindo-nos de todas nossas faltas, pelo seu sangue que foi derramado na cruz. Para eles, baseados no que esta escrito nas epístolas, a reforma da criatura é secundária.... Em suma, como sabemos, essa crença se originou em conseqüência da falta de conhecimento das criaturas daquela época, que não sabiam “donde vem o espírito e nem para onde vai”, pois pensavam que o espírito nascia por ocasião do nascimento do corpo, como consta na história da criação descrita no livro “Gênese” de Moisés. Por isso, entenderam que o Messias os salvaria de seus pecados por um meio, relacionado ao que aprenderam, por tradição, nas sinagogas do Judaísmo.” - Bruno Bertocco Anuário Espírita – 1970 – pg. 217

CORPOS DO HOMEM (OS)

“Várias instituições espiritualistas do mundo criaram complicadas teorias sobre os corpos do homem, chegando a dar-lhes o número atordoante e cabalístico dos véus de Ísis. No próprio movimento espírita, que deveria aprofundar o conhecimento de sua própria doutrina, ainda tão mal conhecida e pior compreendida, pretensos mestres introduziram conceitos estranhos sobre este conceito. Kardec negou-se à estas fascinações do maravilhoso, lutou para afastar da mente humana os resíduos mágicos do passado, dando à Doutrina Espírita a clareza positiva da Ciência, sempre apoiado na razão e na pesquisa. Seu esquema tríplice dos corpos do homem é uma síntese luminosa de todos os esforços da Humanidade para compreender essa questão de importância fundamental. Não podemos nos levar pela vaidade ingênua e fátua de aparecer como sábios perante as multidões incultas, vangloriando-nos como pavões do colorido fictício de nossa plumagem. O Espiritismo busca sempre a verdade pura, que é sempre simples, pois não necessita de visagens para impor-se às mentes perquiridoras e sensatas... Os espíritas não têm o direito de menosprezar as lições do Espírito da Verdade, ministradas por Kardec, em favor de mentiras ridículas que vão buscar poeira de civilizações mortas, cujo próprio desaparecimento atesta que se esgotaram no tempo. Tenhamos a humildade de nos contentar com os nossos três corpos, ao invés de buscarmos em ruínas milenares os corpos das múmias faraônicas soterradas na areia. Curso Dinâmico de Espiritismo – Herculano Pires – Editora Herculano Pires – 1a edição – pg.106/107

CREIO MESMO, QUE ABSURDO!

“... Dessa maneira, Dewey confirma a posição de Descartes, que iniciou a filosofia moderna com a prática da dúvida metódica. Mas como a dúvida criou muitas dificuldades ao pensamento dogmático, as religiões dogmáticas acabaram por condená-la como de origem diabólica. A frase de Tertuliano: credo quia absurdum (creio mesmo que absurdo) teve longo curso no combate às heresias.Como os dogmas eram considerados de origem divina, pontos fundamentais da revelação feita por Deus aos homens, estes não tinham o direito de duvidar, mesmo que os dogmas fossem aparentemente absurdos.” Agonia das Religiões – Herculano Pires – Paidéia – pg 71 “Não temos necessidade de nenhuma ciência depois do Cristo” escreveu Tertuliano (155-220dC), “nem de nenhuma prova depois do evangelho; aquele que crê não deseja mais nada; a ignorância é boa, em geral, a fim de que não se aprenda o que é inconveniente”. Essa frase de Tertuliano foi reverenciada por muitos como uma sentença, e infelizmente posta em prática durante séculos e séculos, comentou Camille Flammarion. Tertuliano definiu a alma do crente que ele buscava para ser salva: “Não me refiro àquela alma que se formou na escola, que se treinou na biblioteca, que se empanturrou na Academia e no Pórtico da Grécia e agora dá seus arrotos culturais. Para reponder, é a ti que chamo, alma simples, ainda não manipulada e privada de cultura, alma íntegra que vens dos ajuntamentos, das ruas. Preciso da tua ignorância, porque ninguém confia em quatro noções de cultura”. Paulo Henrique de Figueiredo – Universo Espírita – Fev/04 – pg 42

CRENTES ESPÍRITAS

“Os crentes apresentam três nunças bem caracterizadas: os que não vêem nessas experiências, senão uma diversão, um passatempo...mas que não vão alem. Há, em seguida, as pessoas sérias, instruídas, observadoras, às quais não escapa nenhum detalhe, e para as quais as menores coisas são objeto de estudo. Vem, em seguida, os ultra-crentes, os crentes cegos, aos quais se pode censurar um excesso de credulidade; aos quais a fé, insuficientemente esclarecida, lhes dá uma total confiança nos Espíritos, que lhes emprestam todos os conhecimentos e, sobretudo, a presciência...” Revista Espírita – Fev 1858 – Allan Kardec – IDE – 1ª edição – pg. 53

CRISTIANISMO, MENSAGEM UNIVERSAL OU SECTÁRIA?

“...Jesus aparece como o único mediador entre Deus e os homens e o único meio de salvação ou redenção. Essa interpretação fecha as fronteiras da redenção na pessoa única de Jesus, o que determinou o estabelecimento das alfândegas da fé no processo ecumênico. Todo o universalismo da Revelação Cristã desaparece, com essa volta ao sociocentrismo judaico. Não obstante, o que mais ressalta dos textos evangélicos é precisamente a ruptura do sociocentrismo da antiga Israel com a definição nova de Deus oferecida e pregada por Jesus através de uma única palavra – Pai – que anulou os divisionismos antigos e estabeleceu a fraternidade universal dos povos. A sofisticada tessitura da doutrina chamadas Igrejas dos Gentios e ligando-as à Casa do Caminho, de Jerusalém, fundou a Igreja Cristã, desligando para isso a de Antioquia da Sinagoga local e dando-lhe a independência necessária à sua sibilina da Igreja reduz a redenção do mundo à simples redenção de uma seita religiosa. O Cristianismo era o próprio anticristo, pois a obra de redenção virara obra de restrição, o sonho de amor e fraternidade dos Evangelhos revertera em pesadelo de perseguições, guerras e atrocidades.” Revisão do Cristianismo – Herculano Pires – Paidéia – 2a edição – pg. 23

CRISTIANISMO PRIMITIVO, ALGUNS FATOS

1) Jesus não fundou nenhuma religião nem instituiu nenhuma igreja, segundo sustentam os grandes pesquisadores da História Cristã, desde Renan até Guignebert. Não instituiu nenhum sacramento nem procedeu a nenhuma espécie de ordenação sacerdotal. Afastado de todas as instituições religiosas dos judeus, não se subordinou a nenhuma delas e criou apenas um movimento livre e aberto de preparação do homem para um mundo de paz e concórdia, justiça e amor. Nesse movimento eram admitidos publicanos e samaritanos, ladrões e cortesãs, os puros e os impuros de Israel, o que escandalizava os judeus ortodoxos e os levou a rejeitá-lo. 2) As palavras de Jesus a Pedro, chamando-o de pedra e dizendo que sobre essa pedra construiria a sua Igreja, são contestadas no próprio meio cristão. Igrejas Protestantes defendem a tese de que a pedra não era Pedro, mas a revelação que ele fizera de que Jesus era o Cristo. E Pedro, na verdade, não fundou nenhuma Igreja. Participou do movimento cristão, revelando não o compreender suficientemente, como vemos nas atitudes relatadas no LIVRO DOS ATOS e nas epístolas de Paulo. Este sim, Paulo de Tarso, aglutinando na completa institucionalização. Mas Paulo não se colocou na posição de chefe da Igreja, nem procedeu a ordenações sacerdotais, recusando-se mesmo a batizar, pois segundo afirmou, só batizara uma vez e não mais voltara a fazê-lo, porque a sua missão não era batizar, mas pregar o Evangelho. Apesar de sua formação farisaica, Paulo de Tarso compreendeu a orientação de Jesus e não pretendeu criar uma Igreja Cristã nos moldes judaicos. Cortou o processo das ordenações, depois de haver circuncidado Apolo, o que passou a considerar como um dos seus erros. A possível transmissão da ordenação de Paulo pelo próprio Cristo não se efetivou, mesmo porque Paulo não se considerou ordenado, mas somente esclarecido pelos ensinos do Cristo. 3) Pedro, apontado como o primeiro Papa, nunca exerceu esta função em Roma, e em parte alguma. Até mesmo o fato de haver estado em Roma, é hoje posto em dúvida pelos pesquisadores universitários, não havendo nenhuma prova válida da sua presença em Roma ou do seu suposto Papado. Por outro lado, não consta que Pedro se tenha arrogado, em algum momento do seu apostolado, o direito de fazer ordenações sacerdotais em seu nome ou em nome do Cristo. 4) O episódio do Pentecoste, considerado como ordenação divina do próprio Céu, dando aos apóstolos o direito de transmiti-la às gerações seguintes, não foi de ordenação sacerdotal, mas de confirmação da validade do culto pneumático, que a Igreja mais tarde extinguiu. As línguas de fogo sobre os apóstolos, fazendo-os falar línguas estranhas, eram uma manifestação espiritual que confirmava simplesmente a capacidade dos mesmos para receber e divulgar mensagens espirituais. O Rev. Harold Nilson, tradutor da Bíblia para o irlandês, em seu livro “O Espiritismo e a Igreja”, descreve uma sessão espírita em que esse fato se reproduziu, tendo o Bispo que o acompanhava, seu superior em Belfast, declarado que só naquele momento entendera a realidade e o significado das línguas de fogo. Estava diante do fenômeno de xenoglossia, da mediunidade de línguas. Ocorrências desse e de outros fenômenos eram comuns na fase de divulgação do Evangelho, para a confirmação objetiva dos princípios pregados. Revisão do Cristianismo – Herculano Pires – Paidéia – 2a edição – pg.67 e 68

CRISTIANISMO UNIVERSAL / DIFERENÇAS ENTRE OS HOMENS?

