Harry Potter e o Mistério do Véu Negro
 
 
 

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— 39º Capítulo
Prévia do fim

  

H

arry acordou na manhã seguinte bem cedo, pensando no que Snape havia dito no dia anterior. Que verdade seria essa? Será que existia algo sobre a morte de Dumbledore que não estaria muito claro?

– Bom dia, Harry. — Cumprimentou Gina. — Está preocupado com alguma coisa?

– Não se preocupe. Viu o Sirius?

– Estava no salão principal agora há pouco.

Ele beijou-a de leve e saiu pelos corredores. Sirius conversava com o Nick quase-se-cabeça:

– Olá, Harry!

– Nick. Sirius, eu queria falar algo com você. Pode ser? — Perguntou ele.

– Oh, vou deixá-los a sós, cavalheiros — e Nick atravessou uma parede.

– O que houve, Harry? — Indagou rapidamente ao ver a cara de preocupação do afilhado.

– Você que estava podendo ver tudo nesses últimos tempos, sem que ninguém lhe percebesse... sabe de alguma coisa que eu precise saber?

Sirius tossiu.

– Não sei de nada, Harry. Por que pergunta isso?

– Você viu ontem. Há alguma verdade que estão escondendo... sabe de alguma coisa?

– Não sei. Provavelmente o Snape quer lhe atrair até o Voldemort com alguma desculpa... — Falou Sirius pensativo.

– Eu tenho certeza de que há algo mais, e vou descobrir.

Sirius balançou a cabeça:

– Deve se preocupar apenas com a Ordem, garoto, esqueça o que não interessa.

Você é quem pensa. Vou descobrir o que andam escondendo de mim.

– Ok, Sirius. Vou tomar café. — Disse Harry dando-lhe as costas e dirigindo-se ao Salão Principal.

Uma coluna de pessoas seguia-se nas mesas, os alunos estavam alegres, afinal, faltavam apenas duas semanas para a saída do trem para a estação Kim Cross.

Harry aproximou-se da mesa da Grifinória e sentou-se no meio de Rony e Hermione que liam ansiosos a carta que acabara de chegar da Sra. Weasley.

– Harry, mamãe disse que era para você voltar e resolver alguns problemas da Ordem, que só você pode aderir. — Disse Rony oferecendo o pergaminho com letras grossas e metálicas.

– Eu estava pensando nisso, não temos mais muita coisa a fazer aqui, Harry...

Ruídos breves e grotescos vinham da mesa de professores, todos olhavam para Hagrid derramando vários pingos d’águas e fazendo um som parecido com dragões Húngaros em choca.

– O que houve com o Hagrid? — Perguntou Harry preocupado.

– O monstro também está assim... — Disse Hermione. — Ele não aceita voltar a obedecer ao Sirius, diz ele que você era melhor...

– O Hagrid ficará sem o Bicu... Asafugaz — disse Rony. — Ele sabe que o Sirius irá querer de volta.

– Não, Rony, Sirius não irá precisar mais, está seguro em Hogwarts.

– Diga isso ao Hagrid. — Disse Hermione — E ainda tem a Resfine...

– Vou falar com o Sirius — disse Harry.

– Harry, então você não será mais o dono da casa 12 do Grimalld, não é?

– Prefiro o Sirius do que a sua herança, tudo deve voltar para ele, sim. — Rony arregalou os olhos. — Não se preocupe, já comentei com o Sirius que dei parte da herança dele aos seus pais, e ele adorou a idéia.

Rony voltara a sorrir.

 

No fim da tarde, os três partiam para a Toca.

– Obrigado por ter nos deixado aqui e por deixar fazermos os nossos NIEM’s... — Agradecia Harry a Minerva nos portões de saída.

– Foi bom ter vocês este ano, não duvidem disso. — Ela olhou para Rony que segurava seu malão e uma minúscula gaiola, Hermione com uma multidão de livros e seu malão na mão, Dobby segurava afoito a bagagem de Harry. — Esteja à vontade a voltar quando quiser ou precisar... e você, Sirius, não vá maltratar o Monstro.

– Será tratado como um elfo, não se preocupe — ele sorriu.

Hermione olhou-o de esguelha.

