João Gilberto         . Carreira . Discografia . Letras e cifras . Imagens . Links . 
 
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	João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira nasceu no dia 10 de junho de 1931 em Juazeiro da Bahia. Após                  ampliá-las
          atuar como crooner em Salvador BA, chegou ao Rio de Janeiro RJ em 1949, onde passou a atuar como solista do 
          conjunto vocal Garotos da Lua. Em 1953, Marisa gravou na Victor sua composição "Você esteve com meu bem?" 
          (com Russo do Pandeiro). 
 
	Costumava apresentar-se na boate Plaza (onde Johnny Alf era titular), ponto de encontro de músicos 
          cariocas interessados em aprimoramentos técnicos, refinamento de harmonização, enfim, de nova estética musical, 
          numa época em que imperavam o samba-canção e gêneros de extração rural. Os músicos que se apresentavam 
          gratuitamente no Plaza absorviam as novas harmonias do cool-jazz e do bebop.
 
	Após ter deixado os Garotos da Lua, atuou algum tempo no Rio de Janeiro e São Paulo SP, tendo também 
          visitado a Bahia. Foi depois contratado como violonista da CBS para acompanhamento de gravações. Em abril de 
          1958,  Eliseth Cardoso gravou para a etiqueta Festa o LP "Canção do Amor Demais". Em duas faixas desse 
          disco - "Chega de saudade" e "Outra vez" - foi acompanhador ao  violão, lançando o estilo que viria a caracterizar a 
          bossa nova: acentuação no tempo fraco e alteração de acordes de passagem, que no samba e no choro sempre 
          eram característicos da harmonização. Em julho desse ano, o cantor gravou na Odeon um 78 rpm, com
          "Chega de saudade" (Tom Jobim e Vinícius de Morais) e "Bim-Bom" (de sua autoria). 
 
	O disco chamou atenção imediatamente, pois o estilo de cantar, intimista, contrastava totalmente com a 
          maneira da época. Em novembro, lançou outro 78 rpm, com "Desafinado" (Tom Jobim e Newton Mendonça) e
          "Ho-ba-lá-lá" (de sua autoria). "Desafinado" seria uma espécie de hino da bossa nova, pois fazia referência direta 
          ao novo estilo e já combatia as críticas que afirmavam que os cantores de bossa nova desafinavam ao cantar. 
          Produzido por  Aluísio de Oliveira, arranjado por Tom Jobim e gravado na Odeon, saiu em março de 1959 o LP 
           "Chega de saudade".
 
	Além das músicas já citadas, cantava velhos sucessos, como "Morena Boca de Ouro" (Ari Barroso e
          Luís Peixoto), "Rosa Morena" (Dorival Caymmi) e "Aos Pés da Cruz" (Marino Pinto e Zé da Zilda). Lançava, 
          também, novos compositores, como Carlos Lira e Ronaldo Boscoli, com "Lobo Bobo". A partir de então o cantor 
          passou a se apresentar nos shows organizados para divulgação da bossa nova. O segundo LP saiu em abril de
          1960, gravado na Odeon, tendo por título "O Amor, o Sorriso e a Flor". Apresentava nesse disco o 
          "Samba de uma Nota Só" (Tom Jobim e Newton Mendonça), que fez sucesso e se tornou outra das músicas de
          referência do movimento, e o samba "Outra Vez", já gravado por Dick Farney, na Continental (1954), e por 
          Eliseth Cardoso, na Festa (1958). Basta ouvir as três gravações para se ter uma idéia da mudança ocorrida
          na arte de tocar e cantar.
	No seu terceiro LP, retomou outra vez velhos sucessos, como "Samba da minha Terra" e 
          "Saudade da Bahia" (ambas de Dorival Caymmi), dando-lhes nova feição. O disco teve acompanhamento a cargo 
          do conjunto de Walter Wanderley e foi lançado pela Odeon em setembro de 1961. Era intitulado "João Gilberto",
          e lançou um êxito de vendas e gravações no exterior: "O Barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli. 
          No ano seguinte o cantor seguiu com a comitiva que se apresentou no Carnegie Hall, fixando residência em
          New York, EUA. Gravou com Stan Getz um LP na Verve que ficou nas prateleiras da fábrica por um ano. 
          Acompanhado por João Donato (piano), Gusmão (baixo) e Milton Banana (bateria), excursionou pela Europa, 
          quando então se manifestou o espasmo muscular que iria impedi-lo de tocar por algum tempo.
 