“O apóstolo Paulo, antes do seu encontro com Jesus na estrada de Damasco,’respirava ameaças e mortes’, como diz o Livro dos Atos, e assolava com perseguições terríveis os hereges cristãos, ou seja, os cristãos primitivos, que ele considerava hereges. Mas depois que se converteu ao Cristianismo, passou a ensinar que: ‘Não há diferenças entre judeu e grego, pois um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos que o invocam.’(Romanos 10:12) E condenando os excessos da lei mosaica, o sectarismo arrogante dos judeus, que se julgavam únicos filhos de Deus, que diziam estar a verdade e a palavra de Deus unicamente com eles, não proibia a leitura dos textos contrários a esse novo ensino. Antes os recomendava, com estas sábias palavras: ‘Não extingais o espírito, não desprezeis as escrituras. Examinai tudo, retende o que é bom.’ (Tessalonicenses 5:19-21)” O Homem Novo – Herculano Pires – Correio Fraterno – 1a edição – pg.58

CRÍTICA NA CASA ESPÍRITA

“Se a reunião encaminhar-se mal – poderão perguntar – os homens sensatos e bem intencionados não terão o direito de crítica e deverão deixar que o mal se efetue sem nada dizer, aprovando-o pelo silêncio? Não há dúvida que esse direito lhes assiste, constitui-se mesmo num dever, mas se a intenção for realmente boa eles farão a sua advertência de maneira conveniente e benévola, abertamente e não com subterfúgios. Se não forem ouvidos, se retirarão. Porque não se conceberia que quem não estivesse de segunda intenção se obstinasse a permanecer numa sociedade de cuja orientação discordasse.” O Livro dos Médiuns – Kardec – Lake – item 337 – pg. 312

CRÍTICAS SEM FUNDAMENTO E KARDEC

“De resto, todos vós que combateis o Espiritismo, o compreendeis? Vós os estudastes, encrustaste-o em seus detalhes, pesando maduramente todas as suas conseqüências? Não, mil vezes não. Falais de uma coisa que não conheceis; todas as vossas críticas, não falo das tolas, deselegantes e grosseiras diatribes, desprovidas de todo raciocínio e que não têm nenhum valor, falo daquelas que têm pelo menos a aparência do sério; todas as vossas críticas, digo eu, acusam a mais completa ignorância da coisa.” Revista Espírita – Allan Kardec – Jan/1860 – IDE – 1a edição – pg. 3

CULTO NO ESPIRITISMO?

“... Não é ele, porém, uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templo, e, entre os seus adeptos, nenhum tomou nem recebeu o título de sacerdote ou papa...” Obras Póstumas – Kardec – Lake – Breve Resposta aos Detratores do Espiritismo - pg 212

DANTE ALIGHIERI

“Histórico é o sonho graças ao qual Jacob, filho de Dante, pode encontrar 13 cantos do poema de seu pai. Alighieri morreu em Ravena, na noite de 13 para 14 de Setembro de 1391. Os filhos do poeta trataram prontamente de reunir o “Poema Sacro”, cujos manuscritos estavam dispersos, e a isso principalmente se dedicou Jacob. Fácil, porém, não foi a tarefa. Refere Boccaccio, a respeito da recuperação dos últimos 13 cantos da “Divina Comédia”, que Jacob e Pedro os procuraram por todos os remotos ângulos da casa, persuadindo-se depois de que “Deus não havia deixado Dante, no mundo, o suficiente para que pudesse compor o pouco que faltava de sua obra”. “Estavam, aconselhados por alguns amigos, decididos a suprir, quanto possível, a obra paterna, ainda que imperfeitamente, quando Jacob teve sonho verdadeiramente admirável: viu o genitor, com alva vestimenta e rosto resplandecente de inusitada luz, caminhar ao seu encontro”. Jacob aproveitou o azo e fez à sombra do pai várias perguntas, entre as quais a seguinte: Se havia terminado sua obra antes de haver passado à Vera Vida, e, caso afirmativo, onde encontrar o que faltava, e não fora possível achar. A isso lhe pareceu, por duas vezes, ouvir em resposta: Sim, eu a terminei! E lhe pareceu também que, pegando-lhe na mão, o levava à habitação onde costumava dormir, quando vivo, e que, tocando em determinado sítio, lhe dizia: Aqui está o que tanto haveis procurado. E com estas palavras terminou a visão. Jacob Alighieri, comovido ao mesmo tempo pela alegria e pelo espanto, ergueu-se, a despeito da avançada hora da noite, e, célere pelas desertas ruas de Ravena, rumou à casa de Píer Giardini, notário que fora amigo íntimo de Dante, e, lhe comunicou a visão. Por isso, ainda que faltasse muito para amanhecer, seguiram ambos para o local indicado, e ali encontraram uma esteira fixada na parede, e, ao levantá-la, viram uma portinhola, que ambos desconheciam e nem dela haviam tido notícia, achando então alguns manuscritos, todos embolorados pela ação da umidade e próximos da deterioração que ocorreria. Cuidadosamente limpos, foram lidos, verificando-se constituírem os 13 cantos tão procurados”. Elias Barbosa – Anuário Espírita 1966 – IDE – Pg. 64/65

DECÁPOLIS

“A Decápolis compreendia nove cidades na Transjordânia e uma a oeste do Jordão... Algumas delas foram fundadas pelo próprio Alexandre, o Grande, ou por seus generais. As dez cidades eram: Béit-Shéân, Pela, Dion, Kanatan, Rafana, Hippos, Gadara, Filadélfia ou Rabiat-‘Amôn, Damasco e Gerasa. Todas eram muito helenizadas e ricas.” Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 98

DEFESAS ESPIRITUAIS

“...À invasão dos maus fluidos, pois, é preciso opor os bons fluidos; e, como cada um tem em seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, trazemos o remédio em nós mesmos; trata-se de purificar esta fonte e dar-lhe tais qualidades, que sejam um verdadeiro repulsor para as más influências, em lugar de ser para elas uma força de atração. O perispírito é pois uma couraça à qual é preciso dar a melhor têmpera possível; ora, como as qualidades do perispírito estão em razão das qualidades da alma, será preciso trabalhar em sua própria melhoria, pois são as imperfeições da alma que atraem os maus Espíritos. Os espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada têm a temer da influência dos maus Espíritos.” O Céu e o Inferno – Allan Kardec – LAKE – Cap. XIV – item 21 – pg. 244

DEMONOFOBIA

“O absurdo temor aos demônios tornou os padres e teólogos ortodoxos inaptos a combater, pela via experimental, os materialistas e incrédulos. Essa demonofobia tornou-se, infelizmente, em nossa época, verdadeira demonolatria”. Nas Fronteiras do Além – Hermínio Miranda – FEB – 2ª edição – pg. 22

DESCRENÇA NA VIDA FUTURA

“ ...Descriam da espiritualidade várias escolas: os saduceus na Judéia, os epicuristas na Grécia, os estóicos em Roma; os peripatéticos na Antiguidade, os averroístas na Idade Média, os cientistas na Contemporânea.” O Que É A Morte – Carlos Imbassahy – Edicel – 5a Edição – pg.60 “... e a incerteza relativa às coisas da vida futura faz com que o homem se atire com uma espécie de frenesi sobre as coisas da vida material.” A Gênese – Allan Kardec – Cap. IV – item 14 – LAKE – pg.77

DESTRUIÇÃO DOS SERES VIVOS UNS PELOS OUTROS

“ ... Pergunta-se o porquê da necessidade de entredestuição, para que uns se nutram à custa dos outros. A verdadeira vida, do animal, tal como a do homem, não se encontra no envoltório corporal, como também não se encontra em seu vestuário; ela está no princípio inteligente, que preexiste e sobrevive ao corpo. Que importa, pois, que o Espírito mude mais ou menos de envoltório! Nem por isso, ele será menos espírito; é exatamente como se um homem renovasse cem vezes suas roupas no decurso de um ano; nem por isso, seria menos homem. Pelo incessante espetáculo da destruição, Deus ensina aos homens o pouco apreço que devem dar ao seu veículo material, e suscita neles a idéia da vida espiritual, fazendo com que eles a desejem como compensação. ... os corpos orgânicos não se alimentam senão com a ajuda de matérias orgânicas, uma vez que estas matérias são as únicas que contêm os elementos nutritivos necessários à sua transformação.” A Gênese – Kardec – Cap III – itens 21 e 22 – LAKE – Pg. 67 e 68

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS ENTRE ESPÍRITOS E SUA LOCALIZAÇÃO FÍSICA

“Os espíritos são criados simples e ignorantes, mas dispondo de aptidão para todas as aquisições e para progredir, em virtude do seu livre-arbítrio. Pelo progresso adquirem novos conhecimentos, novas faculdades, novas percepções e por conseguinte novas possibilidades de prazer, desconhecidas dos espíritos inferiores. Eles v6eem, ouvem, sentem e compreendem aquilo que os Espíritos atrasados não podem ver, nem ouvir, nem sentir e nem compreender. A felicidade está na razão do progresso realizado. Dessa maneira, de dois espíritos, um pode não ser tão feliz como o outro unicamente porque não é tão avançado intelectual e moralmente como ele, sem haver necessidade de cada um se encontrar numa região diferente. Embora estando lado a lado, um pode se encontrar nas trevas enquanto para o outro tudo é resplandecente ao seu redor, da mesma maneira como um cego e um vidente podem dar as mãos. Um percebe a luz que entretanto não impressiona o outro. A felicidade dos Espíritos, sendo inerente às suas próprias qualidades, eles a gozam por toda a parte, onde quer que se encontrem, na face da Terra, entre encarnados ou no espaço.” O Céu e o Inferno – Allan Kardec – LAKE – Cap. III – item 6 – pg. 32

DIFERENÇAS RELIGIOSAS

“ O último item do Livro dos Espíritos, em suas conclusões, o IX, é encerrado com um breve, mas profundo aconselhamento do Espírito Santo Agostinho, por meio de mensagem voltada para a união e o amor ao próximo, com o seguinte teor: ‘Durante muito tempo os homens se estraçalharam e se anatematizaram em nome de um Deus de paz e de misericórdia, ofendendo-o com um tal sacrilégio. O Espiritismo é o laço que os unirá um dia, porque lhes mostrará onde está a verdade e onde está o erro. Mas, ainda, por muito tempo, haverá escribas e fariseus que o negarão, como negaram o Cristo. Quereis, pois, saber sob influência de que Espíritos estão as diversas seitas em que se divide o mundo? Julgai-as pelas suas obras e pelos seus princípios. Jamais os bons Espíritos foram instigadores do mal; jamais aconselharam ou legitimaram o assassínio e a violência; jamais excitaram o ódio dos partidos nem a sede de riquezas e honrarias, nem a avidez dos bens terrenos. Somente os bons, humanos e benevolentes para com todos, são os seus preferidos, como são também os preferidos de Jesus, porque seguem a rota indicada para levar a ele”. Allan Kardec – A Epopéia De Uma Vida – Demóstenes Pontes – CEAC – 1ª edição – pg 123


DIFICULDADES, COMO REAGIR?