– Tchau, Hagrid... — Falou Harry apertando a mão do professor, que por sua vez esmagou-a.

Todos já haviam se despedido quando sumiram da vista de Hagrid, Minerva e de Gina que olhava da janela no alto da torre da Grifinória.

 

Algumas horas depois Hagrid estava alimentando o Bicuço, quando ouviu fagulhas vermelhas vindo da direção dos portões.

– Mas que diabos será agora? — Disse, e foi abrir os portões. — Professora McGonagall! Não a vi sair, me perdoe...

– Tive de resolver alguns problemas sérios, Hagrid. — Disse, enquanto o gigante abria os portões, utilizando seu guarda-chuva.

– Mas por que não entrou, professora? Tem passagem livre aqui.

– É, eu sei, seu tolo... — Disse e, no instante seguinte, sacou a varinha: — Estupefaça!

 

Todos já estavam na Toca. Sirius conversava com Molly na cozinha, enquanto os garotos estavam no quarto de Rony.

– Onde você irá ficar, Harry? — Perguntou Hermione. — Na casa que a professora McGonagall arrumou para seus tios ou vai para casa do Sirius?

– Sirius me perguntou a mesma coisa mais cedo. Respondi que iria para a casa dele, mas...

– E não vai? — Perguntou Rony, estranhando.

– Ele disse que seria bom que eu fosse ficar com os meus tios, para o caso deles precisarem de ajuda.

– Ah, Harry, o Ministério deve ter colocado algum auror à disposição deles...

– É, eu sei... Mas eu concordo com o Sirius. — Disse Harry suspirando profundamente. — Talvez seja melhor que eu fique com meus tios, assim facilita a aceitação deles... com o mundo mágico... Posso estar orientando-os.

– Você é quem sabe... mas se por acaso ficar com saudades daqui, Harry, estará convidado a voltar.

Tinham ido para a Toca após a insistência de Molly. Agora que estavam bem alimentados, com as roupas lavadas e com tudo em ordem, Sirius escoltou Harry até a casa onde os tios estavam escondidos.

– É aqui que o deixo, Harry. — Eles estavam numa rua onde havia poucas casas, cujas estas pareciam inabitadas. — Aqui é o endereço que Minerva escreveu nesse papel.

– Ótimo... Sirius... vou te visitar assim que puder... — Disse Harry analisando a área e dando um abraço no padrinho.

 

– Petúnia, não estou gostando desta idéia... deveríamos ter ido para a nossa casa de veraneio!

– Ah, Válter, você tem que começar a se acostumar com tudo isso, é a nossa realidade a partir de agora.

– E você está adorando, não é mesmo? — Perguntou ele apertando seus olhinhos.

– Não seja bobo! Aqui contamos com uma certa proteção, seja lá de quem for e da onde venha.

– Esta rua me dá medo... — Disse Duda.

Um som de manivela foi ouvido no andar de cima, e logo após um forte rangido. Válter e Duda assustaram-se. Agora os três olhavam para a porta no topo da escadaria. No segundo seguinte, a porta abriu-se lentamente.

– Quem está aí? — Perguntou tio Válter trêmulo.

Harry apareceu na soleira.

– Ah, Harry, é você! — Falou Petúnia. — Nos assustou...

– Vou passar uma temporada com vocês, até que tudo se resolva. — Informou.

– Ah, não vai não! Você tem o seu padrinho, agora. Vá morar com ele! — Disse Válter.

– Era o que eu mais desejava agora, tio. Mas, para a sua sorte, ainda me preocupo com vocês e vou ficar aqui caso aconteça alguma coisa.

Tio Válter bufou:

– Você anda muito confiante, garoto! Só por que tem este pedaço de madeira em suas mãos! Ah, se eu tivesse uma... eu...

– O senhor seria um bruxo, simplesmente.

Tio Válter arregalou os olhos, Petúnia disfarçou um sorriso.

– Onde fica o meu quart... — Harry foi interrompido pelo mesmo som que antes assustara os Dursley. — Quem deve ser?

Sirius entrou na casa, arfando.

– Harry, precisamos sair daqui, imediatamente. — Disse Sirius.

– Mas o que está acontecendo? — Perguntou Válter.

Sirius desceu as escadas rapidamente e começou a empurrar os Dursley para cima.