	Em 1964 a Verve lançou, afinal, o disco gravado com Stan Getz, que se tornou um dos 25 LPs mais vendidos
          do ano, atingindo depois a casa do milhão de exemplares vendidos. Pelo disco, recebeu seis Grammys (importante 
          prêmio no mundo do disco) e passou a ser considerado como um dos violonistas mais respeitados dos EUA. Em 
          1965 retornou ao Brasil para curta temporada, que se limitou a uma apresentação no programa "O Fino da Bossa". 
 
	De volta aos EUA., o cantor exibiu-se esporadicamente, passando a residir no México. Nesse país gravou 
          outro LP - "João Gilberto en México" - editado pela Orpheon em 1971, com arranjos de Oscar Castro Neves e 
          apresentando boleros famosos, como "Farolito" (Agustín Lara), além de "O Sapo" (João Donato) e um velho 
          sucesso, "De Conversa em Conversa" (Lúcio Alves e Haroldo Barbosa). Nesse ano ainda, o cantor fez nova 
          viagem ao Brasil, tendo gravado um especial na TV Tupi, com Caetano Veloso e Gal Costa. De volta aos EUA, 
          lançou em 1974 o LP "João Gilberto", pela Polydor. Destacam-se nesse disco sua interpretação ao violão de
          "Na Baixa do Sapateiro" (Ari Barroso), velhos sucessos como "Isaura" (Herivelto Martins e Roberto Roberti),
          "Falsa Baiana" (Geraldo Pereira) e uma nova composição de Tom Jobim, "Águas de Março". Em 1976, lançou nos
          EUA o disco "Best of Two Worlds" (Columbia), no qual participam Miúcha e Stan Getz. No ano seguinte, lançou
          pela Warner o disco "Amoroso", lançado também no Brasil pela WEA. Retornou ao Brasil em 1980, fixando-se no 
          Rio de Janeiro. No mesmo ano, apresentou-se em um programa especial na TV Globo: "João Gilberto Prado Pereira 
          de Oliveira", lançado em disco homônimo no Brasil pela WEA. 
 
	Em 1981, lançou no Brasil, com Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, o disco "Brasil" (WEA). Em
          dezembro de 1982, apresentou-se em programa especial na TV Bandeirantes," João Gilberto: a arte e o ofício 
          de cantar". Em 1985, a EMI lançou no Brasil os discos "João Gilberto interpreta Tom Jobim"e "Meditação" e, 
          no ano seguinte, o LP duplo gravado ao vivo, "João Gilberto - Live at the 19th Montreux Jazz Festival" (WEA).

	Apresentou-se em 1988 no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, e fez shows nas principais capitais 
          brasileiras. Em 1990, pela Polygram, saiu o CD "João", que incluiu, entre outras, as músicas "Ave Maria no Morro" 
          (Herivelto Martins), "Sampa" (Caetano Veloso), "You do Something to Me" (Cole Porter) e o bolero "Málaga". 
 
 
	Quatro anos mais tarde, lançou o CD "Eu sei que Vou Te Amar" (Epic), gravado durante show no Palace, 
          de São Paulo e, em 1995, apresentou o show de inauguração da casa de espetáculos Tom Brasil, também em São Paulo. 
          Voltou a apresentar-se nessa cidade em 1997. Faz freqüentes turnês ao Japão, Itália, França e, principalmente, 
          participa dos festivais de Montreux, na Suíça.
 
	Em 2000 lança, com produção de Caetano Veloso,  "João Voz e Violão" em que canta acompanhado somente 
          pelo seu violão.
 
 
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