“Provavelmente você estará atravessando longa faixa de provações em que o ânimo quase que se lhe abate. Crises e problemas apareceram. Entretanto, paz e libertação, esperança e alegria dependem de sua própria atitude. Se veio a colher ofensa ou menosprezo, você mesmo pode ser o perdão e a tolerância, doando aos agressores o passaporte para o conhecimento deles próprios. Se dificuldades lhe contrariam a expectativa de auto-realização, nesse ou naquele sentido, a sua paciência lhe fará ver os pontos fracos que precisa anular a fim de atingir a concretização dos seus planos em momento mais oportuno. Se alguém lhe impôs decepções, o seu entendimento fraterno observará que isso é uma benção da vida imunizando-lhe o Espírito contra a aquisição de pesados e amargos compromissos futuros. Se experimenta obstáculos na própria sustentação, o seu devotamento ao trabalho lhe conferirá melhoria de competência e a melhoria de competência lhe elevará o nível de compensações e recursos. Se você está doente, é a sua serenidade, com a sua cooperação, que se fará base essencial de auxílio aos médicos e companheiros que lhe promovem a cura. Se sofre com a incompreensão de pessoas queridas, é a sua bondade, com o seu desprendimento, que se lhe transformará em arrimo para que os entes amados retornem ao seu mundo afetivo. Evite as complicações de rebeldia e inconformidade, ódio e inveja, egoísmo e desespero que apenas engrossarão o seu somatório de angústia. Mudanças, aflições, anseios, lutas, desilusões e conflitos sempre existiram no caminho da evolução. Por isso mesmo, o mais importante não é aquilo que aconteça e sim o seu modo de reagir.” Na Era do Espírito – Chico e Herculano – GEEM – Espírito André Luiz – 5a edição – pg. 130

DILÚVIO

“A impossibilidade torna-se ainda mais evidente, se admitirmos com a Gênese, que o dilúvio destruiu todo o gênero humano, exceto Noé e sua família, a qual não era numerosa, no ano 1656 do mundo, ou seja, 2348 anos antes da era cristã. Em realidade, pois, daquele patriarca é que dataria o povoamento do globo; ora, quando os hebreus se estabeleceram no Egito, 612 anos depois do dilúvio, já o Egito era um poderoso império que teria sido povoado, sem falar de outras regiões, pelo menos há seis séculos, pelos próprios descendentes de Noé – o que não é admissível. De passagem, observemos que os egípcios acolheram os hebreus como estrangeiros; seria de admirar que eles tivessem perdido a recordação de uma comunidade de origem tão próxima, quando conservaram religiosamente os manuscritos de sua história.” A Gênese – Allan Kardec – LAKE – Cap. XI – item 42 – pg. 193

DISCUSSÕES POUCO EDIFICANTES

“Esperemos que os sectários do Magnetismo e do Espiritismo, melhor inspirados, não dêem ao mundo o escândalo de discussões muito pouco edificantes, e sempre fatais para a propagação da verdade, de qualquer lado que esteja.” Revista Espírita – 1858 – Março – IDE – 1ª edição – pg 92 “Nossa revista será, assim, uma tribuna aberta, mas, onde a discussão não deverá jamais desviar-se das leis, as mais estritas, das conveniências. Em uma palavra, discutiremos, mas não disputaremos. As inconveniências da linguagem jamais tiveram boas razões aos olhos de pessoas sensatas; é a arma daqueles que não a têm melhor, e essa arma reverte contra quem dela se serve.” Revista espírita – 1858 – Janeiro – IDE – 1ª edição – pg 3

DOGMAS DE FÉ / DOGMAS DA RAZÃO

“...Temos, portanto, no dogma de fé, um dos motivos fundamentais da crise das religiões em nossos dias. No Espiritismo, como em todas as doutrinas filosóficas, existem dogmas da razão, como o da existência de Deus, o da reencarnação, o da comunicabilidade dos espíritos após a morte. Muitos adeptos estranham a presença dessa palavra nos textos de uma doutrina que se afirma antidogmática, aberta ao livre exame de todos os seus princípios. São pessoas ainda apegadas ao sentido religioso da palavra. Não há nenhuma razão para essa estranheza, como já vimos, do ponto de vista cultural.” Agonia das Religiões – Herculano Pires – Paidéia – pg.28

DOUTRINA ESPÍRITA / CARACTERÍSTICAS

“ A Doutrina Espírita é a resultante do ensino coletivo e concordante dos Espíritos.” A Gênese – Kardec – Página Face

DOUTRINA ESPÍRITA, OPINIÃO PESSOAL DE UM ESPÍRITO?

“Antes de entrarmos em matéria, pareceu-nos necessário definir claramente os papéis respectivos dos Espíritos e dos homens na elaboração da nossa Doutrina. Essas considerações preliminares, que a escoimam de toda idéia de misticismo, fazem objeto do primeiro capítulo, intitulado ‘Caracteres da Revelação Espírita’. Pedimos séria atenção para esse ponto, porque, de certo modo, esta aí o nó da questão. Sem embargo da parte que toca à atividade humana na elaboração desta Doutrina, a iniciativa da obra pertence aos Espíritos, porém não a constitui a opinião pessoal de nenhum deles. Ela é, e não poderia deixar de ser, a resultante do ensino coletivo e concorde por eles dado. Somente sob tal condição se lhe pode chamar Doutrina dos Espíritos. De outra forma, não seria mais que a doutrina de um Espírito e teria apenas o valor de uma opinião pessoal.” A Gênese – Allan Kardec – FEB – 36a edição – Introdução à 1a edição – pg. 10/11

ECTOPLASMA

“Parece , no entanto, apropriado repetir o que ele informa sobre o ectoplasma, citando o eminente pesquisador Barão Schrenck-Notzing, que examinou a substância e assim a descreveu: Incolor, ligeiramente vaporosa, fluida, sem cheiro; traços de detritos celulares e saliva. Depósito esbranquiçado. Reação ligeiramente alcalina. Ao microscópio, mais as seguintes características: Numerosos discos dérmicos, alguns corpos semelhantes à saliva, numerosos granulados de membrana mucosa, numerosas partículas de carne; traços “sulphozyansaurem” de potássio. O resíduo seco pesou 8,6 gramas por litro; 3 gramas de cinzas. Com essa complexa substância, evidentemente emanada do corpo do médium e talvez de alguns dos circunstantes, os espíritos desencarnados compõem as manifestações tangíveis chamadas algo impropriamente, a meu ver, de materializações. Ao que parece, o espírito manifestante atrai para o campo magnético do seu perispírito a massa ectoplasmática que o torna visível. Uma vez restituído o ectoplasma ao médium, o Espírito volta à sua invisibilidade.” Reencarnação e Imortalidade – Hermínio Miranda – FEB – 2ª edição – pg 146

EDUCAÇÃO / IMPORTÂNCIA DA

“Educa e transformarás a animalidade em humanidade, a humanidade em inteligência e a inteligência em angelitude!” Emmanuel – F.C. Xavier – mensagem privada

EDUCAÇÃO ESPÍRITA

“Num trabalho educacional verdadeiramente transformador haverá diálogo, participação e atividade. Estes não surgem num ambiente por efeito de mágica ou milagre, mas são construídos por todos os envolvidos. Alunos passivamente sentados em seus lugares tomando notas, em carteiras enfileiradas não serão vistos com freqüência. (Trecho do artigo ‘A Educação Para Pensar e a Comunidade de Investigação’, do professor Marcos Antonio Lorieri, disponível no site: www.cbfc.com.br) Sentir-se à vontade num grupo para falar e para ter opiniões próprias, para estar certo ou errado – será isto fácil ou difícil? Podemos começar por nós mesmos, verificando nossas inseguranças, inibições e a a dificuldade de nos expressar em certos ambientes, mais que em outros. Minha vivência em grupos de diferentes faixas etárias demonstra que muitas pessoas deixam de participar ativamente de um estudo, de dar opiniões e fazer perguntas, não porque não tenham nada importante a dizer, mas pela vergonha da exposição e medo de parecerem ridículas. Será este um problema de cada indivíduo ou do grupo? Começo a formular minha resposta dizendo: com os dois. Se existe, por um lado, uma tradição que confere o monopólio do saber ao professor/educador, também existe todo um sistema que nada faz para mudar isso. Na casa espírita se encontram muitos expositores e dirigentes de reuniões que não apreciam ser questionados ou confrontados, que atuam mais como pregadores e pastores de rebanho que como companheiros de caminhada evolutiva. Já o aluno que se ‘fecha em copas’, que não exprime as suas dúvidas, que só quer falar quando tiver certeza de estar correto e quando puder ser aprovado, sofre os efeitos do próprio orgulho e vaidade. Agindo assim ele se mostra prisioneiro da idéia equivocada segundo a qual já deveria saber aquilo que está ali para aprender, além de estar, em parte, convencido pelo sistema de que não traz, em seus próprios conteúdos internos, nada relevante a acrescentar. Pensemos: se nos propusemos a estudar mediunidade, por exemplo, é porque ainda nos consideramos ignorantes sobre muitos de seus aspectos. Se somos ignorantes não precisamos nos envergonhar de nossa ignorância. E o fato de não haver estudado em profundidade não quer dizer que não se tenha fatos e opiniões válidas a respeito. Um caldo de idéias erradas e falsas expectativas criam, porém, um meio opressivo à liberdade de pensar e falar. Não existe receptividade, por parte do educador e dos participantes do grupo, para as contribuições individuais ao tema, nem para as dúvidas, nem para o ‘não saber’. O trabalho permanece focalizado numa interpretação específica e as outras visões são descartadas. Como mudar essa realidade? Trabalhar a troca de conhecimentos e experiências numa nova rotina de trabalho é possível quando substituímos o modelo tradicional da sala de aula por um ambiente mais flexível. Como educadores, estimularemos a reflexão se, em vez de nos considerarmos detentores exclusivos do saber, acolhermos e valorizarmos o pensamento e vivências de cada elemento do grupo. Afinal, quando falamos em ensinar a pensar, não falamos em pensar como ou o que pensar, nem simplesmente em ruminar idéias sem conseqüência prática, mas em treinar processos mentais, em usar a razão para realizar os anseios da alma: sabedoria e felicidade. Para chegar a isso, o diálogo e a participação ativa possibilitam uma profunda experiência interior. ‘Por estarem participando ativamente de todos os assuntos em discussão, começam a vivenciar a relação entre teoria e prática, em contraste com falar sobre’. (Trecho do artigo A Educação Para o Pensar e a Comunidade da Investigação, do professor Marcos Antonio Lorieri, disponível no site www.cbfc.com.br) Dentre várias estratégias que podem ser utilizadas para esse fim, como projetos, passeios, atividades dentro e fora da casa espírita, destacamos as dinâmicas de grupo e os jogos, que não implicam em grande estrutura material para serem realizados e trazem resultados significativos para a evolução individual e coletiva na compreensão e aprofundamento nos temas estudados, bem como percepção mais clara de seus aspectos práticos.” Rita Foelker – Universo Espírita – Abril 2004 – pg 62