– Há Comensais e Dementadores nessa rua, estão procurando por nós, temos que fugir!

– Impossível, Sirius, a professora McGonagall é a fiel do segredo, eles nunca poderão nos encontrar! — Disse Harry intrigado.

– Então eu sugiro que você me explique o que a Minerva está fazendo com os Comensais!

Harry pareceu não entender:

– Como?

– A Minerva vem vindo aí, Harry. E está trazendo os seguidores de Voldemort, não temos muito tempo. Sem dúvidas ela está dominada pela Maldição Imperius.

Harry ainda não conseguira absorver aquilo. Minerva, dominada pela Imperius? Impossível...

E, pela terceira vez, aquele barulho insuportável rompeu o ar.

– São eles. — Disse Sirius nervoso. — Mas que droga!

McGonagall desceu as escadas.

– Boa noite, senhores. Como estão todos? Eu vim buscar Harry Potter.

Sirius foi ao seu encontro e a pegou pelos ombros:

– Minerva, acorde, eu sei que está dominada, você tem que me ouvir...

– Do que está falando, Sirius? — Perguntou ela.

– Eu vi, tem Comensais e dementadores aí em cima, você os trouxe, só pode estar amaldiçoada!

Minerva mudou sua feição. Tornou-se rígida.

– Como sempre, intrometido, hein, Black? — Disse ela sacando a varinha. — Imobilus! — Sirius congelou.

– Sirius! — Gritou Harry.

– Serdasilus. — Gritou Minerva, e Harry viu suas mãos sendo envolvidas por uma corda extremamente apertada.

Minerva repetiu o encanto para os abismados Durleys.
Harry sabia que havia algo errado, era lógico. Ele teria de anular a maldição, ou seja lá o que fosse que estivesse dominando Minerva.

Esperaria pelo momento certo, então iria ao encontro de sua varinha, que estava em seu bolso.

– Vamos, subam! — Disse Minerva, e todos obedeceram, com a exceção de Sirius, que ficou lá embaixo, congelado.

Ao saírem para o ar frio da noite, todos tiveram uma surpresa.

Lá estavam duas figuras amarradas e dominadas pelos Comensais: Gina Weasley e Minerva McGonagall.

– Mas o que... — Disse Harry, olhando para aquela que acabara de lhe prender. — O que está acontecendo?

– Ah, Harry, me perdoe... eu fui burra. — Disse a Minerva que estava amarrada. — Ela me forçou a trazê-los aqui... ela...

– Ameaçaram me matar, Harry! — Disse Gina chorando.

– Mas eu não entendo, então quem é...

– Belatrix Lestrang, muito bem, obrigada. — Disse ela, que havia tomado a poção polissuco com alguns materiais genéticos da verdadeira Minerva, colhidos com muito trabalho.

– Agora já temos o que precisamos, Belatrix, vamos eliminar esses patetas e levar o garoto ao Lord das Trevas. — Disse um dos comensais.

– Vocês irão se arrepender, covardes! — Disse Harry, alcançando sua varinha e realizando o mesmo feitiço do dia em que fora resgatar os seus tios, a única diferença é a de que agora havia sido Não-Verbal.

– Cale-se, Potter! — Belatrix hasteou sua varinha: — Quero ver se você agüenta isto. Cruc...

– Expelliarmus! — Berrou Harry, e a varinha de Belatrix voou para longe.

– Maldito! — Belatrix correu para recuperar a varinha.

Um Comensal adiantou-se para Harry, mas este foi mais rápido:

– Impedimenta! — E ele estagnou.

A mente de Harry trabalhava num turbilhão.

– Serdanulus. — Logo após gritou para os tios. — Corram, rápido!

Eles estavam assustados demais para correr. Harry virou-se para eles:

– Vamos, precisam fugir, depressa!

– Harry, cuidado! — Gritou Gina que tentava de todas as maneiras desvencilhar-se do Comensal.

– Abaixe-se, Harry. — Agora Minerva também gritava.

Fora tarde demais. Belatrix havia recuperado sua varinha e desarmou Harry. Sua varinha voou para longe de alcance.

– É muito atrevido, garoto, como ousa... Crucios!