EDUCAÇÃO, O PESO DA SERVIDÃO

Celestin Freinet nasceu no dia 15 de outubro de 1896, na vila de Gaves, Alpes franceses. Teve uma infância e juventude rural, fato que, anos mais tarde, influenciou suas teorias pedagógicas. Após ter lutado na 1a Guerra Mundial, decidiu ser professor primário, função que desenvolveu brilhantemente ao longo de sua vida. Freinet chegou a ser preso por suas idéias inovadoras sobre educação, que visavam construir um homem mais livre e autônomo. Nos anos 50, a pedagogia de Freinet se espalhou pelo mundo, criando um movimento em prol da escola popular. Célestin Freinet morreu em Vence, França, no dia 8 de outubro de 1966. “Dizem que as ovelhas são estúpidas. Nós é que as tornamos estúpidas, ao encerra-las em estábulos acanhados, sem ar e sem luz, onde não tem outro recurso senão baterem com as patas no chão, balindo sempre até aparecer o pastor ou o açougueiro. “E nós as tornamos estúpidas também quando, em plena montanha e sob a ameaça do chicote e dos cães, as obrigamos a seguir passivamente, pelo atalho tortuoso, os passos da ovelha dianteira, que por sua vez segue o carneiro de longos chifres que também não sabe para onde leva o rebanho, mas que se orgulha de ser carneiro. “Nós as tornamos estúpidas porque reprimimos brutalmente todas as tentativas de emancipação, todas as veleidades dos jovens carneiros de fazer suas experiências fora dos caminhos batidos, perdendo-se nas matas, demorando-se entre as rochas, mesmo se conseguirem colher apenas arranhões e ranger de dentes. “Mas nós temos desculpa. O nosso fim não é educar nossas ovelhas nem torna-las inteligentes, mas somente treina-las para suportar, aceitar e até desejar a lei do rebanho e da servidão – aquela que dá boa carne e grandes benefícios. “Infelizmente, porém, ainda ouço crianças balbuciando em cantochão – ia dizer balindo -, por trás das portas fechadas das suas escolas-estábulo, mesmo que sejam escolas-estábulos luxuosas; vejo-as bater os pés como as nossas ovelhas, à entrada e à saída, e nada falta, nem os pastores autoritários, nem os regulamentos tão severos quanto nossos chicotes e os nossos cães. Vejo-as virar, todas ao mesmo tempo, as mesmas páginas, repetir as mesmas palavras, fazer os mesmos sinais... “E mais tarde você se admirará ao vê-las oferecer miseravelmente os braços à exploração e o corpo ao sofrimento e à guerra, como as ovelhas se oferecem ao matadouro! “É a servidão que nos torna fracos, é a experiência vivida, mesmo perigosamente, que forma os homens capazes de trabalhar e viver como homens. Não aceite a volta à servidão escolar. Faça por merecer a liberdade! Universo Espírita – Junho 2004 – Editora HMP – pg 64

EGRÉGORAS???

“... É dirigida pelos Egrégoras, isto é, os chefes das almas, que são os espíritos da energia e da ação.” Prefácio de Histoire de la Magie – Eliphas Lévi

EINSTEIN E MATERIALISMO

“O Materialismo morreu por falta de matéria” Obras Póstumas – Ed. LAKE – pg. 65

EINSTEIN E UNIVERSO

“Um ser humano é parte de um todo chamado por nós de “Universo”, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experiência a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto – uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão é uma forma de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por umas poucas pessoas próximas. Nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos dessa prisão alargando nossos círculos de compaixão para envolver todas as criaturas vivas e o todo da natureza em sua beleza.” O Livro Tibetano do Viver e do Morrer – pg.137

ELEFANTE E OS CEGOS (O)

“As confusões que ainda hoje se fazem a respeito nos lembram a parábola do elefante e dos cegos, no evangelho hindu de Ramakrishna. Um cego afirma que o elefante é uma coluna, porque só lhe apalpa uma das pernas; outro, que é um tonel, porque lhe toca o ventre; outro, que é uma bengala, pois lhe tateia a tromba; outro, um chicote, pois lhe examina a cauda. Mas quem tem olhos de ver sabe que o elefante é muito mais do que os aspectos parciais que seus membros podem apresentar ao tacto. Assim também, se nos ativermos a um dos aspectos do Espiritismo, e não voltarmos os olhos para os demais, negaremos fatalmente a sua natureza tríplice.” O Infinito e o Finito – H. Pires – pg. 113 – Ed. Correio Fraterno – Jul/89

ELIZABETH KÜBLER-ROSS

“A jovem doutora, suíça de nascimento, formara-se na conceituada Universidade de Zurique, onde nascera, e clinicara em Meilen, pequena vila não muito distante de onde vivia Carl G. Jung. Seus pacientes morriam, de preferência em suas próprias casas, com a assistência médica necessária, mas cercados pela família e visitados pelos amigos, ou seja, continuavam sendo gente até o fim da vida terrena e não um código numérico na ficha hospitalar. Foi aí, por volta de 1965, já nos Estados Unidos, para onde emigrara com o marido, o dr. Emmanuel Ross, que Kübler Ross entrevistou, pela primeira vez, diante de um grupo de estudantes, um jovem paciente terminal, algo impensável para a época. Diz ela, no prefácio de seu livro DEATH – THE FINAL STAGE OF GROWTH, que a entrevista não fora planejada nem preconcebida, e que ninguém poderia imaginar, àquela época, que estava surgindo ali uma longa e impactante série de seminários sobre a morte e a inevitável rotina de morrer. A doutora começou a chamar a atenção para o seu trabalho a partir de um seminário conduzido por ela na Universidade de Chicago, dirigido basicamente a estudantes de medicina e religiosos. Foi nessa ocasião que ela formulou os cinco estágios da negação da morte: a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação. Do seminário saiu o livro ON DEATH AND DYING, escrito em três meses. Pouco depois da publicação da obra, uma reportagem na revista LIFE, no dizer de Jonathan Rosen, “tocou mundialmente, um nervo exposto”e a doutora ficou instantaneamente famosa. Até hoje recebe cerca de 250 mil cartas por ano de gente que quer falar com ela sobre a morte. A Reinvenção da Morte – Hermínio Miranda – Lachatre – 1ª edição – pg 105

ELOHIM E A GÊNESE

“Se lermos com atenção os primeiros capítulos do Gênesis verificaremos que encerram duas narrativas distintas da Criação. Os capítulos I e II, vv. 1 a 3, contém uma primeira exposição, mas, no capítulo II, 4, começa uma outra narração; essas duas narrativas nos revelam o pensamento de dois autores diferentes. Um falando de Deus, o chama Elohim, isto é, ‘os deuses’. Na opinião de certos comentadores, esse termo designaria as forças, os seres divinos, os Espíritos colaboradores do Único. Esse parecer é confirmado por muitas passagens do sagrado livro.” Cristianismo e Espiritismo – Leon Denis – FEB – 5ª edição – pg 278

EMBRIÃO, ESPÍRITO PRISIONEIRO?