O corpo de Harry contorceu-se. Ele sentia que todos os seus ossos quebravam.

Belatrix interrompeu a maldição, gargalhando.

– Não sei por que o Lord se preocupa com um idiota feito você. Eu poderia matá-lo agora!

Haviam dois dementadores, que murmuraram algo para Belatrix.

– Se isso lhes dá prazer, então está bem. Mas não o matem.

Os dementadores adiantaram-se para Harry, que estava deitado no chão, ainda sentindo dores no corpo. A brisa gelada que perpassava pela rua piorou, e agora o asfalto começava a congelar, enquanto os Dementadores sugavam a energia vital de Harry.

– Ahhhh... — Gemeu impotente.

Os Dursley assistiam aquilo assombrados.

– Mamãe, eles vão matar o Harry. — Falou Duda com medo.

– Pare com isso, mande-os pararem, Belatrix, por favor! — Disse Minerva aturdida.

Gina chorava e gritava ao mesmo tempo.

Petúnia avistou a varinha de Harry e, sem pensar, correu para pegá-la.

– Petúnia! Ficou maluca? Largue isto aí, agora!

– O que você vai fazer, mamãe!? — Perguntou Duda.

“Quem é você?”

“Não... não sou ninguém...”

“O que está fazendo com essas vestes de trouxa? Por que ainda não se trocou como os outros?”

“Eu já vou me trocar...”

“Qual o seu nome? É uma bela moça.”

(Petúnia ficou vermelha.)

“Não, não posso falar com você, não sabem que estou nesse trem, por favor, não conte a ninguém...”

“Está bem, posso ajudar em alguma coisa?”

“Qual... qual o seu nome?”

“Tiago Potter. Está se sentindo bem?”

(Lógico que estava... aquele era o rapaz mais belo que ela já vira. Sentiu seu coração bater rapidamente.)

Esta era a melhor lembrança que Petúnia tinha.

– Expectro Patrono!

Da varinha de Harry saiu um belo animal. Uma pequena girafa, que erguia seu pescoço imponente. O patrono de Petúnia avançou para os dementadores.

Tio Válter e Duda, assim como todos os presentes, assistiram àquilo boquiabertos. Os Dementadores recuaram, e Harry levantou-se, demasiado tonto. Cambaleante, olhava do patrono para tia Petúnia.

– Mas... como?

Tia Petúnia adiantou-se para Harry com uma expressão indecifrável no rosto.

– To-tome... acho que isto é seu... — Disse devolvendo-lhe a varinha.

Snape aparatou.

– Por que demora, Belatrix? O Lord já está impaciente...

– Severo, o que faz aqui? — Perguntou ainda atônita com o Patrono que brigava com os Dementadores.

– Vim me retratar, eu levarei Potter para o Lord das Trevas.

– Ah, não vai não, eu farei isso! — Retrucou Belatrix.

– Está me desafiando, Belatrix!? — Indagou Snape sério. — Aprenda a ficar em silêncio quando eu falar.

Belatrix, que estava sobre o feitiço do silêncio, não conseguiu responder, mas apontou a varinha para Snape. Este, percebendo o ato da mulher, iniciou o duelo.

– Essa é nossa chance. — Sussurrou Harry para Gina e McGonagall enquanto lançava um encanto que desfazia a amarração nas duas.

– Vamos buscar reforços. Venha, Gina, depressa!

Minerva segurou na mão de Gina, e as duas desaparataram. McGonagall havia levado Gina para a Toca, e lhe dera instruções de convocar toda a família para ajudar, enquanto ela ia a Hogwarts e logo em seguida para o Ministério.

Os Comensais também estavam divididos, alguns ajudavam Snape, outros Belatrix.

Harry escoltou os tios para longe dali, onde puderam assistir a briga de longe, sem se machucar. Encontraram um porão aberto de uma das casas.

– Fiquem aqui escondidos. Não saiam até que tudo isto termine — Harry deu as costas sem esperar por respostas. Os Dursley entraram, estavam aturdidos. Os três utilizavam uma fresta do alçapão para ver a rua.

Snape e Belatrix trocavam insultos e xingamentos.

– Deixe de ser estúpida! Não é este o nosso objetivo — disse Snape desviando de uma serpente que voava em sua direção. — Cuidamos disso depois!

Harry corria em direção a casa onde Sirius estava estuporado.

– Snape, seu idiota! O garoto está fugindo!

Snape e Belatrix perceberam a bobagem que haviam feito.

– Peguem-no! — Gritou ela, e vários comensais avançaram para Harry, lançando encantos.

Antes que as maldições pudessem acertá-lo, o ar se condensou, ricocheteando-as.

Aparatavam Kim, Tonks, Lupin, Minerva, Moody e muitos aurores do Ministério. Snape prontamente tocou com a varinha em sua tatuagem, e em seguida chegaram vários outros comensais com máscaras e capas pretas, deixando a escuridão da rua não habitada ainda pior.

A guerra havia começado. Cada auror cuidava de um, dois, três comensais. A briga estava desequilibrada e a Ordem estava sendo dominada rapidamente. Harry foi interpelado por um comensal, tendo de esquecer Sirius.

Arthur, Hermione, Rony e Gina aparataram. Olhavam amofinados para toda a multidão de aurores, Comensais e Dementadores que lutavam corpo a corpo ou através de feitiços e maldições. A pequena e estreita rua dominada pelas trevas estava sendo tomada por uma neblina densa, dificultando a visão.

Lumus de varinhas foram necessárias, assim, vários aurores e comensais estavam desarmados. Mas era melhor enxergar de onde vinham os feitiços à atirar para o escuro.

Arthur encontrara Tonks jogada no chão tentando se libertar de um Serdasilus que recebera pelas costas por um Comensal, ou quem sabe, até mesmo, por um auror.

– Agora, Fred! — Gritou Jorge aparatando junto com o irmão. Ele segurava quatro pequenas bolas brancas nas mãos.

As esferas foram arremessadas para o alto. Fred hasteou a varinha e gritou: “SUPLUS!”

Linhas esbranquiçadas saíram da ponta estreita da varinha de Fred acertando as bolas de uma a uma, fazendo com que raios de luzes penetrassem nos olhos de todos. A neblina criada pelas trevas inerente aos Dementadores estava sendo afastada pela magia dos gêmeos, dando um aspecto mais nítido e brilhante na rua lavada de bruxos.

Todos olhavam para cima e, por um momento, as vozes haviam se expelido de todo o local.

– Sectusempra! — Ordenou Snape cortando todo o silêncio.

Harry olhou em direção a ponta da varinha de Snape, onde Bodric se debatia e esguichava sangue para todos o lados.

As vozes voltaram com força total, uivos de Lobisomens se aproximavam junto a sons graves vindos das pisadas de gigantes. O escárnio de vários vampiros, que também chegavam ao local, deixou alguns confusos.

Hagrid acompanhava os gigantes, se juntando em seguida a Rony, Hermione e Harry, que já se escondiam atrás de Grope.

Arthur e Kim dominaram dois comensais com a maldição Cruciatus.

Sete gigantes estavam postos a lutar contra os vampiros e os lobisomens, o que fazia Harry ter um pouco de esperança.

Um vampiro saltara na direção de Rony, mas recebera por trás um Cruciatus vindo da guerreira mais bela da arena.

Fleur segurava firmemente a varinha ao lado do marido que não soltava o braço dela.

Harry saiu de trás de Groope e acertou um Rictusempra num lobisomem que corria para atacar Ramon, este dominado por um levicorpos de Snape.

Belatrix tentava batalhar com Lupin e Hagrid ao mesmo tempo.

“Crucios, Avada, Imperius, Sectusempra, etc...”

Nada acertava a pessoa remetida. Eram feitiços perdidos, maldições que atingiam as primeiras pessoas que os encontrava.

A rua era feita apenas por seis grandes casas velhas que deixavam expostos alguns terrenos baldios onde vampiros e gigantes duelavam. Era um asfalto reto, como uma pista de pouso, com postes apagados. As luzes sustentavam-se com as quatro esferas cercando a arena.

O chão batido começava a esquentar e a poeira se misturava com o sereno, trazendo uma nova enchente de neblina, que era rapidamente dispersada pelas esferas prateadas.

Um enorme clarão mais ao fundo da rua foi abatido por uma nuvem negra que se estendia de uma das casas.



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