“344) Em que momento a alma se une ao corpo? A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais vai se apertando até o instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus. 345) É definitiva a união do Espírito com o corpo desde o momento da concepção? Durante esta primeira fase, poderia o Espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado? É definitiva a união, no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo. Mas, como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.” O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – FEB – 80a edição – pg.199

ENCARNAÇÃO E ERRATICIDADE

“Porém, a encarnação do Espírito nem é constante, nem é perpétua; não é senão transitória; deixando um corpo não retoma outro instantaneamente; durante um lapso de tempo mais ou menos considerável, vive na vida espiritual, que é sua vida normal; de tal sorte que a soma do tempo passado nas diferentes encarnações é pouca coisa, comparada ao tempo que passa no estado de Espírito livre. No intervalo de suas encarnações, o Espírito igualmente progride, no sentido de que ele põe a funcionar, para seu progresso, os conhecimentos e a experiência adquiridos durante a vida corporal; examina o que fez em sua permanência terrestre, passa em revista o que aprendeu, reconhece suas faltas, traça seus planos, e toma as resoluções segundo as quais contará guiar-se a uma nova existência em que procurará fazer melhor. É assim que cada existência é um passo avante na vida do progresso, uma espécie de escola de aplicação.” A Gênese – Allan Kardec – LAKE – Cap. XI – item 25 – pg. 184

ENXERTIAS / DISTORÇÕES DO CRISTIANISMO

“ A- Depois de três séculos, reconhecendo o dom da profecia, ou da mediunidade, um soberano meio de elucidar os problemas religiosos e fortificar a fé, a igreja chegou a declarar que tudo que provinha dessa fonte era pura ilusão ou obra do demônio. Ela se declarou, do alto de sua autoridade, a única profecia viva, a única revelação perpétua e permanente. Tudo o que dela não provinha foi condenado, amaldiçoado. Todo o lado grandioso do Evangelho, toda obra dos profetas que o completava e esclarecia, foi recalcado para a sombra. Não se tratou mais dos Espíritos nem da elevação dos seres na escala das existências e dos mundos, nem do resgate das faltas cometidas, nem de progressos efetuados e trabalhos realizados através do infinito dos espaços e do tempo. B- O pecado original é dogma fundamental em que repousa todo o edifício dos dogmas cristãos. C- O dogma das penas eternas com a conseqüente criação de satanás e do inferno, passou a ser uma arma terrível nas mãos do padre, que com ela criou uma ameaça suspensa sobre a cabeça do homem; ele foi para a igreja um instrumento incomparável de domínio. D- A santíssima trindade, defendida pela igreja é o retorno às crenças pagãs, especialmente da Índia e do Egito. E- A confissão auricular, deu ao padre o poder de remissão sobre o pecado, constituindo arbítrio exclusivo para a condenação e a absolvição do pecado. F- A eucaristia, ou a presença real do sangue e do corpo do Cristo, a hóstia consagrada, o sacrifício da cruz todos os dias se renova. Todas as formas do culto romano são uma herança do passado. Suas cerimônias, seus vasos de ouro e prata, os cânticos, a água lustral, são legados do paganismo. Do Bramanismo tomaram o altar, o fogo sagrado que ele arde, o pão e o licor consagrados à divindade. Do Budismo copiaram o celibato dos padres e a hierarquia sacerdotal. Os deuses pagãos se transformaram em demônios. As divindades dos fenícios e dos assírios foram transformadas em potências infernais. Os espíritos familiares do Platonismo se transformaram em diabos. Dos heróis, das personagens veneradas na Gália, na Grécia, na Itália, fizeram os santos. O Zendavestá, como a doutrina cristã, contém as teorias da queda e redenção, dos anjos bons e maus, a desobediência inicial do homem e a necessidade de salvação mediante a graça. Conservaram as festas religiosas dos antigos povos, dando-lhes apenas formas diferentes. José Eurípedes Garcia – Anuário Espírita 2001 – pg. 23

ERRO DE AVALIAÇÃO DO CODIFICADOR

“... podemos dizer-lhes, com exatidão, que poucos anos se passarão para que ocorra com os Espíritos, como na maioria das descobertas que foram combatidas com todo exagero,...” Revista Espírita – Allan Kardec – Jan – 1858 – IDE – pg. 26

ESCRIBAS, TRADUTORES E DISTORÇÕES

“Como assim dizeis: sábios somos nós, e a lei do Senhor está conosco? Verdadeiramente o ponteiro mentiroso dos escribas gravou a mentira. Confundidos foram os sábios, aterrados têm sido, e presos, porque desprezaram a palavra do Senhor, e nenhuma sabedoria há neles”. Jeremias – Cap 8 – versículo 8

ESCRITURAS SAGRADAS E SUA INTERPRETAÇÃO

“ Mas, quem ousará interpretar as Escrituras Sagradas? Quem tem esse direito? Quem possui as luzes necessárias, senão os teólogos? Quem o ousa? Primeiramente a ciência, que a ninguém pede permissão para fazer conhecer as leis da Natureza e que salta por cima dos erros e dos procedimentos. Quem tem esse direito? Neste século de emancipação intelectual e de liberdade de consciência, o direito de exame pertence a todo mundo e as Escrituras Sagradas não são a Arca Santa, na qual ninguém ousava encostar o dedo sem o risco de cair fulminado. Mas quem será o juiz das interpretações diversas e muitas vezes contraditórias, dadas fora do campo da Teologia? O futuro, a lógica e o bom senso. Os homens, cada vez mais esclarecidos à medida que novos fatos e novas leis se forem revelando, saberão separar os sistemas utópicos e a realidade...” A Gênese – Kardec – Cap. I – item 29.

ESPÍRITAS CRISTÃOS

“Os que não se contentam em admirar apenas a moral espírita, mas a praticam e aceitam todas as suas conseqüências. Convictos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar na senda do progresso, única que pode eleva-los de posição no Mundo dos Espíritos, esforçando-se para fazer o bem e reprimir as suas más tendências. Sua amizade é sempre segura, porque a sua firmeza de convicção os afasta de todo mau pensamento. A caridade é sempre a sua regra de conduta. São esses os verdadeiros espíritas, ou melhor os espíritas cristãos.” O Livro dos Médiuns – A Kardec – Lake – pg. 30

ESPÍRITAS MÍSTICOS E ESPÍRITAS CIENTIFICISTAS

“... Isso porque existem no movimento espírita, basicamente, duas faixas destoantes da legítima posição kardeciana: a mística e a cientificista. Os espíritas místicos tratam dos assuntos escriturísticos com aquele peculiar ranço eclesiástico. Imbuídos do absolutismo bíblico, confundem o respeito às figuras de Jesus e dos apóstolos e profetas com o respeito ultra cego à letra da Bíblia. Como diria Deolindo Amorim, os espíritas místicos aceitam o ‘Espiritismo segundo o Evangelho, e não o Evangelho segundo o Espiritismo.’ Ainda não se situaram corretamente no processo histórico da evolução do próprio Cristianismo. Já os espíritas cientificistas tratam dos assuntos escriturísticos com dissimulada ou desabrida indiferença. Procuram desprezar ou mesmo negar a ascendência confessadamente cristã da Doutrina, almejando viabilizar uma espécie de ‘divórcio’ entre o Espiritismo e a temática escriturística, mutilando-o, indubitavelmente, em sua integridade. Um estudo sério dos programas kardecianos demonstra que espíritas místicos e espíritas cientificistas estão em completo desalinho com o equilíbrio consensual do Espiritismo, ou seja, com os ditados dos espíritos superiores e as análises críticas do codificador. Os espíritas cientificistas devem perceber que a Doutrina é inequívoca em definir-se como obra espiritual do mestre Galileu; e os espíritas místicos, que Jesus não se encontra limitado às forjas dos mitos da Escritura, porque, nas páginas kardecianas, o Cristo, por sua própria vontade, tornou-se conhecimento acessível à razão esclarecida.” Sérgio F. Aleixo – Universo Espírita – Julho/04 – pg. 30

ESPIRITISMO, DIVULGAÇÃO E ESTUDOS

“ ... Mais tarde, sem nenhuma dúvida, quando o momento oportuno chegar, o Espiritismo terá também os seus oradores simpáticos, somente nós lhe recomendaremos para não caírem na má direção dos adversários, quer dizer, estudar a fundo a questão, afim de não falar senão com perfeito conhecimento da causa.” Revista Espírita – Allan Kardec – 1869 – Edicel – pg.87

ESPIRITISMO E EXPLICAÇÕES DEFINITIVAS

“O Espiritismo, entretanto, não pretende dar explicações cabais, definitivas e absolutas. Seu objetivo é a penetração gradual no desconhecido, que a razão humana não pode tomar de assalto. Por isso mesmo, sua posição é científica, como assinalava Kardec, e não religiosa ou mística, ao tratar dos problemas fundamentais da vida humana.” O Espírito e o Tempo – H. Pires – Edicel – pg 62 “...Todavia, como o Espiritismo não tem a pretensão de dar a última palavra sobre todas as coisas, mesmo sobre aquelas que são de sua competência, não se dá a posição de regulador absoluto do possível, e deixa de lado os conhecimentos reservados ao futuro. Do fato, porém, de que o Espiritismo admite os efeitos que são conseqüências da existência da alma, não se segue que aceite todos os efeitos qualificados como maravilhosos, e que se proponha a justifica-los e dar-lhes foros de verdade; que ele se faça o campeão de todos os sonhadores, de todas as utopias, de todas as excentricidades sistemáticas, de todas as lendas miraculosas; seria conhecê-lo muito pouco para pensar assim”. A Gênese – Allan Kardec – LAKE – Cap. 13 – itens 8 e 11 – pg. 224

ESPIRITISMO E MISTÉRIOS

“Para a Filosofia Espírita, não há zonas interditas ao conhecimento humano. O saber metafísico é tão possível quanto racional. A própria razão transcende os limites de suas categorias, na proporção em que novas experiências lhe vão sendo acessíveis. O homem é um processo, e na proporção em que se desenvolve, supera-se a si mesmo, superando as suas limitações. A interdição às zonas superiores do conhecimento não decorre de nenhuma determinação misteriosa, e nem mesmo de qualquer espécie de incapacidade, mas apenas da falta de crescimento, de desenvolvimento, de evolução e maturação do homem. O Espírito e o Tempo – H. Pires – Edicel – pg.151

ESPIRITISMO E REGALIAS

“... Como a doutrina não permite as regalias do sistema igrejeiro, era necessário arranjar alguns substitutivos. Um deles, é o das graduações mediúnicas e das reencarnações suntuosas. Surgiram e surgem constantemente as complicações da prática.” Mediunidade – Herculano Pires – Edicel – 4ª edição – pg 127

ESPIRITISMO E RELIGIÃO

“ A prova das razões porque Kardec evitou a palavra religião, para definir Espiritismo, nos é dada pela sua própria confissão, no discurso que pronunciou na Sociedade Espírita de Paris, a primeiro de novembro de 1868: “Porque então declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque só temos uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e porque, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da palavra culto: revela exclusivamente uma idéia de forma, e o Espiritismo não é isso. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público só veria nele uma nova edição, uma variante, se assim nos quisermos expressar, dos princípios absolutos em matéria de fé, uma classe sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; o público não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais sua opinião se tem levantado tantas vezes.” “ O Espírito e o Tempo – H. Pires – Edicel – pg. 169

ESPIRITISMO E SUA TRANSFERÊNCIA

“... O movimento progressivo da Humanidade partiu do Oriente. E se propagou pouco a pouco para o Ocidente, teria já transposto o Atlântico e plantado sua bandeira no continente, deixando a Europa para trás, como a Europa deixou a Índia? É uma lei, e o círculo do progresso teria já feito várias vezes a volta ao mundo? O fato seguinte poderia fazê-lo supor. Emancipação das mulheres nos Estados Unidos...” Revista Espírita – Allan Kardec – 1869 – Edicel – pg. 79

ESPIRITISMO: TRÊS ASPECTOS

“Nenhuma explicação nos parece mais feliz, mais precisa e mais didática, do que a formulada pelo espírito de Emmanuel, no livro O Consolador, recebido mediunicamente por Francisco Cândido Xavier. Interpelado a respeito do tríplice aspecto da doutrina, o espírito respondeu nesses termos: “Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a religião é o ângulo divino, que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam ao aperfeiçoamento da humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza, por constituir a restauração do evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza de seu imenso futuro espiritual.” O Espírito e o Tempo – H. Pires – Edicel – pg.135

ESPÍRITO DE VERDADE

“Pelo menos nas manifestações que chegaram ao nosso conhecimento, o Espírito de Verdade recusou, sistematicamente, a identificar-se a Kardec, como se observa no diálogo constante de Obras Póstumas, ocasião na qual o Codificador insistiu e reiterou sua solicitação, enquanto a entidade se manteve irredutível. Só ficamos sabendo, por lógica inferência, que se tratava do próprio Cristo, ante a bela mensagem que aparece assinada por Jesus, em o Livro dos Médiuns, cap XXXI e, posterirmente, reproduzida com ligeiras alterações, mas com idêntico conteúdo, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap VI – O Cristo Consolador.” Diversidade dos Carismas – Vol II – Hermínio Miranda – Arte e Cultura – 1ª edição – pg 136

ESPÍRITO: LIVRO DOS ESPÍRITOS

“Q. 23: Que é o espírito? O princípio inteligente do Universo. Q. 24: É o espírito sinônimo de inteligência? A inteligência é um atributo essencial do espírito. Uma e outro, porém, se confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.”

ESPÍRITO PROTETOR E A PRECE

“... O protetor volta desde que este (o protegido) o chame. É uma doutrina, esta, dos anjos guardiões, que, pelo seu encanto e doçura, deverá converter os mais incrédulos. Não vos parece grandemente consoladora a idéia de terdes sempre junto de vós seres que vos são superiores, prontos sempre a vos aconselhar e amparar... ... Interrogai vossos anjos guardiões; estabelecei entre eles e vós essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes ocultar nada... Não receeis fatigar-nos com as vossas perguntas. Ao contrário, procurai estar sempre em contato conosco.” O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – FEB – Questão 495 – pg 257

ESPÍRITO PROTETOR, ESPÍRITOS FAMILARES E ESPÍRITOS SIMPÁTICOS

“Das explicações acima e das observações feitas sobre a natureza dos Espíritos que se afeiçoam ao homem, pode-se deduzir o seguinte: O Espírito Protetor, anjo de guarda, ou bom gênio é o que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior, com relação ao protegido. Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o fim de lhe serem úteis, dentro dos limites do poder, quase sempre muito restrito, de que dispõem. São bons, porém muitas vezes pouco adiantados e mesmo um tanto levianos. Ocupam-se de boa mente com as particularidades da vida íntima e só atuam por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores. Os espíritos simpáticos são os que se sentem atraídos para o nosso lado por afeições particulares e ainda por uma certa semelhança de gostos e sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal. De ordinário, a duração de suas relações se acha subordinada às circunstâncias. O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso, que se liga ao homem para desviá-lo do bem. Obra, porém, por impulso próprio e não no desempenho de missão. A tenacidade de sua ação está em relação direta com a maior ou menor facilidade de acesso que encontre por parte do homem, que goza sempre da liberdade de escutar-lhe a voz ou de lhe cerrar os ouvidos.” O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – NK Questão 514

ESPÍRITO SANTO?

“Essa palavra pneuma, traduziu-a (S) Jerônimo como spiritus, reconhecendo, com os evangelistas, que há bons e maus Espíritos. A idéia de divinizar o Espírito não surgiu senão no século II. Foi somente depois da Vulgata que a palavra sanctus foi constantemente ligada à palavra spiritus, não conseguindo essa junção, na maioria dos casos, senão tornar o sentido mais obscuro e mesmo, às vezes, ininteligível... É um contra-senso. Na Vulgata, tradução latina do grego, está escrito Spiritum bonum, palavra por palavra espírito bom. A Vulgata não fala absolutamente de Espírito Santo. O primitivo texto grego é ainda mais frisante, e nem de outro modo poderia ser, pois que o Espírito Santo, como terceira pessoa da Trindade, não foi imaginado senão no fim do século II. Convém, todavia, notar que a Bíblia, em certos casos, fala do Espírito Santo, mas sempre no sentido de Espírito familiar, de Espírito ligado a uma pessoa. Assim, no Antigo Testamento (Daniel, XIII, 45) se lê: ‘O Senhor suscitou o espírito santo de um moço chamado Daniel.” Criatianismo e Espiritismo – Leon Denis – FEB – 5ª edição – pg. 293

ESPÍRITOS SUPERIORES E A IGREJA

“A 30 de setembro de 1863, como se pode ver em Obras Póstumas, Kardec recebeu dos Espíritos Superiores este aviso: ‘Chegou a hora de a Igreja prestar contas do depósito que lhe foi confiado, da maneira como praticou os ensinamentos do Cristo, do uso que fez de sua autoridade, enfim do estado de incredulidade a que conduziu os espíritos’” O Céu e o Inferno – Allan Kardec – Notícia sobre o Livro – LAKE – pg.IX

ESTUDO PRÉVIO DA TEORIA

“... A segunda precaução é dedicar-se com escrupuloso cuidado a reconhecer, por todos os indícios que a experiência oferece, a natureza dos primeiros Espíritos comunicantes, dos quais sempre é prudente desconfiar. Se esses indícios forem suspeitos, deve-se apelar com fervor ao anjo guardião e repelir com todas as forças o mau Espírito, provando-lhe que não conseguiu enganar, para o desencorajar. Eis porque o estudo prévio da teoria é indispensável, se o médium pretende evitar os inconvenientes inseparáveis da falta de experiência. As instruções a respeito, bem desenvolvidas, estão nos capítulos sobre a Obsessão e a Identidade dos Espíritos.” O Livro dos Médiuns – Kardec – Lake – item 211 – pg. 176

ETERNO?

“A palavra eterno, que tão freqüentes vezes se encontra nas Escrituras, parece não dever ser tomada ao pé da letra, mas como uma dessas expressões enfáticas, hiperbólicas, familiares aos orientais. É um erro esquecer que tudo são símbolos e imagens em seus escritos. Quantas promessas, pretensamente eternas, feitas ao povo hebreu ou a seus chefes, não tiveram realização! Onde está essa terra que os israelitas deveriam possuir eternamente – in aeternum (Pentateuco). Onde essas pedras do Jordão, que Deus anunciava deverem ser, para o seu povo, um monumento eterno (Josué, VI, 7). Onde essa descendência de Salomão que devia reinar eternamente em Israel e tantas outras, idênticas promessas? Em todos esses casos, a palavra eterno parece simplesmente significar longa duração. O termo hebraico ôlam, traduzido por eterno, tem como raiz o verbo âlam, ocultar. Exprime um período cujo fim se desconhece. O mesmo acontece à palavra grega aion e à latina aeternitas. Tem esta a raiz aetas, idade. Eternidade, no sentido que o entendemos hoje, dir-se-ia em grego aidios e em latim sempiternus, de semper, sempre.” Cristianismo e Espiritismo – Leon Denis – FEB – 5ª edição – pg 94

EVANGELHO E ESPIRITISMO

“Na introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, logo nas primeiras linhas, Kardec oferece um exemplo da maneira pela qual o Espiritismo “quebra a noz para tirar a amêndoa”, segundo uma sua expressão. O respeito aos textos não se refere à forma, mas ao conteúdo. O Espiritismo respeita a essência, os ensinos contidos na letra, o espírito que nela se incorpora, e não a própria letra... É nesse sentido que o Espiritismo respeita as escrituras, e nelas se apóia, para confirmar a sua própria legitimidade, mas a elas não se escraviza. Pelo contrário, o Espiritismo recebe as escrituras como um acervo cultural, do qual retira as energias criadoras, as forças vitais condensadas em suas formas, para reelaborá-las em novas expressões de espiritualidade. É assim que o Cristianismo se liberta e se renova, na expansão de suas mais profundas e poderosas energias, para libertar e renovar o mundo.” O Espírito e o Tempo – H. Pires – Edicel – pg. 90/91

EVANGELHOS SINÓTICOS E SUAS DATAS

“O Evangelho de Marcos, na forma que conhecemos, foi escrito no ano 45, em grego, provavelmente em Roma. O de Mateus foi escrito entre os anos 55 e 60, provavelmente na Síria, em hebraico. O de Lucas entre os anos 70 e 80, em grego literário de fino lavor, possivelmente na Europa ou na Ásia. O de João nos anos 80, em grego e na cidade de Éfeso. Renan, no passado, e Charles Guignebert, no presente, são os dois grandes pesquisadores históricos, ambos franceses, que conseguiram melhor estabelecer esses dados.” O Verbo e a Carne – Herculano Pires – Edições Cairbar – 1a edição – pg.21

EVOCAÇÃO OU COMUNICAÇÃO ESPONTÂNEA?

“Dois sistemas igualmente preconizados e praticados se apresentam no modo de se receberem as comunicações de além-túmulo; uns preferem esperar as comunicações espontâneas, os outros as provocam por uma chamada direta feita a tal ou tal Espírito. Os primeiros pretendem que na ausência de controle para constatar a identidade dos Espíritos, esperando sua boa vontade, se está menos exposto a ser induzido em erro, já que aquele que fala é porque quer falar, ao passo que não é certo que aquele que se chama possa vir ou responder. Objetam que deixar falar o primeiro que aparece, é abrir a porta aos maus tão bem quanto aos bons. A incerteza da identidade não é objeção séria, pois que, freqüentemente, existem meios de constata-la, e que, aliás, essa constatação é objeto de um estudo que se prende aos próprios princípios da ciência; o espírito que fala espontaneamente se encerra, o mais ordinariamente, em generalidades, ao passo que as perguntas lhe traçam um quadro mais positivo e mais instrutivo. Quanto a nós, não condenamos senão os sistemas exclusivos; sabemos que se obtém coisas muito boas por um e por outro modo, e se damos a preferência ao segundo, é porque a experiência nos ensinou que, nas comunicações espontâneas, os Espíritos enganadores não deixam de se ornamentar com nomes respeitáveis que nas evocações; eles têm mesmo o campo mais livre, ao passo que pelas perguntas são dominados, são dirigidos mais facilmente, sem contar que as perguntas são de uma utilidade incontestável nos estudos. É a esse modo de investigação que devemos a multidão de observações que recolhemos, a cada dia, que nos fazem penetrar mais profundamente esses estranhos mistérios. Quanto mais nós avançamos, mais o horizonte aumenta diante de nós, e nos mostra o quanto é vasto o campo que temos a ceifar.” Revista Espírita – Allan Kardec – Jul/1859 – IDE – 1ª edição – pg 162 “Há pessoas que tem por princípio nunca fazerem evocações e esperarem a primeira comunicação espontânea que se apresente sob o lápis do médium; ora, querendo-se lembrar do que dissemos sobre a multidão muito misturada dos Espíritos que nos cercam, conceber-se-á, sem dificuldade, que é colocar-se segundo a opinião do primeiro que venha, bom ou mau; e como nessa multidão há mais maus do que bons, há maior chance de haver os maus, absolutamente como se abrísseis vossa porta a todos os que passam pela rua; ao passo que pela evocação, fazeis vossa escolha, e vos cercando de bons Espíritos, impondo silêncio aos maus, que poderão muito bem, apesar disso, procurar algumas vezes se introduzirem habilmente – os bons mesmo o permitirão para exercer a vossa sagacidade em reconhecê-los – mas eles não terão influência. As comunicações espontâneas têm uma grande utilidade quando se está certo da qualidade de sua companhia, então, freqüentemente, deve-se felicitar pela iniciativa deixada aos Espíritos; o inconveniente não está senão no sistema absoluto que consiste em se abster do apelo direto e das perguntas.” Revista Espírita – Allan Kardec – Set/1859 – IDE – 1ª edição – pg 212

EVOCAÇÕES

“médiuns de evocações - ... Mas há, para os casos de evocação, médiuns inteiramente especiais. NT: O problema das evocações é dos mais complexos. As evocações de Kardec eram feitas para estudos. Nas sessões habituais de natureza religiosa não se fazem evocações...” O Livro do Médiuns – Kardec – Lake – item 192 – pg.165

EXISTÊNCIAS ANTERIORES

“As origens que certos Espíritos nos dão pela revelação de pretensas existências anteriores, freqüentemente, são um meio de sedução e uma tentação para nosso orgulho, que se vangloria por ter sido tal ou qual personagem.” Revista Espírita – Allan Kardec – Maio/1859 – IDE – 1a edição – pg. 132 br>

EXPERIÊNCIAS DIVIDIDAS

“Seu coração e sua inteligência entenderão as minhas palavras. A principal virtude dos que sofreram é a de acender uma luz para as almas desprevenidas que seguem, despreocupadamente, pelos caminhos escuros e enganosos da vida terrestres. Aproveite a experiência dolorosa e difícil de seu pai... ... cônscio de que as lições aprendidas por seu pai devem ter utilidade para os filhos queridos que deixou na Terra e que ele, no seu egoísmo, considerará, sempre, como as melhores criaturas do Universo. ... implorando-Lhe que conserve, no coração de meu filho, a estrela fulgurante da Verdade, não para que ele seja um santo, sobre o mundo de perversidade e de dores amargas, mas que ele seja o companheiro leal e o homem de bem.” Irmão X, Meu Pai – Humberto de Campos Filho – Lúmen Editora – pg. 144

FALAR FÁCIL

“Não teríamos desejado senão uma coisa, que é um pouco mais de clareza nas demonstrações e no método na ordem das matérias. O senhor Auguez tratou a questão como sábio, porque se dirigia a um sábio capaz, seguramente, de compreender as coisas mais abstratas, mas não teria pensado que escrevia menos para um homem do que para o público, que lê sempre, com mais prazer e proveito, o que compreende sem esforços.” Allan Kardec dirigindo-se ao Sr. Paul Auguez, que respondeu a uma publicação do Sr. Viennet, onde este fez pesadas críticas ao Espiritismo. Revista Espírita – 1858 – Março – IDE – 1ª edição – pg. 64

FANATISMO E MATERIALISMO

“... o Fanatismo e o Materialismo – um que tudo aceita e o outro que tudo nega. Sábio é aquele que se mantém tranqüilo entre os dois extremos, e que confia na justiça eterna das coisas.” A Doutrina Secreta – H Blavatsky – vol 1 - pg. 63

FARISEUS, FERMENTO DOS (MARCOS 8:15)

“ O fermento é o que faz crescer a massa mas, sozinho, não é comestível. ... Ao excluir o fermento dos fariseus, Iéshoua’ pretende condenar um ensinamento que enfatiza os gestos exteriores da religião mais do que sua interioridade....” Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 135

FEB E A REVISTA ESPÍRITA

“Qual o estudioso do espiritismo que não gostaria de ter na sua estante, para folhear à vontade, ler e estudar com carinho, os números da revista de Kardec? Pois os atuais (1949) dirigentes da Federação não pensam desta maneira, e no número 3 deste ano, correspondente a março último, da revista “Reformador”, órgão oficial da FEB, inseriram, à página 50, com artiguete de má-fé, intitulado “Ensaio”, no qual afirmavam: “as velhas coleções da “Revue Spirite” só tem valor como curiosidade histórica, não para estudo da doutrina...” Herculano Pires, o Apóstolo de Kardec – J. Rizzini – pg 98

FEB E A TRADUÇÃO DO ESE

“... porque as traduções brasileiras das obras de Allan Kardec andam sendo adulteradas e mutiladas, como se pode verificar nos capítulos XX e XXI de O Evangelho Segundo o Espiritismo que, depois de ter tido uma tradução correta, que vinha dos tempos da velha guarda, em lugar de a reverem, se fosse o caso, os diretores da FEB mandaram o Sr. Antonio Lima fazer, em 1931, uma tradução baseada no 48o milheiro da edição francesa – justamente o adulterado e mutilado. Esta é a fonte das versões brasileiras desde 1932.” Erros Doutrinários – Júlio Abreu Filho – Edições Cairbar – 1a edição – pg. 88

FEB E A UMBANDA

“E assim terminou a minha experiência, ou melhor, o meu estudo inesperado do chamado Espiritismo de Umbanda” Chocante a expressão, a de um presidente da FEB: Espiritismo de Umbanda! Mas, Wantuil de Freitas e quase todos os seus companheiros estavam, convencidos de que havia “Espiritismo de Umbanda”. Pois oito anos antes desta entrevista radiofônica – exatamente em maio de 1945 – ele organizou o que chamou de plano das Sociedades Coligadas, convidando ao seio da Federação todas as organizações existentes, desde a Liga Espírita do Brasil que é 100% Kardecista, até as tendas “afro-católicas” mais esdrúxulas, com as suas excêntricas batucadas. ... Não é de admirar-se, portanto, que anos depois da entrevista na Rádio Clube do Brasil, Wantuil de Freitas, novamente hipnotizado pelo fascínio umbandístico fizesse que a Federação Espírita Brasileira, através do Conselho Federativo Nacional (também presidido e pressionado por ele) divulgasse nos centros espíritas de norte a sul do país que “fenômeno mediúnico com ou sem doutrina é Espiritismo”. E mais: “doutrinariamente, toda prática mediúnica é espírita, embora nem sempre kardeciana”. E ainda mais: “Umbanda é Espiritismo, mas não é Doutrina Espírita”. Outra afirmação do Conselho é a de que “todo umbandista é espírita, mas nem todo espírita é umbandista”. Como se vê, uma confusão primária, que nenhum estudante de Kardec pode aceitar.” Herculano Pires, o Apóstolo de Kardec – J. Rizzini – Paidéia – pg 101

FEB, ROUSTAINGUISMO E ESTATUTOS

“... foi por um abuso de confiança, tomando procurações dos kardecistas votantes, que deveriam se reunir em assembléia, na qual seria eleita a direção da FEB, que, num golpe baixo, os roustainguistas assaltaram o poder; feito isso, reformaram os seus estatutos, introduzindo um dispositivo que exige a confissão do credo roustainguista para poder participar do conselho e da diretoria; ainda pelos estatutos, a diretoria completa o conselho, e este elege a diretoria. Vejam-se Art. 2o , letra a e Art. 36o , par. 3o.” Erros Doutrinários – Júlio Abreu Filho – Edições Cairbar – 1a edição – pg.147

FILHO DO HOMEM

“... Mas Jesus é também, para o evangelista, o Rabi e o Adôn, repetindo-se este nome oitenta vezes em Mateus. Filho do homem, salvador anunciado da humanidade e de Israel, a cristandade nascente, após os evangelistas, vê nele o filho de Elohim. Esta expressão em hebraico (Ben Elohim) não tem e não pode ter o mesmo significado que em grego (huios tou theou). Em hebraico, a palavra “ben” exprime uma dependência que muitas vezes não é a de uma filiação biológica. Além disso, no universo bíblico, Elohim é o pai não apenas de todo homem, mas de toda criatura, de todo objeto.” Matyah – André Chouraqui – Imago – pg. 43

FILHO, SÚPLICA DE

“Não me procures, Mãe, sob o jazigo Que recobres de jóias e açucenas!... Fita o campo das lágrimas terrenas, Levanta-te da lousa e vem comigo. Aqui, chora a viuvez amargas penas, Ali, geme a orfandade ao desabrigo, Ergamos para a dor um pouso amigo E as nossas dores ficarão pequenas!... Transformemos o luxo, Mãe querida, Em consolo, agasalho, pão e vida, Na inspiração do bem que nos governa!... E seguiremos juntos, dia-a-dia, Convertendo a saudade escura e fria Em bendito calor de luz eterna. Luís Roberto Espírito – Médium F.C. Xavier – Mensagem recebida 1/5/65, Comunhão Espírita Cristã

FINADOS, ORAÇÃO PELOS QUASE MORTOS

“Senhor Jesus!... Enquanto os irmãos da Terra procuram a nós outros – os companheiros desencarnados – nas fronteiras da cinza, rogando-te amparo em nosso favor, também nós, de coração reconhecido, suplicamos apoio em auxílio de todos eles, principalmente considerando aqueles que correm o risco de marginalizarem-se nas trevas!... Pelos que perderam a fé, recusando o sentido real da vida, e jazem quase mortos de desespero; pelos que desertaram das responsabilidades próprias, anestesiando transitoriamente o próprio raciocínio, e surgem quase mortos de inanição espiritual; pelos que se entregaram à ambição desmesurada a se rodearem sem qualquer proveito dos recursos da Terra, e repontam do cotidiano quase mortos de penúria da alma; pelos que se hipertrofiaram na supercultura da inteligência, gelando o coração para o serviço da solidariedade, e aparecem quase mortos ao frio da indiferença; pelos que acreditaram na força ilusória da violência, atirando-se ao fogo da revolta, e se destacam quase mortos de angústia vazia; pelos que se perturbaram por ausência de esperança, confiando-se ao desequilíbrio, e se revelam quase mortos de aflição inútil; pelos que abraçaram o desânimo por norma de ação, parando de trabalhar, e repousam quase mortos de inércia; e pelos que se feriram ferindo aos outros, encarcerando-se nas cadeias da culpa, e estão quase mortos de arrependimento tardio! Senhor!... Para todos os nossos irmãos que atravessaram a experiência humana quase mortos de sofrimentos e agravos, complicações e problemas criados por eles mesmos, nós te rogamos auxílio e benção!... Ajuda-os a se libertarem do visco de sombra em que se enredaram e traze-os de novo à luz da verdade e do amor, para que a luz do amor e da verdade lhes revitalize a existência a fim de que possam encontrar a felicidade real contigo, agora e para sempre.” Na Era do Espírito – Chico e Herculano – Espírito Emmanuel – GEEM – 5a edição – pg. 124

FOGUEIRA, AGONIA NA

“A dor era de enlouquecer. A gente deveria orar a Deus quando está morrendo, se é que se pode orar em plena agonia.... Eu não sabia que quando a gente morre queimada a gente sangra. Eu sangrava que era um horror. O sangue pingava e chiava nas chamas. Gostaria de ter bastante sangue para apagá-las. O pior, porém, foram os meus olhos. Detesto a idéia de ficar cega. Já basta o que penso quando estou acordada, mas nos sonhos não posso me livrar dos meus pensamentos. Eles persistem... Tentei fechar os olhos, mas não pude. Eles devem ter sido queimados e agora aquelas chamas iriam arrancar-mos com seus maléficos dedos. Eu não queria ficar cega.” Nas Fronteiras do Além – Hermínio Miranda – FEB – 2ª edição – pg. 124

FORMA HUMANA

“A forma humana, com algumas diferenças de detalhes e as modificações orgânicas exigidas pelo meio em que o ser tem de viver, é a mesma em todos os globos. É pelo menos, o que dizem os Espíritos. E é também a forma de todos os Espíritos não encarnados, que só possuem o perispírito. O Livro dos Médiuns – Kardec – Lake – item 56 - pg.52

FORMA X FUNDO

“Para os Espíritos, principalmente para os Espíritos superiores, a idéia é tudo, a forma não é nada. Livres da matéria, sua linguagem é rápida como o pensamento, pois é o próprio pensamento que entre eles se comunica sem intermediários.” O Livro dos Espíritos – Kardec – Introdução XIV – Lake - pg. 45

FREDERICO FÍGNER E ANA PRADO

“Frederico Fígner, introdutor do fonógrafo no Brasil, levou sua esposa desolada a Belém do Pará, na esperança de um reencontro com a menina Rachel, sua filha que haviam perdido, o que quase os levara à loucura, ele e a esposa. Procuraram a médium Ana Prado, também mulher do campo,e numa sessão com ela a menina apareceu materializada, estimulando os pais a enfrentarem o caso com serenidade, pois ali estava ela, viva, e falava e os beijava, e, sentava-se em seus colos, provando que não morrera. Fígner, ao voltar para o Rio de Janeiro, dedicou-se dali por diante ao Espiritismo, com a chama da fé acesa em seu coração e no coração da esposa, mas agora uma fé inabalável, assentada na razão e nos fatos. A beleza de um reencontro de um filho com a mãe, que estreita o médium nos braços ansiosos e o beija com toda a efusão da saudade materna, compensa, de muito, a impiedade dos que o acusam de praticar bruxarias” Mediunidade – Herculano Pires – Edicel – 4ª edição – pg 38

FUTURO, UMA SÓ NAÇÃO?

“Questão 789: O progresso fará que todos os povos da Terra se achem um dia reunidos, formando uma só nação? Uma nação única, não; seria impossível, visto que da diversidade dos climas se originam costumes e necessidades diferentes, que constituem as nacionalidades, tornando indispensáveis sempre leis apropriadas a esses costumes e necessidades. A caridade, porém, desconhece latitudes e não distingue a cor dos homens. Quando, por toda parte, a lei de Deus servir de base à lei humana, os povos praticarão entre si a caridade, como os indivíduos. Então, viverão felizes e em paz, porque nenhum cuidará de causar dano ao seu vizinho, nem de viver a expensas dele.” O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – FEB – 80a edição – pg 367

GALILÉIA DOS GENTIOS / DAS ETNIAS

1) “Os esconderijos da Galiléia estavam cheios de homens que queriam fugir às represálias dos invasores romanos: eles eram chamados Galil ha-goim, a Galiléia das etnias. Mas, como quase sempre acontece, a exigência do segredo leva a um resultado inverso e favorece a difusão mais rápida daquilo que se queira esconder.” Marcos – André Chouraqui – Imago – pg.59 2) “De uma maneira geral, os habitantes da Judéia reivindicavam a pureza de suas origens tribais, da qual se orgulhavam, o que significava um certo desdém pelas populações mistas, mais ou menos taxadas de impuras, como os galileus miscigenados a inúmeros estrangeiros, vindo de países distantes.” Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 122 3) “A Galiléia dos Gentios é um mosaico de raças, religiões, línguas e culturas que Iéshoua’conclama a um futuro de unidade messiânica.” Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 128

GANDHI, KALIL E O CRISTIANISMO

“O Mahatma Gandhi exclamou, ao ler os Evangelhos: Como pôde uma árvore como esta dar os frutos que conhecemos? Kalil Gibran viu Jesus de Nazaré encontrar-se com o Jesus dos Cristãos numa colina do Líbano, onde conversaram, e Jesus de Nazaré retirar-se murmurando: Não podemos nos entender!” Revisão do Cristianismo – Herculano Pires – Paidéia – 2a edição – Apresentação do Autor.

GENIALIDADE E CÉREBRO FÍSICO

“Há muito tempo os cientistas estudam minuciosamente o cérebro humano, buscando relacionar seus detalhes anatômicos e fisiológicos com a inteligência. No início do século passado, Wagner, um anátomo-fisiologista alemão, resolveu estudar os cérebros dos cientistas mortos, comparando-os com os das demais pessoas. Teve a profunda decepção de vê-los idênticos em seus aspectos externos, internos e microscópicos. Os cérebros de um intelectual e de um parvo eram iguais em tudo. E, até hoje, ninguém pode afirmar que as células cerebrais são a sede de processos mentais – o grande sonho dos materialistas. ... um dos argumentos que mais depõe contra a teoria materialista é o seguinte: a maior parte dos homens célebres tiveram ascendentes de inteligência medíocre e sua descendência foi-lhes notoriamente obscura. Hércio Marcos Cintra Arantes Anuário Espírita 1970 – pg.22 23

GERASENOS OU GADARENOS / UMA NOVA INTERPRETAÇÃO (MARCOS 5:1 A 21)">

“O lugar onde supostamente se passou o incidente permanece desconhecido e as variações que apresentam os evangelistas e os manuscritos quanto ao nome que lhe é dado (gadarenos em Mateus e gerasenos em Lucas) mostram bem que, mesmo na época em que foram redigidos, esse lugar não era identificado. Deve tratar-se de um nome imaginário... Legião é meu nome: Eis a palavra decisiva, aquela que dá autenticidade a nossa leitura de toda essa passagem. Ao escutá-la, os ouvintes de Iéshoua’ não podiam pensar senão na Décima Legião romana, sediada em Damasco, cujo símbolo era um porco e encarregada de manter a ordem naquela região, de fazer respeitar a pax romana, que era, para os hebreus como para todos os povos que não obedeciam cegamente às ordens do império, a paz dos cemitérios. Aquela legião contava com 6.000 homens que eram enviados logo que surgiam as menores perturbações. Os legionários eram detestados, como o são todos os soldados de um exército de ocupação, por causa de sua brutalidade e da arbitrariedade de suas medidas. Do alto do penhasco: Procurou-se em vão onde poderia se encontrar esse penhasco do qual a manada se precipitara ao lago. Com efeito, as margens do lago de Tiberíades são todas rigorosamente planas, sem o menor penhasco. Marcos – André Chouraqui – Imago – pg. 92/96

GIORDANO BRUNO

“O procedimento que a Igreja usa hoje em dia não é aquele que os apóstolos usaram, porque convertiam as pessoas com ensinamentos e com o exemplo de uma vida boa. Mas agora, quem não desejar ser católico deve suportar a punição e a dor. A força é usada e não o amor. O mundo não pode continuar assim, pois nada há senão ignorância e nenhuma religião que seja boa, disse Giordano Bruno. Nascido em 1548, sua vida foi um testamento dessas suas palavras. Ao ser julgado, em 1589, quando sugeriram que se retratasse, respondeu: “Não o farei. Nada tenho a re